e e i
SINAIS DA MUDANÇA:
A môça loura que apresenta aos policiais seus documentos
é a freira Mirian Vulce. Foto “JB” para o CEI e texto à pág, 3.
C6 I
centro
ecumênico de informação
CEI — Descuido tipográfico fêz com que a nossa
ú ltim a edição saísse com d a ta e num eração errad as. Os
que não receberam exem plares corrigidos devem a n o ta r
que o últim o CEI tem que ser de junho e nú m ero 55.
Certo? J á que estam os tocando n as lacu n as de revisão
(êsse é o espinho n a carn e dos editores), ficou faltan d o ,
tam bém , n a lista de p articip ação ecum ênica d a S em ana
da U nidade, à p ág in a 3, os luteranos. É claro que êles
estiveram presentes.
Atingim os a m etad e do ano de 71 com regularid ade
n a publicação e considerável au m en to do núm ero de
assinantes. Os suplem entos, variados nos assuntos, têm
conduzido nossos leitores à m editação.
É o que vai
acontecer com o tra b a lh o do Miguez Bonino que e s ta ­
mos distribuindo com a p resen te edição — reflexões
teológicas sôbre o Ecum enism o.
O que está dito n a ú ltim a pág in a, com o títu lo que
ali pusemos, “E vangelho; um cham ado à lib erd ad e”, é
m ais u m a reflexão, tam bém teológica, de R ubens A .
Alves. É assim como desabafo de alguém que, co rajo ­
sam ente, rom pe com velhas, arcaicas e d o m in an tes es­
tru tu ra s e aceita a liberdade do Evangelho. M ais do
que reflexão é to rtu ra n te desafio!
O hom em precisa
to m ar consciência de que é um ser livre, n ão dom es­
ticável. Deus o fêz assim porque, afinal, n ão é d a Sua
essência ser Deus de robôs ou de a u tô m a to s ... E em
Cristo somos libertados, porque “se o Filho vos lib e rtar
sereis v erd ad eiram en te livres” (João 8:36).
C A R T A S
— F iquei grandem ente im ­
pressionado com o trabalho de
E lte r M aciel sôbre a falta de
um a pedagogia de com unicação.
É êste exatam ente o tem a que
me move em U N E L A M . Corno
a b rir à s Ig re ja s a dim ensão con­
tem porânea do E vangelho ? Po*
isso quero pedir au to rização
p a ra p u blicar aqui êsse artigo
como prep aração p ara nós o u ­
tro s e dedicado ao ecum enism o
Um abraço,
E m ílio Castro
M ontevidéu, U ru g u a i.
— T enho recebido C E I com
regularidade e alegra-m e poder
com partir, à distância, o g rau de
desenvolvim ento em p ro fu n d id a­
de -e v ariedade que o m ovim ento
ecum ênico b rasileiro possui corno
contribuição original ao m ovi­
m ento m undial.
A preciei espe­
cialm ente o artigo-suplem ento do
ex-colega E lte r M aciel insistindo
na necessidade de se ex perim en­
ta r novas form as de com unica­
ção1 com o povo brasileiro, de
se elaborar um a teologia e pe­
dagogia de corte nacional que
leve em conta as características
peculiares de nossa gente em seu
presente contexto h istórico e não
se lim ite a rep etir fó rm u las e
categorias estran h as a essa re a ­
lidade.
O ração pelo E cum enis­
mo, do n.° 55, é um a crítica
valiosa ao tipo de litu rg ia que
se tem utilizado n as Sem anas de
O ração, à s quais se poderia
acrescen tar m ais espontaneidade
e criatividade tipicam ente b ra si­
leiras, assim como re -in te rp re ta r
o sentido da oração como serviço
perm anente ao hom em oprim ido
a p a r tir das com unidades de
base onde a lu ta pela dignidade
e ju stiç a é m ais candente.
A tenciosam ente, a espera de
próxim os núm eros,
Ebcr Ferrer
G enebra, Suíça
— . . . venho solicitar m inha
assin a tu ra do C E I. T enho lido
alguns núm eros esparsos, de
fo rm a que g o sta ria de e n tr a r em
contato com os estudos e as re ­
flexões que são feitas, m uito
ú teis p ara alertar-n o s face ao&
desafios do m undo presente.
S ílv io de A ra ú jo Lobo
P a sto r P . Independente
J a ta í, GO.
— Acho sinceram ente que vo­
cês p restam excelente se rv iç o .
Bem inform ados é que podemos
a ju iz a r acertadam ente.
E spero
que D eus continue anim ando a
vocês, dando-lhes esperança de
.v er os fru to s dos seus trabadhos p ro sperarem . T ivem os en­
sejo de a s sistir algum as aulas
do bispo inglês, Robinson, no
S em inário T eológico E piscopal.
,G ostam os m uito das aulas, que
fo ram bem freqüentadas. F alou
tam bém a um grupo de pastores
japoneses. A braço.
R y o sh i Iísu k a
P a sto r P . Independente
S. P aulo, S P .
CEI
C entro E cum ênico de In fo rm ação — P ublicação da T em po e P re sen ça E d ito ra L td a .
A ssin atu ra a n u a l: Cr$ 10,00. Rem essas em cheque pagável no Rio, p a ra T em po e P re sen ça E d ito ra L tda.
C aixa P o stal 16.082, GB.
Julho 1971
D ireto r : D om ício P ereira de M attos
Número 56
2
TÓXICOS *
RESPONSABILIDADES DA FAMÍLIA E DA IGREJA
O professor e psicólogo Tito Avilez, m em bro de um a
igreja p resb ite ria n a n a G u an ab ara, disse, n u m a confe­
rência feita p a ra cem professoras do Estado, no au d i­
tório da Rádio Roquete Pinto, que “a escola, a ia m ü tà f
a Ig reja e o Estado têm fracassado n a sua função de
prom over a form ação dos valores m orais do hom em
brasileiro”. A p a rtir dessa co nstatação, êle assinalou
que “a m aconha, os tóxicos em gerai, são consum idos
pelos jovens como um a form a de com pensação — t o ­
talm en te desaconselhável — p a ra aliviar suas fru s tra ­
ções, decorrentes do fracasso das in stituições que têm
por m issão prom over o a ju sta m e n to da ju v e n tu d e ” .
A firm ou ain d a que dos trê s
aos sete anos a crian ça sai, g r a ­
dualm ente, de seu pensam ento,
da sua visão m ágica, p a ra a visao' lógica.
N a escola, tem o
seu p rim eiro contato com o m u n ­
do ex terio r, com a realidade p rá tica, com o dia-a-dia d a v id a .
UNIDADE CRISTÃ
NAS COMEMORAÇÕES
DOS 2 500 ANOS “
DO IMPÉRIO PÉRSICO
T eerã — Onze Ig re ja s C ris­
tãs no I r ã p articip arão c o n ju n ­
tam ente dos festejo s do 25.° sé­
culo do Im pério P érsico , ch a­
m ado ho je o I rã : Ig re ja A pos­
tólica A rm ênia, I g re ja C atólica
A rm ênia, Ig re ja A ssíria do O r i­
ente, Ig re ja C atólica Caldaica,
Ig re ja E piscopal do I rã , Ig re ja
E vangélica do Ira , I g re ja C ató­
lica Rom ana, C om unidade C rista
do T eerã , Ig re ja E v an g élica
A lem ã, I g re ja G rego-O rtodoxa e
I g re ja R u ssa O rtodoxa.
O culto ecum ênico e a recep ­
ção serão realizados n a C ated ral
de São Jo sé (C ald aica), no- sá ­
bado, dia 9 de outubro. O go­
verno com parecerá oficialm ente,
bem como a lta s fig u ra s eclesiás­
ticas do m undo cristão.
T o d a a segunda quinzena de
outubro se rá dedicada às com e­
m orações oficiais e os grupos
cristão s estarão unidos p ara p ro ­
viden ciar in fo rm açõ es m ulti-Kngitísticas sôbre assuntos relig io­
sos e a p articip ação c ristã na
h istó ria do Im pério.
JULHO 71 - CEI
Aos 14 anos o hom em en tra
em sua te rc e ira dim ensão a fe ­
tiva : os am igos. Q uando a fa ­
m ília, a escola, a ig re ja e o
E stado j á não conseguiram , n a ­
quela idade, fo rm ar a consciên­
cia m oral do jovem , en tram em
ação os m ecanism os negativistas
de repressão. D aí p a ra diante,
qualquer dem anda das in stitu i­
ções já não se rá feita no sen­
tido form ativo, m as repressivo.
O que ocorre daí p a ra a frente
é um a fricção, um a trito cons­
tan te en tre os jovens e as in s­
tituições. O padrão social fica
em jôgo.
Isso prova o quanto
o tóxico é um problem a edu ca­
cional.
A lguns dias depois, a 9 de
julho, o P ro f. T ito A vilez, no
E difício de M anchete, fêz o lan­
çam ento de livros didáticos, de
um a equipe, dirigida por êle, a
serviço da E d ito ra Bloch.
AMÉRICA LATINA:
MUDANÇAS AUDAZES
NA VIDA DA IG REJA
“ T ornou-se u rg en te um a tra n s ­
form ação na A m érica L atina,
com m odificações audazes e pro ­
fu n d as, a que a I g re ja se sente
obrigada, pela fò rç a do E v an ­
gelho, a d a r su a colaboração. A
A m érica L atin a so fre com g ra n ­
de intensidade os in flu x o s do
m om ento histórico de um a si­
tu ação cam biante” . E sta s p ala­
v ras estão contidas num a decla­
ração, feita em R om a, pelo Bispo
A u x ilia r de S. P aulo, Dom L u ­
cas N eves, que aconselhou “um
diálogo lúcido e pleno de cora­
gem en tre os c ristã o s” como f o r ­
m a de ev itar graves e perigososconflitos, tensões e divergências.
A fo to g rafia de nossa capa é
um a prova das m udanças na v i­
da e com portam ento da Ig re ja
C atólica Rom ana, n estas p a ra ­
gens. A loura de calça Lee,
blusa am arela, cercada pelos po­
liciais, passava pelo A te rro do
F lam engo. N ão co rria dem ais,
m as foi ad v ertid a porque lhe
fa ltav a o capacete obrigatório.
F icou su rp resa, porque não sa ­
bia disso, e deixou m ais s u r ­
presos os policiais quando ap re­
sentou seus docum entos : t r a ta ­
va-se de um a fre ira , a irm ã
M irian V ulce. . .
PASTOR PRESBITERIANO SERÁ RECEBIDO PELO
PAPA EM AUDIÊNCIA PRIVADA
O p asto r N ehem ias M arien, como decorrência do
invulgar sucesso em p rogram a de televisão, em que res­
pondeu sôbre a Bíblia, está p resen tem en te à fre n te de
um a excursão ecum ênica e cu ltu ral pela T e rra S a n ta .
Na volta, o grupo v isitará algum as nações da Europa,
sendo que o ‘‘P asto r da B íblia”, como é cham ado, tem
m arcad a, em Roma, u m a audiência especial com o P ap a
Paulo VI. Os assuntos sôbre os quais conversarão o
pastor p resb iterian o e o Pontífice Católico versarão
sôbre relações ecum ênicas e a m aior divulgação da
Bíblia.
3
ABERTURA
EUCUMÊNICA
MAIS AMPLA
MULHERES EM ALTAS FUNÇÕES
NO VATICANO
A Com issão C entral do Con­
selho M undial de Ig re ja s, na
reunião de A dis Abeba, ouviu
com atenção m ensagens d efen­
dendo novos m étodos de diálogo
com as religiões n ão -cristãs. D r.
E ugene C arson Blake, S ecretário
G eral, in sistiu em que se deva
d a r atenção especialm ente ao
diálogo com o Judaísm o “ sobre
o tem a da fé em D eu s” , bem
como em refe rên cia à ju stiç a r a ­
cial e a paz m undial. O R ev .
Stanley S am arth a, m em bro do
Conselho de G enebra, d e c la ro u :
“ P orq u e nós cristão s não pode­
mos p reten d er te r o monopólio
da verdade, deveríam os conhecer
hom ens de o u tras religiões e
ideologias, como p arte de nossa
confiança em C risto e obediên­
cia à sua prom essa” .
PAQUISTÃO:
AUXÍLIOS DO C .M .I.
O Conselho M undial de Ig re ­
jas, pela sua Com issão In te reclesiástica de A ju d a a R e fu g ia­
dos e Serviço M undial, está so­
correndo os refu g iad o s do P a ­
quistão O rien tal, cujo núm ero
inicial foi calculado em dois m i­
lhões e meio, v erificando-se ago­
ra q u e . sobe a m ais de seis m i­
lhões, num dos m ais dram áticos
e graves problem as de fom e, h i­
giene e saúde, naquela região
asiática.
O apêlo do C . M . I .
p ara lev an tar 500 m il d ó lares foi
atendido1 e rem etido a té 30 de
junh o
D ian te do crescim ento
do núm ero de refu g iad o s e o
agrav am en to d a situ ação , envol­
vendo a ín d ia , a Com issão de
A ju d a Inter-eclesiástica está so­
licitando das v árias Ig re ja s um a
contrib u ição de 4 m ilhões de d ó­
lares.
71 - CEI
ASSINE
4
- 72
Cidade do Vaticano — A religiosa n o rte -a m e rica n a
T h ad d ea Kelly, de 54 anos, foi nom eada p a ra a direção
da S ag rad a Congregação P a ra os Religiosos, o m ais alto
pôsto já desem penhado por um a m u lh er n a Igreja.
Soror T h ad d ea K elly ch efiará o m inistério que tr a ta
das relações com fre ira s e frades e aprova as co n stitu i­
ções dos in stitu to s religiosos fem ininos.
A nteriorm ente, a m u lh er que
ocupava o m ais alto cargo na
S anta Sé e ra R osem ary Goldie,
secular a u stra lia n a nom eada há
q uatro anos v ice-secretária do
conselho p ara o laicism o. A ntes
de chegar ao a tu a l posto, S oror
K elly foi m estra de noviças e
p ro fesso ra de fran c ês na U n i­
versidade C atólica de W ash in g ­
to n .
A IGREJA E OS MEIOS
DE COMUNICAÇÃO
PAPA DEFINE POSIÇÃO
DA IGREJA
O V aticano reafirm o u o “ d i­
reito in alien áv el” de in fo rm a r e
se r inform ado e instou com os
jo rn a lista s p a ra que se esforcem
no sentido de atin g ir “sin c erid a­
de, honestidade e veracidade”
em seu trabalho. E m extenso
docum ento, pede tam bém aos
jo rn a lista s que evitem corrom ­
p e r os v alo res fundam entais da
vida. T erm in a por ren d er h o ­
m enagem à dedicação e ao valor
de m uitos jo rn alistas, assin alan ­
do que alguns m o rreram no
exercício de su a p rofissão, e
condena a violência utilizada
contra êles. O docum ento, de 82
páginas, foi p reparado pela Co­
m issão pon tifícia de C om unica­
ções Sociais, com o decorrência
de pedido do Concílio V a tic a ­
no I I .
MAIOR LIBERDADE
PARA A IMPRENSA
1 S a n ta S é divulgou uma
nova
in stru ção
p asto ral, a
“ Com unio e t P ro g ressio ” , na
qual a s autoridades são e x o rta ­
das a g a ra n tir a liberdade de
expressão e a divulgação da v e r­
dade. O s bispos são aconselha­
dos a um m elhor uso dos veículos
de divulgação, dando in fo rm a­
ções m ais am plas aos m eios no­
ticiosos.
Cidade do Vaticano — O P ap a
P aulo V I divulgou um a Carta
A postólica m odernizando os en­
sinam entos da I g re ja contidos na
E ncíclica R e ru m N o v a r um, do
P a p a L eão X I I I . A m ensagem
papal m arca O1 octogésim o a n i­
v ersário da E ncíclica R eru m
N ovar um, que m arcou época
como sendo o prim eiro m an i­
festo da I g re ja em relação à
questão social. (C IC )
AS COMENTADAS
VIAGENS DE D. HELDER
T êm sido m aliciosam ente co­
m entadas as viagens do A rce­
bispo de O linda e R ecife, Dom
H e ld e r C âm ara, ao exterior. O
boletim arquidiocesano do R ecife
d á conta de que o A rcebispo já
recebeu neste ano' de 1971, 40
convites, de 18 d iferen tes países,
garantindo todas as despesas de
viagem e hospedagem . E stão
assim distribuídos os 40 convi­
t e s : dos E E .U U . 10, da Ale­
m anha 6, da S uíça 5, da Itá lia
4, da H olanda 2, e m ais um dos
se g u in te s: Japão, S. D om ingos,
Irlan d a, N oruega, E sp an h a, A u s ­
trá lia , C anadá, C osta R ica, S u é­
cia, Á u stria, B élgica e A rg en ­
tina.
JULHO 71 - CEI
REFLEXÕES SÔBRE
EVANGELIZAÇÃO
O Sínodo da G u a n a b a ra d a Ig re ja P resb iterian a,
em sua ú ltim a reunião, en c e rrad a a 13 de julho, resol­
veu prom over sérias reflexões a respeito de “evangeli­
zação”, afirm an d o que “os m étodos trad icio n ais de
evangelização se to rn a ra m superados e irrelevantes, não
atingindo m ais as cam adas sociais em progresso econô­
mico e cu ltu ra l e, especialm ente, não consegue m esm o
m an ter n a Ig re ja a nova geração”. A firm a a in d a o
docum ento que “é ab so lu tam en te necessário que o Sí­
nodo faça u m a p au sa p a ra reflexões sérias sôbre o p ro ­
blema da Evangelização e elaboração de um projeto
aplicável às específicas condições sócio-econôm icas da
eidade-estad o .”
Foi no m ead a um a comissão especial p a ra sistem a­
tizar as reflexões e depois elaborar projeto evangelístico p a ra o E stado da G u an ab ara.
ÍGREJAS DA
ALEMANHA ORIENTAL
CONTRIBUIRÃO PARA
A AFRICA
As ig rejas p ro testan tes da R e ­
pública D em ocrática A lem ã estão
sendo convidadas a p a rtic ip a r de
um p ro jeto de m eio m ilhão de
m arcos (U S $ 2 2 5 .0 0 0 ) d estin a­
dos a um p ro g ram a específico
contra o racism o. A direção d es­
ta cam panha está sendo co o rd e­
nada pela “ G D R ’s A fro -A sian
S olidarity C om m ittee” , que a p li­
cará os recu rso s nas áreas de
A ngola, G uiné e M oçam bique,
com a b e rtu ra de escolas, h o s­
pitais e atendim ento ao p roble­
m a de fome. ( S P E )
JOVENS PREOCUPADOS
COM TEMAS
RELIGIOSOS
Os acadêm icos d a F acu ld ad e
de T eologia d a Ig re ja L u te ra n a
do B rasil realizaram , no m ês de
m aio, um círculo de p alestras
sôbre assuntos, como a Concep­
ção de D eu s n a A tualidade,
O ra r ou A g ir, F é e R azão e D i­
m ensão P o lític a da F é. G rande
p a rte dos p articip an tes era jo ­
vem .
JULHO 71 - CEI
VOLTARAM MORTOS OS
COSMONAUTAS
O m undo foi surpreendido no
dia 26 de junho com a notícia
de que os três cosm onautas ru s­
sos, que haviam passado quase
um m ês no espaço, faleceram
d u ran te o1 seu regresso à te rra .
A tris te ocorrência repercutiu
em todos os m eios, com m a n ife s­
tações de pesar dos govêrnos.
P aulo V I interrom peu audiência
p a ra m an ifestar seu sentim ento
pela m orte deles dizendo : “ E x ­
pressam os nosso profundo pesar
por êsse inesperado e trág ico fim
do seu em preendim ento, que m o­
tivou ta n ta adm iração e cujo fim
to rn a ainda m ais claro o risco e
o heroísm o desses hom ens v a ­
lentes” .
DESENVOLVIMENTO E
DISTRIBUIÇÃO DA
RENDA
Dom Ivo, Secretário G e­
ra l da C onferência Nacio­
nal dos Bispos do Brasil,
afirm ou que o desenvolvi­
m ento, p a ra te r validade,
não pode ser m edido sim ­
plesm ente por um au m en ­
to de re n d a “per c a p ita ”,
sendo necessário ver como
se processa a sua dis­
tribuição. “Sou b astan te
desconform ado com a si­
tu ação brasileira — acen ­
tuou Dom Ivo L orscheiter
— pois sei que a re n d a
“p er c a p ita ” aum entou,
m as sei tam bém , por es­
ta tístic a , que a p a rtic ip a ­
ção do povo n e sta ren d a
está dim inuindo”.
(J.B .25/6)
DEMOCRATIZAÇÃO
DA IGREJA
W U R Z B U R G O , Alemanha
—
R euniu-se, nesta cidade, peia
p rim e ira vez na h istó ria do c a ­
tolicism o alem ão, um “ Sínodo
C onjunto dos B ispados da R e ­
pública F ed eral da A lem anha” .
F oi um a experiência na qual se
tentou p ra tic a r dem ocracia, den­
tro dos lim ites da Ig re ja . T anto
a idéia da realização do Sínodo
com o o uso da dem ocracia (em
experiência) se fundam entam no
V aticano I I.
RESPONSABILIDADE SOCIAL DA IGREJA
“A I g re ja não pode perm anecer à d istân c ia da realidade política
e social” , declarou um jovem teólogo da I g re ja L u te ra n a da A le­
m anha O riental, em artig o publicado no S erviço de N otícias P ro te s­
tantes da R epública D em ocrática A lem ã.
Todo o seu com entário
sôbre a responsabilidade social dos cristão s foi encam inhado ao S í­
nodo da F ederação de Ig re ja s P ro te sta n te s da R . D . A . , reunido em
E isenach, de 2 a 7 de julho últim o. O pasto r, de 40 anos, pro fesso r
em um S em inário, disse, tam bém , que os dias do ‘P ro te stan tism o
privilegiado” já se foram e que nós não devem os ch o rar po r ê l e s . . . ”
5
ESPANHA: SEPARAÇÃO IGREJA E ESTADO
O govêrno espanhol fêz saber que a con co rd ata de
1953 en tre os dois estados (E spanha-V aticano) está obso­
leta e deverá ser su b stitu íd a por um nôvo acordo sep a­
rando a Ig re ja do Estado. As discussões e n tre as c h a n ce­
larias se encam in h am neste sentido. O utro despacho diz
que a E sp an h a obrig aria a Ig re ja C atólica a re n u n ciar
todos os privilégios fin an ceiro s e
constitucionais que ainda existem
no pais em tro cà da liberdade de
nom ear ela m esm a os .seus b is­
pos p ara as diferente?.-: dioceses.
E stas e um a série de o u tras mo­
dificações foram subm etidas ao
LEIGO NA PRESIDÊNCIA
DO CONSELHO GERAL
DA IGREJA METODISTA
Na reunião de 27 a 30
de maio. em S. Paulo, foi
pleito como p residente do
Conselho G eral d a Ic re ja
M etodista do B rasil o
Prof. Diogo Alceba Ruiz,
da Ig reia C en tral de S.
Paulo. O Conselho G eral
é o órgão de a d m in istra ­
ção superior da Ig re ia e é
composto dos seis bisnos,
de rep rese n ta n tes (leigos
e clérigos) das regiões
eclesiásticas e dos re p re ­
se n ta n te s dos órgãos ge­
rais da Igreja.
ISOLAM-SE
METODISTAS
PENTECOSTAIS
DO CHILE
A C orporação M etodista P e n ­
tecostal do Chile declarou não
fo rm ar p arte de nenhum a o r­
ganização m undial, mesmo o
Conselho M undial de Ig rejas.
D á, en tretan to , plena liberdade a
cada p asto r p a ra re alizar con­
vênios que ju lg u e conveniente,
sem que isto com prom eta to da
a corporação, como é o caso do
P a sto r A lfredo R am irez que é
um dos secretário s de U N E L A M
e ao mesmo tem po o secretário
da Ig re ja M etodista P en tecostal.
6
V aticano p ara p osterior acordo
e um a nova concordata. N os ultim os m eses as relações ig reja
e estado tem estado estrem eci­
das devido a defesa dos naciona­
listas bascos por p arte da igreja,
especialm ente depois da conde­
nação' a m orte de seis deles, pena
que foi com utada logo depois por
F ranco.
INJUSTIÇA SOCIAL:
PROBLEMA LATINOAMERICANO
O bisüo E duardo P ironio,
au x ilia r da D iocese de L a Pla{:a,
A rgentina, e secretário da Con­
ferên cia E piscopal L atino-A m e­
ricana, disse que a in ju stiç a so­
cial é o problem a m ais prem ente
da A m érica L atin a . — D . P ironio preside a V I R eunião Interam erican a de Bispos, que aca­
ba de realizar-se na capital m e­
xicana. D ela p articip aram 40
bispos e arcebispos das A m éri­
cas. — Segundo o bispo, a Ig re ja
latino-am ericana vive seu m o­
m ento decisivo, “que é difícil
m as tam bém cheio de esp era n ­
ças” , em bora an tev eja grandes
perspectivas. — “ A I g re ja (la ­
tino-am ericana) não perdeu sua
finalidade reliigosa e volta seu
o lh ar p a ra a situação do subde­
senvolvim ento, dos problem as da
m iséria, e se preocupa não só
em acelerar o desenvolvim ento
social, m as em re a firm a r a fé
religiosa” , declarou. A seu ver,
os problem as atu a is en tre a
Ig re ja e E stado se originam das
“ tensões e conflitos inevitáveis,
que dem onstram o dinam ism o da
p ró p ria I g re ja ” . — (Jo rn a l do
B rasil, 21-5-1971).
AS QUATRO TAREFAS
DA IGREJA
A convite do C entro A cadê­
mico da F aculdade de Ciências
E conôm icas da U F R G S , D . lvo
L o rsch eiter falou d u ran te um a
h o ra e m eia sôbre “ A P osição
da Ig re ja no B ra s il” , sendo ou­
vido po r m ais de 100 estudantes
de diversas faculdades d esta ca­
pital, que após a p alestra deba­
teram com êle problem as como
to rtu ra s, prisão de padres e falta
de liberdade de pensam ento.
E sta notícia é de P ô rto A legre.
D. Ivo1 afirm o u que a Ig re ja
tem q uatro ta re fa s fun d am en ­
tais,sendo a p rim e ira “en sin ar a
verd ad eira n atu reza do hom em
no m undo” , pois com o seu con­
teúdo teológico pode lev ar o es­
tudo do hom em a profundidade
de conhecim ento que a Sociolo­
gia, a F ilo so fia e a P o lítica não
podem d ar. D eve tam bém à luz
do E vangelho d en u n ciar o que
está errad o , o que não serve ao
hom em , pois cabe à I g re ja o p a ­
pel de “voz, braço e m ão1 da­
queles que não têm voz, braço
e m ão” .
Como te rc e ira ta re fa da Ig re ­
ja , D . Ivo L o rsch eiter indicou a
de “anim ar, e n c o ra ja r e d a r o
seu apoio àqueles que procuram
a g ir p a ra d a r condições de m e­
lh o ria ao hom em ” . E , por ú l­
tim o, a I g re ja deve “ subsidiàriam ente assu m ir a execução de
p ro jeto s concretos quando ou tras
in stân cias não estão conseguin­
do” .
M ais adiante D . Ivo observou
que uns acusam a Ig re ja de
preocupar-se som ente com p ro ­
blem as sociais, enquanto outros
a acusam de om issão neste cam ­
po” . Como a I g re ja sofre ac u sa ­
ções dos dois lados, posso con­
clu ir m odestam ente que a Ig re ja
está agindo certo ” , declarou.
Tenha Mensalmente
Uma Visão da Igreja
Universal
ASSINE
CEI
JULHO 71 - CEI
SE QUERES A PAZ
.
EVANGELHO: UM CHAMADO À LIBERDADE
(C onclusão da pág. 8)
vens contestam vigorosam ente
tôdas as fo rm as de opressão,
julgando a paz como a p assa­
gem da alienação p a ra a lib er­
ta ç ã o ’’.
E , finalm ente, c o n c la
que "a com preensão, tan to e n tve
países como en tre pessoas em si,
constitui a base p a ra o diálogo,
as negociações, as reconciliações
e, em sum a p ara a p ró p ria p a z ” .
(O E stad o de São P aulo,
10-7-1971)
GENTE
^
E b er F errer —- p asto r p re s­
biteriano. está em G enebra,
como S ecretário E x ecutivo p a ra
The
In tern a tio n a l
C hristian
YoutJi E xch a n a e ( IC Y E ) , que
oferece o portunidade p ara jovens
de 16 a 19 anos de p a rtic ip a ­
rem da vid a fam iliar, escolar,
religiosa e cu ltu ral em lares de
d iferen tes países, atra v é s de p e r­
m utas. In teressad o s no assunto
noclem escrever-lhe p ara 150,
R oute
de
F erney,
G enebra,
Suíça.
@
D om L u iz F ernandes —
bispo a u x ilia r da A rq u id io­
cese M etropolitana de V itó ria e
bispo da diocese de C olatina, p a r ­
ticip ará do Concílio M undial de
Jovens, prom ovido pela Com u­
nidade de T aizé, especialm ente
convidado pela Com unidade.
0
P aulo R u iz Garcia — p a s­
to r episcopal, casou-se a 10
de ju lh o com M árcia G asparini,
na C atedral C atólica de S. José,
em Campo G rande, M ato Grosso,
em cerim ônia celebrada em con­
junto por dois bispos, um C a tó ­
lico e outro o seu bispo A n g li­
cano.
P ro v av elm en te é o p r i­
m eiro p asto r pro testan te a ca­
sar-se num tem plo católico.
$
W a rtvick E . K e rr — leigo
m etodista,
m aior
a u to ri­
dade b rasileira em G enética, foi
reeleito p a ra a P resid ên cia da
Sociedade B rasile ira P a ra o P ro ­
gresso da Ciência, que acaba de
JULHO 71 - CEI
(C onclusão cia pág. 8)
T riu n fa o a u to rita rism o sôbre a com unidade, as e s tru ­
tu ra s sôbre a pessoa, o passado sôbre o fu tu ro , a lei
sôbre o am or. Em ú ltim a in stân cia, a m orte sôbre a
vida.
N inguém pode in d efin id am en te c o n tra ria r suas con­
vicções e valores espirituais, sem que o próprio espírito
socum ba. É co m p actu ar com a conspiração c o n tra a
liberdade e o am or.
Estou convicto, teologicam ente,
que a com unidade d a fé já em igrou. N enhum a e stru ­
tu ra legal e de poder pode c o n tê-la e d o m esticá-la.
Assim como no Êxodo ela abandonou as p an elas de
carne do Egito p a ra p erig rin ar no deserto, assim como
os p ro fetas ab an d o n aram e desprezaram tôda a e stru ­
tu ra oficial (p a la v ra estrem am en te im p o rtan te esta!)
da religião, assim como Jesus que pregava e fazia o
bem à revelia dos profissionais religiosos que p re te n ­
diam te r o m onopólio de Deus, tam bém hoje a com u­
nidade que sente vocação d a liberdade está ab an d o ­
nando, se ain d a n ão abandonou, os lim ites legais e
e stru tu ra is da religião oficial, p a r a viver espalhada,
escondida, incógnita, no m undo. O am or e a verdade
freq ü en tem en te nos obrigam a em igrar. A braão em i­
grou: p o r fé e am or. Tam bém os pro fetas em igraram ,
por fé e am or, p a ra fora das instituições eclesiásticas
reconhecidas. E Jesus? E m ig ran te p erm an en te. Não
aceito em sua te rra , não tin h a onde reclin ar a cabeça.
Seu destino: o fu tu ro , o Reino de Deus. Tam bém Lutero foi um em ig ran te: deslocou-se da interio rid ad e
protegida de um a in stitu ição tô d a poderosa, p a ra um
deserto de incertezas. A vocação pela liberdade é a
vocação p a ra em igrar. Daí a afirm ação n eo testam en tá ria de que não tem os um a casa ou te rra p erm an en te.
Vivemos pela esp eran ça de algo nôvo. Se o Nôvo Tes­
tam en to está certo, o “Espírito se e n co n tra onde se
e n c o n tra a lib erd ad e”.
re a liz a r a sua X X I I I
anual em C uritiba, P R .
0
reunião
José V ieira S im õ es — líder
leigo presbiteriano, por m u i­
tos anos S ecretário G eral de
T rab alh o de H om ens, do qual
foi inesperadam ente afastado,
foi eleito presidente do Sínodo
da G uanabara da Ig re ja P re sb i­
te rian a do B rasil, p ara o biênio
1971-73.
0
D aily R esende França e
João E uclides P ereira - —
R egistram os, com m uito pesar,
o falecim ento dêstes dois m inis­
tro s da I g re ja P re sb ite ria n a I n ­
dependente. R ev. D aily F ra n ç a
era o presidente do Suprem o
Concílio e o Rev. João E uclides
o seu antecessor no alto pôsto
daquela denom inação.
M o rre­
ram em desastre de autom óvel,
a 35 kls de G oiânia, a cam inho
de B rasília, no dia 26 de junho.
7
cei
C aixa
P o stal
16.082
Rio de Jan eiro , julho de 1971
EVANGELHO: UM CHAMADO À LIBERDADE
Sem pre en ten d i que o evangelho é um cham ado à
liberdade. Foi atrav és de um evento liberador, o Êxodo,
que a com unidade da fé chegou a conhecer o seu Deus.
E a Bíblia tôda é a h istó ria da lu ta do Deus que quer
que os hom ens sejam livres, c o n tra os próprios hom ens
que preferem a dom esticação, a escravidão e a idolatria.
Culm ina esta h istó ria com o advento do Senhor Jesus
que é, a um -só tem po, o hom em livre e o Deus que
liberta. Fé, p o rta n to , é liberdade. É a b e rtu ra ao fu ­
turo. É a co n fian ça do “deixa p a ra trá s as coisas que
já ficaram p a ra tr á s ”, p a ra lan çar-se, com A braão, p a ra
um fu tu ro nôvo. Por isto fé é vida. O ato de viver
é um p erm an en te tra n sfe rir-se do p resen te p a ra um
futuro im ediato. M orte, ao contrário, é a v itó ria do
passado. É o fix ar-se naquilo que já foi. E sta é a
razão porque entendo que pecado é am a r m ais o p a s­
sado que o futuro, am ar m ais o velho que o nôvo, am ar
m ais os m ortos e a m orte que os vivos e a vida. Q uando
Jesus cham ava os fariseus de sepulcros caiados êle in ­
dicava que a sua religião, por ser a preservação do p a s­
sado, era realm en te o culto d a m orte. E sta é a razão
porque o Nôvo T estam ento relaciona a lei e o legalism o
com a m orte. Porque isto significa fazer o passado a
norm a do nosso p resente, fazer os m ortos os senhores
dos vivos.
O sentido d a R eform a P ro te sta n te está em que eia
redescobriu a liberdade. L utero chegou a d a r a um
dos seus tra ta d o s m ais lindos o títu lo de “A Liberdade
do Homem C ristão.” No Catolicism o R om ano M edieval
a proclam ação da liberdade se tra n s fo rm a ra no culto
da autorid ad e, d a lei e da e stru tu ra .
L utero p e rc e ­
beu que o espírito daquela ig reja e ra a p ró p ria inversão
e negação do evangelho. D al a necessidade de p ro ­
testar, de resistir, de em igrar p a ra fo rm ar, fora da
te rra da servidão, um a nova com unidade basead a no
am or e n a liberdade.
Estou convencido, e n tre ta n to , que um a e stra n h a
m etam orfose se processou. A com unidade da liberdade
se esqueceu, tra iu e se rebelou c o n tra ela. Na realidade,
não existe novidade nisto. Os p ro fetas v iram com
m u ita clareza que Israel tin h a u m a irresistível vocação
p ara a prostituição, p a ra o abandono de Deus, para" os
Ídolos, p a ra o passado, p a ra a m orte. Até um dêies
proclam a, em nom e de Deus: “Não sois m ais o m eu
povo.” Segundo posso ver, e sta é a situação em que
se e n co n tra p resen tem en te a m aior p arcela do p ro tes­
tantism o latin o -am erican o , especialm ente no B rasil.
(C ontinua na pág. 7)
N .° 56
SE QUERES A PAZ,
TRABALHE PELA
JUSTIÇA
“ Se queres a paz, trabalhíí:
nela Ju s tiç a ” , foi o tem a esco­
lhido pela Com issão Ju stiç a e
P az do V aticano p ara o V D IA
M U N D IA L D A P A Z a come­
m orar-se, a I o de jan eiro de
1972.
O lem a sugerido pelo Papa,
segundo explicação do vice-pre­
sidente da Com issão Ju stiça e
Paz, m onsenhor R aim ondo T orella Cascante, pretende su b sti­
tu ir, com um a fórm ula cristã e
correspondente aos
problem as
atuais, o antigo provérbio ro ­
mano que, contràriam ente, acon­
selhava : “ Si vis paeem , p ara
belluni” — Se queres a paz,
prepare-se p a ra a g u e r ra ” .
Ao ju s tific a r o tem a para
1972, m onsenhor Raim ondo T ir
relia C ascante disse que o a s ­
sunto é atual, “porque seu ponto
de p artid a é a p ró p ria realidade
de hoje, m arcada pela sé rie de
in ju stiç a s que se sucedem em
tôdas as p artes do m undo” .
A crescentou ainda que o tem a
ju stiç a está de acordo tam bém
com um dos p rincipais assuntos
a serem discutidos d u ran te o S í­
nodo dos Bispos, a realizar-se r:o
próxim o outono, em Rom a.
E m seguida, o vice-presidente
da Com issão Ju s tiç a e P az d is­
trib u iu um a nota, em espanhol,
explicando o que significava o
conceito ju stiç a ,
esclarecendo,
entre o u tras coisas, que não cor­
responde m ais à "nenhum a d a l
fó rm u las adotadas com um ente
para d efin ir a ju stiç a como a
cada um segundo seus direitos,
a cada um segundo seus m é r i­
tos” . “ A cada um — acrescen­
ta a nota — é suspeito a p rio ri
e não corresponde a concepção
cristã.
É p refe rív el —■ diz —
o rien tar-se p ara noção m ais a m ­
pla, m ais com unitária da ju stiça,
substituindo o eu pelo iiossr.,
pelo todos".
A ludindo à ju v en tu d e, o co­
m unicado salienta que "os jo( C ontinua na pág. 7)
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SINAIS DA MUDANÇA: A môça loura que apresenta aos