A Emancipação da Mulher
“A liberdade da mulher é condição
fundamental para a libertação de
toda a humanidade”
Karl Marx
A evolução da mulher ao longo dos
tempos
A Mulher na Pré-história
A Mulher na Antiguidade
A Mulher Medieval
A Mulher na Roma Antiga
O Casamento Romano
A Mulher na Idade Média
A Mulher e a Industrialização
A Mulher nos nossos dias
Mulheres Célebres
Na Pré-História
Na Pré-História, em diversas culturas,
foram encontradas estatuetas femininas
que simbolizavam ídolos da fertilidade. Há
mais de 4000 anos a.C., a civilização
egípcia apresenta fortes deusas como
Ísis, irmã e esposa de Osíris, mãe de
todos os faraós.
Na Antiguidade
Na Antiguidade, as etruscas foram consideradas as
primeiras feministas. Elas bebiam à saúde de
quem quisessem e saíam livremente de casa e
participavam das festas ao lado dos seus maridos.
Em Atenas, a mulher vivia em casa e tinha direito a
uma educação familiar. Os gregos acreditavam
que os deuses castigavam as mulheres que não
cumprissem os seus deveres.
A Mulher Medieval
No período medieval, calar as vozes
femininas que falavam mais alto já era
comum. As mulheres que praticavam cura
ou desafiavam as ordens da Igreja eram
queimadas na fogueira, pela Inquisição.
A Mulher na Roma Antiga
Uma coisa era a situação legal da mulher e outra coisa era o que se
passava na práctica, isto é, na vida real. Segundo a lei, a mulher
nunca era senhora de si: em solteira estava sob o poder do pai, em
casada ficava sujeita à autoridade do marido.
A mulher aparecia, na vida real, como a companheira e colaboradora do
marido, compartilhava com ele as preocupações do dia-a-dia, o
governo da casa, os cuidados com os filhos e a autoridade sobre os
serviçais. A matrona romana gozava de uma certa liberdade: saía para
ir às compras ou para visitar as amigas, participava , por vezes, em
banquetes com o marido.
O adultério, que não era crime para o homem, constituía para as
mulheres o maior dos crimes, punido com a morte. Já a mulher
casada, as solteiras ou as escravas não eram punidas por se
entregarem a qualquer homem.
A função primordial da mulher romana, depois da de gerar e criar os
filhos, era a do governo da casa e da preservação doa bens familiares.
O Casamento Romano
Durante muito tempo, o casamento foi considerado entre os romanos
como uma obrigação quase religiosa: era condição necessária do culto
doméstico.
O homem romano casava-se geralmente muito tarde(35,40 anos),
embora a idade legal para o casamento fosse 14 anos para os rapazes
e 12 para as raparigas. A mulher casava-se geralmente cedo porque o
homem, mesmo quando casava tarde, escolhia uma mulher jovem. O
casamento era combinado entre os pais e geralmente o dote não era
grande.
Durante a Realeza só os patrícios se casavam com um ritual solene
(comiam juntos e uniam as mãos), mas, nos tempos da República,
esta modalidade solene passou a ser usada também pelos plebeus.
Havia, porém, outras formas de casamento:
O por compra e venda: os noivos trocavam ficticiamente moedas entre si;
O por coabitação: os noivos ficariam casados, por consentimento dos
pais, após terem coabitado durante um ano.
Na Idade Média e na Idade Moderna, a mulher era
vista como um ser que necessitava da protecção
e da tutela do homem; ainda no século XVIII, Sir
William Blackstone, jurista inglês, negava os
direitos da mulher casada ao escrever:”a
capacidade jurídica da mulher é anulada pelo
casamento e passa a fazer parte da do marido”; já
no século XIX, o escritor francês Honoré de
Balzac considerava que “a mulher casada era
uma escrava, que o homem deveria saber colocar
no trono”.
A Mulher e a Industrialização
Nos princípios do século XIX, com a Industrialização, as
mulheres passaram a ser utilizadas como mão-de-obra
mais barata, sendo exploradas sobretudo nas fábricas
têxteis, não deixando de ter a seu cargo as tarefas
domésticas.
Trabalhavam cerca de 16 horas diárias por salários que
correspondiam a metade dos salários dos homens.
A exploração do trabalho feminino viria a constituir uma das
características sociais de todo o século XINGAS, uma vez
que participava em grande escala na produção, ganhando
o seu salário, a mulher foi alcançando uma certa
independência económica que a levou a reivindicar os
mesmos direitos que o homem. Iniciava-se, assim, a luta
das mulheres pela sua emancipação.
A Mulher nos nossos dias
A emancipação feminina
Uma das mais significativas transformações do apósguerra esteve relacionada com a condição da mulher.
Chamada ao trabalho durante a guerra e colocada em
postos até aí ocupados pelo homem, ela passou a
assumir, no seio da família, uma função de chefia. Ao
tomar consciência da importância do seu papel na
sociedade, passou a lutar pelo direito à igualdade
política, económica e social, intensificando o processo
de emancipação, desde há anos exigido pelo
movimento feminista. Nos anos 20, esse direito
começou finalmente a ser reconhecido.
A década de 60, desencadeada por uma
revolução cultural, foi o período que o
movimento feminista gritou mais alto.
O desenvolvimento da pílula
anticoncepcional deu reforço para as
mulheres buscarem o prazer sexual,
escolhendo se queriam ou não ter
filhos.
MULHERES CÉLEBRES DA
HISTÓRIA DO MUNDO
INÊS DE CASTRO
O drama de Inês de Castro é, talvez, o episódio mais conhecido da história medieval
portuguesa. Os seus amores com o príncipe herdeiro, a sua morte a mando do rei, a
vingança de D.Pedro, mandando arrancar, na sua presença, o coração dos nobres
implicados no assassínio – tudo isso inspirou um sem-número de poesias, peças de
teatro, óperas e bailados.
Esses elementos melodramáticos existiram de facto, mas em íntima ligação com um
aspecto em geral esquecido: o interesse da nobreza dos reinos ibéricos nas guerras
dinásticas permanentes. D.Inês de Castro vivia com o Infante P.Pedro desde a morte da
esposa. Os seus irmãos estavam entre os líderes da alta nobreza galega e, desde 1350,
tentavam persuadir o cunhado a fazer valer os seus direitos ao trono castelhano.
Para neutralizar os Castros, D.Pedro I de Castela desposou, em 1354, uma irmã de Inês.
Mas eles permaneceram hostis, e a crise agravou-se a ponto de o infante D.Pedro
pensar em invadir Castela, e reivindicar a coroa, no que foi impedido por D.Afonso IV.
Para evitar uma nova guerra luso-castelhana, Afonso IV decidiu a morte de Inês de
Castro, degolada a 7 de Janeiro de 1355, na ausência do infante.
Ao ser coroado rei , D.Pedro declarou tê-la desposado secretamente e ordenou a execução
dos que, em obediência às ordens de seu pai, a tinham degolado.
Ruínas do convento de Santa Clara-aVelha, em Coimbra, onde inicialmente foi
sepultada Inês de Castro.
Mais tarde, mandou transladar os seus restos
mortais para o Mosteiro de Alcobaça, onde lhe
mandou fazer um túmulo.
Ao lado do túmulo de Inês, mandou
esculpir o seu, no qual mandou
gravar as palavras:”Até ao fim do
mundo”.

As mulheres conseguiram emancipar-se
perante uma sociedade tradicionalmente
masculina e, aos poucos, vão-se tornando,
aos olhos do mundo, mais iguais.
Mas continuam a existir países, famílias,
empresas, onde as mulheres são
discriminadas, sofrem abusos psicológicos
e sexuais e não têm direito de opinião nem
de pensamento.

Actualmente, existem 98,6 mulheres para
cada cem homens. No mundo, há mais
igualdade a Norte do que a Sul, atingindo
os 90 por cento nos EUA, França e
Escandinávia. Em África e na Ásia
meridional, os índices de desigualdade são
os mais elevados. Segundo as Nações
Unidas, as mulheres não atingiram ainda a
igualdade real em nenhum país do mundo.
Cerca de 90 Estados ainda não ratificaram
a Convenção para a Eliminação de Todas
as Formas de Discriminação contra as
Mulheres.
Violência
Nos EUA, em cada 18 minutos uma mulher é agredida.
Na Índia, cinco mulheres são queimadas por dia, em consequência de disputas
relacionadas com o dote.
Em Marrocos, a violação de mulheres é considerado um crime moral e não um
atentado contra a integridade física. A lei de divórcio não atribui às mulheres a
custódia dos filhos.
No Afeganistão, como noutros países muçulmanos, as mulheres não podem
aparecer em público sem o tradicional véu que cobre todo o corpo, a "burqa", e
devem ser sempre acompanhadas de um familiar do sexo masculino, por imposição
da lei islâmica.
No Paquistão, cerca de oito mulheres são violadas por dia e 70 a 95 por cento já
foram vítimas de violência doméstica. A recusa em aceitar o casamento que lhes é
imposto é considerada um atentado à honra masculina e as mulheres correm o
risco de serem queimadas vivas.
Na Argélia, os grupos islamistas violam e atacam as mulheres que ousam usar
vestuário e comportar-se de forma considerada inadequada.
No Peru, os programas de saúde do Governo realizaram a esterilização de dezenas de
milhares de mulheres pobres.
Na África do Sul, as mulheres são consideradas seres inferiores, incapazes de tomar
decisões sem o consentimento dos maridos ou dos tutores.
Na Serra Leoa, as tropas rebeldes obrigam as mulheres à escravatura sexual, violandoas repetidamente e forçando-as a cozinharem para eles e a lavarem-lhes a roupa.
No Ruanda, as mulheres são usadas como recompensa para os soldados da guerra,
forçando-as a casarem e ao trabalho doméstico.
Na Birmânia e em Bangladesh, as mulheres são queimadas com ácido devido a
disputas de dote.
A circuncisão feminina - excisão do clitóris - é aplicada em 28 países africanos, sendo
que em apenas 25 por cento destes esta prática é considerada crime. Por ano, cerca de
dois milhões de raparigas sofrem mutilações genitais. Em todo o mundo existem 130
milhões de mulheres que já sofreram uma excisão.
Na Ásia, mais de um milhão de crianças, na sua maioria de sexo feminino, são forçadas
a prostituírem-se anualmente.
Como surgiu o Dia Internacional da
Mulher?
O Dia Internacional da Mulher foi criado em 1910, em memória das mulheres mortas
pelos seus patrões, em 1857, ao reivindicarem melhores salários e uma melhor
jornada de trabalho.
O Dia da Mulher foi comemorado, pela primeira vez, na Áustria, Alemanha,
Dinamarca e Suíça.
A ideia de se comemorar o Dia da Mulher surgiu nos inícios deste século,
acompanhando a industrialização, o crescimento populacional e o
aparecimento de ideologias radicais. No entanto, o dia em que actualmente se
presta homenagem às mulheres, o 8 de Março, tem origem numa greve de
norte-americanas.
Pensar na Revolução da mulher apenas como revolução sexual é simplificar
demais o termo “busca da igualdade”.
FIM
REALIZADO POR:
MARTA SOFIA FERREIRA NOGUEIRA
12º H
2002/03
Livros de história (desde o 7º ao 12º ano)
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Emancipação da Mulher