VIII CURSO NACIONAL DE ATUALIZAÇÃO EM PNEUMOLOGIA SBPT. SP abril 2007 Estratégias de tratamento farmacológico da DPOC Dr Luiz Fernando F. Pereira Coordenador da residência de pneumologia do HC-UFMG Pneumologista dos Hospitais Lifecenter e Biocor DPOC Definir e graduar a DPOC é tão difícil quanto definir e quantificar o amor! Kerstjens H. AJRCCM 2004 Características principais • Enfermidade crônica, progressiva e sistêmica • Inalação de partículas e gases tóxicos • Inflamação e enfisema • Obstrução que não é totalmente reversível • Prevenível e tratável II CB DPOC 2004 DPOC - epidemiologia Tabagismo em adultos no Brasil – 12 a 25% CONPREV, INCA, MS 2003 PLATINO SP – 15,6% para Vef1/Cvf < 0,70 Meneses AMB 2005 DATASUS • 5a causa internação • 6a causa de morte • Mortalidade crescente CO-MORBIDADES DA DPOC DPOC DOENÇA SISTÊMICA Inflamação sub-clínica • Caquexia - perda de massa muscular • Doença coronariana • Osteoporose • Neoplasia CO-EXISTÊNCIA EM PARTE POR IDADE • Depressão • DGRE • Artrite Wouters EFM. Eur Resp Mon 2006 GOLD 2006 Co-morbidades e mortalidade da DPOC Sin dd. Eur Respir J 2006 • 10.000 eventos médicos. DPOC maior rr de: pnm (16), osteoporose (3.1), im (1.7), angina (1.7) e fraturas (1.6) Soriano JB 2005 • DPOC grave dobro de câncer pulmão do que DPOC leve Mannino DM 2003 • Morte em DPOC com i. respiratória crônica 38% iresp, cvasv 27%, 11% infecção, 10% tep, neo 7%, outras 7% Zielinsk J 1997 • Risco morte cardiovascular aumenta 2 a 5 vezes de acordo redução do Vef1 e independe do tabagismo Sin DD 2005 e Stavem K J 2005 MORTALIDADE DA DPOC McGarvey L. Thorax 2007 Estudo TORCH N = 6184 pacientes Salmeterol/fluticasona x placebo 911 mortes - avaliadas por comitê Causas 27% dpoc, 8% pneumonia respiratórias cardiovasculares 35% 26% 16% morte súbita, 4% avc, 3% icc, 3% iam neoplasia 21% pulmão 14%, outros 7% outras/não conhecida 18% - QUAIS SÃO OS PARÂMETROS QUE VOCÊ UTILIZA PARA CLASSIFICAR A GRAVIDADE DA DPOC? A) Apenas o Vef1 B) Vef1 e gases arteriais C) Vef1 e sintomas D) Vef1 e difusão de monóxido de carbono CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA DPOC Excesso de tabelas e falta de evidências! ATS 1995 ERS 1995 SBPT 2000 GOLD 2001 ATSERS2 004 SBPT 2004 GOLD 2006 - - - em risco em risco - - 50% 70% 60% leve 80% IT < 70 leve 80% IT < 70 80% bd IT < 0,70 80% bd IT < 0,70 II 35 a 49% 50 a 69% 41 a 59% moderado 50 a 79% moderado 50 a 80% 50 a < 80% 50 a < 80% III < 35% < 50% 40% e/ou PaO2 < 50 grave 30 a 49% grave 30 a 50% 30 a < 50% ou O2 < 60 dispnéia 2/3 30 a < 50% IV - - PaCO2 > 45 e/ou dispnéia 4 < 30% ou dispnéia 4 ivd/co2> 50 < 30% ou < 50% + irc 0 I muito grave muito grave < 30% ou < 30% ou ivd/i. resp. c. ivd/i. resp. c. CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA DPOC Excesso de tabelas e falta de evidências! Grau zero sem valor prognóstico ATS 1995 J.AJRCCM ERS Vestbo SBPT GOLD2002 ATSERS2 004 1995 2000 2001 SBPT 2004 em risco noem risco Classificação baseada Vef1 0 Pró leve 80% 80% bd I 50% 70% 60% leveIT < 80% 70 IT < 70 IT < 0,70 • apesar falta relação sintomas é simples/universal 35 a 50 a 41 a moderado Calverly moderado a P. AJRCCM502004 II 49% 69% 59% 50 a 79% 50 a 80% < 80% Contra < 35%– < 50% o 40% e/ou do grave 30 a < 50% •III Pós-bd qual limite inferior? grave PaO2 < 50 30 a 49% 30 a 50% ou O2 < 60 • Baixa correlação dispnéia 2/3 - e qualidade PaCO2 > muito de grave vida muito grave < 30% ou IV• sintomas 45 e/ou dispnéia 4 < 30% ou < 30% ou • exacerbaçõesdispnéia e tolerância exercício 4 ivd/i. resp.ao c. ivd/i. resp. c. ivd/co2> 50 Kerstjens H. AJRCCM 2004 GOLD 2006 - 80% bd IT < 0,70 50 a < 80% 30 a < 50% < 30% ou < 50% + irc QUAL O MELHOR ÍNDICE PROGNÓSTICO DE MORTALIDADE DA DPOC? A) Vef1 B) PaO2 após exercício C) Capacidade inspiratória D) BODE Vef1, caminhada 6 min, dispnéia MRC, IMC BODE Melhor índice de mortalidade do que o Vef1 Valor semelhante como índice de gravidade? Celli B. NEJM 2004 0 1 2 3 VEF1 (% prev) ≥ 65 50 a 64 36 a 49 ≤ 35 D. caminhada 6 min (m) ≥ 350 MRC (0 a 4) IMC 250 a 349 150 a 249 ≤ 149 1 2 3 4 > 21 ≤ 21 - - BODE Melhor índice de mortalidade do que o Vef1 Valor semelhante como índice de gravidade? 0a2 3e4 5e6 7 a 10 Prediz internação melhor do que Vef1 Ong KC. Chest 2005 Variação do BODE após reabilitação tem valor prognóstico Cote CG. Eur Respir J 2005 COMO VOCÊ MONITORIZA O TRATAMENTO DA DPOC: A) Pico de fluxo expiratório e espirometria B) Distância caminhada em 6 minutos C) Capacidade inspiratória D) Evolução dos sintomas e uso de bd para alívio MONITORIZAÇÃO DO TRATAMENTO não há padrão áureo! PRÁTICA CLÍNICA • dispnéia, atividades físicas, sono, uso bd de alívio PESQUISA • escore de sintomas e escalas dispnéia • qualidade vida • espirometia – vef1, cv, cvf e capacidade inspiratória • teste caminhada 6 minutos • pletismografia • teste de exercício cardiopulmonar • redução exacerbações e internações • redução da mortalidade AVALIAÇÃO DA RESPOSTA AOS BRONCODILATADORES NA DPOC O´Donnel DE. AJRCCM 1999. CI é o índice que melhor reflete a melhora da tolerância exercício Rodrigues Júnior R. J Pneumol 2000. Indicador desempenho exercício SEN ESP VPP VPN VEF1 > 7% prev 200 ml 47% 39% 58% 29% CI 15% inicial 300 ml 66% 89% 91% 59% CV 15% inicial 400 ml 56% 72% 78% 48% Qual o valor clínico de uma melhora estatisticamente significante de: 70 ml no Vef1 ? 20 l/min no pico de fluxo ? 20 metros na caminhada de 6 minutos? 0,6 pontos no índice de dispnéia ? 0,7 jatos de aerossol de b2 de curta ação/dia? 1,9 pontos no SGRQ? 0,6 exacerbações/ano ? 0,4 internações/ano 9,0 ml/ano na queda progressiva do Vef1? Qual destes parâmetros tem maior valor clínico? MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA DPOC EXPOSIÇÃO A FATORES IRRITANTES • exposição a fumo e outros irritantes desde a última consulta PROGRESSÃO DA DOENÇA • como passou desde a última consulta • quanto caminha ou sobe sem dispnéia • reduziu atividades devido a doença • algum sintoma novo • relação entre as atividades diárias, esportivas, trabalho e sono com a doença FARMACOTERAPIA • opinião sobre cada medicamento • adesão e técnica inalatória • problemas com algum medicamento – compra, efeitos adversos EXACERBAÇÕES • número, gravidade, uso de bd e corticóide • qual a causa? GOLD 2006, sem evidências ou validação CAUSAS DE LIMITAÇÃO DO FLUXO AÉREO NA DPOC IRREVERSÍVEIS • Estreitamento e fibrose das vias aéreas • Perda do recolhimento elástico • Destruição do suporte alveolar REVERSÍVEIS • Inflamação e hipersecreção • Broncoespasmo • Hiperinsuflação dinâmica DPOC – objetivos do tratamento • alívio dos sintomas • prevenção da progressão • melhora da tolerância ao exercício • prevenção e tratamento de complicações • prevenção e tratamento de exacerbações • redução da mortalidade GOLD 2006 SUCESSO DEPENDE DA Adesão, técnica inalatória, gravidade e co-morbidades TRATAMENTO DA DPOC ESTÁVEL – GOLD 2006 Outras drogas Mucoativos Anti-oxidantes I. fosfodiesterase IV Vasodilatadores Diuréticos MANEJO DA DPOC ESTÁVEL pontos chaves do GOLD 2006 Abordagem individualizada Voltada para controle dos sintomas e q. vida EVIDÊNCIA A • educação é importante na cessação tabagismo e manejo • vacina influenza reduz infecções graves • medicamentos não reduzem a queda Vef1 • bd medicação central para manejo dos sintomas • ct inalatório útil se Vef1 < 50% e > 2 crises/ano • reabilitação melhora • sintomas, c. exercício, QV, internações, ansiedade/depressão • O2 15 hs/d aumenta sobrevida de pacientes com i. respiratória DPOC MODERADO, VEF1 55%, COM DISPNÉIA PARA DEAMBULAR RÁPIDO OU SUBIR ESCADAS. QUAL A SUA OPÇÃO DE BRONCODILATADOR? A) B2ACA E/OU IPRATRÓPIO SE NECESSÁRIO B) FORMOTEROL UMA OU DUAS VEZES/DIA C) TEOFILINA DE LIBERAÇÃO LENTA D) TIOTRÓPIO BRONCODILATADORES EM DPOC CANADÁ – Can Respir J 2003 DISPNÉIA AOS ESFORÇOS BD curta ação s/n ou regular, isolado ou combinado 1A escolha individualizada: resposta clínica x tolerância aos e. adversos DISPNÉIA PERSISTENTE APESAR BD CURTA AÇÃO BD de longa ação + B2ACA s/n 1A DISPNÉIA PERSISTENTE MODERADA A GRAVE B2LA + tiotrópio + B2CA s/n 3A DISPNÉIA GRAVE APESAR DE B2ALA+ TIO testar teofilina 3B 1 – randomizados; 2 - coorte/caso controle; 3 – experiência clínica consenso A – boa evidência para recomendar; B - evidência moderada para recomendar BRONCODILATADORES DPOC II CONSENSO BRASILEIRO 2004 LEVE B2aca e/ou ipratrópio quando necessário MODERADO Sintomas eventuais MRC I Vef1 ≥ 50 < 80% B2aca e/ou ipratrópio quando necessário Sintomas persistentes GRAVE MUITO GRAVE B2ala e/ou tiotrópio B2ala e/ou tiotrópio Xantina se sintomas persistirem B2ala e/ou tiotrópio Xantina se sintomas persistirem BRONCODILATADORES - BASE DO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DPOC 3 grupos/11 drogas BETA 2 AGONISTAS ANTI-COLINÉRGICOS XANTINAS CURTA AÇÃO Fenoterol Salbutamol Terbutalina Ipratrópio Aminofilina LONGA AÇÃO Formoterol Salmeterol Bambuterol Tiotrópio Teofilina l. lenta Bamifilina AVANÇOS NA TERAPIA INALATÓRIA do isoproterenol a ciclesonida Década 60 70 80 90 00 BDS Isoproterenol 2 curta ação Ipratrópio 2 longa ação Tiotrópio DISPOSITIVOS A. dosimetrado CFC Turbuhaler CTS Beclometasona75 Diskus, espaçador Aerolizer, pulvinal Handihaler, AD HFA Budesonida85 Fluticasona95 Ciclesonida05 BRONCODILATADORES VANTAGENS BETA 2 AGONISTAS DESVANTAGENS Efetivos Adversos em cardiopatas, Curta ação efeito rápido hipoxêmicos, parkinson Formoterol – rápida ação e efeito por 12 hs ANTICOLINÉRGICOS Efetivos Pico de ação mais lento Tiotrópio mais potente e efeito por 24 hs Quase sem adversos Tiotrópio custo elevado XANTINAS Efeitos extra-bd Menor efeito bd Muitos adversos Estreita faixa terapêutica Longa ação custo elevado DPOC A escolha do dispositivo é fundamental para o bom resultado Orientar e checar a técnica de uso nas consultas Efeitos adversos dos broncodilatadores na DPOC Seider N. Chest 1993. Dc, Cru, N 14 ICO + DPOC leve a grave Teofilina > 15 mg/l aumenta Bap e Bvp múltiplos Terbutalina 5 mg ou BI 500 g efeito discreto. Cazzola M. Chest 1998. Ce, Cru, N 12 DPOC grave, hipoxêmicos, com arritmia não grave formoterol 24 g taquicardia, Bap, Bvp e hipocalemia formoterol 12 g e salmeterol 50 g são seguros. Efeitos adversos dos broncodilatadores na DPOC Suissa S. Thorax 2003. Coorte 12990/1127 casos IAM. Saskatchewan. Beta 2 curta ação não aumenta o risco de IAM em DPOC, inclusive com risco cardiovascular e sem o uso de beta-bloqueador. Ferguson GT. Chest 2003. 7 estudos R, DC, N = 1443 Em relação ao placebo - salmeterol não aumentou riscos de eventos cardiovasculares ou alterações ECG inclusive em pacientes > 65 anos ou cardiopatas BRONCODILATADORES NA DPOC ESTÁVEL CONCEITOS DO NICE 2004 E GOLD 2006 • Base para alívio alivio dos sintomas • Não basear a avaliação da resposta apenas no Vef1, incluir • sintomas • atividades diárias • tolerância ao exercício • rapidez de alívio da dispnéia • Preferir a via inalatória • aerossóis dosimetrados (espaçador) ou inaladores de pó • Bd de longa ação são mais efetivos, convenientes e caros • são superiores a associação b2aca com ipratrópio • Combinação ou bd isolado? pesar individualmente • alívio sintomas x efeitos adversos x custos ESCOLHA DO BD EM DPOC Individual e dinâmica. Equilibrar as evidências com a prática clínica e o bom senso FUNDAMENTOS GRAVIDADE E. ADVERSOS IDOSOS CARDIOPATAS HIPOXEMIA CO-MORBIDADES OBJETIVOS NÍVEL SÓCIOVEF1, PFE, CI ECONÔMICO USO BD ALÍVIO DISPOSITIVO Q. DE VIDA CUSTO MENSAL ADESÃO DISPNÉIA BD CURTA AÇÃO 1 EXACERBAÇÕES B2 LONGA AÇÃO 2 INTERNAÇÕES TIOTRÓPIO 10 SOBREVIDA EXERCÍCIO O2 15 HS/D 12 REABILITAÇÃO 15 OS ESTUDOS MOSTRAM QUE 50 A 70% DOS MÉDICOS PRESCREVEM CORTICOSTERÓIDES INALATÓRIOS PARA SEUS PACIENTES COM DPOC. QUAL O SEU CRITÉRIO PARA PRESCREVER CT INALATÓRIO NA DPOC? A) resposta a broncodilatador na espirometria B) falta de controle adequado com broncodilatadores C) vef1 < 50% e exacerbações repetidas D) eosinófilos acima de 3% no escarro induzido CORTICOSTERÓIDES EM DPOC ESTÁVEL BASES DO NICE 2004 E GOLD 2006 CTS ORAIS – MUITOS EFEITOS ADVERSOS • não são recomendados devido falta de evidências de benefícios • teste 14 dias não é reprodutível CTS INALATÓRIOS – PRESCRITOS PARA 50 A 70% • não reduzem a queda do Vef1 • reduzem exacerbações e velocidade de queda da q. de vida • efeito controversos sobre a mortalidade • revisão reduz morte em 25% (faltam estudos prospectivos) • não são desprovidos de efeitos adversos • pele, candidíase, osteoporose, catarata?, fraturas? • principais indicações • Vef1 < 50% e pelo menos 3 crises em 3 anos – GOLD • Vef1 ≤ 50% e ≥ 2 crises/ano - NICE CORTICOSTERÓIDES REDUZEM QUEDA PROGRESSIVA DO VEF1 NA DPOC? Pooled analysis de 7 estudos LHS, CCLS, ISOLDE, EUROSCOP, TRISTAN, Szafranski, Calverly N = 3911, 71% H, Vef1 37 a 76%, 12 a 36 m Budesonida 800- 1600µg/d ou equivalente x placebo Primeiros 6 meses • Grupo ct houve aumento e do placebo redução Vef1 • diferença a favor ct: 2,4% ± 0,2% (p < 0,001) • maior diferença em mulheres ex-fumantes: 65 ml Avaliação 6 a 36 meses • Em ambos os grupos queda do Vef1 • sem diferença na queda: - 0,01 ± 0,09% (p = 0,86) GOLD: IV 8%, III 28%, II 49% e I 15% Ct inalatório e mortalidade da DPOC. Sin DD. Thorax 2005; 60: 992- 97 p 0,0039 REDUÇÃO MORTALIDADE Total 25% (p 0,04) G III/IV 34% G I/II NS Mulheres 54% Ex-fumantes 40% EFEITO DA RETIRADA DO CORTICOSTERÓIDE EM DPOC Estudo COSMIC. Wouters EFM Thorax 2007. N = 373. Vef1 49% Run-in: fluticasona/salmeterol 50/500 bid 3 meses. 12 meses F/S x S redução dias sem bd alívio % 6 aumento sintomas not % 6 aumento dispnéia (e: 0 a 4) 0,17 redução vef1% 4,1 aumento crises leves/a 0,7 0 p < 0,05 2 4 6 retirada ct piora controle dpoc Taxa anual de exacerbação mod/grave 1,6 x 1,3 - ns 8 BASEADO NAS EVIDÊNCIAS ATUAIS SOBRE A EFICÁCIA DOS MEDICAMENTOS NO MANEJO DA DPOC, PODEMOS AFIRMAR QUE: A) tiotrópio melhor que b2la B) b2la + ct inalatório melhor b2la isolado C) teofilina ll melhor que ipratrópio + b2ca D) tiotrópio melhor que b2la + ct inalatório 310 abstracts. 20 randomizados e cruzados Teofilina superior ao placebo: Vef1 – 110 ml (13 e), CVF – 210 ml (6 e) VO2 max – 195 ml/min (2 e) Preferência por teofilina - 2 de 2 estudos RR de náuseas – 7,7 DPOC - combinação B2 ação prolongada + ct inalatório Vef1 COM x B2LA COM x CT i Mahler 2002 - salmeterol,fluticasona 1000/d S S Calverly 2003 – salmeterol,fluticasona 1000/d S S NS S S S Q. Vida COM x B2LA COM x CT i Mahler NS S Calverly NS NS Szafranski NS NS Hanania (salm) NS NS COM x B2LA COM x CT i Mahler NS NS Calverly NS NS Szafranski S NS Hanania na na Szafranski 2003 – formoterol, budesonida 800/d Hanania 2003 – salmeterol, fluticasona 500/d Exacerbações Diferença significativa de combinação x placebo Revisão tiotrópio na DPOC - SGRQ Barr GR. Thorax 2006 Revisão tiotrópio na DPOC – Vef1 Barr GR. Thorax 2006 pré-randomização até1 ano Revisão tiotrópio na DPOC - Exacerbações Barr GR. Thorax 2006 Revisão tiotrópio na DPOC - Mortalidade Barr GR. Thorax 2006 Tiotrópio nas exacerbações da DPOC - 17% Dusser D. Eur Respir J 2006 TIO PLA Estudo MISTRAL. N = 1010. Vef1 30 a 65% (m 48%) 61% usando ct inalatório Tiotropio 18 µg x placebo 1 ano - 35% Tiotrópio Reduziu uso bd alívio 5 doses/sem Reduziu 0,9 visitas não agend./a Aumentou Vef1 120 ± 20 ml F DPOC com B≥ 3 exa/a Exacerbações em 1 a: Tio 2,01 x Pla 3,47 P - 37% Tiotrópio x salmeterol no tratamento da DPOC Donouhe JF. Chest 2002; 122: 47-55 R, DC, DD, N – 623, 6 m Salmeterol 50 g 2 x/d ou Tiotrópio 18 g 1 x/d Tiotrópio Salmeterol Aumento Vef1 Redução índice dispnéia Redução SGRQ Redução SGRQ > 4 Redução salbutamol j/d 140 1,02 5,14 51% 1,45 90 0,24 3,54 40% 1,44 s s s s ns Valor clínico? Tiotrópio x salmeterol na DPOC Brusasco V. CHEST 2003. DC, DD, N 1207, Vef1 39% Salmeterol 50 g , tiotrópio 18 g 1 x/d ou placebo por 1 a T Exacerbações/ano Internações por exacerbações/a Aumento Vef1 x placebo - ml Melhora QV (SGRQ) Melhora QV 4 Redução dispnéia (idt) x placebo 1,07 0,10 120 4,2 49% 1,1 S 1,23 0,17 90 2,8 43% 0,7 P p < 0,05 1,49 0,15 1,5 39% - TxP ns TeS TxP TxP TeS DPOC GRAVE COM VEF1 DE 40%, SATO2 91%, EM USO DE BETA 2 DE LONGA AÇÃO BID E SALBUTAMOL 2 a 3 V/DIA. DISPNÉIA PARA DEAMBULAR. O QUE VOCÊ ACRESCENTARIA AO TRATAMENTO? A) ipratrópio 4 jatos 3 a 4 vezes/dia B) teofilina de liberação lenta 2 vezes/dia C) corticóide inalatório dose alta com espaçador D) tiotrópio EFEITO DA COMBINAÇÃO FORMOTEROL/BUDESONIDA NA DPOC N = 812. Vef1 36%. Dois jatos B160/F4,5 x B200 x F4,5 x Placebo Exacerbação grave: necessidade ct oral, antibiótico e/ou internação 2 1,8 1,6 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 1,84 1,89 1,59 BF x B – ns (11%) BF x P – p 0,035 (24%) BF x F – p 0,04 (23%) 1,42 B x P – ns (15%) F x P – ns (2%) B/F B F P Exa grave/ano Szafranski W. Eur Respir J 2003 EFEITO DA COMBINAÇÃO FORMOTEROL/BUDESONIDA NA DPOC N = 812. Vef1 36%. Dois jatos B160/F4,5 x B200 x F4,5 x pla Szafranski W. Eur Respir J 2003 0 -0,5 B/F B F P -1 -1,9 -1,5 -2 -2,5 -3 -3,5 -3,6 -3,9 -4 0,009 -4,5 Q. Vida - SGRQ Aumento Vef1 % basal B/F, B e F superiores ao placebo Diferença B/F x P = 15% p < 0,001 SALMETEROL/FLUTICASONA REDUZ HIPERINSUFLAÇÃO EM REPOUSO E EXERCCÍCO ODONNELL DE. CHEST 2006 N = 185, Vef1 40 %, duração 8 semanas Melhora com S50F250 em comparação com placebo CRF 350 ± 120 ml CI 330 ± 60 ml Tempo de endurance 132 ± 45 s CI durante exercÍcio 200 ± 50 ml Melhora do exercício correlação com: CI r = 0,45 (p < 0,001) Vef1 r = 0,23 (p 0,08) < 0,003 < 0,003 0,004 < 0,05 SALMETEROL/FLUTICASONA X SALMETEROL NA DPOC ESTÁVEL Kardos P. AJRCCM 2007 N = 994, Vef1 pós-bd < 50% salmeterol 50 x salmeterol 50/fluticasona 500 bid 11 meses SGRQ -4 Exacerbação mod/grave Tempo até 1a exacerbação SF 50/500 bid 42% S 50 bid 30% p 0,002 0,92/a 1,4/a 0,0001 93 d 0,0001 redução 35% 128 d Tiotrópio x formoterol x formoterol/tiotrópio van Noord JA. Eur Respir J 2005 N = 71. Vef1 37%. 88% ct ina Cruzado, 3 períodos de 6 sem. Pico 354 ↑Vef1 T/F 0- 12 hs 234 ml 12- 24 hs 86 ml T F 127 ml 86 ml 43 ml 38 ml Apenas T x F 12- 24 hs - ns T/F superior a 2a dose F após 7 hs e T por 13 hs F T melhor F B P T/F mid T mid F bid DPOC - tiotrópio com e sem formoterol (1- 2 v/d) van Noord JA. Chest 2006 N = 95. Vef1 38%. 81% ct ina. Cruzado, 3 períodos de 2 sem. < 0,05 TFF x T < 0,05 TF x T < 0,05 TFF x TF Pico 389 T/F/F T/F T F B ↑ médio Vef1 T 0- 12 hs 125 12- 24 hs 37 T/F 238 89 P T/F/F 241 156 TFF x T TFF x TF TF x T S NS S S S S DPOC - tiotrópio com e sem formoterol (1- 2 v/d) van Noord JA. Chest 2006 N = 95. Vef1 38%. 81% ct ina. Cruzado, 3 períodos de 2 sem. < 0,05 TFF x T < 0,05 TF x T < 0,05 TFf x TF Pico 552 T/F/F T/F T F B ↑ médio CI T 0- 12 hs 184 12- 24 hs 58 T/F 312 101 P T/F/F 294 138 TFF x T TFF x TF TF x T S NS S S NS NS DPOC - ESTUDO TORCH salmeterol x salmeterol/fluticasona x fluticasona x placebo • N= 6184, DC, paralelo • S50, S50F500, F500, PLACEBO bid por 3 anos • Idade: 65 ± 8 a, Masculino - 75% • Fumantes – 43% • Vef1: 44 ± 12%, IMC – 25 ± 5 • Uso Ctina + b2la - 29%, Ctina - 22%, B2la - 08% • SGRQ: 49 ± 17 • Exacerbação no ano anterior – 57% • Excluídos: P 44%, S 37%, F 38%, SF 34% * Podiam usar qualquer medicação e eram avaliados na mortalidade final • Aderência – 88% Calverly PMA. NEJM 2007 DPOC - ESTUDO TORCH salmeterol x salmeterol/fluticasona x fluticasona x placebo Calverly PMA. NEJM 2007 VEF1 pós-bd ml 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 92 Todas diferenças p < 0,001 50 SF X P SF X S 44 42 SF X F SXP 47 F XP DPOC - ESTUDO TORCH salmeterol x salmeterol/fluticasona x fluticasona x placebo Calverly PMA. NEJM 2007 SGRQ – média inicial 49 ± 17 < 0,001 < 0,001 0,02 0,06 < 0,001 0 -0,5 -1 -1 -1,2 -1,5 -2 -2,2 -2,5 -3 -2 Valor clínico - 4 -3,1 (IC -4,1 a -2,1) -3,5 SF X P SF X S SF X F SXP F XP DPOC - ESTUDO TORCH salmeterol x salmeterol/fluticasona x fluticasona x placebo EXACERBAÇÕES rr 1,2 1 Média anual SF 0,85 e P 1,13 0,8 0,83 mod/grave ns ns 1,02 0,88 grave 0,91 ns 0,95 0,88 0,85 0,82 0,82 SXP F XP 0,75 0,6 0,4 0,2 0 SF X P SF X S SF X F ns – diferenças não significantes DPOC - ESTUDO TORCH salmeterol x salmeterol/fluticasona x fluticasona x placebo Calverly PMA. NEJM 2007 EFEITOS ADVERSOS % 20 p < 0,001: SF x P e F x P 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 12,3 18,3 19,6 13,3 Sem diferença: Catarata Fraturas Densidade óssea Pneumonia Achado inesperado Sem critério definição Não explica mortes P S F PNEUMONIA SF DPOC - ESTUDO TORCH salmeterol x salmeterol/fluticasona x fluticasona x placebo Mortalidade: F 16%; P 15,2%; S 13,5%; SF 12,6% rr 1,2 1 0,8 0,052 0,48 0,007 0,932 0,18 0,53 1,06 0,879 Diferença 0,825 CV/Neo 48% Pulmonar 35% P – Outras ns 17% de 0,774 2,6% entre SF x Redução do risco de morte em 17,5% 0,6 Falta de efeito da associação? Erro tipo II - N pequeno Calverly PMA. 0,4 0,2 NEJM 2007 44% de retirada do estudo no grupo placebo 0 SF X P SF X S SF X F SXP F XP PAPEL DA ASSOCIAÇÃO DE SALMETEROL OU SALMETEROL/FLUTICASONA AO TIOTRÓPIO Aaron S. Ann Intern Med 2007 N = 449, DPOC mod/grave Vef1 < 65%, ≥ 1 crise último ano. Tio 18 mais: pla 2 j bid ou salm 25 2j bid ou salm/flut 25/250 2 j bid – 52 s TIO Pelo menos uma exacerbação no ano Tempo até 1a exacerbação Excluído antes de 1 ano RR internações x tio SGRQ Aumento Vef1 % previsto TIO/S TIO/S/F 156 148 145 62,8% 64,8% 60% 130 128 217 47% 43% 0,83 - 6,3* 1,8% 26%* 0,67* - 8,6* 4,6%* - - 4,5 1,3% Sem diferença entre os grupos a melhora da dispnéia * p < 0,05 DPOC 65 ANOS, MASCULINO, VEF1 40%. NOS ÚLTIMOS 3 ANOS EM USO DE: * SALMETEROL 50/FLUTICASONA 500 BID, * SALBUTAMOL DE ALÍVIO, * CT ORAL 1 A 2 VEZES/A DEVIDO CRISES EM RELAÇÃO A DENSIDADE ÓSSEA? A) avaliaria cada 6 meses B) avaliaria cada 6 a 12 meses C) avaliaria cada 12 a 18 meses D) não avaliaria DPOC E OSTEOPOROSE EPIDEMIOLOGIA 35 a 72% osteopênicos e 36 a 60% osteoporose 29% fratura vértebra em lista espera TX pulmão FATORES DE RISCO hipogonadismo, pouca atividade física, tabagismo, deficiência vitamina D e ct oral e/ou inalatório dose alta MANEJO Densitometria cada 6 a 12 m se uso de ct oral e cada 12 a 18 m se uso de ct inalatório Atividade física, Cálcio e vitamina D Reposição hormonal, Calcitonina, Bifosfonato Biskobing D. Chest 2002 TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DPOC CONCLUSÕES ATENÇÃO • educação, vacina, cessação tabagismo • diagnóstico e tratamento co-morbidades INDIVIDUALIZADO • em etapas ascendentes e de acordo gravidade • baseado fundamentalmente nos sintomas FALTAM EVIDÊNCIAS • comparando e eficiência de várias estratégias • pesar melhora estatística x clínica x custos • usar mais de um parâmetro para avaliar resposta • sem esquecer dos sintomas/expectativas paciente TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DPOC teofilina b2la + tio ou ct ina b2la ou tio b2ca e/ou bi ATS/ERS 2004 BENEFÍCIO BASEADO NAS EVIDÊNCIAS MÉDICAS E SEM ESQUECER DA BOA PRÁTICA CLÍNICA Individualizar Equilibrar RISCO CUSTO