ACESSO A MEDICAMENTOS EM PNEUMOLOGIA Prof. Dr. ALCINDO CERCI NETO ACESSO Deve significar acesso ao medicamento adequado, para uma finalidade específica, em dosagem correta, por tempo adequado e cuja utilização racional tenha como conseqüência a resolutividade das ações de saúde. DISPONIBILIDADE – tipo de produto, quantitativo e tipo de serviço necessário e ofertado ACESSIBILIDADE GEOGRÁFICA – localização de serviço e localização do usuário ACEITABILIDADE – expectativa do usuário e características reais do produto CAPACIDADE AQUISITIVA – preço versus capacidade de pagamento QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS – perpassa todas as dimensões do acesso BERMUDEZ, JAZ. BONFIM, JRA.Sobravime, p.239,1999. Promovendo o Acesso a medicamentos 1. Seleção e uso racional 4. Financiamento sustentavel ACESSO 2. Preços acessíveis 3. Sistemas de saúde confiáveis OMS, 2000 Sobre a integralidade do SUS... Atenção terciária/alta complexidade Atenção secundária/média complexidade Atenção primária / atenção básica Ministério da Saúde – Secretaria de Assistência à Saúde – Desenhos da Organização da Atenção no SUS – A Integralidade da Atenção à Saúde – 2003. Alguns dados das Doenças Respiratórias A DPOC é a quinta doença mais letal do Brasil, atingindo cerca de 6 milhões de pessoas. Mata, ao ano, cerca de 30 mil: são três vitimas fatais a cada hora. Só na região metropolitana de São Paulo têm prevalência de 15%. O Brasil é o 8º país no mundo em prevalência de asma. Aproximadamente 20% dos brasileiros têm ou já tiveram algum sinal. Dos portadores, 25% apresentaram um quadro de moderado a grave, o que pode causar morte por diagnóstico tardio e terapia incorreta. A campeã em atendimentos pelo SUS é a pneumonia: 900 mil casos por ano. A mortalidade entre aqueles que se tratam em ambulatórios é menor do que 1%, mas os pacientes que precisam se internar estão entre 6% e 16%. Acesso: www.datasus.gov.br Doenças Respiratórias Crônicas no Brasil As doenças respiratórias crônicas afetam todas as idades e representam uma carga substancial tanto para o indivíduo como para a sociedade. No Brasil, 15 milhões de pessoas são afetadas por asma, 20 milhões têm rinite alérgica e cinco milhões de brasileiros com idade acima de 40 anos apresentam DPOC. Esses números demonstram que 2 em cada 10 brasileiros são afetados por uma doença respiratória crônica. A maior parte das doenças respiratórias crônicas é representada por asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), rinite alérgica, doenças ocupacionais dos pulmões, síndrome de apnéia obstrutiva do sono e hipertensão pulmonar. CAMARGOS, PAM. et. Al. Gazeta Médica da Bahia; 78(supl 2): 69-74, 2008. Acesso: www.datasus.gov.br Alguns dados das Doenças Respiratórias A DPOC é a quinta doença mais letal do Brasil, atingindo cerca de 6 milhões de pessoas. Mata, ao ano, cerca de 30 mil: são três vitimas fatais a cada hora. Só na região metropolitana de São Paulo têm prevalência de 15%. O Brasil é o 8º país no mundo em prevalência de asma. Aproximadamente 20% dos brasileiros têm ou já tiveram algum sinal. Dos portadores, 25% apresentaram um quadro de moderado a grave, o que pode causar morte por diagnóstico tardio e terapia incorreta. A campeã em atendimentos pelo SUS é a pneumonia: 900 mil casos por ano. A mortalidade entre aqueles que se tratam em ambulatórios é menor do que 1%, mas os pacientes que precisam se internar estão entre 6% e 16%. Acesso: www.datasus.gov.br Doenças Respiratórias Crônicas no Brasil As doenças respiratórias crônicas afetam todas as idades e representam uma carga substancial tanto para o indivíduo como para a sociedade. No Brasil, 15 milhões de pessoas são afetadas por asma, 20 milhões têm rinite alérgica e cinco milhões de brasileiros com idade acima de 40 anos apresentam DPOC. Esses números demonstram que 2 em cada 10 brasileiros são afetados por uma doença respiratória crônica. A maior parte das doenças respiratórias crônicas é representada por asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), rinite alérgica, doenças ocupacionais dos pulmões, síndrome de apnéia obstrutiva do sono e hipertensão pulmonar. CAMARGOS, PAM. et. Al. Gazeta Médica da Bahia; 78(supl 2): 69-74, 2008. Acesso: www.datasus.gov.br Acesso aos medicamentos em Pneumologia Acesso em Pneumologia Atualmente o acesso aos medicamentos para tratamento das doenças respiratórias ocorrem de três formas Aquisição pessoal com receita médica SUS – Atenção Básica – Previstos nos PCDT Asma Fibrose Cística Hipertensão Pulmonar (em consulta pública) Tuberculose Judicial ASMA CAMARGOS, PAM. et. Al. Gazeta Médica da Bahia; 78(supl 2): 69-74, 2008. CONTROLADO PARCIALMENTE CONTROLADO NÃO CONTROLADO EXACERBAÇÃO aumentar reduzir NÍVEL DE CONTROLE TRATAMENTO AP Manter e encontrar menor degrau com controle Considerar subir um degrau AS Subir até controle Tratar como crise aguda AUMENTAR REDUZIR ETAPAS DO TRATAMENTO Atividades educativas + controle ambiental β2 curta duração S/N β2 curta duração S/N β2 curta duração S/N β2 curta duração S/N β2 curta duração S/N SELECIONE UM SELECIONE UM + UM OU MAIS ADICIONE CI baixa dose Dose média / alta de CI CI média/alta dose + β2 longa duração Corticóide VO antileucotrienos CI baixa dose + β2 longa duração Teofilina liberação lenta Baixa dose de CI + teofilina antileucotrieno ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3 ETAPA 4 ETAPA 5 Asma intermitente Asma persistente leve Terapia adicional Mau controle persistente Uso freqüente corticóide oral CI=Corticóide Inalatório Adaptado da revisão do Global Initiative for Asthma, 2008 e British guideline on the management of asthma, 2008. CLASSIFICAÇÃO INICIAL DA ASMA GM 2982 dez. 09 - RENAME intermitente persistente leve persistente moderada persistente grave ABORDAGEM EDUCATIVA CONTROLE AMBIENTAL TRATAMENTO FARMACOÓGICO Reduzir ETAPA AVALIAR SIM REAVALIAR CONTROLE? NÃO AVALIAR: ·adesão ·dose ·uso correto dispositivo CORRETOS PARCIALMENTE aumentar ETAPA CONTROLE? CRISE Atenção Terciária TRATAMENTO DA CRISE Adaptado da revisão do Global Initiative for Asthma, 2008 ESTÁ EM REVISÃO CLASSIFICAÇÃO INICIAL DA ASMA intermitente persistente leve persistente moderada GM 2981 de nov. 09 persistente grave ABORDAGEM EDUCATIVA CONTROLE AMBIENTAL TRATAMENTO FARMACOÓGICO Reduzir ETAPA AVALIAR SIM REAVALIAR CONTROLE? NÃO AVALIAR: ·adesão ·dose ·uso correto dispositivo CORRETOS PARCIALMENTE aumentar ETAPA CONTROLE? CRISE TRATAMENTO DA CRISE Adaptado da revisão do Global Initiative for Asthma, 2008 DPOC Sem DPOC · Atividades educativas · Parar de fumar · Atividade física · Evitar poluentes · Oferecer vacinação antiinfluenza (> 60 anos) · Oferecer antipneumocócica (>60 anos) NÃO HÁ FINANCIAMENTO ATENÇÃO PÚBLICO ATENÇÃO I II III IV LEVE MODERADA GRAVE MUITO GRAVE · VEF1/CVF<0,7 · VEF1/CVF<0,7 · VEF1/CVF<0,7 · VEF1/CVF<0,7 · VEF1≤80% previsto · 50%≤VEF1<80% previsto · 30%≤VEF1<50% previsto · VEF1<30% previsto PRIMÁRIA ● redução dos fatores de risco ● adicionar β2 curta-ação SECUNDÁRIA ● adicionar β2 longa-duração ou anticolinérgico ● reabilitação ● adicionar corticóide inalatório se exacerbações repetidas (1 a 2 no ultimo ano após uso via oral de corticóide ou antibiótico) ● adicionar O2 ● considerar cirurgia Adaptado de GOLD, 2007 e Thorax 2004;59(Suppl I):1-232. DPOC - Situação mais grave de acesso - Os unícos medicametos previstos na RENAME para tratamento da DPOC é o salbutamol e as xantinas, que cobrem uma pequena parte dos pacientes na atenção básica - Não há PCDT - O acesso ocorre em alguns estados e municipios que financiam através de algumas açoes programáticas o acesso a medicamenros para casos mais graves, como São Paulo, Espirito Santo e Recife JUDICIALIZAÇÃO ► não DEVE NUNCA ser ao local de acesso a medicamentos ► Todos os medicamentos devem ser disponibilizados juntamente com plolíticas publicas de saúde JUDICIALIZAÇÃO ► Tribunal Federal mantém decisão de obrigatoriedade de remédio para doença pulmonar. ► O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) julgou improcedente as apelações da União e do estado do Paraná e manteve a decisão do Juiz Federal de Maringá (PR) que determinou que os remédios para doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) sejam fornecidos aos pacientes do SUS.