Reanimação Cardiopulmonar
em Pediatria
Dr. Eduardo
Emergência de Pediatria do Hospital
Regional da ASA Sul
(HRAS)/SES/DF
www.paulomargotto.com.br
5/4/2009
Diferentes Etiologias
Trauma, Hipovolemia, Doenças respiratorias, Infecções
Falência respiratória
Choque
Falência cardiopulmonar
Parada cardiopulmonar
Conseqüências: Parada Respiratória
vs Parada Cardiopulmonar na Criança
100%
Taxa de
sobrevida
50%
0%
Parada
Respiratória
Parada
Cardiopulmonar
O que é essencial então??



Saber reconhecer um quadro de desconforto
respiratório
e sua consequência mais imediata:a falência
respiratória
Saber reconhecer sinais de choque
Determinar as condutas de ressuscitaçao
evitando o evento final, muitas vezes letal,
que seria a PCR
O ABC da Ressuscitação
 A = Via Aérea (Airway)
Ventilação
B = Boa respiração (Breath)
Oxigenação
C= Circulação (Circulação)
Perfusão
Atendimento na Sala de Reanimação Avaliação Cardiopulmonar Rápida
Exame Físico - Vias Aéreas
 Pérvias
 Sustentáveis
 Não
sustentáveis sem intubação
Via Aérea

Passos Inicias:
 Aspiração de VAS: Aspirador de ponta rígida ou
o mais calibroso possível
 Abertura da Via Aérea
– Sem suspeita de Trauma:
– Extensão do pescoço e elevação do queixo(POSIÇÃO
DO FAREJADOR)
– Com Suspeita de Trauma:
– Elevação da Mandíbula
– Manter Cabeça em Posição Neutra: (Coxim)
Boa Respiração
Exame Físico - Avaliação Respiratória

Freqüência

Esforço respiratório

Entrada de ar: Ruídos audíveis ou não

Ausculta respiratória.

Coloração da pele e temperatura
Boa Respiração
 Condutas:

Oximetria de pulso
 Fornecer oxigênio com a máxima FiO2
possível
Métodos de fornecer O2
Cateter nasal
Fluxo
FiO2
1-4 l/min
30-40%
Máscara simples 6-10 l/min
de O²
35-60%
Hood
10-15 l/min
80%
Venturi
Variável
Até 60%
Máscara NR
10-12 l/min
com reservatório
95-100%
Tamanho adequado da
máscara facial
Não está melhorando com O2?

Iniciar VPP
 (Bolsa Valva-máscara com reservatório)
– Indicações:
– Apnéia apesar de fornecimento de O2
– Bradicardia
– Persiste cianose e baixa saturação mesmo com
fornecimento de O2
Circulação
Exame Físico Circulação
•
Avaliar freqüência cardíaca: Ausculta cardíaca e
palpação de pulsos:
RN: Coto umbilical
Lactente: Pulso femoral ou braquial
Criança acima de 1 ano: Carotídeo
•
Perfusão sistêmica
Pulsos periféricos
Enchimento capilar
Nível de consciência
Débito urinário
•
Pressão sangüínea
Freqüência Cardíaca em
Crianças Normais

Idade
Criança até 3 meses
3 meses a 2 anos
2 a 10 anos
Faixa
85 – 200 bpm
100 – 190 bpm
60 – 140 bpm
Enchimento Capilar

O tempo de enchimento capilar normal é
< 2 segundos em ambiente aquecido
Circulação
Nível de Consciência (Perfusão cerebral)
– A — Acordado
– V — Responde ao estímulo Verbal
– D — Responde ao estímulo Doloroso
– N — Não responde
Avaliação Cardiopulmonar Rápida
durante RCP

Idade
Percentil 5 em mmHg
Pressão Sistólica
0 a 1 mês
60
> 1 mês a 1 ano
70
> 1 ano
70 + (2 x idade em anos)
Conhecimento e Habilidades
Essenciais na RCP

Manter vias aéreas pérvias

Proporcionar ventilação e
oxigenação adequadas

Manter débito cardíaco adequado.

Acesso venoso para infusão de líquidos e drogas

Acesso venoso periférico

Intraóssea

Acesso venoso central
Indicações de Compressão
Torácica(MCE)
 FC

abaixo de 60 bpm
Crianças até 1 ano:
Relação Compressão/Ventilação
– 1 socorrista :Relação 30:2 . Dois dedos
comprimindo o terço inferior do esterno.
– 2 socorristas Relação 15: 2 . Manobra dos
polegares abraçando o tórax
Compressões
Torácicas(MCE)






Criança acima de 1 ano e adulto:
1 – 8 anos: Uma das mãos (região hipotenar)
comprimindo o terço inferior do esterno, evitando
o apêndice xifóide
Acima de 8 anos: Duas mãos no mesmo local
Um socorrista: Relação 30:2
Dois socorristas: Relação 15:2
Adultos: SEMPRE 30:2
Profundidade: ½ a 1/3 do diâmetro do Tórax
Compressões torácicas(MCE)





Realizar cerca de 100 compressões por minuto
Realizar 5 ciclos de 30:2(cerca de 2 minutos), se
estiver sozinho, reavaliando o pulso ao término
dos 2 minutos.
Dois socorristas : realizar 10 ciclos de 15 :2
(cerca de 2 minutos) reavaliando o pulso ao
término .
Revezar funções após cada 2 minutos
Com a via aérea segura(entubado): não é mais
necessário a pausa para ventilação. Compressões
contínuas com uma ventilação a cada 6-8
segundos.
Indicações para intubação

Pode ser realizada a qualquer momento da RCP

Indicações precisas:
– Ventilação com BVM ineficaz ou prolongada
– Coma: Glasgow < 8
– PCR ou Apnéia sem resposta a VPP, MCE
–
–
–
–
ou Epinefrina
“Gasping”
Criança entrando em fadiga respiratória
Retenção de Co2(PaCo2 > 60)
PaO2 < 50 com FiO2 > 60
Intubação

Putz!!!. A enfermeira vai perguntar.....
 Doutor....
 Lâmina reta ou curva?
 Número da lâmina?
 Qual o número do tubo? Com ou sem Cuff?
 Quanto de profundidade do tubo vou
colocar?
Regras práticas
Idade
Lâmina
Número tubo
Distância (cm)
RN pré termo
Reta 0
2,5 ou 3 sem cuff
8
RN termo
Reta 0 ou 1
3,0 ou 3,5 sem cuff
9-10
6 meses
Reta 0 ou 1
3,5 ou 4 sem cuff
10,5 – 12
1 ano
Reta 1
4 ou 4,5 sem cuff
12 – 13,5
2 anos
Reta 2
4,5 sem cuff
13,5
Regras (A partir de 2 anos)
Número do tubo:
– Tubos sem cuff:
– Idade(anos) + 4
4
Tubos com cuff:
– Idade + 3
4
Distância de inserção(cm)
– Número do tubo x 3
– Cateter de Aspiração
– Número do tubo x 2
Intubação

Precauções universais: Máscara, luva,
óculos de proteção
 Ventilação rigorosa com VPP antes do
procedimento
 Tenho quanto tempo?
30
segundos !!!
Intubação

Está entubado???
 Parâmetros primários:
–
–
–
–

Elevação simétrica do tórax durante VPP
Vapor de água na traquéia durante exalação
Ausculta dos sons respiratórios em ambos HTs
Ausência de ruídos respiratórios no abdome
Parâmetros secundários:
– Melhora da saturação(oximetria)
– Capinômetro
Intubação-SRI

Em paciente com PCR, nem sempre
necessária
 Pré-oxigenação
 Atropina 0,02 mg/kg(diminuir tono vagal)
 Midazolan 0,1-0,3 mg/kg
 Fentanil 1 mcg/kg ou
 Ketamina(se Broncoespasmo): 1-2 mg/kg
Paciente em Parada sem
pulso

Manter RCP
 O que mais é essencial???
MONITORIZAÇÃO
!!!!!!!
Porquê ????

Ritmos sem Pulso (Ritmos de colapso)
ASSISTOLIA
AESP
FV
TV SEM PULSO
Porquê ???

Ritmos não chocáveis
 AESP e Assistolia
 Condutas: RCP e Epinefrina

Ritmos Chocáveis
 FV e TV sem Pulso
 Condutas: RCP e DESFIBRILAÇÃO
(2 joules/kg)
Circulação-Continuando os passos de RCP







Uso de medicações: Sempre em seguida a MCE
Droga ouro da ressuscitação: Epinefrina(Adrenalina)
Apresentação: Ampola de 1 ml (1:1000)
Dose a ser usada na RCP:
0,01 mg/kg ou 0,1 ml/kg da solução 1:10.000
Na prática(A enfermeira vai perguntar...): Diluir uma
ampola em 9 ml de SF ou AD e fazer 0,1 ml/kg desta
solução, seguida de “bolus” de 3 a 5 ml de SF
Repetir a cada 3 a 5 minutos, mantendo ciclos de RCP
Além da Monitorização
Cardíaca...

Oximetria de Pulso
 Sonda naso ou orogástrica.
 Sonda vesical: débito urinário adequado:1-2
ml/kg/hora
 Glicemia capilar
Estabilizado...

Exames complementares:
 Raios X de Tórax: Confirmar localização do
tubo e avaliação cardiopulmonar
 Hemograma, Bioquímica, Gasometria,
Culturas, conforme necessidade de cada
caso
No restante...

Considerar uso de:
 Infusão de fluidos
 Sangue
 Correção de acidose metabólica
 Antimicrobianos
 Drogas vasoativas.
 Sedação e Analgesia
 Conseguir Vaga em UTI e/ou Ventilação
Mecânica
Nota do Editor do site
www.paulomargotto.com.br, Dr. Paulo R.
Margotto.
Consultem também:
Novas normas de reanimação neonatal
Autor(es): Ruth Guinsburg (SP), Fernanda Branco de Almeida
(SP),Realizado por Paulo R. Margotto
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Reanimação Cardiopulmonar em Pediatria