Nota à Comunicação ESTAGIÁRIOS NO DESEMPREGO É O QUE DÁ A PRECARIEDADE NO TRABALHO! A ida para o desemprego, no próximo dia 30 de Junho, sem qualquer protecção social, de 3000 trabalhadores que estiveram em regime de estágio a desempenhar funções na Administração Pública, é o resultado da política levada a cabo no sector, quer pelo anterior governo, quer pelos que o antecederam,no sentido de precarizar as relações de trabalho no sector. A coberto da ideia da preparação para a vida activa, durante o período de estágio de um ano, o governo utilizou estes 3000 trabalhadores para o desempenho de funções que correspondem a necessidades permanentes dos serviços e para satisfazer as insuficiências de pessoal que se verificam em muitos serviços, criando ao mesmo tempo expectativas de uma possível integração futura nos quadros da Administração Pública. Certo é que um ano após o início do estágio estes 3000 trabalhadores são atirados para o desemprego, sem direito ao respectivo subsídio ou outra forma de protecção social, quando ao invés e conforme sempre defendemos, do estágio deveria resultar a possibilidade de recrutamento através de procedimento concursal. A situação destes 3000 jovens trabalhadores estagiários vem agravar a actual situação social do País, ao contribuir para o aumento do número de desempregados e confirmar que, na Administração Pública ou no sector privado, não é a precariedade no trabalho que resolve os problemas da produtividade e da insuficiência de efectivos. Neste caso concreto, a saída destes trabalhadores vem agravar as dificuldades de funcionamento de diversos serviços da Administração Pública que não conseguem cumprir com qualidade as suas funções. Lisboa, 22 de Junho de 2011 O Gabinete de Informação da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública