Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente NOTA DE IMPRENSA Formação profissional vedada às empresas agroflorestais Considerado fundamental para o desenvolvimento da economia nacional, o sector primário é igualmente um pilar social incontornável, pelo que a valorização deste sector deve ser prioritária. Foi com enorme satisfação que ouvimos as declarações do Ministério da Agricultura e do Mar, que na passada semana, reconheceu que "os trabalhos de prevenção estrutural na floresta são trabalhos qualificados que envolvem especialização”. Atualmente é reconhecida a importância das profissões associadas ao Mundo Rural, e as vantagens da qualificação e capacitação dos recursos humanos afetos. São estes profissionais que integram a maioria das PME´s nacionais, criando neste contexto 99% do tecido empresarial e sendo responsáveis por 59% do emprego industrial e 69% dos serviços. O sector agroflorestal segue esta tendência, mas é apontado frequentemente pela sua falta de formação profissional ou de extensão rural. Esta falta de qualificação, reflete-se muitas vezes na baixa rentabilidade da atividade e em inúmeros acidentes de trabalho. Assim, diagnosticou-se as candidaturas ao POPH, como uma oportunidade de capacitar o potencial humano, e garantir mão-de-obra especializada a este sector. É no entanto com algum constrangimento que vemos estas candidaturas preteridas, demonstrando uma clara falha de actuação entre a tutela e as necessidades e exigências do sector. Se por um lado, o Governo admite a necessidade de qualificação dos trabalhos associados ao Mundo Rural a e sua especialização, por outro, restringe o financiamento à formação para estes sectores, e continua sem enquadrar as profissões associadas, anulando a criação de um alvará que classifique os prestadores de serviços quanto à sua capacidade técnica. Numa altura em que tanto se fala na aposta na requalificação do potencial humano e na prevenção de acidentes de trabalho, a ANEFA considera que a formação profissional deve estar ao alcance de todos, contribuindo para um sector mais qualificado e apto aos novos desafios do Mundo Rural, pelo que a Associação irá contestar todas as decisões de indeferimento que estejam a ser emitidas sobre os Programas de Formação Acção a que se candidatou. Lisboa, 23 de Setembro de 2013