TESTE SHUTTLE OU TESTE GRADUADO DA CAMINHADA IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL • • • • • • Avaliação de capacidade física Orientar reabilitação Avaliar resposta a intervenções terapêuticas Fornecer informações prognósticas Permitir estratificação de risco Auxiliar na indicação do transplante cardíaco Cohn et al (1993); Mancini et al (1991); Fleg et al (2000) TESTE CARDIOPULMONAR (VO2 PICO) • Teste de maior aceitação para avaliação da capacidade funcional • Fornece informações prognósticas • Permite estratificação de risco • Auxilia na indicação do transplante cardíaco • Limitações: caro, complexo, mal tolerado pelos pacientes e pouco disponível Cohn et al (1993); Mancini et al (1991); Myers et al (1998); Keell et al (1998); Lucas et al (1999); Fleg et al (2000) TESTE DA CAMINHADA DE 6 MINUTOS • • • • Teste submáximo de avaliação funcional. Simples, de custo mínimo e bem tolerado pelos pacientes. Baseado no teste de 12 minutos descrito por Cooper (1968). Adaptado por Mc Gavin e cols. (1978) para avaliar a tolerância ao esforço físico em DPOC. • Aplicado em ICC por Guyatt e cols. (1985). • Limitações: influenciado pela motivação do paciente e incentivo do examinador Guyatt et al (1985); Cavalheiro et al (1997); ATS (2002); Fleg et al (2000); Araújo et al (2006) TESTE SHUTTLE • Proposto para avaliação funcional em DPOC • Sintoma-limitado • Característica progressiva • Velocidade da caminhada padronizada • Menor influência do estímulo do examinador e da motivação do paciente • Melhor correlação com VO2 pico Singh et al (1992); Singh et al (1994); Hernandez et al (1997); Keell et al (1998); Morales et al (1999); Lewis et al (2001) TC6M x TS TC6M TS ESPAÇO FÍSICO 30 metros 10 metros CARACTERÍSTICA Constante Incremental VELOCIDADE Não padronizada Padronizada CRITÉRIO DE INTERRUPÇÃO Tempo Sintomas INDICAÇÕES E FINALIDADES • Avaliar resposta a intervenção terapêutica • Medida de capacidade funcional • Preditor de morbi-mortalidade????? ICC, DPOC, pré e pós-operatório, hipertensão pulmonar, doença vascular periférica, idoso, outras doenças cardíacas e pulmonares CONTRAINDICAÇÕES Absolutas • Angina instável ou IAM no mês que antecede o teste • História recente de arritmia complexa • Qualquer limitação física ou cognitiva que comprometa o desempenho no teste Relativas • FC repouso > 120 bpm • PAS repouso > 180 mmHg • PAD repouso > 100 mmHg EQUIPAMENTOS • • • • • • • • Cronômetro 2 cones para demarcar a distância Cadeira CD player + CD Papel para anotação Esfigmomanômetro/Estetoscópio Frequencímetro de pulso Fonte de O2 PREPARAÇÃO DO PACIENTE • Roupas e calçados adequados • Não suspender a medicação usual • Refeição leve 2 horas antes do teste • Não realizar exercícios vigorosos por 2 horas antes do teste LOCAL • Corredor liso, plano, coberto • Comprimento: 10 metros • Preferência por ambiente hospitalar TESTE GRADUADO DA CAMINHADA “SHUTTLE WALK TEST” 10 METROS Singh et al (1992) TESTE GRADUADO DA CAMINHADA “SHUTTLE WALK TEST” Estágio 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Velocidade (m/seg) 0,50 0,67 0,84 1,01 1,18 1,35 1,52 1,69 1,86 2,03 2,20 2,37 No de voltas por estágio Distância percorrida ao final de cada estágio (m) 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 30 70 120 180 250 330 420 520 630 750 880 1.020 Singh et al (1992) INSTRUÇÕES AO PACIENTE • Para iniciar o teste, o paciente é posicionado em uma das extremidades do circuito e após ouvir o sinal sonoro, começa a caminhar em direção à extremidade oposta, respeitando-se o tempo limite marcado pelo próximo sinal sonoro. No caso do paciente alcançar a extremidade oposta antes do sinal, ele aguarda acionamento do sinal seguinte. parado o TESTE GRADUADO DA CAMINHADA “SHUTTLE WALK TEST” ANTES DO TESTE • Repouso de 10 minutos • Medidas de FC, PA, FR, Escala de BORG, oximetria de pulso • ECG (se indicado) • Não realizar nenhum tipo de aquecimento DURANTE O TESTE • NÃO ACOMPANHAR O PACIENTE!!! • Examinador: não conversar, olhar sempre para o paciente, atenção ao número de voltas APÓS O TESTE • Medidas de FC, PA, FR, Escala de BORG, oximetria de pulso • Calcular a distância percorrida CRITÉRIOS DE INTERRUPÇÃO • • • • • • Dor torácica Tontura Cianose Palidez Dispnéia excessiva Fadiga de membros inferiores • Exaustão ou incapacidade de manter velocidade imposta pelos sinais sonoros a MEDIDAS DE SEGURANÇA • Local apropriado para rápido socorro • Equipe certificada em BLS e ACLS • O2 e medicações de emergência disponíveis • ATENÇÃO para pacientes em uso crônico de O2 INTERPRETAÇÃO • Valor absoluto • O quanto de distância significa melhora clínica importante? LIMITAÇÕES • Não determina o VO2, não diferencia a causa da dispnéia, não fornece informações específicas sobre os mecanismos envolvidos na limitação ao exercício: não substitui, e sim complementa, o teste cardiopulmonar. Thorax 1992; 47: 1019-1024 Heart 1996; 75: 414-418 International Journal of Cardiology 2000; 76: 101-105 Heart 2001; 86: 183-187 Correlação das Distâncias TC6M x TS Distância TC6M (metros) 800 700 600 500 400 300 r = 0,88 [0,81 - 0,93] 200 100 200 300 400 500 Distância TGC (metros) 600 700 800 Correlação VO2 pico x Distância TC6M VO 2 pico (ml/kg/min) 40 30 20 10 r = 0,76 [0,58 – 0,87] 0 200 300 400 500 600 Distância TC6M (metros) 700 800 Correlação VO2 pico x Distância TS VO 2 pico (ml/kg/min) 40 30 20 10 r = 0,79 [0,67 – 0,87] 0 100 200 300 400 500 Distância TGC (metros) 600 700 800 Variáveis Hemodinâmicas (FC) F requência Cardíaca máxima (bpm) 220 200 *p = 0,001 180 160 140 120 100 80 60 40 TC6M TGC TCP Variáveis Hemodinâmicas (PAS) PA Sistólica máxima (mmHg) 300 *p = 0,001 200 100 0 TC6M TGC TCP Variáveis Hemodinâmicas (PAD) PA Diastólica máxima (mmHg) 140 *p = 0,001 120 100 80 60 40 20 TC6M TGC TCP CONSIDERAÇÕES FINAIS!!! • O teste shuttle é útil na avaliação funcional de rotina de pacientes com limitação ao exercício • Informações mais específicas: teste cardiopulmonar [email protected]