SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento
DERAL - Departamento de Economia Rural
Cultura - Análise da Conjuntura Agropecuária
Ano 2012/13
LEITE
Leite no Brasil
O Brasil vem apresentando aumento gradativo na produção leiteira, desde 2008,
quando bateu o recorde na exportação de produtos lácteos. Desde então os incrementos
registrados vinham ultrapassando 5% ao ano. Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil no ano de 2011, produziu 32 bilhões de litros, 4,4
% superior à produção de 2010 (30,7 bilhões de litros).
O cenário da atividade leiteira brasileira mostra que o Sudeste e o Sul se destacam
nesta atividade. As regiões participaram com 61,8%, dos 32 bilhões produzidos em 2011,
conforme dados do IBGE.
No ano de 2011, entre os estados, Minas Gerais representou 27,2%, do total produzido,
seguido pelo Rio Grande do Sul, com 12,0%, Paraná com 11,8% e Goiás com 10,8%.
O volume produzido e os números dos outros estados da federação estão expostos na
tabela a seguir.
Responsável: Médico Veterinário Fábio P. Mezzadri
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BRASIL - “Ranking” descendente da Produção Leiteira
Ano = 2011
“ranking” Unidade da Federação Produção em (mil litros)
1
Minas Gerais
8.756.114
2
Rio Grande do Sul
3.879.455
3
Paraná
3.815.582
4
Goiás
3.482.041
5
Santa Catarina
2.531.159
6
São Paulo
1.601.220
7
Bahia
1.181.339
8
Pernambuco
953.230
9
Mato Grosso
743.191
10
Rondônia
706.647
11
Pará
590.551
12
Mato Grosso do Sul
521.832
13
Rio de Janeiro
499.515
14
Ceará
464.596
15
Espírito Santo
451.294
16
Maranhão
386.673
17
Sergipe
315.968
18
Tocantins
267.305
19
Rio Grande do Norte
243.249
20
Alagoas
238.249
21
Paraíba
237.102
22
Piauí
89.119
23
Amazonas
52.033
24
Acre
42.254
25
Distrito Federal
30.000
26
Amapá
9.481
Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal - PPM
Pela projeção da Embrapa Gado de Leite, o ano de 2012 fechou sua produção na
marca dos 33,5 bilhões de litros, com o crescimento de 5% em relação ao ano anterior,
crescimento já observado em anos anteriores.
A produção, obteve crescimento de 56% em relação ao ano de 2001, como pode ser
visto na tabela a seguir. Entretanto, grande parte da produção ainda provém de animais
de baixa produtividade, e esta tem aumentado de maneira modesta desde 2001. Entre
este ano e o ano de 2011, a produtividade cresceu 22,5%, de 1.127 para 1.381 litros
anuais por vaca.
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Existem algumas teorias para justificar o baixo desempenho na produtividade a nível
nacional. Estima-se que aproximadamente 90% dos sistemas de produção de leite são
extensivos e que nestes, o pasto corresponde a 85% da dieta, sendo assim os problemas
nutricionais e de manejo são os maiores responsáveis pelo baixo desempenho produtivo.
Deficiência na qualidade das pastagens e o volume inadequado ofertado aos animais,
são problemas que influenciam em muito a produção, contribuindo para isso, a falta de
correção dos solos, adubação inexistente ou ineficiente, lotação incorreta, plantas
invasoras, pragas e escolha incorreta de espécies adaptadas às regiões. Outros
problemas como: sanidade deficiente, mineralização inadequada, baixo mérito genético,
manejo incorreto, conforto térmico das propriedades e outras deficiências físicas que
acarretam em “stress” dos animais são também pontos que levam à ineficiência produtiva.
Embora a produção por animal esteja crescendo lentamente, o crescimento de 56% na
produção
brasileira,
demonstra
um
aumento
significativo
do
rebanho
leiteiro,
especialmente em relação ao números de vacas ordenhadas.
“Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil),
Jorge Rubenz, explica que a produção é orientada pela demanda interna. Com o aumento
do poder aquisitivo dos brasileiros, a partir do Plano Real, em 1994, os produtos lácteos
passaram a fazer parte da cesta básica das famílias. O consumo per capita passou de
160 litros por habitante/ano para 168,5 litros, em uma década.” Fato este que estimula o
crescimento da produção. (Anuário Brasileiro da Pecuária 2012) .
Nas tabelas a seguir podemos observar a evolução da atividade leiteira brasileira na
última década:
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BRASIL – Leite – Evolução da Produção – Ano 2001 a 2011
Ano
2001
2011
Volume (bilhões/lts)
20,5
32
Variação %
56
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal /Elabor: SEAB/DERAL
BRASIL – Vacas Ordenhadas – Evolução do Rebanho – Ano 2001 a 2011
Ano
2001
2011
cabeças
18.193.951
23.227.221
Variação (%)
28
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal /Elabor: SEAB/DERAL
BRASIL – Rebanho da Pecuária Leiteira – Ano 2002 a 2011
Ano
2002
2011
Nº cabeças
36.033.264
37.390.362
Variação (%)
Fonte: Informa Economics FNP (Estimativa) / Anualpec 2011
3,7
(* 2011 projeção)
BRASIL – Vacas ordenhadas, produção total de leite, produção vaca/ano, produção
vaca/dia (2001 e 2011) – Variação Prod. Vaca/Ano (2001-2011)
Ano 2001
N° de vacas Ordenhadas
18.193.951
Produção (mil Lts)
20.509.953
N° de vacas Ordenhadas
23.227.221
Produção (mil Lts)
32.091.012
Prod. vaca/ano (L)
1.127
Prod.vaca/dia (L) *
4,1
Prod. vaca/ano (L)
1.381
Prod.vaca/dia (L)*
5,1
Ano 2011
Variação Produção Vaca/Ano % (2001/2011)
23
*considerando
lactação
270
dias
de
Fonte: IBGE e SEAB/DERAL
Elaboração: SEAB/DERAL
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BRASIL – Vacas ordenhadas, produção total de leite, produção vaca/ano, produção
vaca/dia (2007-2011) / média nacional a partir de dados do IBGE
Ano 2007
N° de vacas Ordenhadas
21.122.318
Produção (mil Lts)
26.137.266
Prod. vaca/ano (L)
1.237
Prod.vaca/dia (L) *
4,6
Prod. vaca/ano (L)
1.277
Prod.vaca/dia (L)*
4,7
Prod. vaca/ano (L)
1.296
Prod.vaca/dia (L)*
4,8
Prod. vaca/ano (L)
1.340
Prod.vaca/dia (L)*
5
Prod. vaca/ano (L)
1.381
Prod.vaca/dia (L)*
5,1
Ano 2008
N° de vacas Ordenhadas
21.585.281
Produção (mil Lts)
27.585.346
N° de vacas Ordenhadas
22.435.289
Produção (mil Lts)
29.085.495
N° de vacas Ordenhadas
22.924.914
Produção (mil Lts)
30.715.460
N° de vacas Ordenhadas
23.227.221
Produção (mil Lts)
32.091.012
Ano 2009
Ano 2010
Ano 2011
*considerando 270 dias de lactação
Fonte: IBGE e SEAB/DERAL
BRASIL – ASPECTOS DO MERCADO EXTERNO
Brasil renova acordo sobre cotas de lácteos com a Argentina
Na segunda-feira dia 28 de janeiro de 2013, representantes do setor lácteo brasileiro,
estiveram reunidos em Buenos Aires e fecharam um acordo de cotas para a importação
de lácteos da Argentina. O volume foi fixado em 3,6 mil toneladas mensais de leite em pó,
que a Argentina poderá exportar ao Brasil, mantendo a cota anterior. Este acordo valerá
de fevereiro deste ano até janeiro de 2014.
A medida de restrição à importação de lácteos é fundamental para a proteção do
mercado interno, uma vez que o grande volume destes produtos entrando em nosso país
até mesmo em período de safra, prejudica a rentabilidade dos produtores devido ao
excesso de oferta interna, desestabilizando vários elos da cadeia.
As cotas para importação de lácteos da Argentina, foram definidas no ano de 2009,
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quando o país exportou, em um único mês, 10 mil toneladas de leite em pó para o Brasil.
Observando nas tabelas a seguir, a balança comercial do Brasil, podemos atestar o
grande volume de lácteos que entraram no país nos últimos três anos mais
expressivamente.
BRASIL- Lácteos - Balança Comercial - 2006 a 2013*
Ano
Quantidade (t)
Valor (US$ FOB)
2013*
23.678
80.141.913
2012
180.852
638.282.032
2011
166.987
616.129.526
2010
113.413
336.167.307
2009
133.208
266.794.189
2008
78.286
213.158.647
2007
64.244
152.710.622
2006
94.408
155.109.138
2013*
8.051
22.481.609
2012
43.147
119.632.078
2011
41.969
121.809.990
2010
58.440
156.476.667
2009
69.227
167.478.361
2008
148.718
541.590.055
2007
103.696
299.564.905
2006
98.851
168.710.009
Importações
Exportações
Fonte: Agrostat Brasil a partir de dados da SECEX/MDIC
Nota: lácteos (leite UHT, leite em pó, queijos, manteiga e gorduras lácteas, iogurte e leitelho, doce de leite, leite
modificado, leite condensado, creme de leite). (*) jan-fev 2013
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BRASIL- Lácteos – Importações Argentinas e Uruguais
Comparativo (2010 – 2012)
Como pode ser analisado nas tabelas a seguir é muito expressiva a entrada de lácteos
da Argentina e Uruguai no Brasil. No ano de 2010, do total de lácteos importados pelo
nosso país, a Argentina contribuiu com 59% no volume enviado e 58% em receita. Em
2011, as importações argentinas em volume foram ainda maiores, crescendo para 80%, a
receita continuou em 58%, sinalizando redução no preço dos produtos adquiridos. No ano
de 2012, houve uma sensível queda nas importações provenientes da Argentina em
relação ao ano anterior, como pode ser analisado nas tabelas abaixo, certamente
resultado da imposição de cotas. As importações de lácteos provenientes do Uruguai no
mesmo período de análise, embora mais modestas também foram significativas e
obtiveram crescimento entre os anos 2010 a 2012, fato devido ao Uruguai não possuir
acordo de cotas e ser beneficiado pelo livre comércio do Mercosul.
BRASIL– Importações Totais de Lácteos em Relação às Importações Argentinas
Ano 2010
Totais
Valor (US$)
336.167.307
Arg/ Br (Valor %) Arg/ Br (Volume%)
Peso (T)
113.413
Argentina
Valor (US$)
194.314.096
58
59
Peso (T)
66.448
Fonte: MAPA – Agrostat
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Elaboração: SEAB/DERAL
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BRASIL– Importações Totais de Lácteos em Relação às Importações Argentinas
Ano 2011
Totais
Arg/ Br (Valor %) Arg/ Br (Volume%)
Valor (US$)
616.129.526
Peso (T)
116.987
58
Argentina
Valor (US$)
355.866.160
80
Peso (T)
94.132
Elaboração: SEAB/DERAL
Fonte: MAPA – Agrostat
BRASIL– Importações Totais de Lácteos em Relação às Importações Argentinas
Ano 2012
Totais
Valor (US$)
638.282.032
Arg/ Br (Valor %) Arg/ Br (Volume%)
Peso (T)
180.852
45
Argentina
Valor (US$)
288.829.276
45
Peso (T)
81.378
Elaboração: SEAB/DERA L
Fonte: MAPA – Agrostat
BRASIL– Importações Totais de Lácteos em Relação às Importações Uruguaias
Ano 2010
Totais
Valor (US$)
336.167.307
Urug./ Br (Valor %) Urug./ Br (Volume%)
Peso (T)
113.413
27
Uruguai
Valor (US$)
91.166.979
28
Peso (T)
32.090
Fonte: MAPA – Agrostat
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Elaboração: SEAB/DERAL
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BRASIL– Importações Totais de Lácteos em Relação às Importações Uruguaias
Ano 2011
Totais
Valor (US$)
616.129.526
Urug./ Br (Valor %) Urug. Br (Volume%)
Peso (T)
116.987
30
Uruguai
Valor (US$)
187.769.736
50
Peso (T)
58.050
Fonte: MAPA – Agrostat
Elaboração: SEAB/DERAL
BRASIL– Importações Totais de Lácteos em Relação às Importações Uruguaias
Ano 2012
Totais
Valor (US$)
638.282.032
Urug./ Br (Valor %) Urug. Br (Volume%)
Peso (T)
180.852
40
Uruguai
Valor (US$)
259.377.556
45
Peso (T)
81.494
Fonte: MAPA – Agrostat
Elaboração: SEAB/DERAL
Nas tabelas acima observamos que no ano de 2010, 59% das importações de lácteos
brasileiras em volume, foram provenientes da Argentina. Em 2011, este percentual subiu
para 80%. Entretanto, comparando-se o ano de 2012, aos dois anteriores analisados o
acréscimo no volume das importações argentinas foi menor. Comparando-se 2012 a
2011, as importações cairam 19% em receita e 14% em volume. Esta queda nas
importações provenientes da Argentina, como já citado se deve ao acordo de cotas e
possivelmente a alta no preço do leite em pó, o que pode ter inibido os importadores
locais.
No caso do Uruguai, no ano de 2010, o percentual de lácteos enviados ao Brasil em
relação ao total importado foi de 28,3, subindo este índice para 34,76% em 2011. Ao
contrário da Argentina, em 2012, o crescimento no volume de lácteos importados do
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Uruguai continuou crescente, sendo 38% superior em valor e 40% no volume, em relação
ao ano de 2011.
LEITE – Brasil - “Ranking” de Produção Municipal – Ano 2011
“Ranking”
Município
1
Castro - PR
2
Patos de Minas - MG
3
Jataí - GO
4
Morrinhos - GO
5
Carambeí - PR
6
Unaí - MG
7
Piracanjuba - GO
8
Ibiá - MG
9
Patrocínio - MG
10
Coromandel - MG
11
Itaíba - PE
12
Catalão - GO
13
Marechal Cândido Rondon - PR
14
Uberlândia - MG
15
Prata - MG
16
Pompéu - MG
17
Passos - MG
18
Toledo - PR
19
Buíque - PE
20
Perdizes - MG
(Mil/litros)
210.000
146.649
141.403
128.800
120.000
118.000
117.936
107.223
105.892
105.265
102.383
100.000
95.881
87.650
87.584
86.069
84.427
84.364
80.810
80.615
Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal (PPM)
Na tabela acima podemos observar o destaque do Estado do Paraná na produção
leiteira nacional, segundo o levantamento do IBGE (PPM), dos 20 primeiros municípios
produtores de leite do nosso país, 4 são paranaenses, sendo que o 1º lugar ficou com
Castro com 210 milhões de litros produzidos.
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PARANÁ
Retrospectiva da Conjuntura Leiteira Paranaense em 2012
Um dos aspectos conjunturais de 2012, foi a estiagem que aconteceu no início do 2°
semestre, atingindo a produção agrícola e apesar de ter danificado também as pastagens
refletiu em um pequeno decréscimo na captação de leite, isso devido a profissionalização
cada vez maior dos produtores paranaenses, que atualmente em sua maioria utilizam
algum tipo de suplementação alimentar fornecida às vacas lactantes, fato que minimiza,
os efeitos das adversidades climáticas sobre a produção.
De acordo com os levantamentos do Departamento de Economia Rural (DERAL), a
média paga pelo litro de leite ao produtor paranaense mostrou estabilidade durante todo o
ano de 2012, entre janeiro a dezembro houveram poucas oscilações ficando os preços
entre R$ 0,79 a R$ 0,80 na maior parte dos meses.
Uma das razões desta estabilidade nas cotações está ligada a questão climática.
Normalmente, ao fim do período de entressafra, a partir de meados de setembro a início
de outubro, a tendência é de uma recuperação na oferta de pastagens, com conseqüente
acréscimo na produção leiteira. Entretanto, em 2012, a estiagem que atingiu boa parte do
país, com precipitações observadas somente ao final de setembro, ocasionou um atraso
no desenvolvimento das pastagens, que só apresentaram condições de pastejo ao final
de outubro e início de novembro, regulando a oferta de leite e contribuindo para a
manutenção dos preços.
Segundo o CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da
Esalq/USP, os preços pagos aos produtores, tiveram alta em setembro de 1,6%, em
relação a agosto. A média ponderada dos estados considerados pelo Cepea (RS, PR, SC,
SP, MG, GO e BA) foi de R$ 0,7996/litro (valor líquido).
A alta nas cotações observadas na época, deveu-se em parte, ao decréscimo na
captação de leite nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, além da desaceleração da
produção no Sul do País, fatos ocasionados pela entressafra e estiagem já citada.
Situação diferente da observada até o mês de julho, aonde os bons índices de chuvas
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contribuíram para a boa manutenção das pastagens e da oferta de leite.
Além dos fatores climáticos citados, a produção leiteira no ano passado também sofreu
a influência do aumento dos custos de produção com a suplementação dos animais, que
elevou-se, principalmente pelo encarecimento de insumos como o milho e a soja.
CENÁRIO ATUAL PARANAENSE
LEITE – Paraná – Variação dos Preços Pagos aos Produtores (R$/litro)
Fevereiro de 2012
0,79
Fevereiro de 2013
0,84
Variação (%)
6,3
Fonte:SEAB/DERAL
O preço médio do litro pago aos produtores no Paraná em 2012 foi de R$ 0,80, 2,5%
superior a média do ano de 2011, quando o preço foi de R$ 0,78. A média do primeiro
bimestre de 2013, já se mostrou 5% superior à média do ano passado, com a cotação de
R$ 0,84. Comparando-se fevereiro de 2012 a fevereiro de 2013, a variação positiva foi de
6,3% sinalizando reação dos preços para este ano, embora ainda seja precoce um
diagnóstico desta natureza.
Entretanto, a partir de maio é comum se esperar uma alteração mais significativa nas
cotações, devido à diminuição da oferta rotineira durante o período de entressafra. O
custo da produção do leite deve sofrer alteração no Estado, devido ao reajuste nos preços
de “subprodutos” do milho e soja, os mais utilizados nas dietas do gado leiteiro, que
possivelmente estejam menores que o ano passado.
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Evolução e Números da Pecuária Leiteira Paranaense
PARANÁ – Leite – Evolução da Produção – Ano 2001 a 2011
Ano
2001
2011
Volume (bilhões/lts)
1,9
3,8
Variação %
100
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal /Elabor: SEAB/DERAL
PARANÁ – Vacas Ordenhadas – Evolução do Rebanho – Ano 2001 a 2011
Ano
2001
2011
cabeças
1.150.617
1.588.638
Variação (%)
38
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal /Elabor: SEAB/DERAL
PARANÁ – Rebanho da Pecuária Leiteira – Ano 2002 a 2011
Ano
2002
2011
Nº cabeças
2.436.805
2.632.981
Variação (%)
8
Fonte: Informa Economics FNP (Estimativa) / Anualpec 2011
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(*2011 projeção)
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PARANÁ– Vacas ordenhadas, produção total de leite, produção vaca/ano, produção
vaca/dia (2001 e 2011) – Variação Prod. Vaca/Ano (2001-2011)
Ano 2001
N° de vacas Ordenhadas
1.150.617
Produção (mil Lts)
1.889.627
Prod. vaca/ano (L)
1.642
Prod.vaca/dia (L) *
6
Prod. vaca/ano (L)
2.404
Prod.vaca/dia (L)*
8,9
Ano 2011
N° de vacas Ordenhadas
1.588.638
Produção (mil Lts)
3.819.187
Variação Produção Vaca/Ano % (2001/2011)
46
* considerando
lactação
270
dias
de
Fonte: IBGE e SEAB/DERAL
PARANÁ – Vacas ordenhadas, produção total de leite, produção vaca/ano, produção
vaca/dia (2007-2011) / média estadual à partir de dados do IBGE
Ano 2007
N° de Vacas Ordenhadas
1.352.291
Produção (mil Lts)
2.700.993
N° de Vacas Ordenhadas
1.331.683
Produção (mil Lts)
2.825.931
N° de Vacas Ordenhadas
1.489.241
Produção (mil Lts)
3.339.306
Prod. vaca/ano (L)
1.997
Prod.vaca/dia (L) *
7,40
Prod. vaca/ano (L)
2.122
Prod.vaca/dia (L)*
7,80
Prod. vaca/ano (L)
2.242
Prod.vaca/dia (L)*
8,30
Prod. vaca/ano (L)
2.319
Prod.vaca/dia (L)*
8,6
Prod. vaca/ano (L)
2.404
Prod.vaca/dia (L)*
8,9
Ano 2008
Ano 2009
Ano 2010
N° de Vacas Ordenhadas
1.550.396
Produção (mil Lts)
3.595.775
Ano 2011
N° de Vacas Ordenhadas
1.588.638
* considerando
lactação
270
dias
Produção (mil Lts)
3.819.187
de
Fonte: IBGE e SEAB/DERAL
Conforme podemos observar nas tabelas anteriores, segundo os dados do IBGE
Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), a cadeia leiteira paranaense, tem evoluído em vários
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parâmetros. A produção entre os anos de 2001 a 2011 teve um acréscimo significativo de
100%. Levando-se em conta o aumento de 38% nos números de vacas ordenhadas, e de
46% no volume produzido por vaca ao ano, conclui-se que durante esta década o ganho
maior foi realmente por animal, ou seja o ganho na qualidade dos rebanhos foi maior que
seu crescimento em quantidade, produzindo-se mais leite, com um número menor de
cabeças mais produtivas. Já o acréscimo no número total do rebanho leiteiro foi modesto
(8%) apenas, sinalizando um menor percentual de bezerros, bezerras, novilhas e touros
na composição de nosso rebanho leiteiro.
Comparativo no Aumento de Índices Percentuais da Cadeia Produtiva do Leite
Brasil e Paraná (2001 a 2011)
Parâmetro
Brasil (%) Paraná (%)
Evolução na Produção (bilhões de litros)
56
100
Vacas Ordenhadas (cabeças)
28
38
*Rebanho Leiteiro (2002 -2010 ) cabeças
3,7
8
Produção Vaca/Ano (litros)
22
46
Fonte: IBGE/PPM e SEAB/DERAL
Elaboração: SEAB/DERAL
* Anualpec 2012
Comparativamente ao Brasil, o Estado do Paraná, obteve bons níveis de crescimento
na atividade no período de 2001 a 2011, como podemos observar na tabela anterior. Isto
se deve a vários fatores que beneficiam nosso estado, por exemplo: incentivos à
produção (linhas de crédito, programas governamentais de apoio, assistência técnica,
organização da comercialização, etc...), boas condiçoes climáticas e diversidade de solos
o que contribui para o cultivo de diversas espécies forrageiras de qualidade e a baixo
custo, uso cada vez maior de genética superior somado ao uso de biotecnologias da
reprodução, manejo correto dos rebanhos, sanidade (controle das principais doenças),
qualidade nutricional (uso de suplementação alimentar nos períodos críticos do ano,
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minimizando as perdas em produção), entre outras iniciativas que concorrem ao sucesso
do setor leiteiro. Assim como em todo Brasil, as importações paranaenses de lácteos tem
superado em patamares elevados as exportações. Do ano de 2011 para 2012, o volume
importado aumentou em 26% e a receita em 12%, enquanto as exportações decaíram em
35% em volume e 36% em valor.
PARANÁ - Lácteos - Balança Comercial - 2006 a 2013*
Ano
Quantidade
Valor (US$ FOB)
2013*
1.756
1.443.409
2012
11.150
29.593.197
2011
8.850
26.513.041
2010
11.504
26.407.222
2009
10.527
16.655.876
2008
9.994
20.285.197
2007
9.604
20.353.547
2006
13.035
22.038.068
2013*
226
926.894
2012
1.440
6.079.116
2011
2.218
9.545.526
2010
3.347
13.353.625
2009
1.785
6.612.586
2008
4.336
16.075.966
2007
5.265
18.457.357
2006
2.299
6.099.529
Importações
Exportações
Fonte:Agrostat Brasil a partir de dados da SECX/MDIC Elaboração:SEAB/DERAL
Nota:lácteos (leite UHT, leite em pó, queijos, manteiga e gorduras lácteas, iogurte e leitelho, doce de leite, leite
modificado, leite condensado, creme de leite). (*) jan-fev
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DERAL - Departamento de Economia Rural
Estado do Paraná
Números do Setor Leiteiro
Ano 2011
•
Produção (2011) – 3,81 bilhões de litros, participando com 12% da produção
brasileira (IBGE);
•
N° de produtores – 114 mil aproximadamente;
•
3º Produtor no “ranking” nacional, antecedido por Minas Gerais (1º com 8,75
bilhões/lts) e Rio Grande do Sul (2º com 3,87 bihões de lts);
•
Cotações (preços pago aos produtores) – O ano de 2013 (janeiro) iniciou com
média estadual de R$ 0,80, e, até o mês de setembro apresentou variações de
apenas R$ 0,01, durante o período, chegando R$ 0,79. Cotação 4,8% inferior a
setembro de 2011 (R$ 0,83).
•
Nº vacas ordenhadas – 1.588.638 em um rebanho total de aproximadamente 2,63
milhões de cabeças;
•
Produtividade Média das Vacas – 2,40 mil/litros/vaca/ano, superior a média
nacional (1,3 mil/litros/vaca/ano). Nas regiões mais tecnificadas, existem rebanhos
que chegam a atingir 10,9 mil/litros de média. Entretanto existe uma grande
diferenciação conforme o porte e nível tecnológico dos produtores, variando de 7,1
litros/vaca/dia a 18,5 litros/vaca/dia, não sendo incomum encontrar rebanhos nas
regiões mais tecnificadas aonde os animais ultrapassam 30 litros/vaca/dia;
•
Principais Bacias Leiteiras do Estado – Centro Oriental ( Campos Gerais), Oeste e
Sudoeste, as quais concentram 48,5% dos produtores e 53,0 da produção estadual
de leite;
•
Valor Bruto da Produção – VBP 2011 – 3,2 (R$ bilhões);
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DERAL - Departamento de Economia Rural
•
Nº de Estabelecimentos Industriais - O segmento de laticínios paranaense conta
com 301 estabelecimentos industriais formais. A grande maioria, 239 deles (79%),
enquadra-se na categoria de micro e pequeno porte; 33 de médio porte; 15 de
médio-grande e 14 estabelecimentos de grande porte (IPARDES);
•
O município maior produtor nacional de leite é Castro, com 210.000 (mil/litros). Dos
20 primeiros colocados, quatro municípios são paranaenses;
LEITE – “Ranking” Núcleos Regionais e Participação no Cenário Paranaense
(Ano 2011)
“ranking”
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
11º
12º
13º
14º
15º
16º
17º
18º
19º
20º
Paraná – Leite Produzido (mil litros) 2011
N.R.
2011
participação
FRANCISCO BELTRÃO
567.950
14,9%
CASCAVEL
529.323
13,9%
PONTA GROSSA
530.514
13,9%
TOLEDO
423.697
11,1%
PATO BRANCO
453.114
11,9%
LARANJEIRAS DO SUL
174.435
4,6%
IVAIPORÃ
160.505
4,2%
PARANAVAÍ
157.647
4,1%
JACAREZINHO
156.118
4,1%
CAMPO MOURÃO
132.664
3,5%
UMUARAMA
113.931
3,0%
GUARAPUAVA
91.390
2,4%
CURITIBA
87.954
2,3%
MARINGÁ
72.520
1,9%
LONDRINA
36.315
1,0%
CORNÉLIO PROCÓPIO
42.782
1,1%
UNIÃO DA VITÓRIA
39.363
1,0%
IRATI
24.254
0,6%
APUCARANA
23.914
0,6%
PARANAGUÁ
795
0,0%
Fonte: IBGE
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Distribuição Regional da Produção (principais produtos lácteos)
•
A produção de leite UHT e em pó - está concentrada nas regiões Norte Central,
Oeste e Sudoeste paranaense em função da localização das plantas industriais de
grande porte;
•
Leite pasteurizado – mais de 65% do total produzido localiza-se nas regiões Oeste,
Norte Central e Centro Oriental, sendo este produto também relevante na região
Metropolitana de Curitiba, responsável por quase 10% da produção estadual;
•
Queijos – constitui-se no mais importante segmento da região Oeste absorvendo
mais de 80% do processamento regional. Esta região, juntamente com a Sudoeste
e a Noroeste, é responsável por quase 80% do processamento de queijos do
Estado;
Principais Bacias Leiteiras do Estado do Paraná
Regiões Oeste, Sudoeste e Centro-Oriental
Núcleos de Cascavel, Toledo, Francisco Beltrão, Pato Branco e Ponta Grossa
A região Sudoeste, foi a que mais cresceu nos últimos anos, em níveis de rebanho e
produtividade leiteira. Já as regiões Oeste e Centro-Oriental, apresentaram um
crescimento mais modesto, sendo essas as três que se destacam, como as mais
produtivas no Estado do Paraná. Estas três bacias envolvem 95 municípios, concentram
48,5% dos produtores e são responsáveis por 53% da produção estadual de leite.
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Números das Regiões
Sudoeste
Produção de Leite (mil litros) / Paraná e Sudoeste Paranaense
Ano
2008
2009
2010
2011
Evolução (%) 08/11
Paraná
2.827.931
3.339.306
3.595.775
3.815.582
35
Sudoeste
547.327
795.825
848.342
904.743
65
Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM
No que diz respeito a produção leiteira, do ano 2008 a 2011, o Paraná obteve significativo
crescimento de 35%. A região Sudoeste no mesmo período cresceu 65%.
Paraná – Nº de Vacas Ordenhadas (cabeças)
Ano
2008
2009
2010
2011
Evolução (%) 08/11
Paraná
1.331.683
1.489.241
1.550.396
1.588.638
19,2
Sudoeste
210.697
237.126
236.847
240.928
14
Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM
O número de vacas ordenhadas, cresceu 19% no Estado, enquanto no sudoeste o
crescimento foi de 14%.
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Relacionando o crescimento da produção no sudoeste de 65%, com um aumento de 14%
do rebanho de vacas em lactação, podemos concluir que a região tem melhorado sua
tecnologia de produção e qualidade genética dos animais, possuindo potencial para
crescimento.
Oeste
Produção de Leite (mil litros) / Paraná e Oeste Paranaense
Ano
2008
2009
2010
2011
Evolução (%) 08/11
Paraná
2.827.931
3.339.306
3.595.775
3.815.582
35
Oeste
783.177
909.484
887.705
991.317
26
Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM
A região Oeste entre os anos de 2008 a 2011, apresentou crescimento de 26% na
produção leiteira, crescimento abaixo do que o Paraná mostrou no mesmo período.
Paraná – Nº de Vacas Ordenhadas (cabeças)
Ano
2008
2009
2010
2011
Evolução (%) 08/11
Paraná
1.331.683
1.489.241
1.550.396
1.588.638
19,2
Oeste
287.603
298.077
285.860
313.365
9
Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM
O número de vacas ordenhadas, cresceu 19% no Estado, enquanto no Oeste o
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crescimento foi de 9%.
Relacionando o crescimento da produção no Oeste de 26%, com um aumento de 9%
do rebanho de vacas em lactação, podemos concluir que a região possui um rebanho de
alto potencial produtivo.
Centro-Oriental
Produção de Leite (mil litros) / Paraná e Centro-Oriental
Ano
2008
2009
2010
2011
Evolução (%) 08/11
Paraná
2.827.931
3.339.306
3.595.775
3.815.582
35
Centro-Oriental
361.395
391.160
432.712
521.385
44
Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM
Entre o período analisado, o crescimento produtivo da Região Centro-Oriental foi de
44%, contra 35% do crescimento paranaense.
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Paraná – Nº de Vacas Ordenhadas (cabeças)
Ano
2008
2009
2010
2011
Evolução (%) 08/11
Paraná
1.331.683
1.489.241
1.550.396
1.588.638
19,2
Centro-Oriental
90.732
92.459
110.188
117.537
30
Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM
O número de vacas ordenhadas, cresceu 19,2% no Estado, enquanto no Centro-Oriente
o crescimento foi de 30%.
Relacionando o crescimento da produção no Oeste de 44%, com um aumento de 30%
do rebanho de vacas em lactação, confirmamos a excelência desta região na produção
leiteira, que vêm evoluindo e se igualando em índices e qualidade de rebanho aos países
maiores produtores.
Perspectivas para o Setor Leiteiro
Com relação à produção leiteira no Estado do Paraná, algumas ferramentas e
estratégias que podem ser adotadas visando minimizar alguns gargalos que
dificultam o desenvolvimento do setor como:
- Tecnificação das propriedades;
1. Maior uso e difusão de biotecnologias de reprodução;
2. Maior qualidade nutricional dos rebanhos leiteiros de forma geral, não somente em
regiões pontuais ;
3. Utilização de “subprodutos” da propriedade ou região como forma de minimizar os
custos de produção;
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4. Redução de custos, em sistemas possíveis - utilização de pastagens, resíduos
vegetais, etc;
5. Maximização da propriedade e do rebanho leiteiro - ferramentas que levem a uma
produção máxima nas áreas já existentes e com os recursos disponíveis ;
6. “Marketing”- campanhas positivas demonstrando os reais benefícios do consumo
do leite e derivados, que resultem no aumento do consumo;
7. Mudanças nos hábitos alimentares – substituição de outros alimentos e bebidas,
por lácteos;
8. Esclarecimento da população sobre a importância na ingestão dos lácteos ;
9. Agregar valor ao produto interno - incentivo às indústriais, pequenas associações,
cooperativas, a promoverem a industrialização da matéria-prima;
10. Melhor qualidade - o que já vêm ocorrendo em muitas regiões (controle e
monitoramento da qualidade do produto);
11. Organização da produção (harmonia entre oferta e demanda);
12. Sincronia entre os elos que compõe a cadeia;
O cenário atual é de estabilidade de preços desde o início de 2012, com possível
alta nas cotações no curto prazo, com o início do período de entressafra e menor
oferta no mercado, com consequente queda nos índices nacionais de captação do
leite, que já se encontram menores.
A questão do grande volume de lácteos que tem entrado em nosso país e tem
gerado aumento da oferta interna, deve ser negociada entre os países exportadores
e importadores, chegando a acordos de imposição de cotas justas, e, que equilibrem
os beneficios entre as duas partes, a exemplo do caso da Argentina.
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O aumento das exportações depende cada vez mais do comportamento do
mercado e da cadeia leiteira mundial. O que se deve fazer é dar continuidade aos
trabalhos que estão sendo feitos com a sanidade, a melhoria da qualidade dos
produtos lácteos, o aprimoramento genético dos rebanhos, a capacitação de bons
técnicos e produtores.
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