SEAB – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento DERAL - Departamento de Economia Rural ANÁLISE DA CONJUNTURA AGROPECUÁRIA LEITE - ANO 2014 MUNDO De acordo com dados previstos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a União Europeia foi o maior produtor de leite em 2014, com 144,7 bilhões de litros produzidos, a Índia encontra-se em segundo lugar com 141,1 bilhões de litros, os Estados Unidos na terceira posição com 93,1 bilhões de litros e China no quarto lugar com 38,5 bilhões. O Brasil situa-se na quinta posição com 33,3 bilhões de litros. TABELA 1 - PRODUÇÃO MUNDIAL DE LEITE (mil toneladas) Países União Européia Índia Estados Unidos China Brasil Rússia Nova Zelândia Argentina Ucrânia México Austrália Canadá Japão Coréia Taiwan Philipinas Chile Outros Países Total 2010 139.492 117.000 87.474 30.528 29.948 31.847 17.173 10.600 11.249 11.201 9.327 8.350 7.721 2.073 363 19 0 0 514.365 2011 142.920 123.000 88.978 31.980 30.715 31.646 18.965 11.470 11.085 11.213 9.568 8.400 7.474 1.888 353 20 0 0 529.675 2012 143.750 129.000 90.824 33.960 31.490 31.917 20.567 11.679 11.378 11.434 9.811 8.614 7.631 2.111 364 21 0 0 544.551 Fonte: USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 2013 143.850 134.500 91.444 35.950 32.380 31.400 19.678 11.796 11.470 11.421 9.570 8.535 7.560 2.153 362 22 0 0 552.091 2014* 144.750 141.125 93.123 38.550 33.375 31.400 20.569 12.209 11.540 11.502 9.880 8.450 7.580 2.196 372 23 0 0 566.644 - * Previsão 1 Entre os primeiros colocados, comparando-se os anos de 2013 a 2014*, a China obteve maior crescimento percentual 7,23%, seguida da Índia com 4,93%, com maior crescimento nominal. A Índia país considerado emergente, aonde a vaca é sagrada e não pode ser abatida em grande parte do seu território, a produção de leite é aceita e bastante explorada comercialmente. A União Européia, no mesmo período cresceu 0,63%, crescimento modesto devido a alguns problemas econômicos internos e climáticos de alguns países que compõe a aquela região. Os Estados Unidos cresceram 1,84% e o Brasil 3,07%. No Brasil, os melhores preços do leite e alguns fatores conjunturais, contribuíram para alavancar a atividade no ano de 2014. No total dos países o crescimento da produção de leite foi de 2,64%, entre 2013 e 2014. TABELA 2 - NÚMERO DE VACAS LEITEIRAS NO MUNDO (milhares de cabeças) Países Índia Brasil União Europeia China Estados Unidos Rússia Nova Zelândia Colômbia Egito México Ucrânia Argentina Austrália Belarus Canadá Japão Uruguai Outros Países Total 2010 128.800 37.032 23.870 12.603 9.086 8.858 4.597 4.300 3.860 3.175 2.737 2.100 1.596 1.445 966 830 350 304 246.509 2011 129.000 37.367 23.314 12.960 9.150 8.553 4.680 4.300 3.885 3.185 2.631 2.100 1.589 1.478 966 805 350 278 246.591 2012 129.350 37.676 23.051 13.540 9.230 8.678 4.816 4.300 3.960 3.200 2.675 2.100 1.700 1.477 958 813 360 283 248.167 Fonte: USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 2013 129.700 38.259 23.204 14.352 9.220 8.540 5.018 4.300 3.980 3.200 2.655 2.100 1.725 1.550 963 798 370 299 250.233 2014* 130.100 38.854 23.200 15.215 9.220 8.380 5.043 4.300 3.990 3.200 2.650 2.100 1.710 1.550 960 790 380 300 251.942 - * Previsão 2 Como podemos avaliar na tabela acima o crescimento do rebanho leiteiro no mundo foi menor que a produção se avaliarmos os anos de 2013 e 2014*. Em alguns dos principais países produtores o crescimento do rebanho foi bastante inferior ao crescimento da produção o que nos leva a crer que os animais tornaram-se mais produtivos e houve investimentos em melhor, genética, alimentação, sanidade, manejo, enfim, tecnologias de produção que ocasionam o aumento da produtividade dos rebanhos. A China foi o país que obteve o maior crescimento do rebanho na ordem de 6,01%, seguido do Brasil com 1,56%. A Índia maior rebanho do mundo, teve acréscimo de 0,31% no rebanho de vacas leiteiras. No total o crescimento dos rebanhos foi de 0,68% e da produção de 2,64%. TABELA 3 - CONSUMO MUNDIAL DE LEITE FLUÍDO (mil toneladas) Países Índia União Europeia Estados Unidos China Brasil Rússia Ucrânia México Japão Canadá Austrália Argentina Coréia do Sul Taiwan Nova Zelândia Filipinas Chile Outros Países Total 2010 49.140 33.738 28.896 12.060 11.278 11.775 5.342 5.167 4.150 3.184 2.284 2.130 1.541 357 300 61 0 0 171.403 2011 51.660 33.870 28.281 12.600 11.429 11.650 5.442 4.100 4.058 3.164 2.422 2.093 1.623 354 300 61 0 0 173.107 2012 52.000 33.800 28.769 13.517 11.712 11.040 5.588 4.168 4.045 3.040 2.511 2.133 1.578 340 275 52 0 0 174.568 2013 54.400 33.500 28.884 14.350 12.000 10.615 5.667 4.171 3.950 3.014 2.525 2.155 1.615 343 300 58 0 0 177.547 2014* 57.460 33.400 29.121 15.460 12.415 10.640 5.692 4.209 3.950 3.000 2.550 2.200 1.647 354 300 62 0 0 182.460 Fonte: USDA – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos - * Previsão. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 3 Os cinco países maiores produtores mundiais de leite, também encontram-se entre os maiores consumidores, aparecendo a Índia como o maior consumidor do produto. O Brasil está na quinta posição entre os países que mais consomem leite fluído. Leite no Brasil O Brasil vem apresentando aumento gradativo na produção leiteira. De 2003 a 2013 a produção cresceu quase 54%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). TABELA 4 - PRODUÇÃO LEITEIRA – Brasil – Evolução em 10 Anos (em mil litros) Ano Produção (em mil litros) 2003 22.253.863 2004 23.474.694 2005 24.620.859 2006 25.398.219 2007 26.137.266 2008 27.585.346 2009 29.085.495 2010 30.715.460 2011 32.096.214 2012 32.304.421 2013 34.255.236 Variação 2003/2013 54 % Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 4 TABELA 5 - Produção de origem animal - Ranking descendente Leite (Mil litros) Ano 2012 “ranking” Grande Região Produção 1 Sudeste 11.591.140 2 Sul 10.735.645 3 Centro-Oeste 4.818.006 4 Nordeste 3.501.316 5 Norte 1.658.315 Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal. Como podemos observar nas tabelas a seguir, as regiões Sudeste e o Sul se destacam na produção leiteira nacional. Estas regiões no ano de 2012 participaram com 69%, dos 32,3 bilhões produzidos pelo país, conforme dados do IBGE. No ano de 2013, a participação destas regiões cresceu ainda mais. A região Sudeste contribuiu com 35% da produção nacional e a região Sul com 34%. Minas Gerais manteve o primeiro lugar no “ranking” da produção leiteira, representando 27% do total produzido, seguido pelo Rio Grande do Sul com 13%, Paraná com 12,6% e Goiás com 11%. TABELA 6 - Produção de origem animal - Ranking descendente Leite (Mil litros) Ano 2013 “ranking” Grande Região Produção 1 Sudeste 12.019.946 2 Sul 11.774.330 3 Centro-Oeste 5.016.291 4 Nordeste 3.598.249 5 Norte 1.846.419 Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 5 O volume produzido e os números dos outros estados da federação estão expostos na tabela a seguir. TABELA 7 - LEITE - Produção Nacional - Ranking descendente Ano 2013 “Ranking” Unidade da Federação Volume (Mil litros) 1 Minas Gerais 9.309.165 2 Rio Grande do Sul 4.508.518 3 Paraná 4.347.493 4 Goiás 3.776.803 5 Santa Catarina 2.918.320 6 São Paulo 1.675.914 7 Bahia 1.162.598 8 Rondônia 920.496 9 Mato Grosso 681.694 10 Rio de Janeiro 569.088 11 Pernambuco 561.829 12 Pará 539.490 13 Mato Grosso do Sul 523.347 14 Espírito Santo 465.780 15 Ceará 455.452 16 Maranhão 385.880 17 Sergipe 331.406 18 Tocantins 269.255 19 Alagoas 252.135 20 Rio Grande do Norte 209.150 21 Paraíba 157.258 22 Piauí 82.542 23 Amazonas 48.969 24 Acre 47.125 25 Distrito Federal 34.448 26 Amapá 10.948 27 Roraima 10.137 Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal Como podemos observar na tabela anterior, o Brasil possui um grande diferencial produtivo entre as regiões. Minas Gerais possui tradição na produção leiteira, um grande rebanho de animais de genética apurada boas condições de climáticas, grande uso de tecnologias de produção e Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 6 boa nutrição dos rebanhos leiteiros, o que se reverte no sucesso da produtividade leiteira. Por sua vez os Estados da Região Sul, também são destaques na produção leiteira nacional, no ano de 2013, juntos os três Estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), produziram 11,7 bilhões de litros de leite. Produção superior a da Argentina que no mesmo ano registrou 11,1 bilhões de litros produzidos. Os Estados da Região Sul tem alguns pontos favoráveis para o sucesso da atividade leiteira, como: clima ameno, pastagens de qualidade, produção agrícola em larga escala o que permite a utilização de “subprodutos” de qualidade das lavouras na alimentação das vacas leiteiras, produtores capacitados, rebanhos de genética de ponta, povos que trazem em sua cultura a experiência na criação do gado leiteiro, programas governamentais de apoio a atividade entre outros aspectos que beneficiam a produção. Por outro lado, temos estados de pouca tradição na criação do gado leiteiro, aonde esta atividade tem pouca representatividade, como o caso de alguns estados do norte e nordeste como podemos visualizar na tabela anterior. Estes estados possuem clima quente, o que dificulta a criação das raças leiteiras mais produtivas como: a holandesa, jersey e pardo-suíço. Nestas regiões, são criadas raças mistas que geralmente apresentam uma menor produtividade. Também existe uma deficiência natural nas pastagens destas regiões, dificuldades climáticas e solos mais pobres que não permitem o cultivo de pastagens de qualidade superior, ou para a implantação destas os custos são muito elevados. Outro ponto é a suplementação alimentar, que muitas vezes se torna cara nestas localidades pela dificuldade de se produzir alimentos. Devido a estes fatores a atividade leiteira é tão distinta em nosso território nacional, com tantas particularidades e diferentes níveis tecnológicos entre as regiões. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 7 Tabela 8- Vacas ordenhadas no Brasil – Anos 12/13 Cabeças Unidade da Federação 2012 2013 Rondônia 857.660 582.306 Acre 72.069 77.624 Amazonas 113.342 113.518 Roraima 28.533 30.151 Pará 766.593 717.419 Amapá 12.708 13.124 Tocantins 437.535 441.927 Maranhão 611.991 620.125 Piauí 148.682 143.583 Ceará 576.030 561.325 Rio Grande do Norte 217.426 231.162 Paraíba 186.540 195.873 Pernambuco 431.429 411.969 Alagoas 152.273 153.591 Sergipe 226.118 234.365 Bahia 1.943.015 2.081.959 Minas Gerais 5.674.293 5.850.737 Espírito Santo 410.760 423.855 Rio de Janeiro 429.473 441.483 São Paulo 1.469.829 1.390.485 Paraná 1.615.916 1.715.686 Santa Catarina 1.078.118 1.132.664 Rio Grande do Sul 1.516.689 1.554.909 Mato Grosso do Sul 532.061 529.651 Mato Grosso 589.971 557.104 Goiás 2.692.841 2.723.594 Distrito Federal 11.624 24.348 Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal Nota: Os municípios sem informação para vacas ordenhadas não aparecem nas listas. Em relação ao rebanho de vacas ordenhadas, comparando-se os anos de 2012 e 2013, dos 27 Estados que compõe a nação 20 apresentaram aumento no número de cabeças. Um dos maiores crescimentos percentuais foi o do Distrito Federal com 24.348 vacas ordenhadas em 2013, apresentou acréscimo em 109% em relação ao ano anterior. A maior parte dos Estados aonde caiu o rebanho de ordenha, estão situados nas regiões norte e nordeste do país. O aumento dos rebanhos de vacas leiteiras na maior parte do nosso território em Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 8 2013, atesta o investimento na atividade neste ano, quando houve o ingresso de nossos criadores no setor e o incremento de rebanhos de quem já estava na atividade. Mercado Externo Exportações e Importações Brasileiras Como podemos analisar na tabela a seguir, em 2014 o Brasil aumentou em 102% o volume de lácteos exportados em relação ao ano anterior (2013). Nosso país importou 22.711 toneladas a mais de lácteos do que exportou em 2014, embora as importações neste ano tenham caído 32% em relação a 2013. TABELA 9 - BRASIL- Lácteos - Balança Comercial - 2010 a 2014 Ano Volume (T) Valor (US$ FOB) 2014 108.952 456.469.279 2013 159.441 602.507.635 2012 180.852 638.282.032 2011 166.987 616.129.526 2010 113.413 336.167.307 2014 86.241 346.183.726 2013 42.679 117.728.359 2012 43.147 119.632.078 2011 41.970 121.810.966 2010 58.440 156.476.667 Importações Exportações Fonte: Agrostat Brasil a partir de dados da SECEX/MDIC Nota: lácteos (leite UHT, leite em pó, queijos, manteiga e gorduras lácteas, iogurte e leitelho, doce de leite, leite modificado, leite condensado, creme de leite). A boa produção interna, aliada a alta da tonelada dos lácteos no mercado externo devido a valorização do dólar frente ao real, foi o fator que impulsionou a maior exportação. O produto mais exportado pelo Brasil em 2014 foi o leite em pó. Os principais Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 9 destinos foram à Venezuela, Rússia e Taiwan. Cotações Nacionais dos Lácteos Os preços recebidos pelos produtores no Brasil em 2014, giraram na casa dos R$0,99 a R$ 1,00, sendo que na média foram superiores aos valores observados nos meses de 2013. Na tabela e gráfico abaixo podemos observar as cotações desde novembro de 2011 até novembro de 2014, em sete praças brasileiras. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 10 TABELA 10 - Leite – Preços Recebidos pelos Produtores em Sete Estados ESTADO DO PARANÁ O Estado do Paraná, conta com um rebanho leiteiro de aproximadamente 2,5 milhões de cabeças, com 1,7 milhões de vacas em lactação. Segundo o IBGE, o estado em 2013 produziu 4,3 bilhões de litros (3º colocado) no cenário nacional, antecedido por Rio Grande do Sul com 4,5 bilhões (2º colocado) e Minas Gerais, com 9,3 bilhões de litros (1º colocado). Com esta produção, nosso estado participa com 12,7 % da produção nacional. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 11 NÚMEROS DA CADEIA LEITEIRA PARANAENSE TABELA 11 - PARANÁ – Vacas ordenhadas, produção total de leite, produção vaca/ano, produção vaca/dia (2008-2013) média estadual à partir de dados do IBGE Ano 2008 N° de Vacas Ordenhadas 1.331.683 Produção (mil Lts) 2.825.931 N° de Vacas Ordenhadas 1.489.241 Produção (mil Lts) 3.339.306 N° de Vacas Ordenhadas 1.550.396 Produção (mil Lts) 3.595.775 Prod. vaca/ ano (L) 2.122 Prod.vaca/dia (L)* 7,80 Prod. vaca/ ano (L) 2.242 Prod.vaca/dia (L)* 8,30 Prod. vaca/ ano (L) 2.319 Prod.vaca/dia (L)* 8,6 Prod. vaca/ ano (L) 2.404 Prod.vaca/dia (L)* 8,9 Prod. vaca/ ano (L) 2.455 Prod.vaca/dia (L)* 9 Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 N° de Vacas Ordenhadas 1.588.638 Produção (mil Lts) 3.819.187 Ano 2012 N° de Vacas Ordenhadas 1.615.916 Produção (mil Lts) 3.968.506 Ano 2013 N° de Vacas Ordenhadas Produção (mil Lts) Prod. vaca/ ano (L) Prod.vaca/dia (L)* 1.715.686 4.347.493 2.533 9,3 Fonte: IBGE e SEAB/DERAL Elaboração: SEAB/DERAL Como podemos analisar na tabela acima, o número de vacas ordenhadas no Estado do Paraná entre os anos de 2008 a 2013, cresceu 29%. No mesmo período, a produção estadual cresceu 54%. Estes dados nos mostram que o acréscimo na produção foi proveniente de dois fatores: o aumento do rebanho e a tecnificação da produção. Os animais se tornaram mais produtivos, melhorados geneticamente e melhor alimentados, melhorando consequentemente a produtividade dos rebanhos. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 12 Projeções para 2014* TABELA 12 – PARANÁ - Vacas ordenhadas, produção total de leite, produção vaca/ano, produção vaca/dia (2014*/estimativa) média estadual a partir de dados do IBGE. N° de Vacas Ordenhadas 1.781.546 Produção (mil Lts) 4.714.981 Prod. vaca/ ano (L) 2.640 Prod.vaca/dia (L)* 9,6 Metodologia de cálculo para se chegar aos números de 2014: 1 - Foi retirado o percentual de crescimento a cada ano; 2 – Este percentual foi somado e dividido pelo número de anos analisados, para se tirar uma média de crescimento percentual; 3 – Esta média foi usada no cálculo para se obter os números de 2014; TABELA 13 - Produção de Leite e Número de Vacas Ordenhadas/ Paraná e Sudoeste Paranaense Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Evolução (%) 08/13 Produção (mil litros) Paraná Sudoeste 2.827.931 547.327 3.339.306 795.825 3.595.775 848.342 3.815.582 904.743 3.968.506 914.472 4.347.493 1.095.843 54 100 Vacas Ordenhadas Paraná Sudoeste 1.331.683 210.697 1.489.241 237.126 1.550.396 236.847 1.588.638 240.928 1.615.916 242.328 1.715.686 321.747 29 53 Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM TABELA 14 - Produção de Leite e Número de Vacas Ordenhadas/ Paraná e Oeste Paranaense Ano Produção (mil litros) Vacas Ordenhadas Paraná Oeste Paraná Oeste 2008 2.827.931 783.177 1.331.683 287.603 2009 3.339.306 909.484 1.489.241 298.077 2010 3.595.775 887.705 1.550.396 285.860 2011 3.815.582 991.317 1.588.638 313.365 2012 3.968.506 974.993 1.615.916 304.380 2013 4.347.493 54 1.037.799 32 1.715.686 29 299.957 4 Evolução (%) 08/13 Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 13 TABELA 15 - Produção de Leite e Número de Vacas Ordenhadas/ Paraná e CentroOriental Paranaense Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Evolução (%) 08/13 Produção Paraná Centro-Oriental 2.827.931 361.395 3.339.306 391.160 3.595.775 432.712 3.815.582 521.385 3.968.506 550.359 4.347.493 582.803 54 61 Vacas Ordenhadas Paraná Centro-Oriental 1.331.683 90.732 1.489.241 92.459 1.550.396 110.188 1.588.638 117.537 1.615.916 120.063 1.715.686 127.714 29 41 Fonte: IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal – PPM Na análise das principais bacias leiteiras paranaenses, o Sudoeste foi a região que mais cresceu em rebanho e produção de 2008 a 2013. Entres estes anos a sua produção dobrou, tornando esta bacia a maior produtora em volume do nosso estado. Muitos produtores desta região ingressaram na atividade leiteira e os que já possuíam o leite nas propriedades intensificaram e modernizaram a atividade aumentando sua produção. Alguns projetos do governo também têm incentivado a cadeia nesta região. O Oeste paranaense é uma importante e tradicional região produtora de leite, aonde se destacam municípios como Toledo e Marechal Cândido Rondon. Entre as mais importantes, foi a região que menos cresceu em número de vacas em lactação e produção entre o período analisado. Muitos produtores desta região passaram ou desenvolvem atividades agrícolas, no plantio principalmente da soja e milho, sendo este, um dos fatores que limitou o avanço da atividade leiteira na região. A região Centro - Oriental apresentou também crescimento significativo entre os seis anos analisados, acrescendo em 41% o número de vacas ordenhadas, aumentando com isso consequentemente a sua produção (61%). Esta região possui também grande tradição na produção leiteira, aonde descendentes Alemães e Holandeses, desenvolvem a atividade com grande qualidade e sucesso. Embora não seja a maior produtora em volume esta região é a que tem maior média de produção por animal, não sendo incomum rebanhos que tem vacas que atingem 10.000 litros em uma lactação anual. Outro destaque para a região Centro-Oriental é a qualidade genética dos planteis de vacas leiteiras e o emprego de tecnologias de ponta nas propriedades, aonde destacasse aspectos como: manejo adequado, produção de forrageiras e qualidade nutricional. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 14 Valor Bruto da Produção do Leite no Estado do Paraná TABELA 16 - Leite - VBP nominal, deflacionado e participação em relação ao VBP estadual Ano VBP nominal 1997 408.482.689,68 1998 412.925.174,35 1999 483.135.171,25 2000 645.454.781,69 2001 626.296.347,32 2002 707.842.395,30 2003 1.027.796.897,82 2004 1.142.842.846,50 2005 1.288.523.788,66 2006 1.282.080.746,33 2007 1.812.122.281,76 2008 2.066.870.413,66 2009 2.262.394.181,26 2010 2.553.714.293,96 2011 3.157.779.599,52 2012 3.341.537.536,00 2013* 4.152.543.675,60 2014** 4.821.464.298,13 *1ª versão **estimativa VBP deflacionanado (jun13=100) 1.483.777.493,39 1.441.145.313,21 1.551.155.826,94 1.816.447.466,10 1.580.847.930,09 1.628.582.716,16 1.863.201.576,20 1.881.179.409,39 1.991.498.839,10 1.962.278.003,23 2.667.669.350,47 2.669.779.066,12 2.900.757.205,90 3.116.171.072,30 3.546.483.473,75 3.551.679.028,15 4.152.543.675,60 4.557.713.949,58 Participação 5% 5% 4% 5% 4% 4% 4% 4% 5% 5% 6% 5% 6% 6% 6% 6% 6% 6% Como podemos analisar, a participação da atividade leiteira na economia paranaense, cresceu muito sua importância no decorrer dos anos. O VBP do leite no estado, cresceu 916% em 17 anos, desde o ano de 1997 a 2013. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 15 PREÇOS Como podemos observar no gráfico, no período de 11 anos os preços do leite pago aos produtores no Estado do Paraná se elevaram em 139%. A atividade leiteira não só no Paraná, mas em todo Brasil ainda é muito sazonal, ou seja, sofre muita influência do clima na produção, fator que impacta diretamente sobre as cotações do produto. As regiões e propriedades que utilizam manejo adequado e alimentação de boa qualidade estocada conseguem minimizar os efeitos do clima sobre a produção. 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 0,41 0,45 0,46 0,43 0,55 0,60 0,62 0,68 0,78 0,80 0,94 0,98 16 Cenário Atual Paranaense No Paraná, a boa oferta, somada a expressiva importação de lácteos e ao menor consumo característico da época, principalmente de bebidas lácteas, tem ocasionado um cenário de queda nas cotações. Ao contrário do que foi observado no início de 2014, janeiro de 2015 tem apresentado chuvas regulares em todo o estado, possibilitando um excelente desenvolvimento das pastagens, ofertando alimentação abundante às vacas leiteiras, o que se reflete no curto prazo no aumento da produção. Como podemos analisar nas tabelas a seguir, a média anual do preço pago aos produtores em 2014 foi maior do que a observada ano de 2013. Entretanto, a maior disponibilidade de leite no mercado interno tem ocasionado a queda dos valores pagos aos produtores. O mês de janeiro de 2015, apresentou média de preço 4,35% menor do que a média do mês de dezembro (2014). TABELA 17 - LEITE – Paraná – Preços Médios Recebidos pelos Produtores Data Preços Médios R$/litro Ano 2013 (média anual) 0,94 Ano 2014 (média anual) 0,98 Dezembro 2014 (média mensal) 0,92 Janeiro 2015 (média mensal) 0,88 Variação % 4,26 - 4,35 Fonte: SEAB/DERAL Mercado Externo Paranaense As importações paranaenses em 2014 foram maiores que as exportações. O estado neste ano importou 1.960 toneladas de lácteos a mais do que exportou, número modesto em relação à anos anteriores, mas que não deixa de impactar o mercado doméstico. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 17 O destaque foi para as exportações em 2014 que foram 333% maiores em volume ao ano anterior, fato que certamente contribui para o equilíbrio desta balança comercial. Mesmo se importando mais em volume do que exportando, a receita em 2014 foi expressivamente maior com as exportações, devido à valorização do dólar frente ao real. TABELA 18 - PARANÁ - Lácteos - Balança Comercial - 2010 a 2014 Ano Importações 2014 2013 2012 2011 2010 Exportações 2014 2013 2012 2011 2010 Volume (T) Valor (US$ FOB) 8.022 10.371 11.150 8.850 11.504 18.852.341 19.403.589 29.593.197 26.513.041 26.407.222 6.062 1.399 1.440 2.218 3.347 28.843.607 5.965.403 6.079.116 9.545.526 13.353.625 Fonte:Agrostat Brasil a partir de dados da SECX/MDIC Elaboração:SEAB/DERAL Nota:lácteos (leite UHT, leite em pó, queijos, manteiga e gorduras lácteas, iogurte e leitelho, doce de leite, leite modificado, leite condensado, creme de leite). As principais razões que levaram a queda nas importações de lácteos, foram: aumento da disponibilizada interna do produto, as quedas nas cotações no mercado brasileiro e a valorização do dólar em relação ao real. Quanto ao aumento das exportações, as razões foram: aumento da produção interna, disponibilizando mais leite ao mercado brasileiro, a abertura de novos mercados e a já citada valorização do dólar frente a nossa moeda. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 18 Situação do Comércio Interestadual de Leite Ao redor de 70% do leite que entra no Paraná é UHT. Leite a Granel (fluído) Proveniente dos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e em menor parte do Mato Grosso (para laticínios do noroeste e norte do Estado). Longa Vida O leite longa vida entra de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, de onde também vem leite a granel em menor quantidade. Pasteurizado (saquinho) Entra de Santa Catarina, que contribui em larga escala no abastecimento do mercado de Curitiba. Creme de Leite e Leite Condensado Entra de São Paulo e Minas Gerais. Estabelecimentos Industriais O segmento de laticínios paranaense conta com 206 estabelecimentos industriais formais. A grande maioria, 108 deles (41%), possuem o Serviço de Inspeção Federal (SIF) ; 86 deles (32%), trabalham com o Serviço de Inspeção Estadual (SIP) e os restantes 71 laticínios (27%), tem o Serviço de Inspeção Municipal (SIM). Perspectivas para o Setor O setor lácteo brasileiro e paranaense teve nos últimos dois anos (2013/2014), um acréscimo nos preços pagos aos produtores que deram um fôlego para a atividade, muitos recuperaram suas finanças e realizaram novos investimentos. Houve também o ingresso de novos criadores neste período. Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 19 No ano de 2014, aonde a média foi de R$ 0,98, os preços mantiveram-se firmes até o mês de outubro, quando começaram a cair em novembro, já pelo efeito do crescimento da produção. O aumento dos estoques de leite não só no Paraná, mas também em outros estados produtores e fornecedores, no momento está contribuindo juntamente a outros fatores, na queda das cotações dos lácteos. No entanto a produção leiteira sofre impacto entre as épocas de safra e entressafra. O que se espera a partir de maio e início de junho com o início da entressafra é que ocorra uma queda na produção, barrando o declínio das cotações. Entretanto, estes são fatores dependem do comportamento do clima; da incidência das chuvas, da intensidade do inverno e da ocorrência ou não de estiagens. Além dos gargalos climáticos, o comportamento dos preços depende de uma conjuntura mundial da atividade. Os melhores preços dos últimos anos atraíram investimentos que ocasionaram o aumento da produção, a perspectiva é que se abram novos mercados para que esta produção escoe e auxilie no equilíbrio da oferta doméstica. Novos investimentos por parte dos produtores dependem diretamente da rentabilidade da atividade. 14 e porte OO segmento de laticínios paranaense conta com 301 estabelecimentos industriais formais A grande maioria, 239 deles (79%), enquadra-se na categoria de micro Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 20 e Responsável: Fábio P. Mezzadri Contato: [email protected] ; (41) 3313-4102 21