Anatomia da Região Inguinal e Crural Professor: Oziel Júnior Limites da Região Inguinal Tem forma triangular Latero-superior: espinha ilíaca antero superior Infero-medial: púbis Superior: a linha imaginária biilíaca Músculo Oblíquo Externo Mais superficial Seu espessamento ínfero-lateral constitui o ligamento inguinal O ligamento inguinal não é um verdadeiro ligamento As fibras se direcionam lateromedialmente em direção ao púbis, formando o anel inguinal externo O anel inguinal externo é recoberto pela fáscia inominada ( fáscia de Gallaudet ) Músculo Oblíquo Interno Situa-se por detrás do oblíquo externo Predominantemente muscular, sendo aponeurótico em sua inserção medial junto à borda do Reto abdominal Da origem à fáscia cremastérica e ao músculo cremaster Músculo Transverso Situa-se posteriormente ao oblíquo interno Faz parte, juntamente com a fáscia transversalis da camada músculoaponeurótica profunda Funde-se medialmente com a aponeurose do oblíquo interno formando a lâmina anterior da Bainha do Reto Fáscia Transvesalis Estrutura lamelar, por de trás destes músculos Consitui o assoalho inguinal É bilaminar - Anterior e mais densa - Posterior mais delgada Postero inferior: insere-se no ligamento de Cooper Medialmente: reveste a face porterior do RetoAbdominal Músculo Reto Anterior do Abdome Músculo par, longo e achatado Se insere bilateralmente no púbis Junto e de cada lado, há um par de pequenos músculos triangulares, os Músculos piramidais Bainha do Músculo Reto Abdominal Formada pela fusão das aponeuroses dos músculos Oblíquos externo e interno e tranverso Passam anterior ao Reto Abdominal A junção das bainhas, direita e esquerda forma a linha Alba Ligamento de Cooper Estrutura Fibrosa e resistente Recobre o Púbis Funde-se com o periósteo púbico Canal Inguinal Espaço Virtual Medindo 4 cm de comprimento Onde passam no Homem o funículo espermático, e na Mulher o ligamento Redondo Tem direção Oblíqua A parede anterior é formada pela aponeurose do Oblíquio Externo Assoalho pela Fáscia Transvesalis Triângulos de Hesselbach e de Hessert Hesselbach - Medial: borda lateral do Reto Abdominal - Superior e lateralmente: Vasos Epigástricos - Inferior: Ligamento Inguinal Triângulos de Hesselbach e de Hessert Hessert: - Medialmente: Borda lateral do Reto Abdominal - Inferiormente: Ligamento inguinal - Superiormente: Borda Inferior do Oblíquo Interno Limites da Região Crural Superiormente pela prega do Ligamento Inguinal Medialmente pelo Músculo Pectíneo Lateralmente pelo Músculo Tensor da Fáscia Lata Triângulo de Scarpa - Superiormente pelo Ligamento Inguinal - Medialmente pelo Músculo Adutor Longo da Coxa - Lateralmente pelo Músculo Sartório Canal Femoral Tem forma de tronco de cone Mede de 1,25 a 2 cm Ápice superficial localizado na Fossa Oval Sua base é mais profunda, delimitada lateralmente pela bainha dos vasos femorais, anteriormente pelo Ligamento Íleo Púbico e inferiormente a bainha do músculo pectíneo Funículo Espermático e Ligamento Redondo Ambos Percorrem o Canal Inguinal Ligamento Redondo: - Constituido por tec. Conectivo e fibras musculares lisas - Irrigado pele artéria do lig. Redondo Funículo Espermático e Ligamento Redondo Funículo Espermático: - Constituído por tec. conectivo, contém o ducto deferente, três artérias principais (testicular, deferencial e cremastérica), com as veias correspondentes, o plexo Pampiniforme e os Nervos ilioinguinal, ramo genital do genitofemoral e plexo simpático - envoltos por três Camadas teciduais - Plexo Pampiniforme: 10 a 12 veias Funículo Espermático e Ligamento Redondo Vascularização do Funículo Espermático: - Artéria Testicular tem origem na aorta - Artéria Deferencial emerge da artéria Vesical Inferior - Artéria Cremastérica origina-se da artéria epigástrica inferior - Existe ainda uma rede colateral na bolsa escrotal entre artérias do testículos e de esruturas adjacentes como a próstata Hérnias Inguinais Conceito Protusão anormal de um saco com revestimrnto peritoneal, através da cobertura músculo-aponeurótica do abdome. Fraqueza da parede, de origem congênita ou adquirida, que resulta na incapacidade de manter o conteúdo visceral da cavidade abdominal em seus locais normais. Tipos de Hérnias Hérnia Inguinal Indireta ou Oblíqua Externa Hérnia Inguinal Direta ou Oblíqua Interna Hérnia Mista ou Pantaloon Hérnia de Deslizamento Hérnia Femoral Hérnia Inguinal Indireta ou Oblíqua Externa Mais comum Mais em homens Persistência do conduto peritônio-vaginal O saco herniário passa através do Anel interno junto ao funículo espermático Pode se estender até a bolsa escrotal (inguinoescrotal) O Saco é lateral aos vaso epigástricos inferiores Hérnia Inguinal Direta ou Oblíqua Interna Enfraqucimento da Parede Posterior O saco herniário é medial aos vasos epigástricos inferiores Também chamada de Hérnia do trígono de Hasselbach Resulta do aumento da pressão intra abdominal ( obesidade, ascite, protatismo, etc.) Outras Hérnias Mista ou Pantaloon: coexistem as hérnias indiretas e diretas Hérnia de Deslizamento: Parte da parede do saco é a própria víscera ( colón, bexiga,etc.) Hénia Femoral: o saco passa por trás do lig, Inguinal, e se insinua-se através do anel femoral, é o tipo de hérnia que mais estrangula Quadro Clínico Queixa de um “caroço” na reguião inguinal Dor ou desconforto associado à protusão abdominal As vezes pode ter queixa de parestesias Exame Físico Paciente em Pé e Deitado Inspeção visual da região inguinal, pode visualizar perda da simetria ou protusão bem definida Introdução de um dedo no canal inguinal, através do anel externo, e pede-se para o paciente fazer a manobra de Valsalva Protusão abaixo do lig. Inguinal é compatível com Hérnia femoral Classificação das Hérnias NYHUS: - I : Hérnia indireta com anal interno normal - II: Hérnia indireta com anel interno alargado, mas com parede posterior intacta - III A: Hénia Direta B: Hérnia indireta com parede posterior comprometida C: Hérnia Femoral - IV: Hernias Recidivadas Classificação de Junqueira Rodrigues Jr, 1999 Classificação de Junqueira Rodrigues Jr, 1999 Classificação de Junqueira Rodrigues Jr, 1999 Classificação de Junqueira Rodrigues Jr, 1999 Classificação de Junqueira Rodrigues Jr, 1999 Classificação de Junqueira Rodrigues Jr, 1999 Tratamento Cirúrgico após o diagnóstico Cirugia eletiva, exceto nos casos de encarceramento O Tratamento cirúrgico se resume em 3 tempos: - Cuidado com os elementos herniados - Dissecção, ligadura e/ou secção do mesmo - Correção do defeito anatômico Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Bassini - Aproxima o tendão conjunto ao Lig. Inguinal(Poupart) - A sutura inicia-se no púbis e termina no anel interno Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior MacVay - Sutura do tendão conjunto ao lig. de Cooper - Ideal para hérnias femorais Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Lichtenstein - Técnica livre de tensão - Uso de uma Tela de Marlex - Sutura ao tec. aponeurótico sobreposto ao púbis, ao longo da borda do lig. Inguinal, e medialmente ao tendão conjunto Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Laparoscópica: - Pré-peritoneal transabdominal - Intra ou Extra Peritoneal - Prós: - Pouca dor - Incisão Pequena - Retorno rápido às atividades - Contras: - Anestesia Geral - Custo mais elevado - Violação da cavidade peritoneal Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Técnicas de Reconstrução da Parede Posterior Complicações do Tratamento das Hérnias Infecção da Ferida Hematoma Seroma Embolia Pulmonar Hemorragia Orquite Isquêmica Atrofia Testicular e Infertilidade Lesão de nervos locais Recidiva