Beny London
Gabriela Umaña
Júlia Vargas
Paula Galvão

A palavra hérnia deriva do
latim e significa ruptura.

É uma protusão anormal
de um órgão ou tecido
através de um defeito na
parede adjacente. Apesar
de ocorrer em vários locais
do corpo, esses defeitos
são mais comuns na parede
abdominal,
particularmente na região
inguinal.

As hérnias da parede abdominal ocorrem
apenas nos locais onde a aponeurose e a
fáscia não são cobertas pelo músculo
estriado, como na região inguinal, femoral,
umbilical, linha alba, etc.

Cerca de 5% da população irá ápresentar
hérnias abdominais, e cerca de 75% dessas
hérnias são localizadas na região inguinal (2/3
delas são indiretas, e o restante, diretas).

Os homens são 25 vezes mais predispostos a ter hérnias inguinais
do que mulheres;

As hérnias indiretas são mais comuns do que as diretas;

Apesar das hérnias femorais serem mais comuns nas mulheres, a
hérnia mais comum em mulheres é a inguinal.

10% das mulheres e 50% dos homens que tem uma hérnia
femoral também irão desenvolver uma hérnia inguinal;

As hérnias inguinais são mais comuns do lado direito devido ao
atraso na atrofia do processo vaginalis após a descida
normalmente mais lenta do testículo direito pra o escroto durante
o desenvolvimento fetal.
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
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De anterior para posterior:
Pele e subcutâneo
Art. e veia ilíacas
circunflexas superficiais
Art. e veia
epigástricas superficiais
Art. e veia
pudendas externas .
Esses vasos se originam ou drenam para a
artéria e veia femorais.
Músculo Oblíquo Externo
Serve como o limite superior do
canal inguinal;
 O ligamento inguinal é a borda
inferior da aponeurose do
obliquo externo,
 O anel inguinal externo é uma
abertura na aponeurose do
obliquo externo, e é por esse
anel que o cordão espermático
sai do canal inguinal.

Músculo Oblíquo Interno


Localiza-se no abdome
superior, mas na região
inguinal tem fibras no
sentido transverso.
Forma a borda cefálica do
canal inguinal.

Transverso do Abdome
A força e continuidade desse
músculo são importantes para a
prevenção de hérnias inguinais
 Sua margem inferior forma um
arco com o obliquo interno
através do anel inguinal interno
para formar o arco aponeurótico
do transverso abdominal (O arco
superior do anel inguinal interno
é formado por este arco
aponeurótico)

Tem 4 cm de comprimento e está localizado 2 a
4 cm acima do ligamento inguinal.
 Está localizado entre o anel inguinal interno e o
anel inguinal externo.
 Ele contém o cordão espermático e o ligamento
redondo do útero.
 O cordão espermático é composto pelas fibras
do músculo cremaster, artéria e veias
testiculares, ramo genital do nervo
genitofemural, canal deferente, vasos
cremastéricos, linfáticos, e processon vaginalis

Limites:
 Superficial: aponeurose do obliquo externo;
 Parede cefálica: obliquo interno e o
transverso do abdome.
 Parede inferior: ligamento inguinal e
ligamento lacunar.
 Parede posterior ou assoalho: fáscia
transversalis e aponeurose do transverso do
abdome.
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O triângulo de Hesselbach é a
margem do assoalho do canal
inguinal.
Borda superolateral: vasos
epigástricos inferiores
Borda medial: margem lateral
do reto abdominal
Borda inferior: ligamento
inguinal
As hérnias diretas ocorrem
dentro do triângulo,
enquanto que as indiretas
ocorrem lateralmente ao
triângulo
TIPO I
 Hérnia inguinal indireta (anel inguinal interno/orifício profundo
normal)
TIPO II
 Hérnia inguinal indireta (anel inguinal interno dilatado, parede
posterior íntegra)
TIPO III – defeito na parede posterior
 A – Hérnia inguinal direta
 B – Hérnia inguinal indireta (grande)
 C – Hérnia femoral
TIPO IV – hérnia recorrente
 A – Hérnia direta
 B – Hérnia indireta
 C – Hérnia femoral
 D – Hérnia mista (combinação dos 3 tipos)
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Amyand: Hérnia inguinal com saco contendo apendicite
Béclard: Hérnia crural estendendo-se pelo orifício da
safena
Cloquet: Hérnia crural passando por trás dos vasos
femorais e descansando no músculo pectíneo
Gibbon: Hérnia inguinal com hidrocele
Goyrand: Hérnia inguinal que não desce até o escroto
Intersticial: Hérnia dentro das camadas da parede
abdominal (incomum)
Littré: Hérnia inguinal ou outra com saco contendo
divertículo de Meckel ou a parte antimesentérica da
parede intestinal
Richter: Hérnia inguinal ou outra em que somente uma
porção da parede intestinal está presa no anel
Fatores congênitos: sexo, descida do testículo,
defeito na parede abdominal, defeito de
aderência ou arranjo muscular
 Fatores
contributivos:
envelhecimento,
obesidade, doença cardíaca, doença pulmonar,
prostatismo, constipação, doença divesticular,
carcinoma colônico, doença genitourinária,
gravidez
 Fatores precipitantes: aumento súbito de
pressão intra-abdominal, trauma


Abaulamento inguinal, principalmente após
esforço físico ou em posição ortostática.

Exame físico: Palpação do canal inguinal
interno e caracterização se há ou não
dilatação. A manobra de Valsalva é útil na
maioria dos casos.

Hérnia encarcerada: quando o conteúdo
herniado não é passível de redução
espontânea ou manual.

Hérnia estrangulada: quando o conteúdo
herniado apresentar sofrimento vascular.

Não se deve postergar o tratamento cirúrgico
devido ao risco de encarceramento.

Exceto na presença de comorbidades clínicas
importantes.
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Hernioplastia de Bassini: sutura do tendão
conjunto no ligamento inguinal

Hernioplastia de Shouldice: fechamento por
planos com 4 linhas de suturas contínuas

Hernioplastia
de
Stoppa:
por
via
extraperitoneal, onde é colocada uma tela. A
principal indicação para o uso dessa técnica são
hérnias inguinais bilaterais e/ou recidivadas.

Hernioplastia de Lichtenstein: Considerada
padrão-ouro na correção das hérnias
inguinais por apresentar taxas de recidivas
menores que 1%. É uma técnica dita sem
tensão, que utiliza uma tela colocada sobre a
parede posterior do canal inguinal, fixando no
púbis, ligamento inguinal e tendão conjunto,
reforçando a musculatura e corrigindo
eventuais dilatações do anel inguinal interno.
1 - Incisão na dobra cutânea
transversa, aprofundada até a
aponeurose do oblíquo externo.
2- Abertura da aponeurose do
oblíquo externo.
3 – Isolamento do cordão
espermático.
4 – Dissecção alta do saco
herniário.
5 – Cobertura da parede posterior
por tela de polietileno, fendida
longitudinalmente(1/3 infe 2/3 sup)
6. Fixação do canto ínfero‐medial
da tela no tubérculo púbico por
sutura dupla de polipropileno.
7 – Fixação da borda inferior da
tela ao ligamento inguinal por
sutura contínua.
8 - As bordas inferiores das duas
pontas da tela são suturadas à
borda inclinada do ligamento
inguinal, criando novo orifício
interno.
9 – Posicionamento do cordão
espermático e fechamento da
aponeurose do oblíquo externo
sobre o mesmo.
Recorrência(2,3 a 20%)
Orquite isquêmica e atrofia testicular (0,036 a
0,46%)
 Transecção, obstrução do deferente ( 0,04%)
 Hidrocele (0,7%)
 Seroma (0 a 17,6%)
 Hematoma e equimose subcutânea
 Neuralgias (15 a 20%; Crônica5%)
 Osteíte pubiana
 Infecção
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Sabiston Textbook of Surgery. 18º ed. Cap 44
Zollinger’s Atlas of Surgical Operations. 8º
ed. Cap
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Hérnias Inguinais