CAPITAL ANNO SEMESTRE ie$ooo 9 $ 0 0 0 «tatu smmm TRIMESTRE J o illnçtxi do cjovcrnudor corvenftf refeytdo tlndo Ôsfoiplo ESTADOS BMTíltfíltolí K nUII /> r» >-#11 Al/? .P .I A ft F' tU JH li JJ Mrvi lllàt - -l_ A f^AiUA^g&^J^^I^ Jf v i lw ?M I | 0 K L l í ^ M D OA. S T Í•M A correspondência , r s c i a i á í ç ò e s d . í . m w r d i r i g i de a u o e Í O ^ . r f s S ! ^ J C Wlnlto-Çrosso, diviejiolo finvan?e C com os ejuiçiYro u r t i n k o terminou çjronide. omitôf 20*000 ~jorofi cien cta ^Chutos*. f o seu e 1 1 3 0 0 0 1 SOOO man fiatriolitnio J a to no chcc os ncc^ocios elo o4J REVISTA I L LUSTRA DA apreço, como alli não se fizera ainda egual. M r Deputado á Constituinte do E s tado, m '4ã CAPITAL FEDERAL. Agosto (Ie IS95 fez parte da commissão incum- bida de dar parecer sobre o projecto da Constituição, e a sua collaboração neste projecto foi das mais preciosas. ESCRIPTORIO E REDACÇÃO Rua de Gonçalves Dias ri. 50, sobrado VT i.* •. J • ' '' - .r • . . r > ; • . -i ;'.• —•v» ' L o g o depois a Assembléa Constituinte elegeu o por unanimidade governador do Estado, cargo de que tomou posse a 15 de A g o s t o de 1 8 9 1 . Em quatro annos de criterioso governo o Sr. Dr> Murtinho deixou ASSIGN ATURAS A Revista l/lustrada, conservando os mesmos preços estabelecidos em 187<>, quando foi fundada, procura assim corresponder á generosa animação que o publico lhe tem dado. Os Srs. Agentes do Correio prestamse. obsequiosamente, a receber a s s i n a turas a fazer a entrega dos números. ÍÍUIII assignalada a sua numerosos e importantes pela dedicação com 15 exercício do niez corrente deixou o do cargo de governador de melhora- que cuidou, es- pecialmente, de pôr na devida ordem todos os ramos da administração. A' sua retirada do poder, as manifestações de apreço que o povo bem a importancia dos serviços prestados ao Estado de Matto Grosso pelo seu i° governador constitucional, A pelos mentos de que dotou-o seu Estado, e lhe fez attestam DR. MANOEL MURTINHO passagem a quem gostosamente rendemos a nossa homenagem. "BPtfCWm- Matto Grosso o Sr. Dr. Manoel Murtinho, uni dos servidores mais leaes e diligentes da Republica. Foi fecunda em benefícios para o seu Estado a administração do digno cavalheiro, que sempre deu provras de espirito liberal, moderado, de uma sisudez e patriotismo inexcediveis. O Sr. Dr. Manoel Murtinho formou-se em 1868, na faculdade de S . Paulo. L o g o depois voltou para o seu torrão natal, onde, feito o devido tirocínio, passou a exercer as funcções de juiz municipal termo de S. e de orphãos no Luiz de Caceres. Ahi passou 18 annos. Em 1878 direito para foi nomeado juiz de a comarca do mesmo nome. ** * Retirando-se, em 1890, para C u y a b á , afim de assumir o cargo de juiz da secção jurídica do Estado, o Dr. Murtinho E u quizera começar estas notas dando alguma novidade boa e certa sobre as questões internacionaes da Trindade e do Amapá. Mas, se novidade ha, nada transpira cá fóra; nem os mais activos reporters conseguem alguma infor-r mação que satisfaça. A Revista tem também reportagem de primeira ordem, mas lucta com a mesma difficuldade, a mesma falta de noticias dos mais noticiosos collegas. Esperemos. A demora é um bom signal. Isto na politica; não nas estradas de ferro. recebeu dos seus jurisdi- ccionados eloquente manifestação de A proposito de estradas, é justo consignar que na Central os descarrilhamentos e desastres têm sido ultimamente pouco frequentes. N o s últimos dias, houve apenas uns cinco ou seis. Isto assim não vae direito. Eri-^ tendemos, devfer chamar para o caso a severa attenção de quem de direito. * # A gatunagem é que anda apuradissima. Mas hao é só a gatunagem reles, dos gatlinheiros e das tavernas ; não é só o conto do vigário, nem a vermelhinha. T e m o s j á verdadeiras q u a d r i lhas perfeitamente constituídas, tal qual como no sertão. Ha dias foi assaltado um bond da linha de Catumby. T r o c a r a m - s e tiros de revólver e cacetadas, como nas discussões sérias. Felizmente os, ladrões não levaram a melhor. Foi isto á horas mortas da noite,, mas a policia ainda parecia m a i s , morta do que as horas. Pela manhã, cerca de dez horas,, um moço empregado de uma ourivesaria, que levava certas jóias a concerto, foi assaltado em plena praça da Republica e roubado, como seria, out r o r a , na floresta de Bondy. Qualquer dia começam os a s s a l tos na rua do Ouvidor, á hora da maior concurrencia. Olhem só que chiquismo! * * * Quanto aos falsarios e ás notas, falsas, que inundam o mercado, é sabido que a policia tem desenvolvido uma actividade por ahi além. A g e n t e s cie cem olhos, em perpetua vigilancia, viagens de auctcridades, inquéritos rigorosos, buscas minuciosíssimas, tudo isto tem servido para aclarar perfeitamente o negocio.. Tanto assim que as auctoridades j á estão senhoras de tudo. S ó lhes. falta agora segurar os criminosos.. Quando lhes deitar a unha, loço o» saberemos. Foi um bonito trabalho. * * * A chuva impertinente veiu a g u a r a festa da Gloria, que este anno* se annunciou mais pomposa do quenunca. S ó se realisaram no dia proprio os festejos internos. O fogo de artificio e a illuminação foram transferidos para o primeiro domingo. A romaria foi enorme. Ouasi toda a cidade no^a lá esteve no p o é tico outeirinho. Até, para não faltar um dos grandes elementos dos b o n s REVISTA - »» tempos r ILLUSTRADA 3 « «V da Gloria, os capoeiras eram RAYMUNDO CORREIA •assim... * * Porque reappareceram g l o r i o s a mente os capoeiras ? A h ! o R i o de J a n e i r o está completo ! A g o r a sim, reconhecemos a nossa bella cidade, tão desfigurada nos últimos annos por um espirito novo, que em vão procura descaracterisar-nos. Chuvas, capoeiras, ladrões, d e sastres de cada dia, voltamos a tel-os hoje, a m a n h ã e sempre. N ã o ha duvid a r : é esta capital a pérola da Ame* rica do Sul. Pérola preta ! * * * Os leitores notem o cuidado com «que evito tratar da pacificação. Porque ? Justamente porque todos faliam delia, cada qual emitte uma opinião, dá uma sentença ou noticia, mas ninguém se entende, nada se sabe ao certo. L o g o , o calado é o melhor, tanto na g u e r r a civil como no melão. O que for soará, mesmo com o frio deste inverno. Olhemos para o S u l ; só do Sul nos pôde vir a luz. D o Sul e do sol. * CARTAS MURAES * * L i n a e Maricota conversam sobre os respectivos casamentos. . . futuros: — C o m o estás disposta a casar com Frederico, um rapaz que não tem futuro? — N ã o tem futuro! Ignoras que elle tem um e m p r e g o de 4 0 0 $ 0 0 0 ? — O r a ! na Intendencia Municipal! -v ; . ' 7 1 •orcoC)Ct* o- PARA ENGANAR X o t a s falsas e boatos ! U m a cousa a outra p a r e c e . . . N a d a melhor se conhece P a r a embarrilar os patos ! V ê se esta bota descalças, G r a n d e R i o de J a n e i r o : B o a t o s são notas falsas. "Qual é menos verdadeiro? /cwozc. S e a modéstia é um traço que e x o r n a o caracter, d e v e m o s todos oppôr-nos a que ella sirva de pretexto aos espíritos de elite, não só para evitarem os applausos a que fazem jus, como também para que essas a n i m a ções produzam o enthusiasmo de que carece todo o artista, para se entregar de alma aberta ás suas locubrações. C o m R a y m u n d o Correia, que hoje occupa na poesia brazileira um dos primeiros, senão o primeiro logar, dá-se justamente o facto de que a sua modéstia iguala, se não excede o seu mérito. A s vezes passam se semanas e mezes, em que o seu nome só é citado pelos críticos, que lhe fazem referencias amaveis, não nos dando elle nenhuma publicação das muitas que o seu brilhante espirito constantemente improvisa, sendo precisos esforços reiterados dos collegas ou dos 'amigos, para que elle se decida a dar á publicidade alguns trechos das suas belias producções. H a mezes, em um dos nossos números estampamos um lindo soneto de R a y m u n d o Correia, e em fins de J u n h o outro. Hoje temos o prazer de condecorar a nossa folha o brilhante trecho Clara e bella, ao qual o nosso prezado companheiro Pereira Netto fez uma delicada allegoria, na 4''1 pagina. $• A g r a d e c e n d o ao illustre poeta a honra que nos tem dado d e publicar a l g u m a s das suas lindas poesias, chamamos a attenção dos nossos leitores p a r a o primoroso trecho que adiante inserimos. A o poeta, um aperto de mão e um bravo, e ás lettras patrias, sinceros encomios pela animação que se vae notando em seus arraiaes. Parece que vamos entrando em uma época verdadeiramente fecunda, — o que muito e s t i m a m o s — p a r a honra do Brazil. D o Sr. Dr. Menezes Vieira, o abalisado director do P e d a g o g i u m , recebemos dois exemplares das cartas muraes do universo e do Brazil, mandadas traçar por aquelle instituto de educação para uso das escolas p r i marias. A s cartas, feitas pelo processo Vidal de Lablache, r e p r o d u z i d a s , depois de concurso, pelos conhecidos editores A l v e s & C., tornam-se notáveis pela simplicidade da e x p o s i ç ã o e nitidez do trabalho artístico, que é bellissimo. , O P e d a g o g i u m , que distribue gratuitamente estes m a p p a s pelos estabelecimentos officiaes de instrucção, inicia com elles uma serie de cartas g e o g r a p h i c a s , que seguirão todas o mesmo systema. A g r a d e c e n d o a valiosa offerta, aqui d e i x a m o s e x p r e s s o o nosso louvor ao sympathico instituto, que nos faz honra, e aos conceituados editores S r s . A l v e s A: C. II (TRECHO I)K UM GRAXDK ROMAX< K IXEDITO) Q u a n d o a pobre moça voltou a si, estava morta. A p a l p o u - s e toda, a v e r se lhe f a l t a v a a l g u m a cousa. Ai! faltava-lhe, sim, ai! faltava-lhe a cousa mais p r e ciosa que ella possuia: a sua carteirinha de couro da R ú s s i a com quinze mil e setecentos em papel e nickel. N ã o se descreve o desespero que delia se apoderou, verificando esse roubo tremendo. L e m b r o u - s e do punhal que trazia á liga, mimo do seu velho pae, que D e u s tinha em gloria, com o qual o velho cavouqueiro tantas vezes picará fumo e ella outras tantas batera bifes. l i r a uma relíquia de família. O punhal lá estava, enferrujado e digno. A liga, porém, havia d e s a p parecido. — Também ! g e m e u a pobre moça numa afflicção que lhe fazia palpitar o seio carnudo. A h ! comprehendo : tinha um fecho de ouro ! O s malditos roubaram-n'o, mas foram roubados, porque esse fecho de ouro era de plaque ! G E g r o s s a s lagrimas cahiam-lhe quatro a quatro pelas bellas feições amorcnadas. Nisto passava um carreiro da visinhança. O bom do homem fallou-lhe aiestes t e r m o s : — S a l v e - a Deus, D . Maria da Conceição ! O u e faz por aqui a estas horas, tão alegre ? Maria disfarçou r e s p o n d e n d o : — P a s s e i o as a g u a s ferreas. — A estas h o r a s ? N ã o tem medo d o lobishomem ? — N ã o , mas"não se me daria ir na sua companhia á casa da tia Quitéria tomar um cordeal. S i n t o - m e t ã o fraca ! — O l h e . V e n h a c o m m i g o para minha casa. L á estará melhor. — P o i s bem. S ó s i n h a e triste,como m e vejo neste mundo, preciso de alg u é m que me ajude a viver, alentand o - m e e protegendo-me. S e me dá de comer, se me dá de beber, se me p a g a casa, vou morar com você ! — Sim, mas em termos, porque n ã o pode ser de outro modo. — Porque ? —Porque..? O carreiro parou muito embaraçado e constrangido, como um homem bem educado a quem dóem muito os callos num salão de cerimonia; mas não tardou a tomar um ar g r a v e p a r a dizer: — M a r i a , vou contar-te um horrível s e g r e d o , que me escalda os lábios e a morte. N ã o posso mais conter essa r e v e l a ç ã o sobrenatural. — D i <y r a , di^a. o — E u sou teu pae ! — O s e n h o r ? v o c ê ? tu? N ã o é p o s s í v e l : meu pae morreu, ha quinze «annos, de febre t y p h o i d e ! — E n g a n a s - t e : quem morreu, ha quinze annos, de febre typhoide, foi o marido de tua mãe !. — A h ! exclamou Maria. E c a h i u redondamente, como uma peça bem escripta, nos theatros do R i o de J a neiro. — J e s u s ! m a t e i - a ! disse, desvairado, o carreiro, que j á a g o r a sabemos ser o pae da pequena. E ajoelhou-se, angustiado, junto á filha immovel, inteiriçada, como uma lingua secca do R i o G r a n d e . A o longe v i a m - s e os clarões de um incêndio. O infeliz pae teve ainda tempo d e os ver. — A minha casa ! L á se v a e a aninha casa ! E não está no s e g u r o ! 11EVISTA JLLUSTRADA Meu Deus, é muito caiporismo sobre um homem num dia só ! E pôz-se a assobiar convictamente. * Enlouquecera ! a. Júnior S*on$on oecoppoc» Gloria, menina galante, Quiz ir á festa da Gloria. U m tratante Q u a n d o o fogo de artificio Ardia, por malefício, A ' bella disse uma historia, O u e a pôz vermelha bastante ! Quando, no fim, a ladeira Desciam, lhe p e r g u n t o u : — Então, minha flor, gostou ? E ella, toda prazenteira, A s s i m lhe respondeu l o g o : — Que f o g o ! mai. <jy O eminente actor prometteu voltar para o anno. A h ! se o anno pudesse- começar no mez que vem... yj< F o i - s e embora o Novelli, mas em compensação chegou a companhia Frank Brown. Fica uma cousa pela outra, salvo seja! Desculpe-me o publico, se está zangado com este introito, vista a s u a predilecção pelos cavallinhos. E u cá por mim prefiro Novelli. Sou da minoria, mas todas'as opiniões são respeitáveis. Novelli teve uma bonita festa de despedida, com o Luiz X/} em que apresenta um trabalho soberbo. Findo o espectáculo, g r a n d e numero de admiradores o acompanharam com vivas á casa, não faltando, para maior brilho da manifestação, a intervenção da policia, que suspeitou se tratasse de a l g u m a g r a v e sedição nucturna. * * A companhia equestre e acrobatica do Sr. F r a n k B r o w n é notadamente inferior á do anno passado. T r a z , com tudo artistas, de bastante mérito; mas, quanto a novidade, só os trabalhos dos irmãos Zoes, que são realmente extraordinários no trapézio. Muitos dos nossos políticos podem com elles a p r e n d e r a l g u m a cousa, e olhem que os temos experimentadissimos! T e m sido pequena a concurrencia ás funcções da troupe B r o w n . T r a t e o emprezario quanto antes de apresentar as suas luxuosas pantomimas, se não quer perder dinheiro, o tempo e o modo de andar. S ó com os seus porcos amestratrados, os seus arcos de papel e as pilhérias dos seus clowns, tudo j á conhecido desde os nossos avós, não dou cinco tostões pelos lucros desta temporada. * * * A Grã- Duqueza de Gerolstein, a classica e preciosa opera-buffa de Meilhac, H a l é v y e Offenbach, foi victima de um g r a n d e desastre no theatro A p o l l o . D o desastre só escapou, b a s t a n t e maltratada, a actriz A u g u s t a Cordeiro, que fazia beneficio com a bella opereta. N ã o perdeu, felizmente, a presença de espirito necessário para a g r a d e c e r os brindes e a p p l a u s o s c o m q u e foi merecidamente distinguida. —A Mascotle, em tudo afortunada, teve no mesmo theatro satisfactorio desempenho. T h e r e z a Mattos, A u g u s t a Cordeiro, J o s e Ricardo e C o r r ê a trabalharam regularmente para a boa impressão da peça. Entretanto, não se pôde dizer que a opereta de A u d r a n seja um dos triumphos da companhia Taveira. N e m nosso. * * * O Aquidabaíi cedeu finalmente o logar, no palco do Variedades, á opereta Paquita, traduzida livremente, pelo Dr. A u g u s t o de Castro, da ope- reta de Vasseur La blanchisseuse de Berg op-Zoom. A primeira represent a ç ã o foi em beneficio da Lopiccolo, que fez, com a viveza que lhe é peculiar, a parte da protogonista. REVISTA Peixoto e mais companheiros concorreram p a r a o bom êxito, que a e m p r e z a e s p e r a seja duradouro. & * * Continuam em s c e n a : o F r é g o l i , no L y r i c o ; a revista Sal e Pimenta, no L u c i n d a ; as m e l h o r e s peças do velho repertorio do R e c r e i o ; e o nunca assás decantado Tim tini por tini tini, no E d e n - L a v r a d i o . . . P e r d ã o : quanto mam-ine que j á lá foi a Zizinha Maxixe, nentemente nacional. ao E d e n , inforuma peça nova: vaudeville emiQ u a n t o s papeis fará na Zizinha a Sra. Pepa ? S o u z a B a s t o s fez a sua récita com o Sal e Pimenta. Ouizeram alg u n s jacobinos... p o r t u g u e z e s preparar-lhe uma m a n i s f e s t a ç ã o de desa g r a d o , porque viram nessa revista violentos ataques a Portugal. O r a isto! A tentativa gorou, felizmente. A m a n i s f e s t a ç ã o a S o u z a B a s t o s limitou-se ao sal ; a pimenta não lhe ardeu. * * * O J u c a do R e c r e i o r e d i g e o prog r a m m a de um intermedio musical. A l g u é m , que v a e a c o m p a n h a n d o a obra, p e r g u n t a - l h e : — D i z e s que abrilhantará a f u n cção Mlle. X . . . ? —Sim. — E l l a não passa de uma figurante ! — E as j ó i a s que ella traz ? LÍYFO da porta Recebe ni os: Recenseamento do DiMricto Federa/, aspecto <lemographico da cidade do Rio de J a neiro em 31 de Dezembro de 1890. Julgamos escusado encarecer a importância desta publicação, em que minuciosa e claramente se contêm todos os dados relativos st população do Rio de Janeiro, quanto ILLU8TRADA 7 a edade, estado civil, nacionalidade, sexo, raça, etc. Parece-nos ser esta a primeira vez que se dá á lume, entre nos, obra tão .completa 110 genero. Não devemos regatear louvores ao digno o c Sr. Dr. Francisco Mendes da Rocha, director geral de estatística, e ao 1° offieial dessa repartirão e chefe de turma do serviço do recenseamento, Sr. Francisco í^eão Alves Barbosa, que n'uma exposição preliminar, bem desenvolvida, conimenta as informações apuradas no inquérito censitário de 1800. O livro, que tem mais de quatrocentas paginas, honra, quanto ao trabalho da composição e impressão, as ofticinas da casa Leuzinger. O — Alma jtrimittva, serie de contos de Magalhães de Azeredo, editores Cunha & Irmão. Estes contos, j á publicados na imprensa periódica, tiveram geral acceitação da critica e do publico. Ha nelles imaginação e estvlo. O Sr. Magalhães de Azeredo e um dos escriptores da nova geração de quem ha mais a esperar, no cultivo do género litterario a que se dedicou. — f 'm canalha, romance de Figueiredo * Pimentel, editores Laemmert A: C. Não e 11111 desconhecido o auctor deste livro, e foi lia pouco muito fallado no Rio de Janeiro, a propositó do seu Aborto, romance de as-, sunipto ultra-escandaloso, cruamente desenvolvido. l'm canalha não obedece ao mesmo espirito de ataque ás velhas formulas da moral, e nada tem das tendencias demoliras (pie o Aborto patenteava. Sob este ponto de vista, devemos felicitar o auctor, que incontestavelmente progride na sua actividade incansavel. Neste novo livro, a par de sensíveis defeitos, que o tempo corrigirá, como falta de originalidade na idéa e na acção c falta de vigor descriptivo nos personagens, ha qualidades notáveis, que promettem um bom romancista. — Cartas litterarias de Adolpho Caminha. E* uma serie de artigos de critica, publicados na Gazeta de Noticias. O auctor expõe com franqueza, sem ambages, o seu competente modo de ver homens e cousas da nossa litteratura. VO-se que o Sr. Caminha 6 um estudioso e falia com pleno conhecimento do seu thenia. Louvamos sem reserva os seus processos de critica, os únicos compatíveis com o espirito moderno, porque entendemos que a verdadeira critica deve ser um mestre severo e meticuloso, para que as suas lições possam aproveitar. — Convite para o bello concerto do notável pianista brazileiro Francisco Valle, 110 dia 18 do corrente, 110 salão do Club Synrphonico. Fxecutou-se caprichosamente 11111 delicado programma e houve muitas demonstrações de apreço ao nosso artista, a quem enviamos sinceros parabéns. — Convite para as corridas do Jockcy Club real/sadas a 18 do corrente. — Specimen dos diplomas da exposição da Escola Nacional de Bellas Artes, desenho a aq liarei Ia pelo laureado professor R. Amoedo, reproducção pela phototypia do habillissimo artista J . (iuttierres. Um primor artístico de concepção e execução. — Musicas: Xocturne, de M. Faulhaber, edição dos Srs. í. Bevilacqua & C.; A teu lado sou feliz, schottiseli de L. Machado, edição dos Srs. Vieira AI achado & C . ; e Quero teu amor, valsa por Évora Filho, edição dos Srs. Fertin de Vasconcello* & Morand. A todos agradecemos. Galeria dos Presidentes da R e p i c a T e m o s em p r e p a r o o retrato c\o D r . Prudente de Moraes, f o r m a t o g r a n d e , a duas impressões, proprio para quadro, no g e n e r o dos do marechal D e o d o r o e marechal Floriano, j á publicados. E s t e novo retrato será distribuído g r a t u i t a m e n t e aos nossos a s s i g n a n t e s e vendido avulso ao preço de 5 $ o o o cada um. F i c a r á assim c o m p l e t a e do mesmo modelo, a galeria dos P r e s i d e n t e s da R e p u b l i c a , p a r a as pessoas que a d e s e j a r e m possuir. AVISO j£os nossos assignantes, cujas assigna(uras já terminaram, rogamos a finesa de mandarem reformadas, podendo ja^eí-o em caria registrada, com vaior declarado ou por intermedio dos seus correspondentes nesta capital, o ijue desde já agradecemos. —Collecções completas da Revista /Ilustrada (20 annos), constituindo uma obra interessantíssima (politica, litteratura, retratos de homens notáveis e 24 capítulos das Aventuras do Zé Cai[tora) ao preço reduzido de 2008000. — (Ooda a correspondência deve ser dirigida ao gerente da iJeuiotll 3Ull$tl*aÍ)rt, j ritz JHarJing. <o ):)iil.i» In !».-7. I-"* CuvIÔor, $ \ - V. -} <tw > Um joven par, em sen batel florido Balouça na onda... A lua, clara e bella, Surge a espreitar, soninambula, entre os ramos.,» Resonam anjo» »o ar adormecido... Faliam baixinho os dois amantes : ella Era tom agasiadiço, e elle... Vejamos: " Teu beijo é pérfido ! ella diz (desfeito, Todo desfeito o olhar cerúleo em prantos) Dei-te estas mãos fie anneis, castas e puras ; Dei-te as primícias do virgíneo leito... Por tantas noites de prazeres tantos Déste-me em troca o amor, que hoje perjuras. E elle : — " Os teus olhos nos meus olhos crava ! Tranquillos de innoeencia, n'este instante, V ê s ? essas aguas não são mais tranquillas..." Tinha amantes ás dúzias, mas usava De iguaes traças, faliando a cada amante, Para de igual maneira persuadil-as. E ella, a prender-lhc a fronte, avidamente, Fita os olhos nos d'elle, e a imagem sua V ê nos dois infiéis photograpbada ; Mira-se nesse espelho longamente: Vê-se ahi, clara e bella, como a lua -Na placidez das aguas espelhada... -r nJBSSL*OTÍf p' Jtf l> N<3f - V-PV A* M jj 'P* r •V^'+ . J W ' í â ^ s%xÀà w j tf. si'1'. , w j y K v i -A.5 .rata hMMAA£-••.» ^ • - •