10
12
03
T
E
R
E
S
A
S
O
A
R
E
S
C
O
R
R
E
I
A
Programa de Língua Portuguesa
Disciplina curricular
Disciplina curricular
Português B
Língua Portuguesa
90’+45’+45’ para o 10º*
90’+90’
(circular de Novembro 03)
2003/04 – 10º ano
2004/05 – 10º ano
2004/05 – 11º ano
2005/06 – 11º ano
2005/06 – 12º ano
2006/07 – 12º ano
* de 3 em 3 semanas
novo paradigma
aprendizagem
responsável
novos
instrumentos
de trabalho
Aluno
5 sequências
de ensinoaprendizagem
competências
módulo
inicial
Programa de Língua Portuguesa
2003 / 2004
Português B
Conteúdos declarativos
&
Tipologias de textos
10º ano
11º ano
12º ano
Competências a trabalhar e a avaliar com igual peso, ao longo do ciclo:
•Compreensão /
Expressão oral
• Expressão Escrita
•Leitura
•Funcionamento
da Língua
Compreensão / Expressão Oral
10º ano
11º ano
12º ano
Compreensão1
- Entrevista
- Crónica
- Publicidade
- Debate
- Discurso político
- Documentários
- Debate
Expressão2
- Relato de vivências /
experiências
- Descrição / Retrato
- Reconto
- Entrevista
Escuta activa:
a) Antes
b) Durante
c) Após
1
- Apreciação crítica
- Debate (participação)
- Publicitários
- Exposição
- Exposição
- Debate (organização
e participação)
Produção do oral reflectido:
a) Planificação com um plano-guia
b) Execução segundo uma matriz discursiva
c) Avaliação
2
Escrita1
10º ano
-Textos expressivos e
criativos
11º ano
- Declaração
- Textos expressivos e
criativos
- Requerimento
-Comunicado
- Relatório
- Reclamação / Protesto
- Carta
- Resumo de textos
expositivo-argumentativos
- Relato de vivências /
experiências
- Resumo de textos
informativo-expositivos
- Síntese de textos
informativo-expositivos
- Reconto
- Descrição / Retrato
- Síntese de textos
expositivo-argumentativos
12º ano
- Curriculum vitae
-Textos de reflexão
- Dissertação
- Textos de apreciação
crítica
-Textos expositivoargumentativos
Por fases:
a) Planificação
b) Textualização
c) Revisão
1
Leitura
10º ano
11º ano
12º ano
- O verbal e o visual*:
- A imagem fixa e em
movimento
•Funções informativa e
explicativa
- A imagem na
publicidade, no desenho
humorístico e na
ilustração
•Funções argumentativa
e crítica
* numa “interacção profícua com os outros textos enunciados”
- A imagem fixa e em
movimento
•Funções argumentativa e
crítica
Leitura
10º ano
11º ano
12º ano
- Textos informativos diversos e dos domínios transaccional e educativo*:
- Artigos científicos e
técnicos
- Verbetes de dicionários e
enciclopédias
-
- Artigos científicos e
técnicos
Declaração1
- Requerimento1
- Relatório1
- Comunicado
- Reclamação1
- Protesto1
- Contrato
- Regulamento
1
A trabalhar também na Escrita
* numa “interacção profícua com os outros textos enunciados”
- Artigos científicos e
técnicos
Leitura
10º ano
11º ano
12º ano
- Textos de carácter
autobiográfico:
•Memórias
•Diários
•Cartas
•Autobiografias:
― textos literários de
carácter lírico
-Textos líricos:
 Fernando Pessoa –
ortónimo e heterónimos
― Camões lírico*
(redondilhas e sonetos)
* O estudo de Camões é aprofundado no Programa de Literatura Portuguesa do 10º ano.
Leitura
10º ano
11º ano
12º ano
- Textos épicos e
- Textos expressivos e
criativos:
épico-líricos:
 Poetas do século XX
(breve antologia)
 Os Lusíadas
e
 Mensagem
- Textos dos media:
 Artigos científicos e
técnicos
 Artigos de apreciação
crítica
(exposições, espectáculos,
televisão, livros, filmes)
 Crónicas literárias
-Textos dos media:
 Artigos científicos e
técnicos
 Artigos de apreciação
crítica
(sociedade, economia,
política, cultura)
 Publicidade
cf. Verbal e visual
Leitura
10º ano
11º ano
12º ano
-Textos argumentativos /
expositivo-argumentativos:
-Textos narrativos e
descritivos:
leitura literária de contos /
novelas de autores
do século XX
 Literatura portuguesa
e
 Literatura universal
(um texto de cada)
 Discurso político
 Sermão de Sto. António
aos Peixes (excertos)
-Textos de teatro:
 Frei Luís de Sousa
Textos de teatro
Felizmente há luar!
- Textos narrativos e
descritivos:
- Textos narrativos /
descritivos
 Um romance de Eça
-Textos líricos:
 Poesia de Cesário Verde
 Memorial do Convento
Competências planificadas
Oral
Escrita
Leitura
Escuta activa:
a) Antes
b) Durante
c) Após
Produção do oral
reflectido:
a) Planificação com um
plano-guia
b) Execução segundo uma
matriz discursiva
c) Avaliação
a) Planificação
b) Textualização
c) Revisão – gestão
pedagógica do erro
a) Pré-leitura
b) Leitura
c) Pós-leitura
Funcionamento da língua*
10º ano
11º ano
12º ano
- Língua, comunidade
linguística, variação, mudança
- Fonologia
- Semântica lexical
- Semântica frásica
- Pragmática e linguística textual
- Lexicografia
* “Embora a componente Funcionamento da Língua apareça como conteúdo autónomo, ela subjaz a
todas as outras componentes e nelas se inscreve, visando o desenvolvimento da capacidade discursiva
dos alunos.”
A trabalhar de acordo com os problemas morfológicos, sintácticos, lexicais e ortográficos detectados nas
produções dos alunos.
Sugestões de actividades

Contrato de Leitura

Oficina de Escrita

Diário da Turma

Livro da Turma

Fichas biobibliográficas de autores

Construção de uma base de dados de autores
A desenvolver no 10º ano
A desenvolver ao longo
do ciclo ou do ano
2
0
0
3
/
0
4
Diagnose no início do 10º ano
Respostas a um Inquérito
Hábitos de Leitura
Leitura
Os hábitos de Leitura
variam, havendo muitos alunos que
lêem frequentemente.
 Relativa dificuldade em ler
oralmente;
 Dificuldades de
compreensão do texto
escrito;
 Dificuldades de
interpretação de questões.
Escrita
Seguindo
modelos, obtêm-se melhores
resultados.
 Pouca adequação à situação de
comunicação;
 Linguagem oralizante;
 Frases longas e mal
estruturadas sintacticamente;
 Linguagem codificada dos
telemóveis e chats.
Compreensão / Expressão Oral
 Relativa facilidade em fixar e compreender pequenos textos
orais;
 Certo
à-vontade
revelarem
falta
na
apresentação
de
Temas,
de
originalidade.
Aprofundam
apesar
de
pouco
as
temáticas que têm de expor;
 Além do uso de linguagem popular, esquecendo a situação de
sala de aula, expressões como “É assim…” e “Prontos…” são
correntes.
Funcionamento da Língua
 Desconhecimento generalizado das funções dos acentos e dos
sinais de pontuação;
 Dificuldades em termos de articulação do discurso;
 Fraca capacidade lexical;

Vários alunos revelam problemas na identificação das classes
gramaticais.
Como é que os alunos
 lêem?
 fazem para
perceber um texto?
 estudam?
 percebem os erros?
 corrigem os erros?
 Tomar consciência de várias
estratégias para atingir os
objectivos
 Construir com os alunos
esquemas / maneiras de
abordar a leitura, ou outros
domínios do Programa
Estratégias de abordagem de um texto
1ª
Título -
Normalmente, apresenta a ideia principal do texto (pode ser a palavra-
Calça Literária
chave);
2ª
Procurar as palavras do Título no corpo do texto;
3ª
Descobrir o tipo de texto
4ª
Autor e data;
5ª
Ideias principais;
6ª
Não ficar aflito por não perceber algumas palavras ou
Narrativo ou Poético;
Com ou Sem diálogo; Personagens;
Tempos / Espaço
Nacionalidade / Século / Ano
expressões;
7ª
Tentar descobrir, através da associação de ideias, aquilo que
não percebemos;
8ª
Consultar o Dicionário.
“É muito importante, stôra!
Ainda ontem lá fui!”
PATRÍCIA
Eu tinha a idade indefinida de Huckleberry Finn, uma idade desmesurada que não cabia no
tamanho do meu corpo, transbordando para lugares febris e perfeitos, habitados por heróis ou para
portos de papel onde se acotovelavam aventureiros, prostitutas, carregadores e pedintes, carregadores
e a gritaria dos mercadores e i fumo toldavam o céu.
Tudo o que sabia sabia-o por Stevenson, Salgari, Jack London, Júlio Verne, Mark Twain, Wells; e
por Selma Lagerlof, que me levara às costas da pata Akka, voando sobre a Suécia, ao longo de
infindáveis noites sobressaltadas, com uma toalha sobre o candeeiro da mesinha-de-cabeceira para que
os meus pais não se apercebessem de que permanecia acordado; eu era Nils Holgersson, Sandozan,
Marco Polo, o Capitão Nemo, Flash Gordon, Mandrake, Cisco Kid, Tintin; andava pelos gelos dos pólos,
por África, pelas Américas, ia e vinha à Lua e aos confins de todas as galáxias; convivia com corsários,
viajantes, cavaleiros, justiceiros; atravessava todas as noites mares, desertos, reinos, continentes;
lutava contra monstros e contra demónios; combatia em Tróia com Aquiles e Agaménon, descia aos
infernos com Ulisses, e iludia Circe, e vencia os pretendentes; e apaixonava-me loucamente por
mulheres misteriosas de olhar melancólico e por belíssimas princesas salvas no último momento das
garras de vilões e de tiranos; tudo fechado no quarto e às escondidas dos meus pais! Como
poderíamos, eu e a minha breve e insegura idade, caber dentro do meu corpo?
Agora que estão aí de novo, um pouco por todo o País, as Feiras do Livro, regresso aos incertos
dias da infância e corro outra vez para o largo da Câmara, onde, às quartas-feiras, estacionava a
Biblioteca Itinerante da Gulbenkian, ou, aos sábados ao fim da tarde, espero ansiosamente (teriam os
tuaregs conseguido entrar no forte? Teria a Rainha de Copas cortado a cabeça a Alice?) a chegada da
camioneta de carreira que trazia o Cavaleiro Andante. E sinto uma pena imensa da pequena Patrícia,
que tem agora idade que eu então tinha, e que nunca leu um livro!
Conheci-a um destes dias numa escola dos arredores do Porto, no fim de uma conversa sobre
livros. A maior parte dos colegas trazia-me livros meus para assinar, ela estendeu-me o pedaço rasgado
de uma folha de papel quadriculado. A professora tentou afastá-la; “Autógrafos só em livros...”
Rabisquei o meu nome no papel e fiquei a falar com ela. Livros só “os da escola”. Guardara o programa
de uma peça de teatro minha que tinha ido ver com o resto da turma, mas esquecera-se dele em casa.
“Se quiseres ler, podes ler os livros da biblioteca”, lembrou-lhe a professora. Mas Patrícia não tem
tempo, porque, depois das aulas, tem que ajudar a mãe em casa e tomar conta dos irmãos... Como é
possível ser criança sem livros? Sem partir, sem ter o coração cheio de nomes e de países? E, porque
ser criança é próprio do homem, como é possível, também, ser adulto e ser homem sem o mistério e a
desproporção dos livros?
As Feiras do Livro e as bibliotecas não bastam. É preciso mais qualquer coisa, embora eu não
saiba o quê. Talvez amor, talvez apenas a vivida convicção disso mesmo, de que é preciso mais
qualquer coisa. Para devolver a Patrícia a sua infância.
Manuel António Pina – in Visão, pág. 100, 23 de Maio de 2002
 Explica o excerto: “Como é possível ser criança sem livros? Sem partir, sem
ter o coração cheio de nomes e de países?” (linhas 33 / 34)
 O autor com esta frase interroga-se como é que será uma
criança que nunca tenha lido um livro, que nunca tenha tido
oportunidade de deixar-se levar pela imaginação, porque ser
criança é isso mesmo, é deixar-se levar pela imaginação e ir
além da realidade, o autor pergunta-se como será uma criança
que nunca leu um livro. Certamente diferente.
 Explica o excerto: “Como é possível ser criança sem livros? Sem partir, sem
ter o coração cheio de nomes e de países?” (linhas 33 / 34)
 No caso de uma criança não lê, não houve histórias as crianças
não têm cultura, não sabem nada, conhecem pouco ou nada sobre
O
Senhor, que neste caso è o escritor português Manuel António,
países.
Associação à letra
questionou-se como era possível uma criança não ter os seus
sonhos, as suas fantasias. A Infância está cheia de alegrias,
amigos invisíveis que as crianças criam, por vezes através do que
lêem nos livros, e como é possível esta criança, não viver nada do
que a infância pode dar, lhe permite ter. São estas algumas das
questões que o autor Faz, e tenta chegar à sua devida conclusão.
Põe em relevo o interesse desta crónica.
 O interesse desta crónica, na minha opinião acho que é o facto
de
o
autor
dar
muita
importância
leitura,
acho
que
fundamentalmente o autor tentanos mostrar como é bonito ler
e imaginar aquilo que se lê, acho interessante esse ponto de
vista porque certamente nos retira um pouco dakilo que
estamos habituado
. É importante ler e sentir o que se lê.
Acho muito interessante a maneira como o autor fala de si.
 Esta crónica é muito interessante porque ao le-la exerce sobre
nós a necessidade de pensar sobre ela e de perceber o quanto
os livros são importântes em toda a nossa vivência.
Põe em relevo o interesse desta crónica.
 Esta crónica é interessante porque que decerteza que
Patrícia não é a única que nunca leu um livro.
Por, isso penso que seja interessante que dá-nos a conhecer
Muitos problemas existentes na infância e também para que
possamos incentivar, de hoje em diante as crianças a ler. Para
assim poderem partir na imaginação, que tenham sempre o
coração cheio de nomes, paises e Muitas fantasias.
Relato de vivências
Num texto com quatro parágrafos, indica três razões que te
levaram a gostar do livro que apresentaste na aula de
Português.
Cada parágrafo deve começar assim:
 Na semana passada,
 Desejava que
 Porém, continuei a ler e
 Na minha opinião,
Na semana Passada, eu e mais alguns colegas meus apresentamos alguns livros, ou
seja, cada aluno escolhia um livro, retirou o que achava mais relevante e fez uma
apresentação oral desse mesmo livro em que tinha que relatar várias coisas, tais como o
porquê daquele livro, em que é que insentivam a ler esse livro, enfim dizer em que consistia
o livro e o seu conteúdo. No geral correu bem a todos os meus colegas.
Desejo que os meus colegas dessem uma leitura ou então que tivessem algum
interesse no livro que eu apresentei porque achei-o muito interessante na maneira como ele
me relata aspectos fundamentais da existência de algumas coisas na nossa cidade, Aveiro, a
levessa como os Autores retratam os assuntos e os encaixam no livro, é muito interessante,
fala-nos também como Aveiro surgiu para o mar, Achei interessante ler o livro e decidi então
apresentá-lo a todos os meus colegas e professora também.
Porém, continuarei a ler e encontrei em mim gosto pela leitura, coisa que já não
acontecia há alguns anos para cá, apresentar este livro foi um desafio a mim próprio, porque
não sei até que ponto os meus colegas me iam entender e de que forma o fariam, foi um dos
motivos que me levou a ler um livro sobre a cidade.
Na minha opinião, apartir de agora começo a dar mais valor aquelas pessoas que
gostam muito de ler, porque a minha volta tenho muitas pessoas que adoram ler e eu
perguntava-me o porque de gostarem de ler. Depois deste livro encontrei respostas para
essa pergunta a mim mesmo. Entramos num mundo diferente, no qual podemos ir além da
realidade. Sei agora que é bom ler, vou continuar a ler e insentivo as pessoas a ler.
Portugueses querem mais cultura no interior
Sondagem RTP/PÚBLICO – secção Cultura – 08-12-2003
Por Joana Gorjão Henriques
Quase metade dos inquiridos não foi a nenhuma actividade cultural desde as férias, a
maioria não comprou nem leu nenhum livro. E 22 por cento dos licenciados não lêem um
livro há três meses.
Levar a cultura ao interior do país deve ser a prioridade da política cultural, considera a
maioria dos portugueses inquiridos para uma sondagem realizada pelo Centro de Estudos e
Sondagens de Opinião da Universidade Católica para a RTP e para o PÚBLICO.
De sete respostas possíveis a um inquérito telefónico, esta foi a prioridade eleita por 23
por cento dos portugueses (com 18 anos ou mais), independentemente de viverem numa
cidade, vila ou aldeia, de não terem a instrução primária ou de serem licenciados. Recuperar
e salvaguardar o património foi a prioridade escolhida em segundo lugar (19 por cento),
seguida do aumento da programação cultural da RTP (12 por cento).
Apesar de defenderem a extensão da cultura ao interior, os portugueses não
consideram prioritário o aumento da rede de bibliotecas e museus em Portugal.
A sondagem revela hábitos culturais dos portugueses desanimadores: quase metade (45
por cento) dos inquiridos não foi a nenhuma actividade cultural desde as férias ou foi apenas
a uma ou duas.
Mais
de
metade
não
comprou
nem
leu
nenhum
livro
(56
e
53
por
cento
respectivamente) — quando o fizeram preferiram a literatura portuguesa: 61 por cento diz
ter lido um livro de um autor português. Surpreendente é o facto de quase um quarto dos
licenciados não ler qualquer livro desde as férias: 22 por cento.
O número de universitários que não leu nenhum livro é superior ao dos licenciados em
apenas quatro por cento. As percentagens destes dois grupos aproximam-se quando se
compara os que leram um ou dois livros (33 por cento para os licenciados e 31 para os
universitários) e distanciam-se significativamente quando se trata de aquisição de mais de
cinco livros (14 por cento dos universitários, 35 por cento dos licenciados).
De acordo com os dados fornecidos por este estudo, a leitura é mais intensa quanto
mais urbanizado é o habitat. Porém, é significativa a percentagem de habitantes da cidade
que não leu nenhum livro desde as férias: 45 por cento (nas vilas foi de 53 por cento e nas
aldeias de 66 por cento).
http://www.apel.pt/livro/habitos_leitura/pdf/habitos_leitura.pdf
Contrato de Leitura
VANTAGENS
CARACTERIZAÇÃO

Espaço
curricular
onde são estabelecidas, por
professor e aluno, as regras
fundamentais para a gestão
da leitura individual.

Deve incidir, preferen-
cialmente, em autores da
Literatura
Contemporâ-
nea, de reconhecido mérito
literário.
 Fomenta o prazer de ler, ao definir
um
espaço
assente
nos
de
leitura
gostos
e
recreativa
preferências
individuais.
 Transforma o aluno em leitor mais
assíduo, quer ao longo do percurso
escolar, quer ao longo da vida.
 Desenvolve o espírito de autonomia
do
aluno,
responsável
pela
gestão deste espaço de leitura com
regras bem definidas.
Contrato de Leitura
OPERACIONALIZAÇÃO

Cabe ao grupo disciplinar estabelecer o número de contratos de leitura a efectuar
com os alunos em cada ano lectivo.

Compete ao professor encontrar as estratégias mais adequadas para levar os
alunos a ler, tais como: proporcionando o contacto directo com livros, revistas,
jornais, criando expectativas de leitura, partilhando com os alunos experiências
pessoais de leitura…

O contrato de leitura pode ser definido
anualmente,
num só período escolar,
ou no decurso de uma sequência de ensino-aprendizagem,
desde que se limite o tempo previsto para o seu cumprimento.
Contrato de Leitura
OPERACIONALIZAÇÃO

Não tem, necessariamente, de contemplar a leitura integral de uma obra. Pode
jogar-se, em alternativa, com antologias de autores, diferentes tipologias
textuais, desde que sejam respeitadas as preferências dos alunos. O trabalho em
regime individual não é, também, obrigatório podendo constituir-se pequenos
grupos ou mesmo pares.

Deve verificar-se com alguma regularidade o cumprimento do contrato, o que
pode ser feito através de tarefas concretas solicitadas aos leitores. Como por
exemplo
• o reconto oral do texto seleccionado,
• a leitura de um excerto particularmente sugestivo,
• a elaboração de fichas de leitura ou fichas biobibliográficas de autores,
• a constituição de bases de dados de personagens
…
Contrato de Leitura
duas propostas
Poetas do século XX – 3ª seq. (em coordenação com as TIC)
 Pesquisa sobre poetas
 Base de dados com as informações recolhidas
 Selecção de um texto curto e sua leitura
 Reconto oral ou Comentário do mesmo ou Leitura expressiva
O trabalho é objecto de
avaliação,
alunos
prévio
tendo
os
conhecimento
dos
itens
observar.
Ida à Biblioteca para levantamento de Antologias de Contos - 5ª seq.;
 Selecção de um conto por aluno ou grupo de alunos;
 Contrato de leitura – no final da sequência de ensino-aprendizagem dedicada ao
texto narrativo e descritivo, o aluno / grupo fará oralmente o reconto do texto escolhido
numa das últimas aulas desta sequência.
a
Oficina de Escrita
VANTAGENS
CARACTERIZAÇÃO
 Espaço
curricular
de
natureza
laboratorial, que privilegia a aprendizagem e
a sistematização de conhecimentos sobre a
língua e os seus usos.
 Podem trabalhar-se diferentes conteúdos,
não apenas do domínio do funcionamento da
língua mas também conteúdos declarativos.
 Assenta no conceito de metacognição: o
aluno deve reflectir para aprender, tem de
consciencializar-se dos seus erros para poder
superá-los.
 Aponta para uma progressão diferenciada
dos alunos, respeitando o ritmo de cada um.
 Implica um papel activo de
alunos
e professores, envol-
vendo aqueles na detecção e
resolução dos seus problemas
de escrita.
 Permite
mento
um
acompanha-
individualizado
aos
alunos, respeitando os ritmos
individuais de aprendizagem.
 Possibilita a interacção e a
interajuda.
Oficina de Escrita
OPERACIONALIZAÇÃO

Tratando-se de um espaço autónomo de reflexão sobre a língua, deve o grupo
disciplinar definir o tempo previsto para a concretização desta actividade.
Aconselha-se a preferência por sessões de 90 minutos, a realizar, no mínimo,
com frequência mensal.

Ainda que definidas de acordo com as necessidades individuais, as tarefas a
realizar nesta oficina poderão promover a constituição de pequenos grupos ou
o trabalho a pares, fomentando a interajuda entre colegas.

Como forma de exercitar o domínio da escrita em consonância com diferentes
tipologias textuais, pode o professor implementar actividades de escrita
segundo modelo, com instruções práticas e concretas para o desenvolvimento
do enunciado a produzir.
Oficina de Escrita
OPERACIONALIZAÇÃO

Se possível, deve o professor corrigir as versões anteriores ao texto
produzido pelo aluno (rascunhos, esquemas), privilegiando-se a correcção
imediata em detrimento da deferida.

Deve explicitar-se a importância da gestão pedagógica do erro, mostrando ao
aluno a necessidade de reflectir na natureza das falhas detectadas. Poderá assim
adquirir o conhecimento metalinguístico imprescindível ao domínio das regras
e à selecção dos processos linguísticos e discursivos mais adequados à situação de
comunicação.
Oficina de Escrita
duas propostas
• Audição de um excerto de um conto com ficha de registo para avaliação
• Trabalho de pares a recolher pelo professor:
 Planificação com guião para a conclusão da história: número de parágrafos;
espaço/tempo; novas personagens; utilização de novas palavras...
Esta actividade será o ponto de partida para a Oficina de Escrita:
• Correcção dos desenlaces criados:
a) Cada grupo copia para um acetato o desfecho;
b) Correcção colectiva de cada texto:
c) Cada grupo reescreve o seu texto corrigido;
• Sistematização de
vários
aspectos:
disposição lógica do
texto; correcção
linguística: da ortografia; da pontuação; da acentuação; da sintaxe; da selecção
vocabular.
Oficina de Escrita
(cont.)
• Selecção de uma notícia de jornal;
• Transformação da notícia em conto:
a) Cada aluno (ou par de alunos) desenvolve, num máximo de 10 linhas, de acordo
com uma grelha, um item da notícia;
b) No final, lêem-se todos os trabalhos pela ordem previamente estabelecida e
fazem-se as correcções necessárias.
Entre Margens, Porto Editora, pág. 287
Avaliação*
PRESSUPOSTOS
O novo conceito de avaliação aparece associado aos seguintes
pressupostos:
a) adequação das técnicas e instrumentos a usar aos objectivos e
conteúdos e ao processo de ensino-aprendizagem:
b) definição clara e inequívoca do objecto de avaliação, dos critérios e
estratégias a implementar;
c) planificação de situações de auto e co-avaliação;
d) utilização de uma prática pedagógica diferenciada;
e) reorientação das práticas pedagógicas de acordo com o percurso
individual observado.
* “Deve ser sistemática e cuidadosa para ser objectiva e rigorosa. (...) Pressupõe uma atitude
formativa criteriosa que acompanhe e contribua para o desenvolvimento das competências do
aluno ao longo do ano escolar e / ou ciclo de estudos"
in Programa de Língua Portuguesa 10º/ 11º/ 12º Anos
Avaliação
MODALIDADES
a) Diagnóstica b) Formativa c) Sumativa
Trata-se de uma avaliação formal, descritiva e sistemática, não assente
nas intervenções espontâneas do aluno. Este deve ser informado dos momentos
em que o seu trabalho é alvo de avaliação, sem descurar aqueles em que são
testadas competências do domínio da oralidade. Também no domínio da
produção escrita, por exemplo, é possível e aconselhável a utilização de
instrumentos de observação entregues ao aluno antecipadamente. Assim, o
professor deixará de ser juiz único do trabalho dos alunos, partilhando com eles
essa tarefa.
Trata-se de os responsabilizar mais pelo seu próprio desenvolvimento,
envolvendo-os na identificação e superação das suas dificuldades. Ao mesmo
tempo contribui para exercitar as suas capacidades metacognitivas ao obrigá-los
a rever crítica e sistematicamente o seu trabalho, reformulando-o as vezes
necessárias.
Avaliação
CRITÉRIOS e INSTRUMENTOS*
Os critérios de avaliação organizam-se em torno das competências
nucleares, atribuindo peso equitativo a todas elas. Devem reflectir a
importância atribuída à escrita e à oralidade por este Programa Curricular, e ser
definidas de acordo com os objectivos nele enunciados.
*"Dada
a natureza da disciplina, os instrumentos de avaliação a usar em Língua
Portuguesa serão obrigatoriamente diversificados. A compreensão e expressão oral e escrita
exigem, necessariamente, técnicas e instrumentos adequados em momentos formais e
informais de avaliação."
in Programa de Língua Portuguesa 10º/ 11º/ 12º Anos
Avaliação
INSTRUMENTOS
 testes objectivos (para avaliar a
compreensão oral e escrita): de escolha
múltipla, de associação, de alternativa
b)
textos orais e escritos;
(V/ F) ou de completamento;
c)
listas de verificação (especialmente adequadas à auto e co-avaliação);
 testes não objectivos (mais adequados
d)
escalas de verificação (para testar
o desempenho
oral e deescrito
à interpretação
e produção
texto),e
tais como a resposta curta ou a
especialmente adequadas à auto e co-avaliação), onde constem os critérios de
dissertação.
desempenho tais como a competência linguística, a discursiva e a sociolinguística:
a)
questionários;
escalas numéricas, de frequência e descritivas;
e)
grelhas de observação que identifiquem os vários parâmetros a avaliar e o
critérios de desempenho implícitos para cada um deles;
f)
portefólio de avaliação (opcional, a decidir por cada escola).
Avaliação
Portefólio
CARACTERIZAÇÃO

Colectânea
organizada
de
VANTAGENS
 Reflecte
as
diferentes
trabalhos produzidos pelo aluno ao
oportunidades de aprendizagem
longo de um dado período de tempo,
proporcionadas aos alunos.
devidamente datados e comentados,
 Envolve o aluno na selecção e
proporcionando
avaliação
uma
visão
o
mais
do
seu
próprio
possível alargada e pormenorizada das
trabalho, responsabilizando-o.
diferentes
 Possibilita
componentes
do
seu
desenvolvimento.

um
registo
permanente e a longo prazo do
Resulta de uma responsabilidade
progresso de cada aluno.
partilhada entre aluno e professor no
 Favorece o carácter positivo da
que
avaliação, oferecendo ao aluno
respeita
à
sua
elaboração,
decidindo o que incluir no Portefólio,
com que objectivos e qual o processo
de avaliação a implementar.
uma melhor auto-imagem.
Portefólio
OPERACIONALIZAÇÃO

Implica uma planificação e organização rigorosas, uma revisão sistemática e
regular dos trabalhos dos alunos, que serão alvo de uma avaliação descritiva pelo
professor.
Pode ser planificado para um ciclo de ensino,
um ano lectivo ou apenas uma sequência de ensino-aprendizagem.

Pode revestir diferentes modalidades, consoante as tipologias de texto ou as
competências a trabalhar, e deve conter entre 5 a 7 dos melhores trabalhos
realizados pelo aluno. O trabalho de grupo pode, também, estar aí reflectido, mas
nunca em mais de 2 documentos.

A selecção dos melhores trabalhos deve ser feita pelo aluno, em colaboração com
o professor, cabendo ao autor do Portefólio preparar uma introdução que inclua
um índice e a justificação da selecção feita.

Obedecendo à transversalidade do currículo, um bom Portefólio deve integrar
trabalhos onde sejam visíveis conexões com outras disciplinas e com aplicação à
vida real e o recurso às T.I.C.
O aspecto da cidadania pode, também, ser alvo de reflexão.
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Nós e os Outros ontem e hoje