Saúde e Doença
Conceitos
 Prática clínica
 “Ausência de doença”
 “Doença: Falta ou pertubação da saúde”
 OMS (1948)
 “Saúde é um completo estado de bem estar físico, mental e
social.”
 Aurélio
 “Saúde é o estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas
e mentais se acham em situação normal.”
SER HUMANO
BIOPSICOSOCIAL
Conceito de Saúde –

Mais abrangente
Saúde é a resultante das condições de
alimentação, educação, renda, meio
ambiente, trabalho, transporte, emprego,
lazer, liberdade, acesso e posse da terra,
acesso a serviços de saúde.... resultado de
formas de organização social de produção,
as quais podem gerar profundas
desigualdades no níveis de saúde.
8a. Conferência Nacional de Saúde
Conceitos de Doença / Qualidade de vida

A doença é um sinal da alteração do
equilíbrio homem-ambiente, estatisticamente
relevante e precocemente calculável,
produzida pelas transformações produtivas,
territoriais, demográficas e culturais.

A qualidade de vida resulta da adequação
das condições sócio-ambientais às exigências
humanas.
História natural da doença
História natural da doença
“as inter-relações do agente, do
suscetível e do meio ambiente que
afetam o processo global e seu
desenvolvimento, desde as primeiras
forças que criam o estímulo processo
patológico no meio ambiente, ou em
qualquer outro lugar; passando pela
resposta do homem ao estímulo, até as
alterações que levam a um defeito,
invalidez, recuperação ou morte”
(Leavell & Clark, 1976)
História natural da doença - Períodos

Período Pré-patogênico
(epidemiológico)
– Interação susceptível – ambiente

Período Patogênico
– Pré-condições internas
ESCALA DO ESTADO DE SAÚDE
100
100
Saúde
ótima
50
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Saúde subótima
Doença
ou
incapacidade
declarada
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Próximo
da morte
D
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0
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Morte
0
HISTÓRIA NATURAL DE UMA DOENÇA NO HOMEM
Saúde
ótima
Saúde
sub-ótima
Doença
ou
incapacidade
declarada
Próximo
da morte
Interação
Horizonte clínico
Morte
Ambiente
Produção
de estímulos
Período pré-patogênese
Etapa
Sub-clínica
Período de patogênese
Racionalidades

Ciências médicas
X
Ciência Epidemiológica
Objeto singular:
a doença no indivíduo
Objeto singular:
a doença na população
Qual o estágio da doença?
Quais os órgão afetados?
Que segmentos desta
população são acometidos?
Em que circunstâncias ou
época?
Como se distribui a doença
espacialmente?
O enfoque epidemiológico do problema envolve todo o
processo saúde-doença, incluindo a dimensão biológica
e individual, diagnosticada e tratada pela medicina.
ETIOLOGIA
MODELOS PARA REPRESENTAR FATORES
ETIOLÓGICOS EM EPIDEMIOLOGIA

Modelo Biomédico
– Cadeia de eventos
– Rede de causas
– Múltiplas causas – múltiplos efeitos

Modelos ecológicos
– Tríade ecológica: agente, hospedeiro e meio ambiente
– Dupla ecológica: hospedeiro e meio ambiente


Abordagem sistêmica da saúde
Etiologia social da doença
– Vertente centrada no componente sócio-político (estrutura
social)
– Vertente centrada na influência dos fatores
comportamentais (indivíduo)
FATORES DETERMINANTES DA DOENÇA

Endógenos: Fatores determinantes que, no
quadro geral da ecologia da doença, são
inerentes ao organismo e estabelecem a
receptividade do indivíduo.
• Herança genética.
• Anatomia e fisiologia do organismo humano.
• Estilo de vida.

Exógenos: Fatores determinantes que dizem
respeito ao ambiente.
• Ambiente biológico: determinantes biológicos.
• Ambiente físico: determinantes físico-químicos.
• Ambiente social: determinantes sócio-culturais.
DUPLA ECOLÓGICA: HOSPEDEIRO E MEIO
AMBIENTE
Ambiente
Físico
Herança
Genética
Anatomia
Fisiologia
HOMEM
Ambiente
Biológico
Estilo de
Vida
Interação complexa com o ambiente
Ambiente
Social
FATORES DETERMINANTES
ENDÓGENOS
Genéticos:
• Âmbito da Genética Médica
Outros: “Fatores constitucionais”
FATORES DETERMINANTES
BIOLÓGICOS

Exógenos
– Infecções
• Varias espécies 
Âmbito da
Microbiologia
e
Entomologia
médicas
O resultado do relacionamento da
população humana com uma ou
mais espécie com conseqüente
advento de diversos agravos à
saúde.
FATORES DETERMINANTES FÍSICOS
E QUÍMICOS

Naturais:
– Previsíveis: Aqueles
cuja ação, em boa parte,
pode ser de antemão
prevista, permitindo
estimar as possíveis
conseqüências e, desta
forma, adotar medidas
que possibilitem reduzir
seus efeitos (a depender
dos conhecimentos
atingidos sobre o
assunto).
• Atmosfera: Clima.
• Hidrosfera e
litosfera: Carência de
elementos essenciais ou
presença de agentes
indesejados.
FATORES DETERMINANTES FÍSICOS
E QUÍMICOS

Naturais:
– Imprevisíveis:
• Acidentes naturais.
• Desastres ou
calamidades naturais.
Mortalidade
Morbidade (epidemias
ou doenças
infecciosas)
Desabilidades
psicológicas
FATORES DETERMINANTES FÍSICOS
E QUÍMICOS

Artificiais:
– Acidentais: Acidentes
ou desastres antrópicos.
• Ambiente natural:
“Efeito estufa”, “buraco
na camada de ozônio”.
• Ambiente antrópico:
Impacto de tecnologias
sofisticadas que, fora de
controle, atingem o
próprio ambiente
antrópico (energia
nuclear, acidentes com
produtos químicos
perigosos).
FATORES DETERMINANTES FÍSICOS
E QUÍMICOS

Artificiais:
– Produzidos: De uso
programado e continuado
(riscos antrópicos) 
Poluição.
• Poluição conseqüente
(desenvolvimento
industrial): Gases e
partículas na atmosfera,
substâncias químicas no
meio hídrico e resíduos
sólidos no meio terrestre.
• Poluição pressentida
(consecução de certa
finalidade): Defensivos
agrícolas, medicamentos,
agentes tóxicos e nocivos
usados em conflitos
armados.
FATORES DETERMINANTES SOCIAIS


A aquisição de conhecimentos sobre os determinantes sociais
parte do estudo da desigualdade social, tida como geradora
de agravos à saúde, traduzidos em morbidade e mortalidade.
Categorias gerais desses determinantes:
– Comportamentais
• Psicossociais  Relacionados à personalidade do indivíduo.
• Hábitos e estilos de vida: sexualidade, étnicos (relacionados à
cultura), adquiridos.
– Organizacionais
• Estruturais
– Ocupação
– Família
– Nível socioeconômico
• Evolutivos  Relacionados ao Desenvolvimento
– Intrasociais: convivência (mobilidade social); produção e
desenvolvimento (apropriação dos recursos sociais); e competição.
– Intersociais: agressões ao meio ambiente, migrações populacionais,
intercâmbio social e conflitos.
MEDIDAS
PREVENTIVAS
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
Autores
Leavel y
clark
Primário
Promoção da
Saúde
Diagnóstico
precoce
Proteção
específica
Tratamento
adequado
Limitação da
incapacidade
Universidade Promoção de
de Columbia Saúde
Itoh y Lee
Secundário
Terceário
Reabilitação
Diagnóstico
precoce
Limitação da
incapacidade
Proteção
específica
Tratamento
adequado
Reabilitação
Promoção da
saúde
Diagnóstico
precoce
Limitação da
incapacidade
Proteção
específica
Tratamiento
adequado
Reabilitação
Cuidados de
custodia
ATENCÃO INTEGRAL DE SAÚDE
Prevenção Primária

Promoção de Saúde
– Moradia adequada
– Alimentação adequada
– Áreas de lazer
– Escolas
– Educação em todos os níveis
Prevenção Primária

Proteção Específica
– Imunização
– Saúde ocupacional
– Higiene pessoal e do lar
– Proteção contra acidentes
– Aconselhamento genético
– Controle dos vetores
Prevenção Secundária

Diagnóstico Precoce
– Inquéritos para descoberta de casos na
comunidade
– Exames periódicos, individuais, para
detecção precoce de casos
– Isolamento para evitar a propagação de
doenças
– Tratamento para evitar a progressão da
doença
Prevenção Secundária

Limitação da Incapacidade
– Evitar futuras complicações
– Evitar seqüelas
Prevenção Terciária
Reabilitação (impedir a incapacidade
total)
 Fisioterapia
 Terapia ocupacional
 Emprego para o reabilitado

Referências bibliográficas




MINAYO M.C.S. Saúde – doença: uma concepção
popular da etiologia. Cadernos de Saúde Pública,
RJ. 4(4):363-381, 1988.
PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática.
Ed. Guanabara Koogan. 1995. Capítulo 3: Saúde e
Doença.
ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia e Saúde. 6º
edição. MEDSI, Rio de Janeiro, 2003, Capítulo 2:
Epidemiologia, História Natural e Prevenção de
Doenças.
KNAUTH D.R; de OLIVEIRA F.A. Capítulo 15 Antropologia e atenção Primária à Saúde. Em:
Medicina Ambulatorial. Fundamentos e Práticas em
Atenção Primária à Saúde.
OBRIGADA!!!
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Sistema Único de Saúde - Universidade Castelo Branco