Sete dicas para começar a investir
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Veículo: O Globo Online - RJ
Publicação: 11/07/2014
Hora: 00:00
Editoria:
Economia
Hora: 00:00:00
Citação na página: 1
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Inclusão:
14/07/2014 09:35:00
Keyword: Alexandre Espírito Santo
Sete dicas para começar a investir
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Apesar de ser um tema árido para os menos experientes, investir no mercado financeiro pode ser uma forma
de garantir a independência econômica e alcançar objetivos como comprar a casa própria e poupar para a
aposentadoria. Para ajudar quem quer começar a investir, o GLOBO selecionou algumas das questões mais
comuns enviadas por iniciantes pela ferramenta "Pergunte aos Especialistas", plataforma interativa de tiradúvidas sobre finanças pessoais, disponibilizada no site, em parceria com o Ibmec. Confira:
01
Com que quantia já é possível começar a investir?
Não há um limite mínimo para começar a aplicar o dinheiro. Há frações de títulos do Tesouro Nacional, por
exemplo, que podem ser comprados por menos de R$ 100. No entanto, quanto menor o valor, mais atento ao
prazo o investidor deve estar. O ideal é ter um horizonte mais longo, principalmente para evitar mais tributação.
Enquanto o imposto de renda sobre ganhos de curto prazo (180 dias) é de 22,5%, a alíquota sobre
investimentos de longo prazo (dois anos ou mais) é de apenas 15%.
02
Quanto do meu orçamento devo separar para investir?
O recomendado é considerar todas as despesas mensais, separando oito meses de reserva. Por exemplo,
quem tem gastos fixos de R$ 3 mil por mês deve deixar guardado R$ 24 mil para emergências, segundo
orientações de Alexandre Espírito Santo, economista da Simplific Pavarini e professor do Ibmec. Garantido
esse montante, o investidor pode movimentar o restante das economias em aplicações financeiras.
03
Considerando os juros, qual é o melhor investimento?
Para quem quer investir em títulos do Tesouro Nacional, uma das aplicações mais populares, é importante
estar atento à política monetária do Banco Central. Isso porque esses papéis se dividem entre pré-fixados e
pós-fixados. Se a aposta é de que a inflação e os juros subirão no longo prazo, o melhor é apostar em títulos
pós-fixados. Um exemplo é a NTN-B, que paga o IPCA mais uma taxa estabelecida. Quanto maior o IPCA,
maior o retorno (mas deve-se considerar que a inflação também corrói o poder de compra, no fim das contas).
Já se a expectativa é inversa, o melhor é investir em títulos pré-fixados, como a LTN.
04
E as ações? Quando considerar aplicar em renda variável?
Os especialistas são unânimes em apontar o investimento em ações como o mais arriscado. Por isso, a
aplicação na Bolsa deve ser moderada. Para Alexandre Espírito Santo, o fator idade é importante na hora de
definir o risco aceitável em uma operação. O especialista usa o seguinte cálculo para ilustrar o montante que
deve ser destinado para investir em ações: "70 - Idade do investidor". Por exemplo, um investidor de 30 anos,
pode investir 40% de suas economias em ações, enquanto um de 50 anos, apenas 20%. Não é uma receita de
bolo, apenas uma sugestão sobre como diversificar os investimentos. Outro especialista do Ibmec, Marcelo
Verdini acredita que o percentual destinado à renda variável deve ser de 10% para o investidor que quer
apenas um risco moderado.
05
Para que tipo de investidor a caderneta de poupança é um bom negócio?
O principal trunfo da tradicional poupança é a garantia de risco zero. Além disso, é oferecida por praticamente
todos os bancos do país. O lado negativo é a baixa rentabilidade. Com as novas regras lançadas em 2012 e a
Selic mais alta (atualmente em 11%), a caderneta rende 0,5% ao mês acrescida da chamada taxa referencial
(atualmente girando em torno de 1% ao ano): um investimento que rende cerca de 7% ao ano. Vale analisar
cada caso, mas por se tratar de um investimento com garantia de ser retirado a qualquer momento, a
poupança pode ser uma opção.
06
Qual é a melhor forma de poupar para comprar um imóvel?
O importante nesse caso é fugir do financiamento e tentar aplicar pensando no longo prazo. Fundos DI (de
baixo risco, principalmente com juros mais altos), títulos do Tesouro e caderneta de poupança estão entre as
opções indicadas. Para economizar R$ 50 mil para a entrada, por exemplo, depósitos mensais de R$ 700 por
cinco anos podem ser suficientes para garantir o dinheiro.
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15/07/2014
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Qual é a melhor forma de poupar para aposentadoria?
Além de investir em renda fixa, como os títulos do Tesouro, a poupança para aposentadoria pode ser feita por
duas aplicações de previdência privada: o PGBL e o VGBL. A principal diferença entre os dois tipos de
previdência é a forma como a contribuição é tributada. No PGBL, a tributação do Imposto de Renda é feita
mensalmente e pode ser deduzida na declaração anual. No VGBL, o tributo incide apenas sobre os
rendimentos, no momento da retirada, e não há dedução no IR. Portanto, o PGBL é vantajoso para quem paga
um valor alto de IR anualmente, enquanto o VGBL é uma boa opção para quem não teria vantagens com as
deduções tributárias (quem preenche declaração no modelo simplificado, por exemplo).
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