Educação financeira: a arte de realizar sonhos João Gabriel Cavalcanti de Almeida – Paulista / PE A importância de planejar, poupar e investir como ferramenta norteadora no processo de aprendizagem dos jovens e crianças, é bastante discutida atualmente. O que fazer para despertar o interesse por esse conhecimento, propondo um amadurecimento sobre o assunto de forma lúdica e interativa? Nesse mundo financeiramente globalizado e tecnológico, investidores gastam pesado em propagandas publicitárias que atingem essa faixa etária de forma direta, surgindo assim, então, a necessidade de educá-los para se defender dessa tempestade de consumo que tem crescido assustadoramente, principalmente nos países em desenvolvimento. Os pais desses “jovens consumidores” têm papel fundamental nesse processo de aprendizagem e devem, desde cedo, estimulá-los a fazer um planejamento responsivo dos seus gastos baseados no orçamento de sua mesada. Para tanto, poderiam estipular uma meta a ser alcançada no final do ano. Assim, além de conscientizá-los da importância de economizar, esses futuros grandes investidores, aprenderiam a pensar no amanhã e se esforçariam hoje para garantir vida farta no futuro. Além do mais, é um equívoco pensar que apenas os jovens necessitam desse tipo de aprendizagem. O que se vê é, cada vez mais, pessoas que se diziam experientes e até mesmo da 3ª idade buscando meios de reduzir drasticamente seus gastos porque passaram a enxergar que poupando conseguem promover e desfrutar de sonhos que antes pareciam bem distantes e que, focando em estratégias, tornam-se perfeitamente possíveis. As instituições financeiras poderiam investir mais em concursos culturais para crianças com o intuito de despertar a curiosidade e estimular essa prática. Além disso, a criação de um mascote – o poupômetro – faria visitação as escolas e distribuiria, durante as palestras, um cofrinho poupador. E, por fim, temendo que o descontrole do consumismo torne nossos jovens ainda mais vulneráveis, a “educação financeira” deveria fazer parte das disciplinas básicas escolares do ensino fundamental, enfatizando a importância da participação dos profissionais da área educacional, que podem aliá-la à necessidade de viver bem porque aprendem a gastar com prudência e passam a investir mais em conhecimento e na concretização dos seus sonhos. E, é fato, o planeta também agradece.