RESENHA[1]
CARITA, Ana et al. Como ensinar a estudar. Lisboa: Editorial Presença, 1997.
Parte 1.
Renato Gomes Neves[2]
Carita et al. (1997) trabalham no Serviço de Psicologia e orientação (SPO) de
uma escola de 3 º Ciclo e de Ensino Secundário na cidade de Lisboa, Portugal. As
autoras desenvolvem um programa de desenvolvimento de competências de estudo. A
equipe parte do seguinte pressuposto:
[...] é fundamental ajudar os alunos na aquisição e/ou no desenvolvimento de
um conjunto de competências básicas e de valor transversal que compõem o
ofício de estudante e
que são
susceptíveis de
optimizar
o
rendimento
acadêmico (p.16).
A nosso ver, a perspectiva que norteia o programa, como escrito no texto,
assume um caráter holístico e ecológico, pois busca situar o problema na interação
entre o indivíduo e o seu meio ou sistema. O que a equipe desenvolve é uma
abordagem menos individualista e clínica (cada caso é um caso e cada um por si),
mais dirigida à esfera total da vida do aluno e indivíduo e ao seu desenvolvimento.
As autoras desenvolvem com os alunos a concepção e a percepção do que
precisam saber e saber-fazer para aprender, e depois, favorecem esse processo com
atividades de controle e operacionalização desse saber e saber-fazer para aprender.
____________________________
[1] Trabalho apresentado à Disciplina MTC, Profa. Dra. Elizabeth Teixeira.
[2] Aluno da Turma 1TUV1, Matrícula 20050001.
RESUMO[1]
PERRENOUD, Philipe. Ofício de aluno e sentido do trabalho escolar. Porto, Portugal:
Porto Editora, 1995. Coleção Ciências da Educação. Capítulo 1.
Renato Gomes Neves[2]
Sobre o ofício de aluno Perrenoud (1995) refere que “decididamente, o aluno
exerce um gênero de trabalho determinado, reconhecido ou tolerado pela sociedade, e
do qual retira os seus meios de sobrevivência”. (p.15).
O ofício é de um tipo muito especial, pois não é necessariamente remunerado,
é excessivamente controlado e, ainda, constantemente avaliado. É um ofício que se
aprende, logo, também pode ser ensinado. Para o autor, aprende-se a ser aluno ao
longo da vida, no dia-a-dia da escola.
O autor explica que em seus estudos sobre a entrada dos alunos na
universidade, procura entender esse processo como uma passagem, e constata que
tal passagem se manifesta em três tempos: o tempo da estranheza, o tempo da
aprendizagem e, por fim, o tempo da filiação. No terceiro tempo, tanto se manifesta
uma interpretação como até mesmo uma transgressão das normas instituídas. Para
Perrenoud (1995), os alunos não têm plena consciência de aprenderem e de
exercerem um ofício. Destaca o autor que:
É absolutamente necessário chamar a atenção dos professores para o ofício de aluno e para a
relação com o saber que, muitas vezes, sem darem conta, exigem ou favorecem, do que para o
conteúdo didático preciso das tarefas propõem ou impõem. (p.210).
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[1] Trabalho apresentado à Disciplina MTC, Profa. Dra. Elizabeth Teixeira.
[2] Aluno da Turma 1TUV1, Matrícula 20050001.
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