Refletindo sobre o uso de Objetos de Aprendizagem
na formação docente
Jéssica Tayrine Gomes de Melo Bezerra (UFPB/Proling/Capes)1
Paula Michely Soares da Silva (UFPB/Proling/Capes)2
Resumo:
O presente trabalho se qualifica como um relato de experiência e tem o
objetivo de refletir sobre a utilização dos Objetos de Aprendizagem (OAs)
na formação de futuros professores. Utilizamos como base de reflexão uma
atividade aplicada com uma turma de graduação a distância.
Palavras-chave: objetos de aprendizagem; educação a distância; formação
docente.
Abstract:
This paper reports the experience and we aim to reflect on the use of
Learning Objects (LOs) in the training of future teachers. We use as a basis
for reflection an activity carried out with a group of undergraduate
distance.
Keywords: learning objects, distance education, teacher training.
Introdução
Através do advento da era cibernética e da importância em se utilizar
elementos tecnológicos na educação surgiu o conceito de Objetos de Aprendizagem
(Learning Objects). Estes são caracterizados por serem digitais e pelo potencial de
reutilização em diferentes contextos educacionais, auxiliando o processo de ensino
e aprendizagem.
Em cursos de licenciatura, a reflexão sobre o uso de objetos de aprendizagem
é necessária, visto que se trata de uma formação superior para futuros docentes
que precisarão de conhecimento prévio sobre essa temática para poderem aplicar
1
Jéssica Bezerra, mestranda.
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
[email protected]
2
Paula da Silva, mestranda.
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
[email protected]
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de maneira eficaz em seu cotidiano profissional, seja presencial ou a distância.
Além do mais, esses futuros professores encontrarão em sala de aula os nativos
digitais (PRENSKY, 2001), que possuem uma maneira de aprender mais ativa e
menos linear, necessitando de métodos de ensino interativos e dinâmicos.
Com base nessas questões, foi proposto aos alunos do curso de licenciatura de
Letras/EAD, através do ambiente virtual Moodle, que explorassem o objeto de
aprendizagem “Por uma vírgula,”, desenvolvido pelo grupo PROATIVA/UFC. Em
seguida, foi pedido que respondessem o questionário que avaliava o grau da
qualidade de conteúdo, a usabilidade e o potencial como ferramenta de
aprendizagem desse Objeto de Aprendizagem. Após as duas etapas, os alunos
interagiram com os colegas e professores em um Fórum temático, discutindo o uso
dos OAs como ferramenta de aprendizagem nos diferentes níveis e modalidades de
ensino. Através das respostas do questionário e interação no Fórum foram
analisados, respectivamente, os dados quantitativos e qualitativos obtidos com os
diálogos realizados na interação que os alunos realizaram sobre as ferramentas
tecnológicas, mais especificamente, os Objetos de Aprendizagem, que estão a
serviço da educação.
Objetos de Aprendizagem
Um dos questionamentos mais desenvolvidos em trabalhos que exploram os
Objetos de Aprendizagem é a proposta de um conceito. De fato, conceituar os OAs
não é algo simples e Wiley (2000) focaliza bem a necessidade de atribuir um
conceito para os Objetos de Aprendizagem. O autor observa que o conceito dado
pelo grupo LTSC3 não é muito amplo e por isso não é tão produtivo: “Qualquer
entidade digital ou não digital que pode ser usada, reutilizada ou referenciada
durante a aprendizagem suportada pela tecnologia” (LOM, 2000). Dessa maneira,
3
Learning Technology Standards Committee.
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Wiley (idem) especifica o conceito e afirma que os Objetos de Aprendizagem “são
recursos digitais reutilizáveis que dão suporte a aprendizagem”.
Alguns autores seguem a proposta digital dos Objetos de Aprendizagem
desenvolvida por Wiley, adaptando o conceito a necessidade de estudo. Por
exemplo, Johnson e Hall (2007) afirmam que um Objeto de Aprendizado são
elementos de aprendizagem baseados em computador fundamentados em
tecnologia que podem ser reutilizados em múltiplos contextos simultaneamente.
De maneira semelhante, Canto Filho, Tarouco e Lima (2011, p. 11) afirmam que um
“Objeto de Aprendizagem é qualquer recurso digital utilizado nos processos de
ensino e aprendizagem suportado por TICs”.
Outros autores focalizam a questão da granularidade nas propostas de
conceitos. Por exemplo, Polsani (2003, p. 5) afirma que Objeto de Aprendizagem
“é uma unidade de aprendizagem independente e autoexplicativa predisposta a ser
reutilizada em múltiplos contextos educacionais”. De modo semelhante, Pimenta &
Baptista propõem que por Objeto de Aprendizagem:
Entende-se uma unidade de aprendizagem de pequena dimensão,
desenhada e desenvolvida de forma a fomentar a sua reutilização,
eventualmente em mais do que um curso ou em contextos diferenciados, e
passível de combinação e/ou articulação com outros Objectos de
Aprendizagem de modo a formar unidades mais complexas e extensas.
(PIMENTA & BAPTISTA, 2004, p.102).
Há também o conceito apresentado por Audino e Nascimento (2010), que após
uma vasta revisão da literatura, elaboram um conceito focalizando o caráter
pedagógico dos Objetos de Aprendizagem. Os autores englobam também as
principais características dos OAs.
Recursos digitais dinâmicos, interativos e reutilizáveis em diferentes
ambientes de aprendizagem elaborados a partir de uma base tecnológica.
Desenvolvidos com fins educacionais, eles cobrem diversas modalidades
de ensino: presencial, híbrida ou a distância; diversos campos de atuação:
educação formal, corporativa ou informal; e, devem reunir várias
características, como durabilidade, facilidade para atualização,
flexibilidade, interoperabilidade, modularidade, portabilidade, entre
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outras. Eles ainda apresentam-se como unidades autoconsistentes de
pequena extensão e fácil manipulação, passíveis de combinação com
outros objetos educacionais ou qualquer outra mídia digital (vídeos,
imagens, áudios, textos, gráficos, tabelas, tutoriais, aplicações mapas,
jogos educacionais, animações, infográficos, páginas web) por meio de
hiperligação. Além disso, um Objeto de Aprendizagem pode ter uso
variados, seu conteúdo pode ser alterado ou reagregado, e ainda ter sua
interface e seu layout modificado para ser adaptado a outros módulos ou
cursos. No âmbito técnico, eles são estruturas autocontidas em sua grande
maioria, mas também contidas, que, armazenadas em repositórios, estão
marcadas por identificadores denominados metadados (AUDINO &
NASCIMENTO, 2010, p. 141).
Audino e Nascimento, além de propor o conceito e as características dos OAs
apresentam dois termos bastante importantes: repositórios e metadados. De
maneira geral, os repositórios são os locais de armazenamento dos Objetos de
Aprendizagem. Podemos citar como exemplos de repositório o RIVED 4 (Rede
Interativa Virtual de Educação) e o BIOE5 (Banco de Internacional de Objetos
Educacionais).
Os
metadados
(“dados
sobre
os
dados”)
se
referem
as
características dos Objetos de Aprendizagem e têm a função, dentre outras coisas,
de facilitar a organização e consequentemente a busca dos OAs. São exemplos de
metadados: faixa etária, data, autores, tema, disciplina, tamanho etc.
Em síntese, os Objetos de Aprendizagem cumprem três propósitos principais:
dar suporte a educação, ser reutilizável em diferentes contextos e ser digital.
Seguiremos esses propósitos como base de investigação dos Objetos de
Aprendizagem. Nesse contexto, o Objeto de Aprendizagem utilizado como alvo de
análise (Por uma Vírgula) dos alunos se enquadra nessas características.
Por que tratar dos Objetos de Aprendizagem?
Há várias discussões sobre como inserir recursos tecnológicos no âmbito
educacional e, na maioria das vezes, os professores são cobrados por essa ação. O
que muitos não percebem é que os alunos de licenciatura não recebem (ou
4
5
Disponível em: http://rived.mec.gov.br/
Disponível em: http://ohbjetoseducacionais2.mec.gov.br/
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receberam) formação para utilizar recursos digitais em sala de aula, muito menos
formação para indicar recursos digitais para os alunos pesquisarem e utilizarem
fora da escola.
Acreditamos que dentre os diferentes recursos digitais que estão a serviço da
educação, os Objetos de Aprendizagem podem ser sugeridos como alvo de estudo
dos alunos de licenciatura, pois, de acordo com Moran (2000) “Por serem
interativos, os objetos de aprendizagem permitem uma reflexão sobre a reação do
objeto, desequilibrando os conhecimentos já construídos e levando à formação de
novos conceitos”.
Além disso, por serem dinâmicos e interativos, os Objetos de Aprendizagem
são metodologias do ensino que “agradam” os nativos digitais, aqueles que
nasceram e se desenvolveram na Era Digital (PRENSKY, 2001).
Mas, apenas apresentar os recursos digitais aos alunos de licenciatura não é
suficiente. Esses futuros professores precisam estar preparados para avaliar os
conteúdos disponíveis na internet, devido a dois fatores: nem tudo que é
compartilhado na rede mundial de computadores possui estrutura e conteúdo
confiável e, mesmo sendo confiáveis, o professor precisa estar preparado para
selecionar e avaliar os recursos digitais que melhor se adaptam ao contexto de
ensino.
Nesse contexto, foi proposto aos alunos do curso de Letras/Virtual que
explorassem o Objeto de Aprendizagem “Por uma Vírgula,” 6 (ver Figura 1), que é
destinado ao ensino fundamental facilita a aprendizagem do uso e da importância
da vírgula.
6
Disponível em: http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa/porumavirgula/oa_por1virgula.html
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Figura 1: Tela inicial do objeto “Por uma vírgula,”
Fonte: http://www.proativa.vdl.ufc.br/oa/porumavirgula/oa_por1virgula.html
Após a exploração, foi pedido que os alunos avaliassem o objeto “Por uma
Vírgula” observando três características principais: qualidade de conteúdo,
aprendizagem e usabilidade. Essa avaliação ocorreu através de um formulário. Na
próxima seção ilustraremos os procedimentos da atividade e recolha dos dados.
Procedimentos metodológicos
A atividade de reflexão e avaliação do Objeto de Aprendizagem “Por uma
Vírgula,” foi aplicada em Fórum temático através do Ambiente Virtual de
Aprendizagem Moodle.
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Ao todo, participaram da atividade 33 7 (trinta e três) alunos da disciplina
Introdução à Educação a Distância do curso de licenciatura em Letras. Os alunos
estavam cursando o primeiro período do curso e alguns deles já eram professores
em suas respectivas cidades.
O questionário avaliativo foi desenvolvido através do recurso Formulário, do
Google Docs, contendo 18 questões, sendo elas no formato de escala (entre 0 e 5),
caixa de seleção e texto (comentários subjetivos). O formulário foi disponibilizado
através de link no Fórum de discussão do AVA Moodle. Esse questionário é baseado
na união dos métodos avaliativos de objetos de aprendizagem da CINTED/UFRGS,
do MERLOT e do EDUCAUSE (2001), e foi utilizado para avaliar o grau de
usabilidade, aprendizagem e qualidade de conteúdo de um objeto de aprendizagem
para facilitar a aprendizagem da Psicolinguística Experimental em Bezerra (2011).
Sobre a qualidade de conteúdo, as questões eram as seguintes: o conteúdo é
claro e conciso; apresenta informações precisas; tem bom conteúdo de apoio
(exercícios, textos etc.); explora bem a importância da vírgula; avaliação geral da
qualidade do conteúdo. Sobre a usabilidade: é fácil de usar; tem instruções claras;
é visualmente atraente; é interativo; avaliação geral da usabilidade. Sobre o grau
de aprendizagem: identifica os objetivos de aprendizagem; identifica e explora
conceitos prévios; reforça os conceitos progressivamente; demonstra relação entre
os conceitos; reforçou e/ou facilitou sua aprendizagem em relação ao uso da
vírgula. E duas questões bastante pessoais (os alunos respondiam sim ou não): Você
gostaria de aprender outros conteúdos usando Objetos de Aprendizagem como
esse? Você utilizaria objetos de aprendizagem como esse com seus alunos?. Foi
deixado um espaço aberto para comentários e sugestões. É interessante ressaltar
que foi dito aos alunos que não existiam questões verdadeiras ou falsas, todas as
repostas eram válidas e que eles deveriam ser bastante sinceros.
7
Essa atividade não foi pontuada, ou seja, os alunos tinham a escolha de participar ou não da discussão sobre os Objetos de
Aprendizagem no Fórum. Desse modo, de 200 alunos ativos na disciplina, apenas 33 participaram.
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Resultados
Os resultados coletados através das perguntas avaliativas do questionário e
das discussões no Fórum temático serão descritas a seguir.
Em relação a avaliação da qualidade do conteúdo, os alunos julgaram o objeto
“Por uma Vírgula,” entre 4 e 5 na escala. Esse resultado é bastante positivo e
indica que os alunos encontraram informações claras sobre o funcionamento e
importância da vírgula e encontraram bons conteúdos de apoio. A figura 2
apresenta o resultado da avaliação geral sobre o conteúdo do OA:
Figura 2 – Avaliação geral do conteúdo (N=33)
Fonte: Google Docs
De maneira semelhante, sobre a usabilidade do Objeto de Aprendizagem, os
alunos responderam as questões na escala entre 3 e 5. Dessa forma, foi indicado
que o objeto “Por uma Vírgula,” é fácil de usar, tem instruções claras, possui visual
atrativo e é interativo. A figura 3 apresenta o resultado da avaliação geral da
usabilidade:
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Figura 3 - Avaliação geral da usabilidade (N=33)
Fonte: Google Docs
Em relação ao grau do OA como ferramenta de ensino, não foi pedido uma
avaliação geral, por isso iremos apresentar os resultados de cada questão. A figura
4 apresenta
as avaliações sobre
o quesito
“Identifica
os
objetivos
de
aprendizagem” e “Identifica e explora conceitos prévios”. Como podemos observar,
na escala entre 0 e 5, os alunos julgaram as questões entre 3 e 5, novamente
demosntrando um bom resultado.
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Figura 4- Qualidade de aprendizagem: objetivos e conceitos (N=33)
Fonte: Google Docs
Ainda em relação a qualidade de aprendizagem, foi pedido que os alunos
respondessem
na
escala
duas
outras
questões:
“Reforça
os
conceitos
progressivamente” e “Demonstra relação entre os conceitos”. Para essas duas
questões, os alunos julgaram o Objeto de Aprendizagem entre 3 e 4. Mais uma vez,
o resultado foi bastante positivo, o que pode indicar a boa qualidade da ferramenta
avaliada como pontencial de ensino e aprendizagem. A figura 5 apresenta as
avaliações:
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Figura 5 – Qualidade de Aprendizagem: reforço e relação entre conceitos
Fonte: Google Docs
Através
das
três
últimas
questões
obtivemos
resultados
bastante
interessantes. Em relação a “Reforçou e/ou facilitou seu aprendizado em relação
ao uso da vírgula” 73% (24) dos alunos julgaram a questão no nível 5 da escala. Esse
resultado sintetiza o que foi encontrado nas questões apresentadas anteriormente,
e, pode-se afirmar que o objeto é um recurso interessante para facilitar a
aprendizagem. Em relação a “Você gostaria de aprender outros conteúdos usando
Objetos de Aprendizagem como esse?” 100% (33) dos alunos afirmaram que sim,
demonstrando que esse tipo de ferramenta (simulação/animação) atrai a atenção
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dos alunos de nível superior. Na última questão “Você utilizaria objetos de
aprendizagem como esse com seus alunos?” 91% (30) alunos responderam que sim e
apenas 9% (3) afirmaram que não. Através desse resultado pode-se inferir que esses
alunos de licenciatura observaram que os Objetos de Aprendizagem são
interessantes para serem usados em sala de aula e que podem facilitar a
aprendizagem de conteúdos curriculares e extracurriculares. A figura 6 apresenta
os resultados dessas três questões:
Figura 6 – Aprendizagem e utilização de Objetos de Aprendizagem (N=33)
Fonte: Google Docs
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Em suma, os resultados observados através das respostas dadas ao
questionário demonstraram que o recurso digital “Por uma Vírgula,” é bem
estruturado em relação a três quesitos em particular: qualidade do conteúdo,
qualidade da usabilidade e potencial como ferramenta de ensino. Além disso, podese averiguar que os alunos gostariam de utilizar Objetos de Aprendizagem para
auxiliar na própria aprendizagem, assim como utilizar os OAs como um recurso a
mais na prática escolar.
Esses resultados também foram percebidos através da discussão desenvolvida
no Fórum temático. Os alunos, de maneira geral, apoiaram a utilização de OAs e
afirmaram que esses recursos deveriam ser mais utilizados para facilitar a
aprendizagem de conteúdos do nível superior. Além disso, o objeto foi avaliado
como um modo “divertido de aprender” e que o professor “precisa ser o primeiro a
ter o acesso as novas informações”. Foi enfatizada ainda a questão de que os
Objetos de Aprendizagem não devem ser utilizados com única maneira de aprender
dos alunos, e sim ser acompanhados e indicados por professores. A figura 7
apresenta alguns comentários desenvolvidos na atividade.
Portanto, acreditamos participantes da discussão tiveram um método para
avaliar Objetos de Aprendizagem e puderam desenvolver uma aprendizagem ativa,
crítica e colaborativa com os colegas e professores do curso.
Conclusões
No presente artigo tivemos o objetivo de apresentar um relato de experiência
realizado com uma turma de Letras/UFPB Virtual, em que foi utilizado a proposta
de avaliar um Objeto de Aprendizagem que facilita a aprendizagem sobre o uso da
vírgula. Para isso, os alunos foram levados a explorar o Objeto de Aprendizagem
“Por uma vírgula,” (PROATIVA), responder um questionário avaliativo sobre a
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ferramenta e em seguida discutir em um Fórum sobre as impressões que tiveram da
ferramenta.
Como resultado pudemos observar que os alunos reconheceram a importância
da utilização de Objetos de Aprendizagem na prática escolar, assim como de outros
recursos tecnológicos. Além disso, os alunos tiveram uma base para avaliar Objetos
de Aprendizagem, através da disponibilização do questionário avaliativo. Dessa
maneira, os alunos, na sua atualidade como estudante ou em seu futuro
profissional, poderão selecionar os recursos educacionais disponíveis na internet
que melhor se adaptem ao seu contexto de ensino e aprendizagem.
Observamos também que os alunos de nível superior sentem a necessidade de
utilizar recursos digitais, que de maneira interativa (e lúdica) podem facilitar a
compreensão de conteúdos por eles estudados. Dessa maneira, é tarefa dos
professores e tutores produzem e/ou indicarem ferramentas digitais aos alunos de
nível superior. Afinal, na realidade em que estamos inseridos, nenhum nível de
ensino pode ficar de fora do uso das tecnologias educacionais.
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