DIKÉ: divindade grega que representa a Justiça, também conhecida como
Dice, ou ainda, Astreia. Filha de Zeus e Têmis ela não usa vendas para julgar.
De acordo com Ferraz Júnior (2003, p. 32-33) os gregos colocavam a balança,
com os dois pratos, na mão esquerda da deusa Diké, mas sem o fiel no meio,
e em sua mão direita estava uma espada e estando de pé com os olhos bem
abertos declarava existir o justo quando os pratos estavam em equilíbrio,
ísion, origem da palavra isonomia, que para a língua vulgar dos gregos, o justo
(o direito) significa o que era visto como igual. “O fato de que a deusa grega
tinha uma espada e a romana não, mostra que os gregos aliavam o conhecer o
direito à força para executá-lo”. (FERRAZ JÚNIOR, 2003, p. 32-33).
Segundo IHERING, 2004 “o direito não é mero pensamento, mas sim força
viva. Por isso, a Justiça segura, numa das mãos, a balança, com a qual pesa o
direito, e na outra a espada, com a qual o defende. A espada sem a balança é
a força bruta, a balança sem a espada é a fraqueza do direito. Ambas se
completam e o verdadeiro estado de direito só existe onde a força, com a qual
a Justiça empunha a espada, usa a mesma destreza com que maneja a
balança.”
Fonte: http://www.cs.utk.edu/~mclennan/BA/PT/M20-image.gif
Bibliografia:
FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito:
técnicas, decisão, dominação. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2003. p.3233.
IHERING, Rudolf Von. A luta pelo direito. 4. ed. rev. da tradução. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2004. p. 27.
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