C o m p r e e n d e r a m por exemplo p o r q u e fora a R e v o l u ç ã o F r a n c e s a u m a necessid a d e histórica \ p o r q u e deixara a livre concorrência d e ser u m factor de p r o g r e s s o . C o m p r e e n d e r a m o inevitável p e s s i m i s m o da fase de agonia do nosso s i s t e m a , e a necess i d a d e de se n ã o deixarem vencer p o r êle, fugindo dos tristes e confrangedores m a l e s deste mundo. da a r t e , u m a vez q u e a l a r g a r a m as suas p r e o c u p a ç õ e s , q u e c o m p r e e n d e r a m em t o d a a e x t e n s ã o a sua época. O artista deve de facto consciencializar os seus p r o b l e m a s d e h o m e m , m a s consciencializar-se n ã o é limitar-se aos seus instintos, às suas e m o ç õ e s , aos seus sentimentos. Consciencializar-se é c o n h e c e r - s e ; conhecer-se é cultivar-se \ e cultivar-se, é m e r g u lhar em t o d o s os p r o b l e m a s da vida. A cultura n ã o p o d e estar s i m p l e s m e n t e cingida ao «sector n ã o d o m i n a d o » . Deve b u s car-se este a partir do « d o m i n a d o » . E se há t a n t a s coisas a p r o c u r a r resolver na t e r r a , p o r q u e t e i m a m os h o m e n s em só olhar p a r a o céu ? É a a"rte um reflexo da cultura e p o r t a n t o , d e v e ser a exacta e x p r e s s ã o de um conteúdo verdadeiramente humano. A a r t e t r a d u z a consciência e a m e n t a l i d a d e q u e os h o m e n s p o s s u e m , e u m a vez que essa consciência e m e n t a l i d a d e é diferente, a arte dos jovens é t a m b é m diferente. E m lugar de r e n e g a r e m os factores q u e c o n d i c i o n a r a m as crises e os d e s e m p r e g o s , r e c o n h e c e r a m a urgência em utilizar esses factores com u m fim diferente d a q u e l e com q u e se t ê m utilizado até aqui. De t o d a s e s t a s c o m p r e e n s õ e s e necessid a d e s resultou a formação de u m a mentalid a d e b a s t a n t e diferente da m e n t a l i d a d e que os m o d e r n i s t a s lhes indicam. O s p r o b l e m a s dos m o d e r n i s t a s n ã o s ã o os seus p r o b l e m a s . E n q u a n t o aqueles se limitam a p a r t i r a t r á s de o n ã o sei q u e intuição d o d e s c o n h e c i d o » , os jovens de hoje b u s c a m n a s realidades da vida todos os seus p r o b l e m a s . E n o c a m p o artístico, n ã o é p e r a n t e os pretenciosos d r a m a s místicos e p r o c u r a s d o «Além» q u e a sua sensibilidade r e a g e . O c o n t e ú d o q u e f o r m a r á as suas o b r a s de a r t e , n ã o será u m c o n t e ú d o cheio de mistérios e de histéricas e m o ç õ e s . E é à volta da a t i t u d e q u e se t o m a per a n t e as ideologias q u e o m u n d o nos apres e n t a , q u e gira t o d a a c o n t e n d a entre os jovens p o r t u g u e s e s e t o d a s as g e r a ç õ e s imed i a t a m e n t e a n t e r i o r e s , ou m e l h o r , e n t r e os jovens e a g e r a ç ã o «presencista», única d a s anteriores q u e t e m de facto b a s t a n t e valor. O s a r t i s t a s jovens a l a r g a m os h o r i z o n t e s D U A R T (CONCLUSÃO L DA O q u e concluir, afinal ? T a l v e z que o acto constitutivo do raciocínio é o m e s m o a c t o constitutivo do juizo, e t a m b é m q u e na indissolúvel conexão da inteligência concreta e da inteligência simbólica reside a raiz da inteligibilidade d o conhecimento científico. H a v e r i a q u e g e n e r a l i z a r o estudo das «formas» do raciocínio da relação aos juizos da relação a três t e r m o s . Basta notar q u e d a d a s d u a s relações a três term o s se d e d u z e m duas conclusões diferentes, o q u e torna legítimo falar em racioV I T O R I N O E I PAGINA M A 19) cínio de r e l a ç ã o como a l g u m a cousa de m u i t o diferente d o que p r e o c u p a v a a lógica clássica. P r o v a v e l m e n t e objectar-nos-ão q u e na teoria do raciocínio relacional se t e m em conta a m a t é r i a da r e l a ç ã o , e que p o r t a n t o a não p o d e m o s e n g l o b a r na lógica formal. A inanidade das distinções que não assent a m na natureza da r e l a ç ã o , revela, p o r é m , que é impossível construir u m a lógica cujo objecto seja exclusivamente a p u r a forma dos e n u n c i a d o s . M A G A L H Ã I S G O D I N H O