CARROS E MOTOS CORREIO DO POVO QUINTA-FEIRA, 22 de julho de 2004 — 13 Teste confirma segurança da Fielder Station da Toyota mostra um perfeito balanceamento dinâmico, que amplia nível de confiabilidade FOTOS DIVULGAÇÃO / CP Cintura lateral elevada e pára-brisas afunilado realçam esportividade do modelo Toyota Fielder utiliza a mesma plataforma do Corolla, mas as semelhanças param por aí. Atrás do voA lante, a impressão que se tem é que se trata de um veículo direcionado à esportividade, na linha de cintura lateral elevada, no pára-brisas mais afunilado e na sensação do cockpit, realçada pelas linhas curvas do painel frontal. Já na subida da Serra, pela sinuosa e problemática BR 116, com suas curvas que contrariam a engenharia rodoviária e o bom senso, a Toyota Fielder mostrou uma performance segura e um perfeito balanceamento dinâmico, que resultaram na neutralidade em curvas. Nenhuma tendência marcante de sair de frente ou de traseira ampliou o nível de confiabilidade da Fielder. Tamanho equilíbrio nas suspensões induziu a tomadas de curvas em velocidade elevada, o que em um outro veículo, com menor grau de segurança ativa, seria temerário. Se o Corolla sedã já impressiona pela neutralidade nos movimentos longitudinais e laterais, a Fielder amplia essa percepção e performance. Em geral, uma station tem melhor distribuição de peso sobre os eixos dianteiro e traseiro devido à ausência do volume externo do porta- malas, que no sedã é um “peso morto”. A engenharia da Toyota se valeu dessa característica e a lapidou ao ponto do equilíbrio dinâmico quase perfeito entre o conforto de marcha e a esportividade, que leva a Fielder aos 200 quilômetros horários de velocidade máxima. No interior, como no Corolla, há uma sobriedade que não é luxuosa, mas que agrada. Reitera-se que a Toyota prefere sempre a função à forma. A perfeita ergonomia interna relaxa o motorista e eventuais acompanhantes. O revestimento acústico possui qualidade e é possível ouvir música ou conversar em voz baixa sem interferência de ruídos, o que denota a sofisticada técnica construtiva da Toyota. O modelo testado, cedido pela Car House, estava equipado com um câmbio automático de quatro marchas, que se ajusta com presteza às solicitações do acelerador. Quem deseja extrair a máxima performance da Fielder deve optar pelo excelente câmbio mecânico de cinco velocidades. Quatrocentos quilômetros de retas e curvas nas belas paisagens da Serra, pisos degradados e asfalto confirmaram que a Toyota tem na Fielder mais um potencial sucesso de vendas no Brasil. (RR) Toyota RAV4 é pouco conhecido no Brasil Não se trata somente de “o que é bom custa caro”. E o SUV custa mais do que R$ 120 mil. Trata-se, do excelente RAV4 da Toyota, que é praticamente um desconhecido no mercado brasileiro, mas um sucesso absoluto de vendas no mercado europeu. Lá, desde 1995, identifica o conceito de Veículo Utilitário Esportivo (SUV, em inglês) com praticidade no uso urbano, robustez e valentia no uso fora de estrada. Testado por uma manhã pelo Correio do Povo, num percurso predominantemente urbano, o RAV4 cedido pela Car House pode ser definido como um veículo que não reinventa a roda. Contenta-se em ser muito eficiente em itens fundamentais. Como rigidez torsional, estabilidades direcional e lateral e conforto de marcha, proporcionado por suspensões muito avançadas. Na dianteira, o RAV4 utiliza uma suspensão McPherson, independente, com barras estabilizadoras. Na traseira, ela é independente com braços duplos triangulares e barras estabilizadoras de grande diâmetro. Como resultado prático, o veículo copia as irregularidades do terreno, sem as trepidações da carroceria e instabilidades típicas dos SUV que possuem eixos rígidos na traseira. Num teste anterior, realizado numa pista off-road construída pela Toyota às margens da rodovia RioSantos, o RAV4 mostrou, além da delicadeza do design, ser um veículo robusto, com tração 4X4 permanenDIVULGAÇÃO / CP MEMÓRIA Veículo tem motor bicombustível, de ampla aceitação pelos consumidores Sempre Alerta controla velocidade A Johnson Controls é uma empresa multinacional que fornece à industria automobilística componentes e módulos eletrônicos que estão em veículos da Toyota, Volkswagen, Ford, GM e Fiat. Segundo o diretor executivo da unidade de Gravataí, José Roberto Silveira, o produto mais visível para o consumidor, no momento, é o Sempre Alerta, um módulo eletrônico pré-programável que define uma velocidade segura e confortável. Se ultrapassado o limite pré-determinado, um bip sonoro alerta o motorista para que volte à velocidade segura. te, que ultrapassou de modo fácil obstáculos como canais com lama e terreno arenoso. Uma versatilidade que seduz e que nesta segunda geração do SUV ganha um novo motor a gasolina, econômico, com 150hp, que garante força e torque numa ampla faixa de rotações, tornando o RAV4 ágil e esguio na cidade. A segunda geração é a mesma comercializada na Europa e nos EUA e tem 30 itens de conveniência, que vão do ar-condicionado digital à tomada de energia para acessórios, aos porta-malas e ao console central. Há também um significativo avanço em relação à segurança ativa e passiva, com air-bags de duplo estágio e sensoreamento do câmbio automático com quatro velocidades. SUV, que custa mais de R$ 120 mil, tem mercado restrito no país Fox é trunfo da Volks na disputa de mercado Os números do Registro Nacional de Veículos (Renavan) demonstram que no período de janeiro a junho deste ano a General Motors do Brasil continuou na liderança do mercado nacional de veículos. Entre a Fiat e a Volkswagen (segundo e terceiro lugares) há quase um empate técnico, com uma diferença de apenas 0,1%. São posições que, num mercado ultracompetitivo, podem sofrer alterações ainda neste segundo semestre, segundo observação do gerente da Regional Sul do Grupo Volkswagen, Claudio Ferst. “Cada vez mais sentimos que o Fox é um produto vencedor, que agrega maior valor ainda à marca Volkswagen, como beleza de design, performance, conforto e modernidade”, diz Ferst. Segundo ele, é um carro projetado para o novo milênio e para consumidores que “cada vez mais desejam que um automóvel possua o maior valor agregado possível”. Para ele, o Fox oferece elevada carga tecnológica e traz custo baixo de manutenção e valor de revenda. “Tais valores já eram comumente associados a automóveis como o Gol, Golf ou Polo e foram transferidos em curto espaço de tempo ao Fox, que já teve mais de 50 mil unidades comercializadas desde o seu lançamento”, frisou o gerente. Conforme Ferst, a Volkswagen vem investindo na sofisticação tecnológica de suas plantas industriais no Brasil. Tanto a unidade de Anchieta como a de São José dos Pinhais geram veículos que saem de linhas de montagem robotizadas, cujas dimensões e tolerâncias de componentes são conferidas a laser. Também deve haver confiabilidade na ampla rede de concessionários. No Rio Grande do Sul, segundo Ferst, grandes grupos econômicos estão abrindo filiais em pontos estratégicos do Estado e em Porto Alegre. “A Volkswagen avança em todo o Brasil”, enfatiza Ferst. Para o analista de mercado da Regional Sul, Márcio Barreto, a participação de 27% no mercado do RS em julho coloca novamente a Volkswagen na liderança no Estado e gera a certeza de que o Fox é mesmo um produto vencedor. “Como 70% da produção do Fox destina-se à versão 1.0, que traz o motor bicombustível, de ampla aceitação dos consumidores, a situação é favorável à Volkswagen e pode resultar na liderança do mercado brasileiro no segundo semestre deste ano”, conclui o analista.