Nº 10 - Jul/Ago - 2010
Maturidade
A SOBED completa 35 anos e
resgata sua história pioneira,
entrelaçada ao próprio surgimento
da endoscopia no Brasil
DNA
Carlos Alberto Cappellanes
Ética
As operadoras e o
pagamento por “pacote”
Sobed - No 9 - Abr/Jun - 2010
Índice
Nº 10
- Jul/A
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Ética
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Por dentro da SOBED
Secretaria...........................................................................................................5
Diretoria e Comissões...................................................................................10
Estaduais .........................................................................................................11
Rede SOBED..................................................................................................12
SOBED Em Casa...........................................................................................13
Acontece .........................................................................................................14
DNA............................................................................................ 16
Capa............................................................................................. 20
Esporte........................................................................................ 30
Gastronomia.............................................................................. 34
Hobby.......................................................................................... 38
Info............................................................................................... 40
AMB............................................................................................ 43
Ética ............................................................................................ 44
Radar .......................................................................................... 46
Agende-se................................................................................... 48
Confira o relato de um endoscopista pernambucano que
concilia a medicina e o rock’n roll nas horas vagas Pág. 38
3
Editorial
Dr. Carlos Alberto
Cappellanes, presidente
da SOBED Nacional,
gestão 2008-2010
exclusivos nas próximas páginas esmiúça pontos
críticos sobre os contratos “pacote” das operadoras de
saúde. São questões legais e financeiras que interferem
diretamente na qualidade de nosso trabalho.
Outra notícia excepcional, na seção “Por dentro da
SOBED”, é a presença de duas obras sobre endoscopia
digestiva entre os livros finalistas do 52º Prêmio Jabuti
2010, mais tradicional premiação em literatura no
Brasil. São referências indispensáveis para a área e, agora
Comemorações merecidas
comprovadamente, trabalhos feitos com extrema qualidade
em termos de escrita, algo sempre desejável.
A edição passada da revista SOBED trouxe a primeira
de uma série de matérias sobre os 35 anos da entidade,
completados em 2010. Neste número presente, a
reportagem de capa revive momentos cruciais para a
Boa leitura!
O Presidente
especialidade na década de 1980. O texto traz relatos
de três ex-presidentes consecutivos, além de imagens
históricas para a SOBED e a endoscopia em nosso país.
Felizmente atravessamos aquele período conturbado,
expediente
com fôlego suficiente para lançar as bases da
organização reconhecida que somos hoje.
A matéria de capa traz, ainda, informações sobre
algumas iniciativas em prol da memória da Sociedade e da
endoscopia brasileira: novo canal em nosso site, dedicado
É uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Endoscopia
Digestiva (SOBED) distribuída gratuitamente para médicos.
O conteúdo dos artigos assinados é de inteira responsabilidade de seus
autores e não representa necessariamente a opinião da SOBED.
Tiragem de 3.000 exemplares.
à história da SOBED e aberto à participação; e um vídeo
institucional comemorativo desses 35 anos. São ações
pensadas para os nossos Associados, que devem
esperar mais novidades até o final do ano.
Para este número, tive o prazer de conversar em nossa sede
com jornalistas da revista e ser o entrevistado da edição.
Pude relembrar passagens de minha carreira e trajetória
até a presidência da Sociedade. Um balanço em momento
oportuno, e uma chance de falar de maneira direta com
novos e antigos colegas. E, ainda, um dos artigos
4
Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 11.408)
Editor-chefe: Fábio Berklian | Editor: Faoze Chibli
Reportagem: Thiago Bento | Rodrigo Moraes
Amanda Campos | Marina Panham
Fluxo de anúncios: Caroline Frigene | Projeto Gráfico: Ivan Lopes
Diagramação:Leonardo Fial | Luiz Fernando Almeida | Felipe Santiago
Foto da capa: Davi Farias
Rua Cayowaá, 228 - Perdizes
São Paulo -SP - CEP: 05018-000
Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296
e-mail: [email protected]
site: www.rspress.com.br
Anúncios: (11) 3875-6296 / 5627 [email protected]
Por dentro da Sobed
Secretaria
Literatura de qualidade
Entre os dez finalistas da 52ª
edição do prêmio Jabuti, realizada
este ano, estão os livros “Técnicas em endoscopia digestiva”, de
Angelo P. Ferrari Jr., e “Colonoscopia”, de Marcelo Averbach e
Paulo Alberto Falco Pires Correa.
O primeiro livro busca resgatar a
técnica e suas nuances de forma
não personalizada, propiciando
aos leitores a maneira mais ‘pura’
da realização dos diferentes procedimentos endoscópicos.
Já a segunda obra aborda tópicos referentes à colonoscopia,
desde os aspectos diagnósticos
básicos às sofisticadas técnicas
terapêuticas. E pode ser útil não
somente aos iniciantes como
também aos gastroenterologistas, colonoscopistas e coloproctologistas mais experientes.
O Prêmio Jabuti é o mais importante prêmio literário do Brasil.
Lançado em 1959, ganhou prestígio e novas categorias, até chegar
às 21 subdivisões atuais. Além das
mais tradicionais categorias de
ficção, romance, contos e crônicas, há também as de Ciências
Naturais e Ciências da Saúde.
Os vencedores serão apresentados em noite de gala na Sala São
Paulo, no dia 04 de novembro de
2010, na metrópole paulista.
SOBED em festa
A SOBED comemora 35 anos
de existência, com uma história
baseada em conquistas e avanços
na endoscopia brasileira. Um
dos fatos que marca a ocasião é o
lançamento do logo de 35 anos da
Sociedade, que faz parte de uma
grande campanha de valorização
do especialista em endoscopia.
na trajetória da organização e da
Também temos realizado melho-
endoscopia brasileira. Em breve,
rias constantes no site da Socieda-
estará disponível também um ví-
de. Na home page, o médico asso-
deo institucional, com imagens da
ciado pode conferir um link direto
sede e depoimentos exclusivos. Fi-
para a revista SOBED e para o
que atento e continue conferindo
recém inaugurado “Túnel do tem-
as novidades em todos os canais
po” – uma cronologia interativa,
de comunicação disponíveis para
com os principais acontecimentos
os Associados.
Errata
A entrevista com o gastroenterologista Ricardo Rangel
de Paula Pessoa, Outros Prismas, na última edição da
revista SOBED (abril/junho), cita em seu trecho final, à
página 16, que o médico fez sua residência no Hospital
das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Mas,
na verdade, foi no Hospital das Clínicas da Universidade
Federal do Ceará. Pedimos desculpas pelo erro.
5
Secretaria
Solicite seu diploma
Como forma de valorizar os endoscopistas associados à entidade,
a SOBED elaborou um diploma para seus titulares. Confeccionado em pergaminho, pode ser solicitado diretamente pelo site
www.sobed.org.br. O custo para aquisição é de R$ 195,00, a ser
pago via boleto bancário. Peça já o seu!
Revista Endoscopy
Os interessados em assinar ou renovar
suas assinaturas da Revista Endoscopy
para o ano de 2010 devem acessar o site
da SOBED, www.sobed.org.br, e clicar
sobre o link “Revistas”. Depois, ao sele-
SOBED DIGITAL
Confira as novidades
do SOBED DIGITAL.
Um programa de atualização
médica a distância em que
os eventos de maior destaque
no cenário nacional são
gravados e disponibilizados
em CD e/ou DVD.
Para adquirir, basta acessar
o site www.sobed.org.br,
preencher a ficha de compra
e pagar o boleto bancário
que é gerado em seguida.
Confira ao lado a
programação disponível.
6
cionar a opção “Revista Endoscopy”,
podem então efetuar a solicitação.
Automaticamente, o sistema irá gerar
um boleto bancário para o pagamento
da assinatura. E, na sequência, a revista
Curso Internacional da
SOBED 2.007 CD-1
1 – A flood of
endoscopic innovations:
hits or misses?
Anthony Axon (Inglaterra)
2 – Endoscopic
submucosal dissection for early
gastric
câncer. Technical aspects,
feasibility and management
of complications
Ichiro Oda ( Japão)
3 – Endoscopic ressection
for early gastric cancer.
Results in Japan
Ichiro Oda ( Japão)
4 – Endoscopic therapy
of chronic pancreatitis and
its complications
Klaus Mönkemüller (Alemanha)
passa a ser enviada para o endereço
cadastrado no site da Sociedade. Vale
lembrar, também, que todos os assinantes da prestigiada revista internacional
terão direito ao acesso online.
Curso Internacional da
SOBED 2.007 CD-2
1 – Double Balloon enterocopy:
the small bowel and beyond
(ERCP, colonoscopy,
post-surgical anatomy)
Klaus Mönkemüller (Alemanha)
2 – Short segments of columnar
metaplasia at GE junction
René Lambert (França)
3- Cápsula endoscópica no SGIO
Luiz Ernesto Caro (Argentina)
4 – Novas propostas para exames
do cólon e reto, incluindo a cápsula
colonoscópica. Haverá impacto no
rastreamento?
Artur Parada (Brasil)
DVD – Curso ao vivo
Opção 1 – 1h 04min
1 - Enteroscopia
Adriana Vaz S. Ribeiro
2 - Balão Endoscópico
Artur A. Parada
DVD – Curso ao vivo
Opção 2 – 1h 53min
1 - Dilatação Esofágica
Cleber Vargas
2 - CA Esofágico
Superficial
Marcio M. Tolentino
3 - Controle de Varizes esofágicas
Luiza Romanello
4 - Ultrassom
Endoscópico
Jose Celso Ardengh
DVD – Curso ao vivo
Opção 3 – 1h 40 min
1 - Megaesôfago
Renato Luz Carvalho
2 - G.I.S.T
José Celso Ardengh
Por dentro da Sobed
Anuidade 2010
Como benefício para você,
entanto, é importante atualizar mir os recibos das anuidades já
Associado, a SOBED está
seus dados cadastrais junto
pagas. O acesso é www.sobed.
enviando as anuidades por
à SOBED. Acesse o site para
org.br/área médica/seção
e-mail. Desta forma, será mais
atualizar seu cadastro e apro-
associados, no link “Anuidades
fácil efetuar o pagamento para
veite para verificar sua situação e Boletos”. Qualquer dúvida,
ter acesso aos serviços que a
financeira. Também por meio
entidade oferece. Para isso, no
de nosso site, é possível impri- [email protected]
3 - Balão intragástrico
José Celso Ardengh
4 - Controle de Varizes
pós-ligadura
Renato Carvalho
Curso de Colonoscopia 2009 –
DVD 1 e 2
Módulo I
Modalidades de Cresimento da
Neoplasia Intra-mucosa
Classificação Morfológica das
Lesões Neoplásicas Colônicas
Classificação Histopatológica das
Lesões Neoplásicas
Módulo II
O vídeo-endoscópio moderno
Estratégia do Diagnóstico em
Colonoscopia
Módulo III
O Tratamento Endoscópico das
Lesões Neoplásicas
Resultado do Tratamento
Endoscópico
Modulo IV
Colonoscopia e Prevenção
do Câncer
Exames de Vigilância
Curso Interativo de Atualização
em Endoscopia Digestiva 2009
Módulo I – Esôfago : Neoplasia
Precoce
Módulo II – Estômago:
Neoplasia Precoce
Módulo III – Vias Biliares e
Pâncreas
Módulo IV – Cólon:
Neoplasia Precoce
Módulo V – Controvérsias
em Polipectomia
Módulo VI – Hemorragia
Digestiva Varicosa
entre em contato pelo e-mail
Selo de especialista
Em reconheciSELO DE QUALIDADE
DO ESPECIALISTA
mento ao médico especialista
em Endoscopia
Digestiva ou em
Endoscopia, assoSOCIEDADE BRASILEIRA DE
ciado à SOBED,
ENDOSCOPIA DIGESTIVA
foi criado o Selo
de Especialista e
também o Selo
para Certificação
- utilizado para
referendar os
laudos emitidos
na especialidade. Eles são emitidos aos associados
da entidade quites com as anuidades e podem ser
solicitados pelo site: www.sobed.org.br.
7
Secretaria
Oficina de Colocação e
Retirada de Balão Intragástrico
Nada melhor do que a prática para
fazer com que os profissionais conheçam, entendam por completo e
executem, eles mesmos, os procedimentos. Justamente com esse objetivo a SOBED promoveu, mais uma
vez, em São Paulo (SP), nos dias 06 e
07 de agosto, a Oficina de Colocação
e Retirada de Balão Intragástrico. No
primeiro dia de treinamento teóricoprático, que aconteceu no Serviço
de Endoscopia Gastrointestinal do
Hospital Ipiranga, os dez endoscopis-
tas inscritos tiveram contato com os
mais variados aspectos que envolvem
a colocação (e retirada) do Balão
Intragástrico BioEnterics (BIB). A
Oficina é credenciada pela Certificação Nacional de Acreditação (CNA).
“É praticamente uma imersão na
atividade, desde o que é a obesidade,
como funciona o balão, a abordagem
do paciente, preparação e orientação
pré e pós- colocação do balão. Há
aulas sobre dietas, exercícios físicos,
parte psicológica”, resume o diretor
Especialistas reunidos para treinamento no Hospital Ipiranga
8
de cursos da SOBED, Ricardo Dib.
Em seguida, todos passaram por
treinamento feito em bonecos, na
metodologia chamada ‘hands on’. “O
participante faz todo o procedimento
nesse boneco, e tira as dúvidas práticas com um médico preceptor, que o
acompanha durante todo o processo.
Isso permite que o profissional tenha
mais segurança em todas as etapas
de colocação e retirada do balão”,
completa Dib.
Na manhã de sábado, todos tiveram a
Por dentro da Sobed
chance de realizar o procedimento –
que leva em média 30 minutos – em
dez pacientes, sob o acompanhamento de quatro preceptores: Eduardo
Greco, Thiago Souza, Ricardo Dib e
Manoel Galvão Neto. Segundo este
último, o trabalho tem como objetivo
atender as expectativas de todos que
executarão determinado procedimento, muito além de simplesmente saber
a técnica de colocar e retirar o balão.
Trata-se da preparação do paciente,
indicações e possíveis complicações.
Para Galvão, a Oficina é a melhor
maneira de transmitir esses conhecimentos. “Eu faço preceptoria com balões intragástricos há pelo menos 10
anos. As principais dúvidas são sobre
a técnica de colocação, a inserção e a
retirada. Em uma escala de dificuldade de 0 a 10, a inserção é de nível 4 e
a retirada, de nível 6”.
Ao final do dia, Wilson Luis Vollet,
endoscopista e gastrocirurgião da
cidade de Jales, no interior de São
Paulo, resumiu a experiência vivida
na Oficina: “O trabalho foi muito
bem feito. O conteúdo muito bem
programado na parte teórica e na
prática, com a assessoria de colegas
experientes”.
Endoscopistas
aperfeiçoam técnica
em treinamento
prático detalhado.
Ao lado, o diretor de
cursos da SOBED e
organizador desta
oficina, Ricardo Dib
9
Diretoria e Comissões
Diretoria Nacional
Presidente: Carlos Alberto Cappellanes
Vice-Presidente: Carlos Alberto da Silva Barros
Secretários: Ricardo Anuar Dib
Fabio Segal
Tesoureiros: Pablo Rodrigo de Siqueira e
Ciro Garcia Montes
Comissões Estatutárias
Comissões Eleitoral, de Estatutos,
Regimentos e Regulamentos
Presidente: Antonio Gentil Neto
Herbeth José Toledo Silva
Lívia Maria Cunha Leite
Nilza Maria Lopes Marques Luz
Saverio Tadeu de Noce Armellini
Sergio Luiz Bizinelli
Comissão de Admissão e Sindicância
Presidente: Ricardo de Sordi Sobreira
Antonio Henrique de Figueiredo
Carlos Aristides Fleury Guedes
Fabio Marioni
Roberto Palmeira Tenório
Comissão Científica e Editorial
Presidente: Marcelo Averbach
Adriana Vaz Safatle-Ribeiro
Carlos Eugenio Gantois
Flavio Hayato Egima
Huang Ling Fang
Kleber Bianchetti de Farias
Marcos Bastos da Silva
Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas
Walnei Fernandes Barbosa
Comissão de Ética e Defesa Profissional
Presidente: Vera Helena de Aguiar Freire de Mello
Arnaldo Motta Filho
Francisco José Medina Pereira Caldas
Oswaldo Luiz Pavan Junior
Plinio Conte de Faria Junior
Paulo Afonso Leandro
Comissão de Avaliação e Credenciamentos
de Centros de Ensino e Treinamento
Presidente: Paulo Roberto Alves Pinho
Daniel Moribe
Gildo Barreira Furtado
Giovani Antonio Bemvenuti
Walton Albuquerque
10
Comissão de Título de Especialista e
sua Atualização
Presidente: Jairo Silva Alves
Dalton Marque Chaves
Geraldo Ferreira Lima Junior
Gilberto Reynaldo Mansur
Luiz Felipe de Paula Soares
Luiza Maria Filomena Romanello
Marco Aurélio D’Assunção
Marcos Clarencio Batista Silva
Vitor Nunes Arantes
Representantes nas Revistas – GED
Arquivos Brasileiros de
Gastroenterologia
Representantes em Instituições
Comissões Não Estatutárias
Associação Médica Brasileira
Maria das Graças Pimenta Sanna
Comissão de Acreditação de Serviços
de Endoscopia
Presidente: Eduardo Carlos Grecco
José Renato Guterres Hauck
Lincoln Eduardo Villela Vieira de Castro Ferreira
Luiz Roberto do Nascimento
Paulo Cury
Renato Luz Carvalho
Comissão de Relações Internacionais
Presidente: Glaciomar Machado
Arthur A. Parada
Site
Presidente: Flavio Braguim
Horus Antony Brasil
Jarbas Faraco M. Loureiro
José Luiz Paccos
Ricardo Leite Ganc
Diretrizes e Protocolos
Presidente: Edivaldo Fraga Moreira
Carlos Eduardo Oliveira dos Santos
Lix Alfredo Reis de Oliveira
Luis Cláudio Miranda da Rocha
Mara Lucia Lauria Souza
Trabalhos Multicêntricos
Paulo Alberto Falco Pires Correa
Walnei Fernandes Barbosa
Sobed - Revista
Horus Antony Brasil
Thiago Festa Secchi
Sede Nacional
Eli Kahan Foigel
Rede Sobed/Sobed em Casa
Horus Antony Brasil
Thiago Festa Secchi
Conselho Federal de Medicina e Comissão
Nacional de Residência Médica
Flavio Hayato Ejima
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Vera Helena de Aguiar Freire de Mello
Núcleos
Núcleo de Endoscopia Pediátrica
Cristina Helena Targa Ferreira
Eloá Marussi Morsoletto Machado
Gustavo José Carneiro Leão Filho
Manoel Ernesto Peçanha Gonçalves
Maria das Graças Dias da Silva
Paulo Fernando Souto Bittencourt
Núcleo de Ultrassonografia Endoscópica
José Celso Ardengh
Kleber Bianchetti de Faria
Lucio Giovanni Battista Rossini
Marco Aurélio D’Assunção
Simone Guaraldi da Silva
Núcleo de Desenvolvimento do NOTES
Ângelo Paulo Ferreira Jr.
Kiyoshi Hashiba
Pablo Rodrigo de Siqueira
Paulo Sakai
Núcleo de Estudos de Equipamentos e Acess.
Endoscópicos e seu Processamento
Alexandre Silluzio Ferreira
Francisco José Medina Pereira Caldas
Ligia Rocha de Luca
Tadayoshi Akiba
Vera Helena de Aguiar Freire de Mello
Núcleo de Implantação
das Unidades Estaduais
Antonio Carlos Coelho Conrado
João Carlos Andreoli
Núcleo de Tabagismo
Everton Ricardo de Abreu Netto
Por dentro da Sobed
Estaduais
Alagoas Presidente: Nilza Marques Luz
Vice-presidente: Henrique Malta
1º Secretário: Herberth Toledo
2º Secretário: Carlos Henrique de Barros Amaral
1º Tesoureiro: Laercio Ribeiro
2º Tesoureiro: José Wenceslau da Costa Neto
Endereço: R. dos Coqueiros, 17 - Cind. Jardim do Horto CEP: 57052-156 - Gruta de Lourdes - Maceió - AL
Fone: (81) 3241-7870
E-mail: [email protected]
Mato Grosso Presidente: Ubirajarbas Miranda Vinagres
Vice-presidente: Leo Gilson Perri
1º Secretário: José Sebasttião Metelo
2º Secretário: José Carlos Comar
1º Tesoureiro: Roberto Carlos Fraife Barreto
2º Tesoureiro: Elton Hugo Maia Teixeira
Endereço: Pça. do Seminário, 141 – Centro – Gastrocentro –
CEP: 78000-000 – Cuiabá - MT
Fone: (65) 3321-5318
E-mail: [email protected]
Amazonas Presidente: Lourenço Candido Neves
Vice-presidente: Victor Mussa Dib
1º Secretário: Marcelo Tapajós Araujo
2º Secretário: Agostinho Paiva Masullo
1º Tesoureiro: Deborah Nadir Ferreira
2º Tesoureiro: Edilson Sarkis Gonçalves
Endereço: Av. Djalma Batista, 1.661 - 2º andar - sls. 206/207 - Ed. Millenium Center -Torre Medical - CEP: 69050-010 - Manaus - AM
Fone: (92) 3659-3762 / 3659-3082
E-mail: [email protected]
Mato Grosso do Sul Presidente: Carlos Marcelo Dotti Silva
1º Secretário: Rogerio Nascimento Martins
1º Tesoureiro: Marcelo de Souza Curi
Endereço: R. Alagoas, 700 – Jd. dos Estados – CEP: 79020-120 –
Campo Grande - MS
Fone: (67) 3327-0421
E-mail: [email protected]
Bahia Presidente: Maria Cristina Barros Martins
Vice-presidente: Livia Maria Cunha Leite
1º Secretário: Marcia Sacramento de Araujo Felipe
2º Secretário: Sylon Ribeiro de Britto Junior
1º Tesoureiro: Durval Gonçalves Rosa Neto
2º Tesoureiro: Luciana Rodrigues Leal da Silva
Endereço: R. Atino Serbeto de Barros, 241 - CEP: 41825-010 Salvador - BA
Fone: (71) 3350-6117
Site: www.sobedbahia.com.br
E-mail: [email protected]
Ceará Presidente: Ricardo Rangel de Paula Pessoa
1º Secretário: Francisco Paulo Ponte Prado Junior
1º Tesoureiro: Adriano Cesar Costa Cunha
Endereço: R. Cel. Alves Teixeira, 1.578 - Joaquim Távora - CEP:
60130-001 - Fortaleza - CE
Fone: (85) 3261-8085
E-mail: [email protected]
Distrito Federal Presidente: Aloisio Fernando Soares
Vice-presidente: Sussumo Hirako
1º Secretário: Cícero Henriques Dantas Neto
2º Secretário: Francisco Machado da Silva
1º Tesoureiro: Calixto Abrão Neto
2º Tesoureiro: Marcio Velloso Fontes
Endereço: SHLS 716, Bloco L – Centro Clínico Sul – Torre I – sls.
408/410 – CEP: 70390-700 – Brasília - DF
Fone: (61) 3345-7225
E-mail: [email protected]
Espírito Santo Presidente: José Joaquim de Almeida Figueiredo
Vice-presidente: Bruno de Souza Ribeiro
1º Secretário: Aureo Paulielo
2º Secretário: Aderbal Pagung
1º Tesoureiro: Esteban Sadovsky
2º Tesoureiro: Luis Fernando de Campos
Endereço: R. Francisco Rubim, 395 – CEP: 29050-680 – Vitória - ES
Fone: (27) 3324-1333
Site: www.sobedes.com.br
E-mail: [email protected]
Goiás Presidente: José Cristiano Ferreira Resplande
Vice-presidente: Marcus Vinicius Silva Ney
1º Secretário: Marcelo Barbosa Silva
2º Secretário: Fernando Henrique Porto
1º Tesoureiro: Vágner José Ferreira
2º Tesoureiro: Rennel Pires
Endereço: Av. Mutirão, 2.653 – Setor Marista – CEP: 74115-914 –
Goiânia - GO
Fone: (62) 3251-7208
E-mail: [email protected]
Maranhão Presidente: Djalma dos Santos
Vice-presidente: Nailton J. F. Lyra
1º Secretário: Selma Santos Maluf
2º Secretário: Milko A. de Oliveira
1º Tesoureiro: Elian O. Barros
2º Tesoureiro: Joaquim C. Lobato Filho
Endereço: R. Jornalista Miecio Jorge, 4 – Ed. Carrara – sls. 208/209 –
CEP: 65075-440 – São Luis - MA
Fone: (98) 3235-1575
E-mail: [email protected]
Minas Gerais Presidente: Luiz Claudio Miranda da Rocha
Vice-presidente: Paulo Fernando Souto Bittencourt
1º Secretário: Atanagildo Cortes Junior
2º Secretário: Adriana Athayde Lima Stehling
1º Tesoureiro: José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho
2º Tesoureiro: Paulo Fernando Souto Bittencourt
Endereço: Av. João Pinheiro, 161 – CEP: 30130-180 –
Belo Horizonte - MG
Fone: (31) 3247-1647
E-mail: [email protected]
Pará Presidente: Abel da Cruz Loureiro
Vice-presidente: Edmundo Veloso de Lima
Tesoureiro: Marcos Moreno Domingues
2º Tesoureiro: Laercio Sampaio da S. Junior
1º Secretário: Danieli do S. Brito Batista
2º Secretário: Ana Paula R. Guimarães
Endereço: Tv. Dom Romualda de Seixas, 1.812 – CEP: 66055-200
Belém – Pará
Fone: (91) 3241-4223
E-mail: [email protected]
Paraíba Presidente: Eduardo Henrique da Franca Pereira
Vice-presidente: Fábio da Silva Delgado
1º Secretário: Carlos Antonio Melo Feitosa
2º Secretário: Pedro Duques de Amorim
1º Tesoureiro: Francisco Sales Pinto
2º Tesoureiro: Fabio Kennedy Almeida Trigueiro
Endereço: Av. Coremas, 364 – CEP: 58013-430 –
João Pessoa - PB
Fone: (83) 3222-6769
E-mail: [email protected]
Paraná Presidente: Luis Fernando Tullio
Vice-presidente: Sandra Teixeira
1º Secretário: Maria Cristina Sartor
2º Secretário: Flávio Heuta Ivano
1º Tesoureiro: Julio César Souza Lobo
2º Tesoureiro: Marlus Volney de Morais
Endereço: R. Candido Xavier, 575 – CEP: 80240-280 –
Curitiba - PR
Fone: (41) 3342-3282
E-mail: [email protected]
Pernambuco Presidente: Josemberg Marins Campos
Vice-presidente: Luis Fernando Lobato Evangelista
1º Secretário: Eduardo Carvalho Gonçalves de Azevedo
2º Secretário: Roberto Tenório
1º Tesoureiro: Mario Brito Ferreira
Endereço: Av. Conselheiro Rosa e Silva, 2.063 – CEP: 52050-020
Recife - PE
Fone: (81) 9973-8741
E-mail: [email protected]
Piauí Presidente: Wilson Ferreira Almino de Lima
Vice-presidente: Carlos Dimas de Carvalho Sousa
1º Secretário: Conceição de Maria Sá e Rego Vasconcelos
2º Secretário: Ademar Neiva de Sousa Sobrinho
1º Tesoureiro: Antonio Moreira Mendes Filho
2º Tesoureiro: Teresinha Quirino V. de Assunção de Maia
Endereço: R. Olavo Bilac, 2.490 – CEP: 64001-280 – Teresina - PI
Fone: (86) 3221-4824
E-mail: [email protected]
Rio de Janeiro Presidente: José Narciso de Carvalho Neto
Vice-presidente: Edson Jurado da Silva
1º Secretário: Marta de Fátima S. Pereira
2º Secretário: Afonso Celso da Silva Paredes
1º Tesoureiro: Francisco José Medina de Pereira Caldas
2º Tesoureiro: José Carlos Cortes Barroso
Endereço: R. da Lapa, 120 – sl. 309 – CEP: 20021-180
Rio de Janeiro - RJ
Fone: (21) 2507-1243 / 3852-7711
Site: www.sobedrj.com.br
Email: [email protected]
Rio Grande do Norte Presidente: Licia Villas-Bôas Moura
Vice-presidente: Conceição de Maria Lins da C. Marinho
1º Tesoureiro: Verônica de Souza Vale
Endereço: R. Maria Auxiliadora, 807 – Tirol – CEP: 59014-500
Natal - RN
Fone: (84) 3211-1313
E-mail: [email protected]
Rio Grande do Sul Presidente: Julio Carlos Pereira Lima
Vice-presidente: Carlos Kupski
1º Secretário: Carlos Eduardo Oliveira dos Santos
1º Tesoureiro: Cesar Vivian Lopes
Endereço: Av. Ipiranga, 5.311 – sl. 207 – CEP: 90610-001
Porto Alegre - RS
Fone: (51) 3352-4951
E-mail: [email protected]
Rondônia Presidente: Victor Hugo Pereira Marques
Vice-presidente: Domingos Montaldi Lopes
1º Secretário: Adriana Silva Assis
2º Secretário: Marcelo Pereira da Silva
1º Tesoureiro: Ricardo Alves
2º Tesoureiro: Volmir Dionisio Rodigheri
Endereço: Rua Campos Salles, 2245 - CEP: 76801-081
Porto Velho - RO
Fone: (69)3221-5833
E-mail: [email protected]
Santa Catarina Presidente: Silvana Dagostin
Vice-presidente: Ligia Rocha de Luca
1º Secretário:Juliano Coelho Ludvig
2º Secretário: Osni Eduardo Camargo Regis
1º Tesoureiro: Cintia Zimmermann de Meireles
2º Tesoureiro: Eduardo Nobuyuki Usuy Jr.
Endereço: Rodovia SC 401 – Km 04 3854 – CEP: 88032-005
Florianópolis - SC
Fone: (48) 3231-0324
Site: www.sobedsc.com.br
E-mail: [email protected]
São Paulo Presidente: José Celso Ardengh
Vice-presidente: Adriana Vaz Safatle Ribeiro
1º Secretário: Luiza Maria Filomena Romanello
2º Secretário: Thelma Christina Nemoto
1º Tesoureiro: Thiago Festa Secchi
2º Tesoureiro: Lix Alfredo Reis de Oliveira
Endereço: R. Itapeva, 202 – sl. 98 – CEP: 01332-000
São Paulo - SP
Fone: (11) 3288-6883
Site: www.sobedsp.com.br
E-mail: [email protected]
Sergipe Presidente: Jilvan Pinto de Monteiro
Vice-presidente: Rogério dos Santos Rodrigues
1º Secretário: Simone Deda Lima Barreto
1º Tesoureiro: Miiraldo Nascimento da Silva Filho
Endereço: R. Guilhermino Rezende, 426 – São José
CEP: 49020-270 – Aracaju - SE
E-mail: [email protected]
Tocantins Presidente: Jorge Mattos Zeve
Vice-presidente: Marcos Rossi
1º Secretário: Rone Antonio Alves de Abreu
2º Secretário: José Augusto Menezes Freitas de Campos
1º Tesoureiro: Maria Augusta de Oliveira Matos
2º Tesoureiro: Mery Tossa Nakamura
Endereço: Quadra 401 Sul – cj, 01 – Lote 1 – Av. Teotonio Segurado
– Espaço Médico Empresarial – CEP: 77061-002 – Palmas - TO
Fone: (63) 3228-6011
E-mail: [email protected]
11
Rede Sobed
A
Rede SOBED é um serviço de educação continuada
a distância, gratuito para os associados, de cursos
ministrados pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED).
O programa Rede SOBED permite ao associado assistir as
aulas em tempo real e fazer perguntas aos palestrantes, responder enquetes e participar de votações eletrônicas. Tratase de um modelo virtual de educação continuada voltado aos
especialistas e associados à entidade.
Como funciona?
Toda primeira quinta-feira do mês um novo módulo é apresentado. O usuário é notificado sobre a temática do novo programa. Cada módulo fica disponível por três meses a partir da
data de sua transmissão. Para participar basta estar quites com
a instituição, preencher a ficha de inscrição e possuir conexão
com a Internet. A Rede SOBED tem mais de 650 cadastrados em seus diversos programas em mais de 240 cidades do
Brasil. Os inscritos que assistirem às aulas recebem pontos
no programa de creditação da Associação Médica Brasileira
(AMB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). Novos
cadastros são aceitos até 15h00 do dia da exibição inicial da
aula. Após o horário, as senhas serão enviadas para acesso à
aula via sistema on demand.
Cadastramento
Faça seu cadastro por meio do site www.sobed.org.br e receba
sua senha eletrônica de acesso. Estão disponíveis na rede virtual programas de educação continuada ministrados em 2009
(os novos usuários cadastrados ainda podem acessá-los). Não
perca essa chance de investir na sua atualização e aperfeiçoamento profissional com o apoio da SOBED. Os usuários cadastrados podem acessar a Rede SOBED pelo site da instituição. A Rede SOBED 2010 está disponível desde fevereiro.
12
Por dentro da Sobed
Sobed em casa
O
programa SOBED em Casa permite aos
associados e não-associados assistirem
às principais apresentações do XXXV
Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva
(CBED) realizado em Salvador, entre os dias 24 a
28 de outubro de 2009. Para ter acesso ao SOBED
em Casa é necessário preencher o formulário de
inscrição disponível na seção “Espaço Científico”
no site da SOBED. Após a confirmação do pagamento da taxa de adesão, o login e senha eletrônica
de acesso são encaminhados ao e-mail cadastrado
pelo usuário.
Uma nova aula é publicada a cada mês no SOBED
em Casa. O usuário recebe uma notificação quando um novo módulo estiver disponível e pode
acessá-lo em qualquer hora e local. Para assistir basta acessar o site da SOBED, entrar na seção SOBED
em Casa e clicar sobre o link correspondente à aula.
Cada usuário terá seis meses para assistir à apresentação de cada módulo, contados a partir da data de
sua publicação e um limite máximo de tempo de
três vezes em relação à duração de cada módulo.
Após estes prazos (o que ocorrer primeiro) a senha
irá expirar. A adesão ao SOBED em Casa também
possibilita o acúmulo de 10 pontos para a revalidação do título pelo programa de creditação da
CNA/AMB (Comissão Nacional de Acreditação
da Associação Médica Brasileira).
Se você não é associado da SOBED aproveite
esta oportunidade para se filiar e fazer a adesão
ao SOBED em Casa pelo preço de associado.
Associado
Não-associado
Até 31/01
Após 01/02
Até 31/01
Após 01/02
R$ 155,00
R$ 205,00
R$ 455,00
R$ 505,00
Programa:
- Rastreamento do Carcinoma Colorretal
- ESD - Dissecção Dendoscópica da Submucosa: Como Eu Faço
- Hemorragia Digestiva Baixa
- Lesões Benignas das Vias Biliares
- Neoplasia Precoce do Esôfago
- Obesidade Mórbida
- Hemorragia Digestiva Alta Não Varicosa
- Hemorragia Digestiva de Etiologia Obscura
(Hemorragia Média)
- Transição Esofagogástrica:Cardites
- Colangiopancreatografia Endoscópica Terapêutica de Urgência: Quando Intervir e Tipo
de Abordagem
- Guidelines para EMR (Ressecção Endoscópica da Mucosa) e para ESD (Dissecção
Endoscópica da Submucosa)
- Lesões Subepitelais do Trato Digestório
- Displasia no Esôfago de Barrett
Obs. Não serão disponibilizadas as palestras
em que os médicos não concordarem em
ceder os direitos de imagem ou os slides.
13
Acontece
Boletim da Comissão
Nacional de Acreditação (CNA)
Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFN)
determinou que os títulos de especialista emitidos a partir
de janeiro de 2006 têm validade de cinco anos. É necessária
sua revalidação por meio de atividades acadêmicas de
atualização e reciclagem, como participação em congressos,
cursos presenciais e à distância, trabalhos científicos,
publicações, etc.
Os especialistas devem se cadastrar no site www.cna-cap.
org.br e acumular 100 pontos em cinco anos, sendo que há
um limite máximo de 40 pontos por ano. As atividades que
concentram o maior número de pontos são os congressos
nacionais da especialidade, seguidos pelos congressos
estaduais e cursos credenciados junto a CNA (quadro 1=
tabela da pontuação).
Os coordenadores de cursos cadastram no mesmo site
(www.cna-cap.org.br) seus eventos, e estes são pontuados de
acordo com a carga horária, recebendo 0,5 ponto por hora,
com limite máximo de 10 pontos por curso.
Conclamamos todos os especialistas da SOBED a cadastrar
o maior número possível de cursos junto à CNA em todas
as regiões do País, uma vez que há um número mínimo de
pontos que a SOBED tem que oferecer, por região, tanto de
cursos presenciais quanto à distância.
Fica o importante ALERTA aos especialistas que
conquistaram o título em 2006: eles terão que acumular os
100 pontos até 2011 e, portanto, não devem deixar para a
última hora, devido ao limite máximo de 40 pontos por ano.
A profusão de vários cursos em todo o território nacional
contribuirá para a consolidação da SOBED enquanto
especialidade médica fortemente inserida na medicina
interna e cirurgia.
Para saber a sua pontuação, faça o seu cadastro na CNA.
Renato Baracat
14
Eventos
Atividades
Pontos
Congresso Nacional
da Especialidade
20
Congresso da Especialidade
no Exterior
5
Congresso/Jornada Regional
Estadual da Especialidade
15
Congresso Relacionado à
Especialidade com apoio
da Sociedade Nacional da
Especialidade
10
Outras Jornadas, Cursos
e Simpósios
0,5 ponto/hora
(mín. 2hs/máx. 10hs.)
Programa de Educação à
Distância por Ciclo
0,5 ponto/hora
(mín. 1h/máx. 10hs.)
Atividades Científicas
Atividades
Pontos
Artigo Publicado em
Revista Médica
5
Capítulo em Livro Nacional
ou Internacional
5
Edição Completa de Livro
Nacional ou Internacional
10
Conferência em Evento
Nacional apoiado pela Sociedade
de Especialidade
5
Conferência em Evento
Internacional
5
Conferência em Evento Regional
ou Estadual
2
Apresentação de Tema Livre ou
Pôster em Congresso, ou Jornada
da Especialidade
2
(máx. 10)
Atividades Acadêmicas
Atividades
Pontos
Participação em Banca Examinadora
(Mestrado, Doutorado, Livre
Docência, Concurso, etc.)
5
Mestrado na Especialidade
15
Doutorado ou Livre Docência
na Especialidade
20
Coordenação de Programa de
Residência Médica
5 por ano
Por dentro da Sobed
Nota de falecimento
José Martins Job, catedrático em clínica
médica da Faculdade de Medicina de
Porto Alegre, que morreu no dia 2 de
julho de 2010, foi o primeiro presidente da
SOBED. Um dos marcos de sua trajetória
foi perceber que a endoscopia digestiva
estava prestes a ganhar projeção, com
base em tecnologia emergente, de enorme
potencialidade. Ao investir nos degraus da
vida acadêmica, procurou formação sólida
em gastroenterologia, ao lado de Henry
Bockus, fundador da especialidade. Desde
cedo, encantou-se com os procedimentos
endoscópicos, usando instrumentos
rígidos e semirrígidos. O pioneirismo
ficou marcado quando em 1966 foi ao
Japão e trouxe os primeiros endoscópios
flexíveis para o Brasil.
O ensino da Gastroenterologia e
da Endoscopia Digestiva tornou-se
constante em sua vida, cuidando da
formação de especialistas na Enfermaria
27ª da Santa Casa de Misericórdia, na
FUGAST e no Hospital de Clínicas de
Porto Alegre. Procurou sempre se cercar
dos mais destacados endoscopistas do
mundo ao dar início aos Seminários de
Endoscopia Digestiva, e de todos teve justo
reconhecimento. Seu espírito agregador
tornou-se evidente quando liderou seleto
grupo de endoscopistas para a fundação da
SOBED e, logo adiante, envolveu-se com
ardor na formação da SIED e da OMED.
Numerosos discípulos tiveram o prof.
Job como orientador. Neste momento
de pesar, todos se unem à comunidade
dos endoscopistas, que o reverenciam em
homenagem legítima ao grande mestre que
honrou a medicina brasileira.
SOBED - Diretoria Executiva
2008-2010
DNA
O presidente
dos 35 anos
Com o fim de sua gestão, Carlos Alberto Cappellanes relembra seus primeiros
passos rumo à presidência da SOBED e aponta medidas políticas que podem
mudar a realidade médica no Brasil
Amanda Campos
Colaborou Fábio Berklian
Carlos Alberto Cappellanes,
presidente da SOBED
16
No intervalo entre uma reunião e outra, o
presidente da SOBED, Dr. Carlos Alberto
Cappellanes, recebeu a nossa equipe. Em
meio às perguntas, o relógio do médico foi
colocado sobre a mesa. “Vou entrar em uma
outra reunião daqui a pouco”, justificou. Administrar o tempo tornou-se uma constante
na vida do especialista. E não é por acaso.
Além dos assuntos da SOBED, o médico
atua nos hospitais Sírio Libanês (HSL) e
Santa Catarina (HSC), ambos em São Paulo (SP), e ainda leciona na Universidade de
Taubaté (UNITAU), onde se formou.
Desde 2008, quando iniciou sua gestão, Cappellanes definiu suas prioridades à frente
da diretoria e concretizou, ao longo de três
anos, vários desafios. Entre eles, a realização
de encontros científicos fora do eixo Rio-SP
e da Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), em parceria com a Federação
Brasileira de Gastroenterologia (FBG), um
marco na especialidade. “É um processo que
vinha sendo discutido há anos e só agora foi
concretizado”, afirma.
Consolidar esses objetivos é, de acordo com
o especialista, a finalização de um processo que começou em 1988, quando entrou
para a SOBED no cargo de secretário geral.
“Nunca sonhei em estar na diretoria da SOBED, quanto mais ser presidente. Vejo o cargo como um amadurecimento”, define.
Se o ingresso na entidade não era um dos ideais de Cappellanes, a ideia de entrar no curso
médico sempre foi seu objetivo. Para atingir
a meta, o especialista começou a trabalhar
cedo, aos 14 anos, complementando a renda
dos pais, o motorista de caminhão Antônio
Cappellanes Filho e a dona-de-casa Lydia
Cappellanes. “Comecei como office boy, depois fui auxiliar de departamento pessoal
e, depois, de estatística. Só parei para fazer
cursinho”, lembra.
Ao ingressar na UNITAU, o especialista
teve apoio financeiro da família, que ainda
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
morava em São Caetano do Sul, sua cidade
natal, para arcar com os gastos da faculdade.
Hoje, Cappellanes acredita que tanto esforço
foi válido. “Ser medico é meio mágico. É ótimo você conseguir diminuir o sofrimento das
pessoas”, explica. Nesta entrevista, ele lembra
seus passos rumo à presidência da SOBED,
analisa a situação da medicina como profissão no Brasil, e destaca a evolução da entidade no cenário nacional. “A SOBED está mais
robusta politicamente.”
e tive a oportunidade de fazer o primeiro
levantamento dos exames endoscópicos
da Faculdade de Medicina de Taubaté, em
1974. Nessa época, eu vinha a São Paulo
assistir a esse tipo de exames com o Dr.
José Meireles Filho. E me entusiasmei com
o procedimento. Em 1979, o professor
Kiyoshi Hashiba me aceitou como estagiário em endoscopia no Hospital Sta. Catarina. Trabalho com o Dr. Hashiba desde
essa época.
Como é ser presidente de uma entidade
que, no momento, completa 35 anos de
história?
Olha, esse é o resultado de um longo trabalho que foi feito. Meu sonho sempre foi ser
um bom profissional. Presidir não era um
objetivo de vida, mas achava que poderia
ser presidente porque trabalhava muito
aqui. Comecei a trabalhar na gestão do Dr.
Kiyoshi Hashiba, em 1988. Já fui diretor
de sede, secretario geral e responsável pela
prova de título de especialista duas vezes.
A oportunidade de ser presidente amadureceu com o tempo, me candidatei na hora
certa e fui eleito. Foi uma evolução natural.
Estava pronto quando fui eleito e já estou
absolutamente preparado para sair.
Um dos objetivos da gestão desta diretoria era estimular a atualização científica, difundindo a especialidade pelo
Brasil. Quais evoluções o senhor observa nesse sentido?
Descentralizamos um pouco os encontros
e eventos científicos que eram sempre realizados nos grandes centros. Fizemos um
simpósio em Fortaleza, algumas oficinas
também fora de São Paulo, no interior,
mas sempre lutamos com o problema logístico e financeiro. Nós não conseguimos
fazer mais por conta desses problemas.
Como a endoscopia digestiva surgiu em
sua vida?
Decidi me tornar endoscopista quando
era residente em cirurgia, com o professor
Manlio Speranzini. A especialidade tinha
se iniciado havia pouco tempo no Brasil,
Alguns especialistas brasileiros acreditam que estamos equiparados ao Japão
em termos técnicos. O senhor concorda?
Absolutamente. Nosso conhecimento científico não deixa nada a desejar a
qualquer outro do mundo. A habilidade
profissional também não. Mas em termos
tecnológicos, é um problema, porque importamos quase todos os equipamentos
e é tudo muito caro. Já começamos com
um pequeno atraso em relação aos centros
onde esses equipamentos são produzidos.
Então podemos dizer que faltam recursos das entidades de especialidade para
obter materiais de ponta no País?
Isso não depende da Sociedade, mas do
sistema público de saúde. O Japão, por
exemplo, tem um sistema de rastreamento de câncer de estômago e cólon muito
eficiente, coisa que não temos no Brasil.
E quem propicia isso não é a sociedade
de endoscopia japonesa, mas o sistema de
saúde. Lá, o câncer precoce pode ser tratado por endoscopia. A ESD (Dissecção Endoscópica Submucosa) [nova técnica que
aumenta o espectro terapêutico em lesões
malignas no estágio inicial]. Diferentemente do Brasil, onde o câncer é detectado em estágio avançado, e basicamente
tratado cirurgicamente, quando possível.
Hoje, qual é o papel da SOBED na vida
de seus Associados?
A Sociedade de Endoscopia está mudando.
Cientificamente, a SOBED é muito bem
resolvida. Grande número de especialistas
faz trabalho científico, a maioria é titulada
e realizamos a prova de título com frequência. Agora, na área política, aí é um problema para todas as entidades. Estamos juntos
à Associação Médica Brasileira (AMB) e
ao Conselho Federal de Medicina (CFM)
lutando para melhorar a remuneração e as
condições de trabalho dos médicos. A área
política é a maior dificuldade porque quase
17
DNA
“Ser medico é
meio mágico para
mim. É ótimo
você conseguir
ajudar as pessoas,
conseguir diminuir
o sofrimento delas”
nada anda. Os mesmos problemas que eu
discutia há 32 anos, quando ainda era residente, me vejo discutindo hoje de novo. Às
vezes é frustrante.
É esse empenho político o principal legado que o senhor deixa para a próxima
gestão?
O fato de a SOBED ter ganhado força
política frente às nossas entidades representativas, é o principal legado que esta
diretoria vai deixar. As entidades sabem
que a gente existe e que somos sérios. Não
que eles não soubessem disso antes, mas
esta diretoria propôs um trabalho voltado
ao fortalecimento político. Além de ter
alcançado esse tom administrativo, a SOBED está mais robusta.
Falta união da classe médica para melhorar a articulação política da categoria?
18
Somos a maior bancada no Congresso
Nacional e, por exemplo, a aprovação da
lei do Ato Médico está sendo um “parto”.
A Emenda 29 tramita e patina há quanto
tempo?
A nossa tabela, por exemplo, apesar de valores que julgamos vis é considerada cartel
e as seguradoras não a respeitam, algumas
tendo suas próprias que aí não são carteis.
É conhecida a falta de união da classe médica. Isso não decorre da insensibilidade desse profissional a respeito dos seus
problemas. O que ocorre é que o médico,
para manter um padrão de vida “aceitável” é obrigado a ampliar seu horário de
trabalho, dando plantões, aumentando o
número de consultas etc. Isso faz com que
ele fique exaurido e o pouco tempo que
tem, ao invés de participar de reuniões
para discussão de seus problemas, prefira
estar com a família, estudar ou dedicar-se
a alguma forma de lazer.
O que as sociedades de especialidades têm
que objetivar então, é uma “visão macro”,
não querendo resolver situações aqui e ali.
A sociedade deve estar junto aos órgãos representativos da categoria médica (AMB,
CFM, FENAM) e aí, sim, todos juntos,
pressionarmos para que ocorram as mudanças desejadas.
É a primeira vez que a SOBED trabalha
junto à Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) na realização da
SBAD. Por que optaram pela organização conjunta do encontro?
Esse era um processo que vinha sendo dis-
cutido durante anos. Nós tínhamos nosso
evento bianual, o Congresso Brasileiro de
Endoscopia Digestiva, assim como a FBG
tinha o seu. Havia o desejo que fosse feita a
SBAD todo ano, como acontece nos EUA.
Então, para que acontecesse essa unificação, houve uma longa discussão e, quando
resolvidas todas as pendências, esta diretoria decidiu que faríamos a Semana do Aparelho Digestivo todos os anos juntos. Nela,
as especialidades estão unidas, fazendo as
reciclagens anualmente.
O que é ser médico para o senhor?
É ótimo você conseguir ajudar as pessoas,
conseguir diminuir o sofrimento delas,
melhorar sua qualidade de vida, dar uma
palavra de conforto para um doente. Eu
não conseguiria fazer outra coisa. Mas acho
que o médico é tão necessário à sociedade
quanto qualquer outro profissional.
O senhor acredita que toda essa dedicação à medicina atrapalhou sua vida
familiar?
Não acho que a felicidade na vida familiar
passe pela sua felicidade em seu trabalho.
Certamente se você exerce uma atividade
profissional que não lhe dá prazer ocorrerão duas coisas: a primeira é que você vai
ser um mau profissional. Certamente também essa frustração será descarregada no
seu ambiente familiar. Com certeza gostaria de ter tido e ter maior contato com minha família. Também trabalho muito para
“sobreviver”. Sou exatamente igual à maior
parte dos médicos que atuam no Brasil.
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
19
Capa
20
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
Capítulos bem
escritos
21
Capa
Três ex-presidentes consecutivos contam
desafios e realizações à frente da SOBED,
desde o turbulento período político no início
dos anos 1980 até o final desta década
Thiago Bento e Rodrigo Moraes
22
O
quinto presidente
da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), Fernando
Cordeiro, assumiu o cargo em 1984,
período em que o País estava mergulhado em conturbada crise política,
econômica e social. Eram tempos das
“Diretas Já”, quando o Brasil passava
por um processo de redemocratização.
“Foi realmente uma fase de júbilo para
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
Abertura do Congresso Mundial de Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva, realizado pela SOBED na cidade de São Paulo (SP), em 1986
todos os segmentos da sociedade”, celebra o endoscopista de Pernambuco.
Para Cordeiro, a área da saúde não poderia estar isolada deste contexto. “Entendemos que nenhuma entidade pode
ter finalidade exclusivamente científica
ou cultural. Todos têm obrigação de
exercer atividade política, no sentido
mais amplo da palavra, sem abandonar
as finalidades específicas”.
Dessa maneira, a SOBED participou de diversas lutas dos órgãos
de classe, liderados pela Associação
Médica Brasileira (AMB) e Conselho
Federal de Medicina (CFM). A Sociedade também participou da ação para
implantar nacionalmente a tabela da
AMB para todos os convênios médicos. Batalha, aliás, que segue ainda
hoje. Dentre as ações da SOBED de
1984 a 1986, Cordeiro destaca o VII
Seminário Brasileiro de Endoscopia
Digestiva, em 1985, na cidade de Guarapari (ES); a fundação do capítulo da
Paraíba, e de representações da Sociedade no Maranhão, Mato Grosso do
Sul, Pará, Piauí e Sergipe.
Além da criação do Programa Nacional de Atualização, que oferecia
cursos, jornadas e simpósios, em parceria com a Federação Brasileira de
Gastroenterologia (FBG). Dos dias 7
a 12 de setembro de 1986, a SOBED
promoveu, em São Paulo (SP), o 6º
Congresso Mundial de Endoscopia
Digestiva, e o 8º Congresso Mundial
23
Capa
Formação
O ano de 1983 trouxe grandes mudanças
no cenário e melhorias para a endoscopia
digestiva brasileira. Confira a seguir alguns
dos momentos mais importantes:
A SOBED filiou-se à Associação Médica
Brasileira (AMB) e houve a confirmação da
endoscopia digestiva como especialidade.
Na época, o presidente da AMB era o gastroenterologista Mário Barreto Corrêa Lima.
Primeira prova para obtenção do título
de especialista em endoscopia, reconhecido pela AMB. A Comissão que aprovou os
candidatos era presidida por José de Paula
Lopes Pontes, e integrada por Ismael Maguilnik, Kiyoshi Hashiba e Glaciomar Machado.
Foi divulgada a primeira lista dos especialistas em endoscopia digestiva para
todos os hospitais brasileiros e para todos
os planos de saúde então existentes, com
o objetivo de que fossem credenciados
apenas aqueles que possuíssem o titulo de
especialista.
de Gastroenterologia. Foi durante
este último que o paranaense Olival
Ronald Leitão assumiu o cargo de
presidente. Seu vice era o especialista mineiro Celso Afonso de Oliveira.
Segundo Ronald Leitão, a entidade
ainda era jovem, com muitos projetos
a serem concretizados.
O plano inicial da gestão era desenvolver um programa de reciclagem em
endoscopia digestiva em diversos estados, projeto iniciado em Natal (RN).
“Os moldes dos cursos eram clássicos.
Professores convidados abordavam
temas em voga no período, nos velhos
slides”, lembra o ex-presidente. Durante os dois anos sob a gestão do endoscopista, houve oitos cursos em diferentes regiões do Brasil. E a SOBED
continuou com as provas de título de
especialista, coordenadas por Giovani
Benvenuti, de Porto Alegre (RS).
Representatividade
No outro extremo do Brasil, em Belém (PA), a Sociedade esteve presente
na Jornada Norte de Gastro e Endoscopia. No segundo ano do mandato de
Leitão, 1987, foi organizado o Seminário Brasileiro de Endoscopia Digestiva, em Salvador (BA), presidido pelo
baiano Igelmar Barreto Paes. Aquela
foi a primeira vez que o belga Michael
Kremer esteve com os especialistas
brasileiros, estabelecendo vínculos e
permitindo que muitos fossem visitar
o serviço de endoscopia comandado
por ele na cidade de Bruxelas. A partir
dessa ocasião, Kremer passou a ser figura de destaque e presença frequente
nos diversos encontros da SOBED.
Outros presentes na ocasião foram
os franceses Thierry Pouchon e René
Lambert (destaque da edição de número sete da Revista SOBED), atuais
Criada a primeira tabela de honorários
para os procedimentos endoscópicos. Com
a ajuda do Professor de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Alberto Nunes Cosenza e sua equipe, e
de Dirceu Machado, que analisaram os custos dos equipamentos e sua manutenção.
Primeiro livro da SOBED: foi publicada
a edição inaugural do livro de Endoscopia
Digestiva da SOBED, idealizado por José
Meirelles. Manteve-se a mesma comissão
editorial, composta por Fernando Cordeiro,
Schlioma Zaterka e Luiz Leite Luna.
Os 25 anos da SOBED, celebrados durante encontro em Salvador (BA)
24
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
Diretoria e alguns dos fundadores da SOBED, na II Semana Brasileira do Aparelho Digestivo, em Goiania (GO)
convidados de prestígio em eventos
da sociedade. De acordo com Olival
Ronald Leitão, entretanto, o hábito
de trazer especialistas internacionais
começou simultaneamente à criação
da SOBED, em 1975, no encontro de
Endoscopia em Curitiba (PR), quando o profissional alemão Dr. Koch demonstrou, pela primeira vez, a papilotomia endoscópica. Do encontro de
Curitiba participaram o novaiorquino
Gerome D. Waye, então presidente da
Sociedade Americana de Endoscopia
Gastrointestinal (American Society for
Gastrointestinal Endoscopy) e do Colégio Americano de Gastroentereologia
(American College of Gastroenterolo-
gy), e o japonês Dr. Kazuo Hara.
O ex-presidente Ronald Leitão lembra que um dos principais desafios da
sociedade era a formação de capítulos
nos Estados brasileiros. “Algo realizado de maneira progressiva”. E comenta a fundação da unidade paranaense,
da qual foi presidente, estabelecida
“graças aos trabalhos de endoscopistas como Luiz Felipe de Paula Soares,
Luiz Renato Teixeira de Freitas, Julio
Cezar Pisani e muitos outros”.
A experiência para presidir ambas as
instituições foi acumulada como vicepresidente durante as cinco gestões anteriores da SOBED. Participante ativo
das diversas comissões da Sociedade
Brasileira de Endoscopia Digestiva, atualmente, quando participa dos encontros, percebe a importância científica e
de prestação de distintos serviços aos
sócios. “Deve-se a uma corrente dedicada ao engrandecimento da SOBED.
Tenho orgulho de ter sido um elo”.
Crescimento
O Congresso Mundial de Gastroenterologia possibilitou o estudo da
compra de uma sede, para a SOBED
nacional, na cidade de São Paulo. “Tivemos a sorte de receber uma verba
significativa”, lembra Leitão. A aquisição aconteceu em 1988, na gestão de
Kiyoshi Hashiba, hoje professor titu-
25
Capa
lar do Hospital Sírio Libanês, catedrático da Faculdade de São Paulo e da
Universidade Federal de Uberlândia.
Até aquela época a sede era itinerante, sempre na região onde morava o
presidente em exercício. “Era difícil
ter uma estrutura permanente e bem
constituída”, comenta Hashiba.
Reformar a tabela de honorários
de endoscopistas também figurava
entre as iniciativas assumidas. De
acordo com a tabela de remuneração
da AMB na época, não se pagava pelo
custo operacional. Acrescenta Hashiba: “Com a ajuda de Vera Mello, Artur
Parada, Eduardo Greco e outros, fezse um estudo de custos mínimos para
a realização da endoscopia digestiva”.
A nova tabela foi aprovada pela
AMB, em 1990, como forma de remu-
Na linha
do tempo
P
SOBED conduz ações de
valorização histórica e profissional
da endoscopia, por ocasião do
35º aniversário da Sociedade
Amanda Campos e Marina Panham
26
or dois motivos, o dia 25
de julho é data comemorativa para endoscopistas
do aparelho digestivo 35º
aniversário da Sociedade
Brasileira de Endoscopia Digestiva
(SOBED) e Dia do Endoscopista.
Para promover um resgate histórico
dos 35 anos de existência da entidade,
com ações de valorização aos endoscopistas brasileiros, a SOBED lançou,
em seu site, na mesma data festiva, a
seção “História SOBED”, novo canal
de comunicação que estimula a interação entre a Sociedade e especialistas.
A linha do tempo permite que o
endoscopista ajude a contar a história da entidade por meio de postagens. O usuário não precisa possuir
login, basta preencher o campo da
mensagem com nome, e-mail e data.
A seção será dividida por categorias
(biênio) e subcategorias (meses). E
as postagens serão incluídas nas datas correspondentes (ano e mês). Se
aprovado, o texto sobre a entidade
neração mínima, e passou a ser base
para a Associação. Os valores, entretanto, foram reformados posteriormente,
considerados não condizentes com a
atividade. “Mesmo assim, a reforma foi
um marco no pagamento dos endoscopistas”, exalta o ex-presidente, ao lembrar o reconhecimento dado à SOBED
em função dessa conquista.
Por causa da proposta de atender
será anexado na linha do tempo 24
horas após o envio.
Outra ação em favor da categoria é
o vídeo institucional em comemoração
aos 35 anos da SOBED. As 24 unidades estaduais da entidade, nas cinco regiões do Brasil, serão retratadas no curta-metragem, para que os especialistas
conheçam um pouco mais da entidade
que existe por trás de congressos, centros de treinamento e atividades científicas, realizadas anualmente.
Com aproximadamente cinco minutos de duração, o vídeo aborda o
trabalho de capacitação e promoção
à endoscopia digestiva brasileira no
site da SOBED, ou por meio da SOBED Digital, que oferece aos especialistas da categoria os principais
encontros da entidade em DVD ou
CD. Como parte da comemoração,
a revista SOBED – entregue bimestralmente aos associados – vem abordando, em uma série de reportagens
comemorativas, os primeiros passos
da entidade rumo ao seu desenvolvimento. Na primeira edição que
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
às necessidades de relacionamento
entre os endoscopistas digestivos
fora dos encontros societários, foi
criado o primeiro jornal oficial da
SOBED. Além disso, a Sociedade
forneceu material didático e coleções de slides foram adquiridas pelos associados, independentemente
de sua qualificação. E, como é normal em um desafio do porte de uma
sociedade nacional, infelizmente
nem todas as iniciativas foram bemsucedidas. Fracassaram as tentativas
de criar um consórcio e seguro de
aparelhos, e desenvolver linha direta de diálogo com endoscopistas
de destaque. Na interpretação de
Hashiba, o meio não estava maduro
para concretizar tais ideias.
A nova tabela foi
aprovada pela AMB,
em 1990, como forma
de remuneração
mínima, e passou a ser
base para a Associação
publicou a reportagem especial, a de
abril/junho, os ex-presidentes falaram sobre o início dessa história.
Também integram as ações de valorização da categoria o Blog do Dia
do Endoscopista – diadoendoscopista.com.br -, que oferece informa-
ções sobre concursos, eventos, promoções e outros acontecimentos, e
a Revista SOBED On-line, lançada
em agosto no portal da Sociedade.
De acordo com o presidente da entidade, Carlos Alberto Cappellanes,
as ações demonstram que “a SOBED
está acompanhando as inovações que
acontecem em todas as sociedades de
especialidade do País”. Acesse o portal
e confira as novidades.
Site:
www.sobed.org.br
27
Capa
28
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
29
Esportes
Assim corre
a humanidade
30
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
Uma das maneiras
mais saudáveis de manter
o corpo em forma, as
corridas de rua ganham
espaço e são cada vez
mais frequentes no País
Rodrigo Moraes
D
omingo, 6h20 (da
manhã!). Toca o despertador e fica aquela sensação estranha
de estar perdendo a
hora para o trabalho. Retomada a consciência, logo o susto é substituído por
uma pergunta que fica alguns segundos
martelando a cabeça: “Por que resolvi
me enfiar nessa história?”. Enfim, a inscrição já foi feita, o sono “perdido”, e o
objetivo de completar uma corrida de
rua de 10 km continua a me desafiar.
Apesar de ser dia típico de verão,
o tempo ainda está um tanto fresco. A
competição começará às 8h, e, portanto, é preciso chegar ao local da largada
com pelo menos uma hora de antecedência, para retirar o kit da corrida, que
inclui camiseta da prova, número de
peito, chip para registrar o tempo e um
número para utilizar o guarda-volumes.
E alguns minutos para o aquecimento...
Ok, kit retirado, é hora de procurar um
lugar para a largada. Existem ‘pelotões’ de
acordo com a média de tempo que se faz
por quilômetro. Assim, o corredor inicia a prova, teoricamente, no grupo que
mantém o mesmo ritmo de corrida. Isso
diminui os riscos de ser “atropelado” por
algum supercorredor, ou se ver diante de
alguém em “marcha lenta” à sua frente.
O ambiente que se instala em volta de
eventos de lazer, ou esportivos, como a
prova de rua, é repleto de sentimentos.
Um misto de adrenalina, ansiedade, tensão, o que esperar daquele momento em
diante. O clima de satisfação predomina.
É justamente esse misto de sensações que
envolvem uma corrida desse tipo o mais
inspirador para qualquer interessado –
ou não – em tomar parte na disputa.
A prova ainda não começou. O percurso de 10km sai da Praça Charles Miller (em frente ao Estádio do Pacaembu,
na cidade de São Paulo), e passa por um
longo trecho do Elevado Costa e Silva
(o ‘Minhocão’), que corta boa parte do
centro da cidade e liga as regiões leste e
oeste. Em seguida, os participantes retornam pela mesma avenida até chegar
novamente em frente ao Estádio.
A largada
Depois de achar o meu espaço e fazer todo o processo de aquecimento, a
organização da prova dá início à contagem regressiva para a largada. Para isso,
lança mão de uma música recorrente
em eventos esportivos. A clássica música de formaturas e festas ‘We are the
champions’, da banda inglesa Queen.
Todos partem. No início fica um
pouco difícil manter um ritmo e encontrar espaço para correr tranquilamente, em função do grande número
de participantes. Passado o primeiro quilômetro de prova, os atletas se
“dispersam” e a fluidez melhora.
O percurso
Instintivamente, um dos aspectos
mais interessantes de correr é observar
a diversidade de perfis dos participantes
da prova. São jovens, adultos, senhores
e senhoras, com disposição e fôlego
para dar inveja a muito ‘atleta de fim de
semana’, que se considera “o” esportista,
enquanto, na verdade, apenas agride o
organismo, sem preparo algum.
Outro aspecto curioso é a referência de trânsito que a metrópole
paulistana nos traz. Por isso, foi particularmente curioso atingir velocidade maior correndo entre ruas que
habitualmente são exemplo de caos
(como o próprio Elevado Costa e Silva), do que se estivesse acomodado à
frente do volante do meu carro.
Já havia me preparado para completar a primeira metade do percurso de
10km em 30 minutos. Ou seja, percorrer cada quilômetro em aproximada-
31
Esportes
mente 6 minutos. Apesar disso, uma
das dicas para quem estiver iniciando
as provas é não se preocupar com performance. Portanto, respeitar o ritmo
individual e ter como meta terminar a
prova é o melhor caminho.
Até o terceiro quilômetro, onde estava
instalada a primeira base de apoio, com
água para hidratar o corpo, notei que corria aquém do programado. Era hora de
apertar o passo e correr atrás do “prejuízo”. Claro, sem exageros. Passei o quinto quilômetro com 30m e 12s. Primeira
meta (quase) cumprida. Agora viria a segunda metade, e a consciência de que o
desgaste e o cansaço seriam maiores.
Metade da prova
carrega outras partes do corpo. Os braços são fundamentais para o equilíbrio
e não devem nem ficar largados e nem
espremidos contra o corpo.
Quanto à respiração, não há necessidade de seguir uma técnica específica. Tentar inspirar e expirar de forma ritmada, por exemplo, é um erro.
Seus pulmões exigirão naturalmente
a quantidade de oxigênio necessária. É preciso saber “ouvir” o próprio
corpo. Ficar ofegante demais significa que se ultrapassou o limite.
Chegando perto do fim do trajeto,
apesar de toda a preparação e cuidado de não extrapolar meus limites,
o fôlego já estava longe do ideal. E a
vontade de reduzir o ritmo era grande. A motivação vem do pessoal da
organização do evento, e mesmo de
outros participantes (principalmente
os de mais idade), que normalmente
incentivam a manter o ritmo.
Passada a metade da prova, era perceptível minha mudança de postura e
respiração. Minha e de boa parte das
pessoas que corriam ao meu lado. A
tendência natural de quem corre é ter
uma leve inclinação para frente durante o movimento de corrida. Maratonis- Sprint final
tas, por exemplo, inclinam cerca de 5º.
Faltando menos de 500 metros
O ideal, porém, é manter a postura o para o fim da prova, era possível ver
mais reta possível. A inclinação sobre- novamente a entrada da Praça Char-
Hidratação
Não espere sentir sede para beber água.
Quando a sede chega, é porque a pessoa já
está desidratada. Recomenda-se beber água a
cada três quilômetros. A taxa de perda de líquidos por meio do suor costuma ser de dois
a três litros por hora, mas pode variar de acor-
32
do com características individuais e condições
climáticas, por exemplo.
O estômago aceita de 200ml a 300ml de
líquido a cada 15 minutos. Tente beber essa
quantidade, porque se beber muito pouco, de
50ml em 50ml, por exemplo, o processo de esvaziamento do estômago se tornará mais lento,
dificultando a hidratação. Porém, a ingestão de
líquido não deve causar desconforto gástrico ou
aumentar a vontade de urinar durante a prova.
Para quem corre até uma hora e meia, a água
é suficiente para fazer a reidratação. A água de
coco também é bastante recomendada pelos
nutricionistas, por ser natural. Em percursos
que duram mais tempo, bebidas industrializadas, como os isotônicos, podem ser vantajosas,
por conterem sais minerais em maiores taxas de
concentração – especialmente o sódio, o mineral que mais se perde durante o exercício. As
bebidas isotônicas devem ter menos de 8% de
carboidratos, pois o estômago tem mais dificuldade de assimilar níveis superiores a esse.
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
les Miller. Um número crescente de
pessoas incentiva e tira fotos daqueles
que chegam. A 100 metros do fim, sob
uma salva de palmas de uma equipe de
corrida, vejo um senhor, aparentando
seus 80 anos, completar a prova.
Até que, ao som de ‘Chariots of Fire’,
trilha do filme Carruagens de Fogo
(1981), sempre lembrada pela relação
com os jogos olímpicos, chego ao fim
do percurso, com o tempo de 1 hora,
2 minutos e 43 segundos, e a sensação
indescritível de completar um desafio
pessoal, experiência para ser lembrada
sempre. As bolhas nos pés não me deixarão esquecer tudo o que aconteceu,
pelo menos durante uma semana.
Serviço
Confira sites especializados em corridas de rua, que trazem conteúdos como calendário
nacional de corridas, resultados, fotos on-line, dicas de treinamento e saúde:
http://www.cbat.org.br/corrida/
(Confederação Brasileira de Atletismo –
Corrida de Rua)
www.ativo.com
(Destinado aos esportistas, empresas que atuam
ou querem explorar o mercado esportivo, federações, associações e organizadores de eventos)
www.webrun.com.br
(Portal especializado em Corridas de Rua,
Triathlon, Saúde e Qualidade de vida)
www.corridasderua.com
(Portal dedicado a atender corredores
amadores e profissionais)
www.corpore.org.br
(Entidade que atua como núcleo de representatividade e porta voz do corredor na comunidade)
www.runnerbrasil.com.br
(Informações destinadas aos praticantes e
interessados em atletismo, especialmente os
corredores de rua).
Europa Médico Service
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TÉCNICA DE EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS MÉDICOS
EQUIPAMENTOS PARA ENDOSCÓPIA DIGESTIVA
O Vídeo-gastroscópio e o Vídeo-colonoscópio RMS se destacam pela manipulação simples, com anos de estudos e pesquisas, desenvolvendo assim, um
padrão de qualidade em tecnologia. O mais moderno sistema de Vídeoendoscopia digestiva, de fabricação genuinamente alemã - marca RMS. Os
Endoscópios RMS possuem focos de 4 a 200mm, um chip de 440.000 pixels
em memória, imagem 140º, com visualização ampla e completa na tela do
monitor. Com uma lâmpada Halógena ou Xenon especial.
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33
Site: www.mtwems.com.br - Email: [email protected]
Gastronomia
Cardápio
picante
Além de ser o condimento mais utilizado,
no mundo, para temperar pratos, a pimenta
provoca sensação de bem-estar, e se consumida
moderadamente faz bem à saúde
Marina Panham
34
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
A
s pimentas estão entre as primeiras plantas
cultivadas pelo homem,
pois evidências encontradas em sítios arqueológicos em diversas regiões exibem
vestígios de cultivo datando de 7.500
a.C., aproximadamente. Pesquisadores
afirmam que a integração da pimenta à culinária aconteceu por causa de
propriedades antibacterianas, que atuavam no organismo para combater doenças intestinais. Introduzida no Velho
Mundo pelos portugueses, a pimenta
originou-se como vegetal na América
do Sul, na floresta amazônica. Na África, desenvolveu-se bastante e, na Ásia,
foi muito bem apreciada como ingrediente da culinária. Passou a ser cultivada no mundo inteiro e a ter lugar em
culinárias diversas.
Moderadamente, a pimenta não provoca efeitos prejudiciais ao organismo.
Além do prazer provocado pela liberação de endorfina, tem efeitos tônicos e
antissépticos, estimula o sistema circulatório e digestivo, e aumenta a transpiração. Muitos se confundem achando
que as sementes da pimenta provocam
a ardência, mas a verdade é que o ardor
e o aroma são causados por substâncias
como piperina e capsaicina, encontradas na especiaria. Esses elementos são
considerados benéficos para o coração
e articulação sanguínea.
Fatores como estrutura genética,
condições climáticas, de crescimento
e idade da fruta, também influenciam
os níveis de ardência. Ao morder uma
pimenta, ela se rompe e libera as substâncias que estimulam receptores sensíveis na língua e na boca. O cérebro
associa o ardor à sensação de queimação, e faz com que os receptores produzam endorfina – analgésico natural que
provoca sensação de bem-estar.
No geral, se a finalidade é dar um
toque picante suave ao prato, deve-se
adicionar a pimenta inteira durante o
cozimento, e descartá-la antes de servir.
Para obter sabor mais ardente e picante, é preciso cortá-las ao meio e remover as sementes antes de adicioná-las
ao prato. Para um resultado ainda mais
forte, a pimenta deve ser picada com
polpa e sementes, para ser adicionada
em sua totalidade ao prato.
Pimenta cura
Desmistificando a “certeza” de que a pimenta provoca malefícios à saúde, pesquisas revelam que a especiaria tem grande
valor nutricional, e auxilia no tratamento
de diversas doenças, como câncer, reumatismo, pressão alta, enxaqueca, gripes,
catarata, doença de Alzheimer, infecções,
obesidade, diabetes e depressão.
fez isso por meio de uma tabela baseada
em quantas vezes uma pimenta moída
precisa ser diluída em água com açúcar
até perder a ardência no paladar. Quanto maior a ardência, maior a unidade. O
molho de pimenta Tabasco, por exemplo, chega a 800 unidades SHU, e a pimenta mais ardida do mundo, segundo
o Guiness Book, a californiana Red SaCiência
Segundo estudo realizado por pesqui- vina Habanero, atinge 580 mil.
sadores da Universidade de Washington, em Seattle (EUA), quanto maior o Difusão
risco de a espécie ser atacada por fungos,
Atualmente, existem 30 espécies de
maior a quantidade de capsaicina, que pimentas, mas apenas cinco são culfunciona como mecanismo de defesa, tivadas: Capsicum chinense, Capsicum
com a função de proteger a planta contra annuum, Capsicum baccatum, Capsicum
bactérias. Para medir o nível de pungên- frutescens e Capsicum pubescens. Cozinha
cia de cada pimenta, o farmacologista impossível de não ser associada à piamericano Wilbur Scoville inventou um menta é a afro-brasileira, que usa e abumedidor de nível de calor, denominado sa de temperos apimentados para dar
Scoville Heat Units (SHU).
mais sabor às receitas. O acarajé, iguaria
Scoville conseguiu identificar as popular da Bahia, é servido quente ou
variações correspondentes ao teor da frio, mas engana-se quem considera a
substância que cada espécie possui. Ele escolha relativa à temperatura. “Acarajé
35
Gastronomia
quente”, no caso, é servido com pimenta, e “acarajé frio”, sem.
O prato “quente” é carregado de pimenta malagueta, herança ardente dos
africanos e muito presente na culinária
baiana. Cominho, orégano, açafrão e
páprica são condimentos que proporcionam sabor especial às receitas. Os
japoneses, por sua vez, utilizam raiz
forte para a confecção dos pratos. Assim como a mostarda, a raiz forte possui a substância alil-isotiocianato. No
Peru, as pimentas são secas e processadas em pasta. E vários outros países,
como Índia, Coreia, Indonésia, Nepal,
Tailândia e Turquia, são adeptos de
molhos picantes com pimentas cruas,
cozidas, secas, em saladas, fritas e processadas de outras maneiras.
Adaptações culturais
Famosa por iguarias apimentadas,
como burritos, tacos e nachos, a culinária típica mexicana é adepta da pimenta na composição de seus pratos. Com
influências maias e astecas, essa cozinha
baseia-se principalmente no milho e feijão. Em seguida, legumes como abobrinha e chuchu, e as carnes, em especial
a de porco. Pimenta, páprica e cominho são as especiarias mais utilizadas
na confecção de pratos dessa nacionalidade, que une diversos sabores, cores
e texturas, e torna os pratos mexicanos
singulares. Tortillas são consumidas em
todas as refeições: café da manhã, almoço e jantar. Feitas de milho ou trigo, são
a base da alimentação por lá. “É o pão
mexicano”, diverte-se Arturo Herrera,
nascido no país da América do Norte e
chef do La Buena Onda.
La Buena Onda – que em espanhol significa “algo legal” – é o nome do fast-food
da capital paulista, que oferece culinária
mexicana e tex-mex. Segundo Herrera,
todas as receitas foram adaptadas ao paladar brasileiro, e a quantidade de condimentos para a confecção dos pratos mexicanos é menor. “Não dá para fazer uma
comida 100% mexicana, até porque é difícil encontrar ingredientes aqui”, explica.
Mas, ainda de acordo com o chef, existe
brasileiro que come pimenta como se
fosse mexicano. “São quase 20 vidros de
molho de pimenta no final de semana”.
Para os adeptos do condimento,
o La Buena Onda oferece quatro tipos de “salsas mexicanas”: Jalapeño,
Salsa Roja, Chipotle e Habanero.
Herrera informa que a pimenta mais
consumida pelos frequentadores do
fast-food é a Jalapeño. “Acredito que essa
seja a mais consumida no México também”. O famoso burrito é o prato mais
apreciado no restaurante, responsável
por aproximadamente 60% do consumo. Segundo o chef, a preferência acontece por causa da variedade de recheios,
e o cliente ainda monta seu próprio burrito, com os ingredientes que preferir. O
segundo mais pedido é o taco, e as que-
Nacho chili com queso,
do La Buena Onda
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
sadillas ficam em terceiro lugar.
Mesclada com ingredientes dos Estados Unidos, como queijo cheddar,
a cozinha tex-mex baseia-se na fusão
das culturas texana e mexicana, pelo
fato de o Texas (EUA) ter sido território mexicano no passado. A cozinha
caracteriza-se por pratos mexicanos
incorporados e adaptados aos hábitos
norte-americanos. O chili com queso
não pertence à tradição mexicana e,
portanto, não é encontrado no México, apenas nos Estados Unidos.
A rede Taco Bell, ícone fast-food da
culinária tex-mex, está presente em
todo o interior dos Estados Unidos. O
nacho, um dos aperitivos mais famosos
do estado texano, foi
inventado na cidade
de Piedras Negras
(México), por um
cozinheiro do Clube Victoria chamado
Ignácio Avala (conhecido como Don
Nacho). A partir de
1995 foi criado um
festival anual na cidade, para homenagear a grande invenção culinária.
Hobby
Rock
visceral
Endoscopista encontra
na música complemento
à rotina de médico, com
banda reconhecida no
cenário recifense
Rodrigo Moraes
38
““E
u sei, é apenas rock
’n’roll, mas eu gosto!”.
A célebre frase foi
eternizada como ideal
dos roqueiros, na música da banda inglesa The Rolling Stones,
gravada em 1973, sob o título It´s Only
Rock´n´Roll (But I Like It). Passadas
mais de três décadas, ela continua inspirando pessoas a fazer música e divertir,
a si e aos outros, com letras trabalhadas e acordes das guitarras em alto e
bom som. O endoscopista Eduardo
Carvalho Gonçalves de Azevedo, de
Recife (PE), é um desses amantes do
rock. Ele há cinco anos é guitarrista
da banda Dick e os Vigaristas, que faz da
noite recifense o seu reduto musical.
“A banda existe há sete anos, composta por amigos, e tem como objetivo
principal o lazer, o puro divertimento,
o encontro entre as nossas famílias e
amigos”. O grupo musical faz covers dos
anos 80. “Gravamos um DVD apenas
para registro, com a tiragem ‘gigante’
de 100 cópias que, para nosso espanto,
foram vendidas logo”. A banda é fiel ao
rock brasileiro dos anos 1980, porque
os integrantes vivenciaram essa “época
áurea”, com acontecimentos marcantes,
como o primeiro “Rock in Rio”.
A influência está, inclusive, no nome
Dick e os Vigaristas, referência a um famoso personagem de Hanna Barbera
(o vilão Dick Vigarista, inimigo da adorável Penélope Charmosa na Corrida
Maluca). O desenho animado era exibido na televisão brasileira. “No início
tocávamos rock internacional. Porém,
com a influência marcante do rock nacional dos anos 1980, tempo dos mais
produtivos no Brasil, passamos a tocar
exclusivamente músicas das bandas
que fizeram sucesso no período”.
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
Entre elas, Legião Urbana, Titãs,
Paralamas do Sucesso, Lulu Santos,
Capital Inicial, Barão Vermelho, Lobão
e Ultraje a Rigor. “A mudança nos fez
crescer no cenário musical do Recife.
Passamos a tocar com frequência em
bares famosos, casas de shows, casamentos, aniversários”. A procura obrigou os amigos a ensaiar praticamente
todos os sábados, e realmente trabalhar
com a música, que tanto amam.
A banda coleciona registros importantes, pois abriu shows para Capital
Inicial, Paulo Ricardo (RPM), Leo Jaime, Blitz, Kid Vinil, Afonso Nigro (exintegrante do Dominó), Silvinho Blau
Blau, Marcelo D2, entre outros. “Hoje
alcançamos um bom patamar neste cenário, mas sempre tendo o cuidado para
que essa atividade paralela não atrapalhe nossas atividades mais importantes, como a família e a profissão”.
Medicina
Azevedo tem 45 anos e é natural
de Recife. Formado em medicina pela
Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), em 1989, fez residência médica na área de cirurgia geral. “Conheci
a endoscopia em 1993, quando estava
servindo o Exército. De lá para cá, venho me dedicando, e cada vez mais me
encantando, com a endoscopia, a tal
ponto de hoje me dedicar exclusivamente à endoscopia digestiva”.
A história do médico na especialidade pode ser dividida em “antes e depois
de 2004”. “Nesse ano decidi me preparar
para prestar a prova para obtenção do Tí-
tulo de Especialista em Endoscopia pela
SOBED”. No mesmo período, o médico músico teve a chance de observar de
perto o trabalho realizado por Artur Parada, um dos grandes influenciadores e
apoiadores da escolha pela endoscopia.
Aprovado, Carvalho é especialista certificado pela Sociedade, exerce endoscopia alta, baixa, das vias biliares, e atua
como coordenador do Serviço de Endoscopia do Hospital Otávio de Freitas,
em Recife, e em sua clínica particular.
“Procuro participar ativamente da
vida da SOBED. Fiz parte da comissão
de Ética por dois anos, e atualmente sou
secretário do Capítulo Recife. Marco
presença em todos os congressos nacionais”. Destaca que é “fácil” administrar as duas atividades, pois são muito
“prazerosas” e não competem entre si.
“Ao contrário, se complementam”.
Acima, Eduardo Carvalho no palco,
e com os dmais integrantes da banda
Info
A maçã
sob ataque
Dr. Horus Antony Brasil*
40
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
C
alma, este não é um
artigo culinário. Você
está no lugar certo se
possui um dos brinquedinhos da Apple
(iPhone, iPad, ou iPod Touch). A notícia estourou como uma bomba em
todos os sites relacionados com informática e tecnologia. Veja o que diz o
site Olhar Digital (http://olhardigital.
uol.com.br): “Na semana passada, um
recurso muito utilizado pelos usuários
do iPhone, mas tido como ilegal pela
Apple, foi oficialmente autorizado
pelo governo americano. Como vocês
devem saber, a Apple gosta de se manter em um sistema fechado e, diga-se
de passagem, bem controlado por ela.
Oficialmente, para que um aplicativo
rode em seus iPhones, iPods Touch
e iPads, é necessário que eles sejam
aprovados previamente pela própria
empresa. Só que existe um sistema
chamado jailbreak, que desbloqueia
os aparelhos para que eles rodem aplicativos não autorizados pela Apple, e
executem funções que estão bloqueadas de fábrica pela empresa de Steve
Jobs. E assim, o mundo dos aplicativos - que já era imenso - se torna ainda
maior. O processo já era comum entre
usuários, e relativamente fácil de ser
executado. Mas agora, foi lançado um
novo sistema, que tornou o jailbreak
algo tão simples quanto o ato de ligar
o telefone”.
A matéria tem link para um vídeo
que demonstra, na hora, como tornar o seu brinquedinho um tanto indigesto para a Apple. Sabidamente,
o “império da maçã” tem predileção
por manter tudo sob controle, e isso
quase o levou à falência na década de
1990. Mas mesmo os fiéis usuários
do Mac resolveram declarar guerra e
se libertar desse jugo. Bom, aí entra
o jailbreak e outros bichos mais. Um
site criado por um hacker americano,
agora amparado pela lei, encarregouse de fazer a festa dos usuários.
Abra o navegador do seu iPhone e
acesse o site jailbreakme.com. Uma
tela será exibida. Aí, é só arrastar a
setinha. Pensa que falta muito? Que
nada, é só esperar. O sistema se encarrega de fazer o download do Cydia,
que é a sua nova loja de aplicativos a
partir de agora. Apenas se recomenda
que você faça a sincronização dos seus
aplicativos atuais com o seu iTunes,
antes de executar a função. Assim,
caso ocorra algum erro durante o processo, consegue resgatar tudo o que já
tem instalado(1).
Para começar a tirar proveito do
seu jailbreak, damos algumas dicas.
Primeiramente, os usuários da loja
brasileira perceberão que todos os
aplicativos bloqueados por aqui, mas
disponíveis na loja norte-americana,
estarão à disposição. Só aí já é uma
vantagem e tanto! Games, por exemplo, não são permitidos na loja brasileira. Agora, você tem um imenso
cardápio para escolher. Outros aplicativos nunca foram aprovados pela
Apple em nenhum lugar do mundo. É
o caso, por exemplo, do iBlackList.
Com ele, você pode cadastrar os
números de telefone daqueles “malas”, para que nunca mais encham a
paciência. Todas as vezes que tentarem ligar, serão direcionados automaticamente para a caixa de mensagens,
e você nem tomará conhecimento de
que a pessoa tentou. Outro aplicativo
legal é este, que poderá ser bastante
útil quando o iPhone 4 chegar por
aqui: a Apple proibiu que o recurso
FaceTime fosse utilizado via 3G (ele
só é permitido oficialmente via WiFi), mas com o My3G se consegue
modificar o sistema operacional do
aparelho e fazer com que o Facetime
também funcione na rede de dados da
sua operadora (1).
Se você ainda é novato na arte de
modificar seus smartphones, veja um
resumo de como turbiná-los. Mas
atenção: não nos responsabilizamos
pelos resultados! Certamente você
já deve ter ouvido boa parte desses
41
Info
Em geral, o hack é feito nos smartphones
para usar aplicativos que não têm algum
requisito exigido pelos fabricantes
termos: desbloqueio, jailbreak, SIM
unlock, root access, hack e outras variações. Todos eles tiram algum tipo de
trava colocado pelos fabricantes e/
ou operadoras, permitindo fazer coisas que antes não eram possíveis. Mas
quais as diferenças? Quais se aplicam
ao seu telefone celular?
Desbloqueio ou unlock (em inglês) (2): desbloquear um celular geralmente é o que se faz para usá-lo
com um chip de outra operadora. As
empresas vendem celulares bloqueados para desestimular os compradores a mudar para um concorrente,
dificultando o processo. Hoje isso é
ilegal, e as operadoras devem desbloquear o aparelho, de graça, a pedido
do cliente.
sistemas operacionais Symbian, BlackBerry e Windows Mobile.
Debranding: (2) tipo de hack que
independe de marca ou sistema operacional do celular. Ele é usado para
tirar as personalizações feitas pelas
operadoras de telefonia. Já teve um
celular com vários ícones, atalhos,
aplicativos e papéis de parede da sua
operadora? É esse. Ele está “marcado”
pela operadora. O pior dos casos é
quando a operadora faz o “branding”
do aparelho não só para destacar sua
marca, mas também vetando o uso
de algum recurso, como aconteceu
com o Bluetooth, aqui no Brasil. Esse
é o principal incentivador para se fazer um debranding. Em geral, o hack
é feito nesses smartphones para usar
aplicativos que não têm algum requisito exigido pelos fabricantes, como
uma assinatura digital. O termo não
costuma ser usado para falar do desbloqueio para o uso.
Hack: (2) o termo é conhecido para
computadores, principalmente internet. Mas os celulares também são
hackeados, até porque, em maior ou
menor grau, são computadores. VáJailbreak: (2) termo que ficou
rios procedimentos citados neste artigo são “hacks”, embora o termo seja cunhado para o iPhone, da Apple. A
usado mais para smartphones com os empresa vende seus celulares princi-
42
palmente por acordos com as operadoras. Assim, esses aparelhos são quase sempre bloqueados, para impedir
o uso de um chip de outra empresa.
Isso afeta mais a vida de quem mora
em países onde uma ou poucas operadoras têm o iPhone (ou onde nem
vendem o aparelho), pois elas querem
comprá-lo para usar com seu chip,
e, se ele funciona só na concorrente,
não dá. O outro bloqueio do iPhone
é para a instalação de aplicativos. A
empresa tem a Apple Store, fonte oficial de programas para o celular. Com
isso, eles ganham mais dinheiro e controlam a qualidade dos aplicativos,
embora com muitas controvérsias. O
jailbreak também serve para liberar
o iPhone para a instalação de aplicativos, jogos etc., baixados de outros
lugares na internet. Antigamente era
ilegal, mas uma lei recente nos EUA
tornou legal o procedimento.
Referências e fontes:
1- http://olhardigital.uol.com.br/produtos/central_de_videos/jailbreakentenda-o-que-e-as-vantagens-e-desvantagens-do-processo/13301/integra
2- http://celularcafe.com.br/index.
php/Dicas-e-Curiosidades/Entendao-que-e-jailbreak-root-hack-os-termos-sobre-desbloquear-celulares.html
*Dr. Horus Antony Brasil é médico
endoscopista associado à SOBED.
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
AMB
O inevitável preparo
Aceitar a possibilidade de desastres é o primeiro passo
em uma sociedade repleta de riscos; o segundo é se
comprometer em lidar com eles de forma eficaz
José Luiz Gomes do Amaral*
E
m nosso planeta não há
lugar seguro. E confirmase a impressão de que os
desastres tornam-se cada
vez mais frequentes. Os
conflitos têm se multiplicado, sejam eles militares ou determinados
pela desestruturação da sociedade
civil. Não raro, a segurança deixa de
acompanhar o desenvolvimento tecnológico e, direta ou indiretamente,
tem-se dele decorrentes situações
incontroláveis e tragédias de grandes
proporções. O adensamento populacional em áreas de risco faz, hoje, incontáveis vítimas, quando antes incidentes naturais pareciam ter impacto
mais limitado.
Deixamos, sem otimismo, o século
das grandes guerras, vendo crescerem
as divergências e beligerância entre
as nações. A violência civil aumenta,
ultrapassando os limites das manchas
de miséria que cobrem a periferia das
metrópoles. Do cotidiano caótico do
trânsito às tragédias provocadas pelos acidentes aéreos; dos surtos epidêmicos de novas e antigas doenças
aos vazamentos das usinas nucleares e
perfurações off-shore; das inundações
e dos incêndios, dos furacões, dos
terremotos e dos tsunamis a deslizamentos e desabamentos, somando-se
as mudanças climáticas, prevenir nem
sempre é possível. Reduzir o risco, todavia, certamente o é.
Não resta dúvida da importância de
nos prepararmos para a adversidade.
Ainda que não surja entre os que nos
cercam de imediato, atingir-nos-á hoje
ou amanhã, antes do que ontem poderíamos supor. Muito mais cedo, ainda,
que quiséssemos evitá-la. Seja qual for
a natureza do desastre, ele nos impõe
obrigações. Muito mais a nós médicos
do que a outros. Ainda que segurança, comunicações, transporte e tantas
outras necessidades sejam prementes,
a atenção à saúde é preocupação fundamental, haja vista a invariável implicação que têm os desastres na sobrevivência dos seres humanos.
À medida que nos qualificamos
para tratar de ameaças à vida, esperase de nós que haja conselho, ação e
espírito de solidariedade, intrínsecos
à arte da Medicina. Portanto, temos
de nos preparar para tanto. Preparação é também ter recursos humanos
e materiais necessários no lugar e no
momento exigidos. Entre os muitos
mais de 300 mil médicos hoje ativos
em nosso País, é premente classificálos pela disponibilidade temporal
e geográfica, estratificando-os pela
especialidade e competências potencialmente úteis em situações de catástrofe. Fazer-lhes, em primeiro lugar,
reconhecer o risco, para que possam
se proteger e transmiti-lo aos demais.
Depois, treiná-los a atuar de forma
concertada com os tantos atores essenciais e nas variadas circunstâncias
que se nos podem sobrevir. Organizar
os esforços da comunidade médica civil em consonância com as demais instituições de atenção à saúde, em posição estratégica às militares. Integrar,
também, nossos esforços à comunidade médica internacional, e estarmos
presentes quando o momento surgir.
Temos diante de nós missão extensa,
difícil e complexa. Que não se pode
procrastinar, nem deixar em segundo
plano. Assume aqui a Associação Médica Brasileira mais essa missão, a serviço da vida, pela profissão médica.
* José Luiz Gomes do Amaral, médico, professor titular
da disciplina de anestesiologia da Unifesp e presidente
da Associação Médica Brasileira
43
Ética e Defesa Profissional
Pagamentos de procedimentos
endoscópicos na forma de “Pacote”
N
ão mais que repentinamente, algumas
operadoras de planos
de saúde reiniciaram
o envio de contratos,
por adesão, para serem assinados pelos médicos e serviços, solicitando
urgência na devolução dos mesmos.
44
Na reunião da qual participamos
em Brasília, dia 9 de julho deste ano,
no CFM, o esclarecimento que foi
dado baseou-se no fato de que as
operadoras estão sendo chamadas à
ANS para apresentar os contratos assinados pelos prestadores de serviços
médicos. A cada contrato inexistente
está sendo cobrada multa de R$ 5
mil. Portanto, deverá ocorrer proximamente uma corrida para regularizar a situação.
A Comissão de Ética e Defesa Profissional da SOBED recebeu alguns
desses contratos, enviados por associados que solicitavam esclarecimentos específicos sobre os artigos relativos aos pagamentos. Chamaram a
atenção em todos eles cláusulas abusivas não relacionadas a pagamentos.
Em relação a pagamentos, em um deles os procedimentos que poderiam
ser realizados estavam discriminados, e a forma de pagamento era de
valor fechado para cada procedimento - PACOTE, incluindo honorários,
taxas, materiais e medicamentos.
Portanto, independentemente do
que seja necessário utilizar em cada
procedimento, o valor está fechado
e, na melhor das hipóteses, por pelo
menos um ano.
A finalidade principal desta comunicação é alertar sobre os riscos assumidos pelo serviço de endoscopia,
pessoa física ou jurídica, quando se
concretizar a contratação sob forma
de PACOTES:
a) não existe até o momento definição clara sobre a continuidade do
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
registro do Glutaraldeído a 2% para
desinfecção de endoscópios. Os demais produtos disponíveis no mercado podem elevar os custos dessa
desinfecção cerca de vinte vezes (ou
mais), dependendo do valor de aquisição do produto tradicional até o
momento comercializado.
b) a Resolução ANVISA 156/2006
e a RE 2606/2006, que ditam as normas de processamento dos artigos críticos, nas quais está incluída a maioria
dos acessórios de uso endoscópico,
impedem o processamento em decorrência dos protocolos teste e de
validação dos métodos que são obrigatórios e discriminados na RE 2606.
Como os serviços de endoscopia e demais serviços de saúde não dispõem
da metodologia, e a grande maioria
também de recursos, a prática destes
processamentos fica inviabilizada.
Decorre daí que os serviços somente poderão reutilizar produtos
registrados na ANVISA como de uso
múltiplo, acompanhados por manual de processamento, ou acessórios
descartáveis. Para os acessórios reutilizáveis habitualmente não há ressarcimento. No caso de contrato por
PACOTE também os acessórios de
uso único podem estar incluídos nos
materiais, não tendo, nesse caso, o
ressarcimento dos seus custos.
Além do aspecto da inviabilidade
financeira, na dependência dos procedimentos empacotados e dos valores acordados, existe a transferência
total de responsabilidades para o serviço de endoscopia. Quando as operadoras promovem frações de ressarcimentos sobre produtos de uso
único, o que acontece para muitos
serviços, a infração legal por elas cometida é flagrante. Na forma de PACOTE, elas eximem-se de qualquer
responsabilidade.
c) na RE 2605/2006, que lista os
produtos nos quais o processamento
é proibido, o único acessório presente é o injetor endoscópico. Temos informações oriundas da ANVISA que
esta lista será revista e, quando isto
acontecer (não há data prevista), é
muito provável que outros acessórios
de uso endoscópico nela figurem.
d) esteve em consulta pública proposta de Resolução da ANVISA que
trata sobre detergentes enzimáticos,
e nela está previsto descarte imediato
da solução após cada uso. A Resolução ainda não entrou em vigor, o que
pode acontecer a qualquer tempo.
e) a NR 32, do Ministério do Tra-
balho e Emprego, passa a vigorar em
11/2010. Trata, entre outros assuntos, de mecanismos tecnológicos de
proteção dos perfurocortantes. Pelas
informações disponíveis e valores de
comercialização presentes em publicações especializadas, esta ocasionará
grande impacto financeiro nos custos.
f ) além da elevação dos custos, suprarreferidos, há a imprevisibilidade
governamental.
Diante deste quadro, e de outras
surpresas que podem vir, sugerimos
que avaliem os contratos com cautela antes da assinatura. Se for o caso,
denunciem as irregularidades diretamente à ANS, AMB, FENAM, CRM,
CFM, SINDICATOS e/ou enviem
contratos, sem identificação, para a
SOBED, que intermediará as denúncias nos órgãos competentes.
Na impossibilidade de assinar o
contrato e devolvê-lo no prazo preestabelecido pela operadora, enviem
à mesma correspondência registrada
e com AR, informando a impossibilidade momentânea, de preferência
sem entrar em detalhes.
* Vera Mello é coordenadora da Comissão de Ética
e Defesa Profissional da SOBED Nacional
45
Radar
Saúde de qualidade é “difícil” em 22 países
Conseguir assistência médica de
qualidade atrelada a preço acessível
é difícil para pelo menos 62% dos
brasileiros, afirma estudo realizado
para o grupo francês Ipsos e agência de
notícias Reuters. Ao todo, grupos de mil
adultos, de 18 a 64 anos, foram ouvidos
em 22 países. A maioria das mulheres
(55%) que moram no Japão, Hungria,
Rússia e Coreia do Sul, nessa ordem, com
menos de 35 anos, de baixa renda e nível
educacional baixo, são as que consideram
mais difícil conseguir assistência médica
de qualidade e preço acessível. Quem
vive na Suécia, Bélgica, Canadá e Holanda
avalia ser mais fácil conseguir o serviço.
Manifesto médico
Futebol melhora
educação em saúde
Integrar educação e saúde ao
futebol tem rendido bons resultados
em escolas da África do Sul. Estudo
publicado na revista British Journal
of Sports Medicine, que avaliou 370
crianças da sexta e sétima séries
– 125 e 131, respectivamente,
mostrou que estudantes da sétima
série aumentaram a proporção
de respostas corretas em relação
à saúde: nove acertos a cada
20 questões. Na sexta série, o
aumento foi de 15 acertos para
20 questões. Após três meses de
aprendizagem por meio de 11
sessões de 90 minutos, contados
como uma partida de futebol, as
crianças melhoraram o desempenho
ao responder as 20 questões
relacionadas à saúde. Mais de 90%
responderam positivamente ao
programa de educação em saúde.
46
Discutir a solução para os problemas
estruturais do Sistema Único de
Saúde (SUS), definir o que deve ser
cobrado dos gestores e contribuir
para a redução de desigualdades no
sistema público de saúde são algumas
das pautas abordadas no Manifesto dos
Médicos à Nação. Síntese dos temas
debatidos no XII Encontro Nacional
das Entidades Médicas (ENEM),
de 28 a 30 de julho, em Brasília, o
documento será encaminhado aos
representantes dos Três Poderes e aos
principais candidatos à presidência da
República. Uma das prioridades do
movimento é regulamentar a Emenda
Constitucional 29, assim como a
interiorização do profissional, com a
proposta de criar carreira de Estado
para o médico brasileiro.
Obesidade aumenta entre jovens de São Paulo
A cada quatro adolescentes
paulistanos, um está acima do peso,
afirma o Centro de Atendimento e
Apoio ao Adolescente da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp).
Dos 8020 estudantes, de 10 a 15,
anos de 43 escolas, nas cinco regiões
paulistanas, 25,56% têm sobrepeso
ou obesidade. Do total, 9,89% dos
alunos entrevistados são obesos,
15,67% mostram sinais de sobrepeso
e 2,77% estão abaixo dos parâmetros
ideais. A porcentagem dos que foram
considerados saudáveis, 28,33%,
apresenta desvios nutricionais. Entre
meninos, 27,80% são obesos ou estão
com problemas de sobrepeso. Nas
escolas particulares, 21% dos alunos
apresentam sobrepeso, e 18% já estão
em nível de obesidade. Em escolas
públicas, 14% dos meninos apresentam
sobrepeso e 10%, obesidade.
Sobed - No 10 - Jul/Set - 2010
Médicos discutirão medicina paliativa em São Paulo
De 6 a 9 de outubro, São Paulo receberá
profissionais de diversos estados brasileiros
e de outros países para discutir assuntos
relacionados à educação paliativa,
durante o IV Congresso Internacional
de Cuidados Paliativos. O encontro, que
deve reunir cerca de mil participantes, visa
divulgar, entre os profissionais da saúde,
a importância dessa área. Organizado
pela Academia Nacional de Cuidados
Paliativos (ANCP), o congresso
promoverá, entre outras discussões, a
troca de experiências e sessões plenárias.
Mais informações pelo site www.
paliativo.org.br/congresso ou e-mail
[email protected]
Pouco carboidrato é eficaz na perda de peso
Dieta com pouco carboidrato funciona
tão bem na diminuição do peso quanto
uma com baixo teor de gordura,
afirma estudo do Centro de Pesquisa
da Obesidade e Educação da Temple
University, Estados Unidos. E após
dois anos de estudo, os resultados
mostram que entre os 307 adultos
obesos participantes da pesquisa, 2/3
deles mulheres, metade que seguiu a
dieta com pouco carboidrato obteve
quase o dobro do colesterol bom em
relação aos demais.
Na perda de peso, ambos os grupos
obtiveram o mesmo resultado:
reduziram sete quilos. Estudos anteriores
mostraram que as dietas com pouco
carboidrato contribuem para perda de
peso mais rápida, em até seis meses, mas
os resultados a longo prazo mostraram
equivalência. A principal diferença foi no
HDL (o colesterol bom), com aumento
de 23% na dieta com pouco carboidrato,
e de 12% na de baixo teor de gordura, de
acordo com o diretor das pesquisas da
Temple University, Gary Foster.
Alteração na flora
intestinal e obesidade
Crianças europeias e africanas, com
diferentes dietas alimentares, reforçam
a tese de que há distintas composições
de floras intestinais, sugere estudo da
Universidade de Florença, na Itália.
A pesquisa afirma que entre crianças
de Florença e da vila de Boulpon,
em Burkina Faso, África Ocidental, a
incidência de obesidade e inflamações
difere de acordo com a sociedade.
Em crianças burquinenses, a dieta rica
em fibras e pobre em calorias aumenta
em 73% a incidência de bactérias do
filo Bacteroidetes, contra 12% do filo
Firmicutes. Já entre as florentinas, onde
há predomínio de pratos ricos em
calorias e pobres em fibras, invertemse essas porcentagens: 51% do filo
Firmicutes e 27% do Bacteroidetes.
Em ratos, as proporções haviam sido
associadas à obesidade. Roedores
obesos possuíam mais Firmicutes que
Bacteroidetes, quando comparados a
roedores saudáveis.
Arroz pode aumentar risco de diabetes
Consumir em excesso o arroz branco
aumenta as chances de desenvolver
o diabetes tipo 2, sugere estudo
publicado na Archives of Internal
Medicine. De acordo com a pesquisa,
o tipo de alimentação somado ao
estilo de vida de 39.765 homens
e 157.463 mulheres altera as taxas
de glicose do sangue. Segundo os
cientistas, substituir 50g de arroz
branco pela mesma quantidade de
arroz integral reduz em até 16% o risco
de desenvolver a doença. A mesma
quantidade a ser substituída por tipos
variados de grãos foi associada a
redução de 36% do risco de diabetes.
47
Agende-se
Agenda
AMB SOBED
Confira, na relação abaixo, os principais eventos nacionais e internacionais ligados à
gastroenterologia e à endoscopia digestiva a serem realizados nos próximos meses:
18º UEGW 2010 – United European
Gastroenterology Federation
Data: de 23 a 27 de outubro
20º World Congress of the
International Association of Surgeons,
Gastroenterologists and Oncologists (IASGO)
Local: Centre Convencions Internacional Barcelona, Spain
Data: 20 a 23 de outubro
Informações: http://uegw10.uegf.org
Local: Cairo International Convention and
Exhibition Center (CICE), no Cairo, Egito
Informações: www.fbg.org.br/FBG_eventos_internacionais.
asp?id=12
IX SBAD- Semana Brasileira
do Aparelho Digestivo
Curso de Gastroenterologia 2010 – Associação Paulista de Medicina (APM)
Data: de 21 a 25 de Novembro
Data: 16 de outubro
Local: Centro Sul em Florianópolis – SC
Local: Associação Paulista de Medicina
Informações: http://sbad.org.br/
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3188 4281 www.apm.org.br/
aberto/_new_eventos_conteudo.aspx?id=5396
Cursos de Atualização Semanal SOBED
Data: de 4 a 8 de outubro; de 18 a 22 de outubro;
Informações: www.sobed.org.br/sais/
Terapia Nutricional Enteral e Parenteral
nas Doenças do Aparelho Digestório
site_cursos_semanais_lista.asp
Data: de 10 de novembro a 14 de dezembro
de 25 a 29 de outubro
Local: Curso a distância
Informações: (11) 3284-6318
ou pelo site www.ganepeducacao.com.br
ACG 2010: American College of
Gastroenterology Annual Scienitfic
Meeting and Postgraduate Course
Data: 15 de outubro
XXXII Congreso Panamericano
de Enfermedades Digestivas
Local: San Antonio, USA
Data: De 30 de setembro a 4 de outubro
Informações: www.fbg.org.br/
Local: Centro de Convenciones Simón Bolívar,
FBG_eventos_internacionais.asp?id=8
em Guayaquil, Equador
Informações: www.socgastro.ec
48
Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva
Departamento de Endoscopia da Associação Médica Brasileira
Filiada à Organização Mundial de Endoscopia Digestiva
Filiada à Sociedade Interamericana de Endoscopia Digestiva
Carlos Alberto Cappellanes – Presidente
Carlos Alberto Silva Barros – Vice-Presidente
Pablo Rodrigo de Siqueira – 1º Tesoureiro
Ciro Garcia Montes – 2º Tesoureiro
Ricardo Anuar Dib – 1º Secretário
Fabio Segal – 2º Secretário
Edital de Convocação de Eleições
O Coordenador da Comissão Eleitoral, de Estatuto, Regimentos e Regulamentos da SOCIEDADE
BRASILEIRA DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA (SOBED), no uso de suas atribuições, convoca os associados
para as eleições ao cargo da Diretoria da SOBED Nacional, composta por Presidente, Vice-Presidente, 1o
e 2o Secretários e 1o e 2o Tesoureiros eleitos, em mesma chapa, para um mandato de 02 (dois) anos
(Gestão 2012-2014), e para os candidatos ao Conselho Fiscal (Biênio 2010-2012), com 6 (seis) vagas.
As eleições terão lugar no Centro de Convenções de Florianópolis – Centro Sul, situado na Avenida Gov.
Gustavo Richard, nº 850 – Florianópolis (SC), na sala Ingleses, no dia 23 de novembro de 2010, durante a IX
SBAD, com início às 8h, encerramento às 15h, e divulgação dos resultados ao final da Assembléia Geral.
Ficam os Associados Titulares informados que só terão direito a votar e serem votados os que estiverem
quites com suas obrigações estatutárias, até o dia 23/08/2010, sendo certo que não será admitido voto
por procuração.
Para conhecimento de todos, faz-se publicação deste Edital.
São Paulo, 23 de agosto de 2010.
Antonio Gentil Neto
Coordenador
Comissão Eleitoral, de Estatuto, Regimentos e Regulamentos
Rua Peixoto Gomide, 515 – conj. 44 - 01409-001 São Paulo, SP – Brasil - Fone/Fax: (11) 3148-8200 ou 3148-8201
www.sobed.org.br e-mail: [email protected]
Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva
Departamento de Endoscopia da Associação Médica Brasileira
Filiada à Organização Mundial de Endoscopia Digestiva
Filiada à Sociedade Interamericana de Endoscopia Digestiva
Carlos Alberto Cappellanes – Presidente
Carlos Alberto Silva Barros – Vice-Presidente
Pablo Rodrigo de Siqueira – 1º Tesoureiro
Ciro Garcia Montes – 2º Tesoureiro
Ricardo Anuar Dib – 1º Secretário
Fabio Segal – 2º Secretário
Carta aos Associados
A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), neste ato representada por seu Presidente, Dr. Carlos
Alberto Cappellanes, em conformidade com o disposto no artigo 32º do Estatuto da Sociedade, vem à presença de Vossa
Senhoria convocá-lo(a) para Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, a serem realizadas no dia 23 de novembro de
2010, às 15h30, nas salas Sambaqui 3 + 1, e a eleição na sala Ingleses, das 8h às 15h, no Centro de Convenções de
Florianópolis - Centrosul, situado à Av. Gustavo Richard, 850, Baía Sul, Centro, Florianópolis (SC), durante a realização
do XXXVI Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva e da IX SBAD, com a seguinte ordem do dia:
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
1. Eleição do Presidente e Vice-presidente, 1º e 2º Tesoureiros e 1º e 2º Secretarios da Diretoria Nacional
da SOBED para o biênio 2012-2014.
2. Eleição dos 06 (seis) membros que integrarão o Conselho Fiscal (biênio 2010-2012);
Observação: o processo eleitoral processar-se-á das 8h, em primeira convocação, e às 8h30, em segunda convocação, com
qualquer número de presentes, e se encerrará às 15h, do dia 23 de de novembro de 2010, na sala Ingleses. Os eleitores
deverão ser ASSOCIADOS TITULARES quites com as anuidades da SOBED, inclusive 2010, e munidos de documento de identificação.
3. Aprovação da ata anterior;
4. Relatório e balanço financeiro das atividades da SOBED;
5. Posse da Diretoria Gestão 2010 – 2012
6. Apreciação do Planejamento Estratégico 2010 – 2012 (Artigo 51º, Item 4, do Estatuto Social)
7. Posse dos coordenadores e integrantes das Comissões da Gestão 2010 – 2012
(Artigo 62º, Parágrafo 5º, do Estatuto Social)
8. Posse dos Conselheiros Fiscais gestão 2010 – 2012;
9. Aprovação do Regimento e Regulamento da Comissão do Titulo de Especialista
10. Resultado das eleições para Diretoria gestão 2012-2014 e Conselho Fiscal gestão 2010-2012;
11. Assuntos gerais previamente inscritos;
12. Encerramento
Carlos Alberto Cappellanes
Presidente
Rua Peixoto Gomide, 515 – conj. 44 - 01409-001 São Paulo, SP – Brasil - Fone/Fax: (11) 3148-8200 ou 3148-8201
www.sobed.org.br e-mail: [email protected]
SOBED
Trinta e cinco anos
atuando na valorização
da Endoscopia
Digestiva brasileira
www.sobed.org.br
Download

Maturidade