Quais são as irregularidades 1 A lei exige que o plano de recuperação apresente uma avaliação contendo os valores reais de mercado do patrimônio da empresa. De acordo com o administrador judicial, o que a Busscar apresentou foi um demonstrativo de valores contábeis. A diferença é que o laudo contábil trata da organização financeira da empresa, enquanto o documento solicitado tem o objetivo de apresentar o valor do patrimônio efetivo da companhia para que os credores possam avaliar suas garantias na hipótese da falência. 2 A lei determina que o pagamento da classe trabalhista seja concluído totalmente em 12 meses. Conforme a avaliação de Uessler, mesmo com a conversão das debêntures em ações da companhia, o prazo ultrapassa o limite e a proposta continua sendo ilegal. Neste caso, a Busscar teria ainda 30 meses a mais para quitar os créditos com os trabalhadores que optarem por vender suas ações. 3 O Código Civil prevê o “puro arbítrio de uma das partes” e, neste caso, o trabalhador tem direito de tomar conhecimento prévio dos valores que receberá caso queira resgatar ou vender suas ações. O parecer de Rainoldo aponta que a não divulgação dos valores unitários das ações da companhia está em desacordo com a legislação.