Gestão da Qualidade As Eras da Qualidade Histórico da Gestão da Qualidade Modelo Artesanal Fatores positivos: Especialista do projeto ao pós-venda Influência da reputação do artesão Atendimento às necessidades do cliente Fatores negativos: Foco no produto e não no processo Sem padronização da produção Fig.1- Artesão nos dias de hoje Histórico da Gestão da Qualidade Panhard e Levassor (fábrica de veículos do sec. XIX) Fabricava os carros sob encomenda Produzia todas as peças necessárias à fabricação Cada grupo de trabalhadores era responsável por um veículo. Susto dimensional O tamanho de um veículo diferia bastante de outro produzido sob o mesmo projeto Histórico da Gestão da Qualidade Produção em Massa - Fordismo Segunda Revolução Industrial Customização foi substituída pela padronização e a produção em larga escala trabalhadores tinham domínio apenas de uma pequena fração do trabalho Trabalhador afastado do planejamento Surgiu a função do inspetor As necessidades dos clientes não eram direcionadoras da concepção do produto Histórico da Gestão da Qualidade Linha de montagem Ford Apenas um modelo, o Ford T de 1908 a 1927 15 milhões de unidades Todos na cor preta Fadiga do trabalhador Histórico da Gestão da Qualidade Evolução do conceito de controle de qualidade Especificação Tolerância Conformidade Metrologia Sistema de medidas Intercambialidade das peças As primeiras teorias da qualidade O modelo Americano Gráficos de controle CEP Surgimento do Ciclo PDCA Normalizações British Standard BS 600 e American War Standards Experimentos de Elton Mayo e a Escola das Relações Humanas Desenvolvimento no pós-guerra Surgimento da ISO International Organization for Standardization Programa Zero Defeito As primeiras teorias da qualidade O modelo Japonês Reconstrução no período pós-guerra Contribuições de W. Edwards Deming e Joseph Juran. Trabalhadores e alta gerência na Gestão da Qualidade Controle da Qualidade por toda a Empresa Taiichi Ohno, um dos grandes idealizadores do modelo Toyota de produção lean production (produção enxuta) Aversão ao desperdício Autonomia dos trabalhadores Kaizen (melhoria contínua) Jidoka – parar na anomalia Just in time - fluxo contínuo de produção As primeiras teorias da qualidade O modelo Japonês keiretsu (Parceria com fornecedores e clientes) poka yoke (dispositivos à prova de erros) Kaoru Ishikawa Diagrama Espinha de Peixe ou Diagrama de Causa e Efeito Diagrama de Pareto, Diagramas de causa-efeito, Histogramas, Folhas de verificação, Gráficos de dispersão, Fluxogramas e Cartas de controle Círculos de Controles de Qualidade (CCQs) Aferição dos defeitos em partes de milhão Prêmios da Qualidade Prêmio Deming – Japonês Criado em 1951, em homenagem a Deming Prêmio Malcom Baldrige – Americano Criado em 1987 Prêmio Europeu da Qualidade (1991) Prêmio Nacional da Qualidade – PNQ (1992). Os efeitos da globalização Padronização e normalização Série ISO 9000 Criada em 1987 Sistemas de Garantia da Qualidade Revista em 2000 e em 2008 Atualmente: “Gestão da Qualidade” Foco no processo e no cliente Série ISO 14000 Criada em 1996 Gestão do Meio-Ambiente Gestão da Qualidade moderna Recupera alguns atributos da época artesanal: Busca da proximidade às demandas do cliente e maior customização Desdobramento da Função Qualidade – QFD Mizuno e Akao (1960) Qualidade robusta Genuchi Taguchi Impacto estratégico da qualidade Planejamento Estratégico da Qualidade Desdobramento das diretrizes Programa Seis Sigmas (Motorola – 1980) Concepções sobre os conceitos de qualidade 1 - O que se pensa sobre a qualidade: É algo abstrato, sem vida própria, indefinido. Decorrências Qualidade é algo inatingível, um estado ideal sem contato com a realidade Reflexos na Gestão da Qualidade Se for um estado ideal, pode-se deduzir que nunca será atingido e, portanto, são inviáveis e ineficazes os esforços para tanto. Pode conduzir à acomodação quanto à decisão de evitar investir em qualidade pelo custo que este esforço representa. Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade 2 - O que se pensa sobre a qualidade Qualidade é sinônimo de perfeição Decorrências Qualidade é uma situação que não comporta mais alterações Reflexos na Gestão da Qualidade Se for sinônimo de perfeição, a qualidade refletirá a realidade de se ter atingido um valor máximo, não podendo ser alterada, ou seja, melhorada. Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade 3 - O que se pensa sobre a qualidade A qualidade nunca muda Decorrências Qualidade é um conceito definitivo, imutável Reflexos na Gestão da Qualidade Pode-se incorrer no equívoco de achar que é bobagem acompanhar tendências de mercado, ou seja, considerar que o consumidor nunca altera suas preferências. Entende que uma marca solidificada não precisa mais investimentos. Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade 4 - O que se pensa sobre a qualidade A qualidade é um aspecto subjetivo das pessoas Decorrências Não há como estruturar com clareza o conceito de qualidade por falta de condições de identificar, entender e classificar os muitos modos como cada consumidor a vê. Reflexos na Gestão da Qualidade Se for apenas um aspecto subjetivo de produtos e serviços, a qualidade não poderá ser mensurada e conseqüentemente não poderá ser avaliada objetivamente. Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade 5 - O que se pensa sobre a qualidade Qualidade é a capacidade que um produto ou um serviço tenha de sair conforme seu projeto Decorrências O que se considera é a relação entre o projeto e o produto tenha que sair conforme seu projeto (foco no projeto X produto). Reflexos na Gestão da Qualidade Pode-se incorrer no equívoco de considerar que todo o investimento em qualidade resume-se a ter fábricas capazes de desenvolver os produtos projetados. E só Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade 6 - O que se pensa sobre a qualidade Qualidade é um requisito mínimo de funcionamento Decorrências Se o produto funciona, com certeza irá satisfazer o consumidor. Reflexos na Gestão da Qualidade Pode-se considerar que qualquer esforço, por menor que seja, induz à qualidade, porque produz essas condições mínimas. Conclui-se que não vale a pena “esquentar a cabeça”... Qualidade não requer muito esforço. O equívoco desse raciocínio é evidente Concepções sobre os conceitos de qualidade 3G Concepções sobre os conceitos de qualidade 7- O que se pensa sobre a qualidade Qualidade significa classes, estilos ou categorias de produtos ou serviços. Decorrências Qualidade é sinônimo de diversidade, sofisticação, luxo ou preço final. Reflexos na Gestão da Qualidade Para se ter qualidade, basta investimentos em itens de luxo e bons garotos propagandas. A inadequação desse posicionamento parece igualmente clara. Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade Concepções sobre os conceitos de qualidade 8- O que se pensa sobre a qualidade Qualidade é a área que se envolve com essa questão.. Decorrências Qualidade é tarefa dos especialistas no assunto. Reflexos na Gestão da Qualidade A ação da Gestão da Qualidade parece restrita a preparar algumas pessoas para atuarem em qualidade, e elas são as responsáveis por ela e, também, as culpadas por todos os defeitos que ocorram na fábrica. Os demais parecem isentar-se do esforço pela qualidade... Esse parece ser de longe, o pior equívoco.. Concepções sobre os conceitos de qualidade Algumas considerações sobre a Adequação ao Uso Confiança no processo de produção O consumidor sabe como o produto é feito e por isso resolve adquiri-lo atender as especificações do processo, objetivando um produto sem falhas ou defeitos, Adoção de normas da qualidade como a ISO 9001 Algumas considerações sobre a Adequação ao Uso Aceitação do produto A avaliação do consumidor é feita com base nas características do produto, através de modelos comparativos, confrontando os elementos que compõem o produto que ele vê com outros similares. consumidor gosta da estampa e da cor da camiseta. O tecido lhe parece confortável. O tamanho é adequado. Então ele compra pelo que viu no produto. Algumas considerações sobre a Adequação ao Uso Valor associado ao produto Um consumidor pode adquirir um produto porque considera o valor que o produto tem, seja em termos de utilidade, preço, dificuldade de aquisição, elementos afetivos. A Qualidade X Preço são dois elementos diversos em sua origem e estrutura Algumas considerações sobre a Adequação ao Uso Confiança na imagem ou na marca O consumidor adquire um produto porque já conhece a marca, porque confia na imagem da empresa ou ainda porque desenvolveu uma relação de fidelidade com a empresa por experiências anteriores. Fig. 35 – Marcas conhecidas mundialmente Algumas considerações sobre a Adequação ao Uso Adequação ao cliente Esta abordagem é a que melhor se identifica com o conceito básico da qualidade. O que realmente faz com que o cliente adquira um produto é o fato de o produto atender a suas necessidades. Aquele que satisfaz preferências, conveniências e gostos. • produtos destinados a mercados específicos costumam ter boa aceitação. • xampus para certos tipos de cabelos, • rações especiais para animais, comidas para bebês, refrigerantes e alimentos dietéticos, • roupas com numeração grande, sucos com sabores regionais Princípios da Qualidade 1° PRINCÍPIO: A busca pela total satisfação dos clientes É a base de toda a Gestão pela Qualidade Total. Avaliar como os clientes recebem os produtos ou serviços e buscar atender as necessidades e expectativas dos consumidores Atender até mesmo suas expectativas implícitas, deve ser a meta da empresa. fazem parte dos diversos processos da empresa: clientes externos e internos, diretos e indiretos, parceiros e empregados. Princípios da Qualidade 2° PRINCÍPIO: Gerência participativa Estímulo a novas ideias Necessário eliminar o medo de participar. Sempre ouvir o que pensam, não somente os colaborares, bem como os parceiros e clientes. A participação fortalece decisões, mobiliza forças e gera o compromisso de todos com os resultados, ou seja, responsabilidade Princípios da Qualidade 3° PRINCÍPIO: Desenvolvimento dos recursos humanos Neste princípio, a preocupação é o ser humano educação e a capacitação, a fim de buscar a valorização das pessoas na empresa A qualidade de vida na empresa, com a aparência das instalações de trabalho, as condições de higiene e os serviços de apoio que influenciam decisivamente a disposição do pessoal para trabalhar. Princípios da Qualidade 4° PRINCÍPIO: Constância de propósitos A adoção de uma nova cultura que, muitas vezes, modifica alguns valores já arraigados, é um processo lento e gradual, que deve levar em conta a cultura existente. O papel da Alta Administração é fundamental para fixação da mudança Princípios da Qualidade 5° PRINCÍPIO: Melhoria contínua Aumento da conscientização das pessoas pelos seus direitos As constantes mudanças tecnológicas têm influência nas necessidades dos clientes É preciso internalizar a filosofia da melhoria continua Acompanhar e até mesmo antecipar as mudanças que ocorrem na sociedade, é uma forma de garantir mercado e descobrir novas oportunidades de negócios. Princípios da Qualidade 6° PRINCÍPIO: Gerência de processos Para que possam atingir o desejado os processos necessitam ser acompanhados, controlados de forma permanente. Mas, para tal, mais uma vez, são necessários indicadores que meçam a produtividade e a qualidade Princípios da Qualidade 7° PRINCÍPIO: Delegação de poderes Delegar significa cobrar o poder em decisão o mais próximo da ação. Significa ainda transferir poder e compartilhar responsabilidade. É importante capacitar os diversos níveis gerenciais para poder delegar, Prover àqueles que receberam a delegação os recursos necessários É necessário saber delegar Princípios da Qualidade 8° PRINCÍPIO: Gerência de Informação e Comunicação Transparência no fluxo de informações dentro e fora da empresa Obedecer aos requisitos de agilidade, seletividade e integridade. Informação exata, para a pessoa certa e na hora correta. Princípios da Qualidade 9° PRINCÍPIO: Garantia de qualidade Ao estabelecer normas para o processo, o que se procura é assegurar a confiabilidade do processo, tornando-o estável Busca-se ao formalizar o processo Em qualquer atividade produtiva, fazer certo da primeira vez é o desejável Princípios da Qualidade 10° PRINCÍPIO: Busca pela perfeição A busca pela perfeição, ou seja, um padrão em desempenho cuja meta é o “defeito zero”, é um princípio que precisa ser internalizado por todo o pessoal da empresa, desde a alta administração até o “chão de fábrica Os desvios podem ocorrer e devem ser medidos com o uso das técnicas e ferramentas de qualidade, para que se localizem as razões das não-conformidades e sejam planejadas ações corretivas III - Normalizações IEC (International Electrotechnical Commission), criado em 1906. IEC Em 1926 foi criada a Federação Internacional das Associações Nacionais de Normalização (ISA ). Durante a Segunda Guerra Mundial, British Standards Institute (BSI) BS 5750 Em 1946 foi criada a International Organization for Standardization (ISO) - sede em Genebra (Suíça) American National Standards Institute (ANSI) Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) - 1992 Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - 1950 ELEMENTOS DA NORMA ISO 9001 10 países com maior número de certificações ISO 9001 - 2010 Posição País No. de Certificados 1 China 297,037 2 Itália 138,892 3 Rússia 62,265 4 Espanha 59,854 5 Japão 59,287 6 Alemanha 50,583 7 Reino Unido 44,849 8 Índia 33,250 9 EUA 25,101 10 República da Coréia 24,778 ELEMENTOS DA NORMA ISO 9001 1. RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO 2. SISTEMA DA QUALIDADE 3. ANÁLISE CRÍTICA DE CONTRATO 4. CONTROLE DE PROJETO 5. CONTROLE DE DOCUMENTOS E DE DADOS 6. AQUISIÇÃO 7. CONTROLE DE PRODUTO FORNECIDO PELO CLIENTE 8. IDENTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE 9. CONTROLE DE PROCESSO 10.INSPEÇÃO E ENSAIOS ELEMENTOS DA NORMA ISO 9001 11.CONTROLE DE EQUIPAMENTOS DE INSPEÇÃO E ENSAIOS 12.SITUAÇÃO DE INSPEÇÃO E ENSAIOS 13.CONTROLE DE PRODUTO NÃO-CONFORME Refugados Retrabalhados Usados como estão Devolvidos ao fornecedor Reclassificados para aplicações alternativas. 14.AÇÃO CORRETIVA E PREVENTIVA 15.MANUSEIO, ARMAZENAMENTO, EMBALAGEM, PRESERVAÇÃO E ENTREGA. ELEMENTOS DA NORMA ISO 9001 16.CONTROLE DE REGISTROS DA QUALIDADE • • • • • • Especificações técnicas Custos da qualidade Qualidade dos fornecedores Inspeção e medição Auditorias internas Análise crítica do projeto Reclamações dos clientes Qualidade do processo Desempenho do produto Ações corretivas Resultados de auditoria 17.AUDITORIAS INTERNAS DA QUALIDADE 18.TREINAMENTO 19.SERVIÇOS ASSOCIADOS 20.TÉCNICAS ESTATÍSTICAS IV - Ferramentas da Qualidade IV.1 BRAINSTORMING O brainstorming é uma técnica que tem como objetivo básico estimular um grupo de pessoas a produzir ideias e soluções para questões existentes de maneira rápida e direta. IV - Ferramentas da Qualidade IV.1 BRAINSTORMING Aplicação: O Brainstorming pode ser utilizado em todas as situações em que é necessário a geração de ideias. Na Gestão da Qualidade o brainstorming será utilizado em alguns momentos: Identificação das barreiras que afetam, ou impedem, o bom desempenho da qualidade na empresa; Identificação das causas das barreiras. Definição de procedimento para impedir o retorno dessas barreiras à qualidade. IV - Ferramentas da Qualidade IV.1 BRAINSTORMING Não há regras fixas para se formar um grupo de brainstorming, porém cabe algumas sugestões: O grupo deve ter de 4 a 12 membros Não existam muitas diferenças em suas relações de poder Contar com pessoas com conhecimento específico do problema a ser tratado e também com pessoas de conhecimento geral, que possa contribuir. O tempo ideal para uma sessão de brainstorming é de 30 a 45 minutos. IV - Ferramentas da Qualidade IV.1 BRAINSTORMING Etapas de Construção : Inicia-se as atividades com uma breve explicação sobre o problema e como funciona o brainstorming . O secretário anota todas as ideias da forma como forem sugeridas, porém pode-se discutir com o autor das mesmas uma forma reduzida para a anotação. Cabe ao coordenador procurar manter a atividade, incitando todos a contribuírem com ideias e caso não apareçam pode dar ideias próprias como incentivo. Antes de encerrar a sessão de brainstorming o coordenador, ou o secretário, deve ler todas as ideias e permitir mais alguns minutos para que surjam as últimas ideias. Com o auxílio do grupo o coordenador deve listar as ideias mais promissoras. Para tanto pode ser escolhido alguns componentes do grupo que devem selecionar as melhores ideias, justificando o porquê da exclusão das demais. IV - Ferramentas da Qualidade IV.1 BRAINSTORMING Considerações adicionais: É proibido criticar. Todas as ideias são válidas, mesmo quando parecerem impraticáveis. Limitações quanto a custo, possibilidade de implementação, política gerencial, tempo, entre outras, devem ser discutidas em uma fase posterior. O que se pretende no momento são as ideias. A forma de se expressar é livre. Não pode haver qualquer tipo de bloqueio à participação dos envolvidos, as ideias devem ser anotadas da forma em que são sugeridas. Todas as ideias pertencem ao grupo. Se um dos membros sugere algo todos devem se sentir livres para adaptar aquela ideia, com qualquer tipo de modificação. Deve-se registrar apenas as ideias e não os autores. IV - Ferramentas da Qualidade IV.2 MATRIZ DE DECISÃO É uma ferramenta utilizada para a priorização de elementos através da ponderação do impacto de critérios, previamente definidos, nos elementos com os respectivos pesos destes critérios. IV - Ferramentas da Qualidade IV.2 MATRIZ DE DECISÃO Aplicação: As matrizes de decisão podem ser aplicadas em diversos contextos, como por exemplo: Priorização das atividades; Escolha de processos críticos prioritários no contexto do gerenciamento da qualidade; Para a priorização das barreiras a serem atacadas; Para a identificação das causas que são mais críticas. IV - Ferramentas da Qualidade IV.2 MATRIZ DE DECISÃO Etapas de Construção Tabela 1 – Gravidade dos Critérios Gravidade do Critério Muito pequena Pequena Média Grande Muito grande Peso 01 02 03 04 05 IV - Ferramentas da Qualidade IV.2 MATRIZ DE DECISÃO Tabela 2 - critérios Código A B C D E F G Critério É crítico para os outros processos Contém excesso de controles Consome muitos recursos Afetam a eficiência do processo global Trata-se de um gargalo Gera impacto sobre o cliente Gera impacto sobre a organização IV - Ferramentas da Qualidade IV.2 MATRIZ DE DECISÃO A B C D E F G 0,2 0,15 0,1 0,25 0,15 0,1 0,05 Planejamento Distribuição Manutenção Recepção Figura 1. Matriz de decisão Total Total % IV - Ferramentas da Qualidade IV.2 MATRIZ DE DECISÃO Planejamento A B C D E F G 0,2 0,15 0,1 0,25 0,15 0,1 0,05 Total % 4 3 3 4 4 4 4 3,75 23,44 Distribuição Manutenção Recepção Figura 1. Matriz de decisão Total IV - Ferramentas da Qualidade IV.2 MATRIZ DE DECISÃO A B C D E F G 0,2 0,15 0,1 0,25 0,15 0,1 0,05 Total % Planejamento 4 3 3 4 4 4 4 3,75 23,44 Distribuição 4 4 5 4 5 5 5 4,40 27,50 Manutenção 4 5 5 5 5 5 5 4,80 30,00 Recepção 3 3 3 3 3 3 4 3,05 19,06 Total 16,00 100,00 Figura 1. Matriz de decisão IV - Ferramentas da Qualidade IV.3 – Gráfico de Pareto É usado para mostrar por ordem de importância, a contribuição de cada item para o efeito total. Para classificar oportunidades para a melhoria. É uma técnica gráfica simples para a classificação de itens desde os mais até os menos frequentes. Ele é baseado no Princípio de Pareto, que declara que muitas vezes apenas alguns itens são responsáveis pela maior parte do efeito. IV - Ferramentas da Qualidade IV.3 – Gráfico de Pareto Poucas causas levam à maioria das perdas, ou seja, “Poucas são vitais, a maioria é trivial.” (Juran). “poucos vitais” – representam poucos problemas que resultam em grandes perdas “muitos triviais” – representam muitos problemas que resultam em poucas perdas IV - Ferramentas da Qualidade IV.3 – Gráfico de Pareto Qualidade: Percentual de produtos defeituosos, número de reclamações de clientes, número de devoluções de produtos Custo: Perdas de produção, gastos com reparos de produtos dentro do prazo de garantia, custos de manutenção de equipamentos Entrega: Índices de atraso de entrega, índices de entrega em quantidade e local errados, falta de matéria-prima em estoque Moral: Índices de reclamações trabalhistas, índices de demissões, absenteísmo IV - Ferramentas da Qualidade IV.3 – Gráfico de Pareto Segurança: Número de acidentes de trabalho, índices de gravidade dos acidentes, número de acidentes sofridos por usuários do produto Máquinas: Desgaste, manutenção, modo de operação, tipo de ferramenta utilizada Matérias-primas: Fornecedor, lote, tipo, armazenamento, transporte Medições: Calibração e precisão dos instrumentos de medição, método de medição Meio Ambiente: Temperatura, umidade, iluminação, clima Mão-de-obra: Idade, treinamento, saúde, experiência Métodos: Informação, atualização, clareza das instruções IV - Ferramentas da Qualidade IV.3 – Gráfico de Pareto Falhas Ocorrências Atraso na entrega 155 Atraso na transportadora 125 Produto danificado 65 Faturamento incorreto 60 Separação errada 45 Pedido errado 30 Preço errado 20 Total Acumulado 500 Fonte: www.blogdaqualidade.com.br % Acumulado IV - Ferramentas da Qualidade IV.3 – Gráfico de Pareto Falhas Ocorrências Acumulado % Acumulado Atraso na entrega 155 155 31% Atraso na transportadora 125 280 56% Produto danificado 65 345 69% Faturamento incorreto 60 405 81% Separação errada 45 450 90% Pedido errado 30 480 96% Preço errado 20 500 100% Total 500 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Causas Falhas Ocorrências Acumulado %Acumulado Percentual Frequencia Pareto IV - Ferramentas da Qualidade IV.4 – Diagrama de Causa e Efeito O diagrama de causa-efeito, também conhecido como diagrama espinha de peixe (pela sua forma) ou diagrama de Ishikawa (nome de seu idealizador). É uma ferramenta básica que permite o mapeamento dos fatores principais e secundários que influenciam, negativamente ou positivamente, em um resultado. IV - Ferramentas da Qualidade IV.4 – Diagrama de Causa e Efeito IV - Ferramentas da Qualidade IV.4 – Diagrama de Causa e Efeito MÉTODO 6 M’s MÃO-DE-OBRA: Questões pertinentes à formação, qualificação, comportamento dos funcionários. MÉTODO: a forma como o processo analisado é realizado, a organização das informações e do trabalho. MÁQUINA: todos os equipamentos e sistemas (informática, telecomunicações, etc.) utilizados para a realização do trabalho. MEDIDA: de que forma o resultado é medido, a supervisão do comportamento do processo. IV - Ferramentas da Qualidade IV.4 – Diagrama de Causa e Efeito MEIO-AMBIENTE: características físicas do ambiente de trabalho (temperatura, ruídos, iluminação, etc.) , bem como a relação as pessoas da organização (motivação, remuneração, relação entre diferentes níveis hierárquicos). MATÉRIA-PRIMA: característica dos insumos necessários para a realização do processo. RESULTADO: o efeito do conjunto de fatores, desejáveis e não-desejáveis, listados acima. IV - Ferramentas da Qualidade IV.4 – Diagrama de Causa e Efeito