NORMA METODOLOGIA PARA CÁLCULO DO FATOR DE TRANSFERÊNCIA “X” APLICADO NOS REAJUSTES DE TARIFAS DO SERVIÇO TELEFÔNICO FIXO COMUTADO DESTINADO AO USO DO PÚBLICO EM GERAL – STFC Novembro de 2009 Lei Geral de Telecomunicações Lei 9.472/97 Art. 103. Compete à Agência estabelecer a estrutura tarifária para cada modalidade de serviço. § 1° A fixação, o reajuste e a revisão das tarifas poderão basear-se em valor que corresponda à média ponderada dos valores dos itens tarifários. Art. 108. Os mecanismos para reajuste e revisão das tarifas serão previstos nos contratos de concessão, observandose, no que couber, a legislação específica. ... § 2° serão compartilhados com os usuários, nos termos regulados pela agência, os ganhos econômicos decorrentes da modernização, expansão ou racionalização dos serviços, bem como de novas receitas alternativas. COMPARTILHAMENTO DE GANHOS NO CONTRATO DE CONCESSÃO ATUAL CAPÍTULO XII - DO REAJUSTAMENTO DAS TARIFA CLÁUSULA 12.1 FÓRMULA DO TETO OU CESTA TARIFÁRIA (Asst + nto x MINt) < (1-k) x Ft x (Assto + nto x MINto) $ CESTA Período t $ CESTA Período t0 Onde: Ft = VARIAÇÃO DO IST k = X + FA (REDUTOR DA CESTA) X = FATOR DE TRANSFERÊNCIA FA = FATOR DE AMORTECIMENTO. I – 0 para variações do IST, até 10%; II – 0,01 para variações do IST entre 10% e 20%; III – 0,02 para variações do IST acima de 20%. FATOR X NO CONTRATO DE CONCESSÃO ATUAL CAPÍTULO XII - DO REAJUSTAMENTO DAS TARIFAS CLÁUSULA 12.1 FÓRMULA DO TETO OU CESTA TARIFÁRIA § 1º Para o período de 1º de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2007, o fator de transferência X será estabelecido pela Anatel com base em metodologia simplificada que inclua, dentre outros, os dados físicos e econômicos referentes aos produtos assinatura mensal e minuto de utilização, bem como aos fatores materiais, pessoal, serviços e depreciação. . § 2º A partir de 1º de janeiro de 2008, o fator de transferência X será estabelecido pela Anatel com base em metodologia que considere a otimização dos custos de prestação do serviço, nos termos da regulamentação. § 3º Caso o valor resultante do cálculo do fator de transferência X seja negativo, será adotado para o mesmo o valor 0 (zero). FORMULAÇÃO DO FATOR X RESUMO • O FATOR X REDUZ TARIFA (1-X) – • • QUANTO MAIOR O FATOR X MENOR O VALOR DAS TARIFAS REAJUSTADAS A REDUÇÃO DE TARIFA IMPLICA: – TRANSFERÊNCIA PARCIAL CONCESSIONÁRIA DE GANHOS ECONÔMICOS DA – INCENTIVO A BUSCA DE EFICIÊNCIA (REDUÇÃO DE DESPESAS, MELHORIA DA OFERTA...) A TRANSFERÊNCIA PARCIAL SIGNIFICA O COMPARTILHAMENTO DOS GANHOS ECONÔMICOS, NOS TERMOS DA LEI – GANHOS DE MODERNIZAÇÃO, EXPANSÃO, OU RACIONALIZAÇÃO FATOR X - CARACTERIZAÇÃO DO GANHO ECONÔMICO GANHO ECONÔMICO ENQUANTO PROVEITO A SER COMPARTILHADO EM REAJUSTE TARIFÁRIO GANHO ECONÔMICO = GANHO GANHO GANHO MODERNIZ. + RACIONALIZ. + EXPANSÃO GANHO ECONÔMICO = GANHO DE PRODUTIVIDADE EFEITOS DA FÓRMULA DE REAJUSTE IST & FATOR X (06/2005-10/2009) Evolução: Tarifas x Índices de Reajuste 125,00 120,00 115,00 110,00 105,00 100,00 IGP-DI IPCA IST Tarifa do STFC set/09 jun/09 mar/09 dez/08 set/08 jun/08 mar/08 dez/07 set/07 jun/07 mar/07 dez/06 set/06 jun/06 mar/06 dez/05 95,00 FATOR X VISÃO CONCEITUAL PREMISSAS PARA A METODOLOGIA: • • • • • ESTÍMULO À OTIMIZAÇÃO DE CUSTOS E À MAXIMIZAÇÃO DOS GANHOS A SEREM COMPARTILHADOS TRANSPARÊNCIA AUDITABILIDADE E CONFIABILIDADE PERENIDADE VARIAÇÃO DE PREÇOS CAPTURADA PELO IST FATOR X ESSÊNCIA METODOLÓGICA DADOS DAS CONCESSÕES CALCULA ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE ÍNDICE < 0 ? sim não “c” COMPARTILH. CALCULA FATOR X X = c x [1-(1/íNDICE)] FATOR X = 0 (CONTRATO) FATOR X ESSÊNCIA METODOLÓGICA • A FORMULAÇÃO DO FATOR X DEVE: – ESTIMAR ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE – INDICAR A RAZÃO DE COMPARTILHAMENTO (c) INCENTIVO AO GANHO PROD. 0 1 NÍVEL DE COMPARTILHAMENTO FATOR X ESSÊNCIA DA FORMULAÇÃO • O QUADRO COMPARATIVO DEMONSTRA AS OPÇÕES DE ADOÇÃO DE TÉCNICAS DE MEDIÇÃO DE PRODUTIVIDADE: Método total Método de índices PTF Método de fronteira Não paramétrico DEA Paramétrico SFA FATOR X ÍNDICES EMPREGADOS • ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FATORES “FISHER” (IPTFF) • ÍNDICE DE FRONTEIRA “DEA” - DATA ENVELOPMENT ANALYSIS – (IPTFDEA) CARACTERIZAÇÃO DO GANHO ECONÔMICO IPTFF PROCESSO PRODUTIVO FATORES P’’ > 0 PRODUTOS + P1 - P0 P’< 0 FATORES PRODUTOS IPTFF ESSÊNCIA DA FORMULAÇÃO O ÍNDICE DE LASPEYRES MANTÉM FIXOS OS PREÇOS EM UMA CESTA DE BENS NO PERÍODO BASE E OBSERVA COMO AS QUANTIDADES DESSES BENS VARIAM AO LONGO DO TEMPO, OU SEJA: N L0,1 Onde, i i p q 0 1 I 1 n i i p q 0 0 i q w0i 1i q0 i 1 n = i 1 i r w0i 0 R0 Sendo: i - r0 a receita do produto i no período base; - R0 a receita total do período base. IPTFF ESSÊNCIA DA FORMULAÇÃO O ÍNDICE DE PAASCHE, DIFERENTEMENTE, MANTÉM FIXOS OS PREÇOS NO PERÍODO PRESENTE E DETERMINA A VARIAÇÃO DAS QUANTIDADES NOS PERÍODOS ANTERIORES, ISTO É: N P0,1 Onde, p I 1 n i 1 = p i 1 q1i i 1 q 0i 1 q0i w i q1 i 1 n i 1 r1i w R1 Sendo: i 1 i - r1 a receita do produto i no período base; - R1 a receita total do período base. IPTFF ESSÊNCIA DA FORMULAÇÃO ÍNDICE DE FISHER É O PROPOSTO PARA O IPTF – Média Geométrica de LASPEYERES E PAASCHE, representado por: IPTF IQP IQF n i i q t rt n 1 0 IQP i x x i i i 1 qt R q r i 1 t0 t0 t 0 x i qt Rt n i i n g t d t0 1 IQF i x x i i i 1 g t D g d t 0 i 1 t0 t 0 x i g t Dt 1 2 1 2 IPTFF PRODUTOS E FATORES - PRODUTOS E FATORES CONSIDERADOS • REPRESENTATIVOS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS; • OBSERVAM QUANTIDADES E INDICADORES DE PRODUTOS E FATORES; • OBSERVAM RESPECTIVAS RECEITAS E DESPESAS; • DEVEM ATENDER AOS PRINCÍPIOS DE CAUSALIDADE E AUDITABILIDADE; • A SELEÇÃO DE PRODUTOS E FATORES DEPENDE DA DELIMITAÇÃO DO PROCESSO ECONÔMICO DE REFERÊNCIA. IPTFF PRODUTOS E FATORES PRODUTOS PRODUTO INDICADOR DE REFERÊNCIA Serviço Local Quantidade média de terminais em serviço. Chamadas Inter redes (VC1) Quantidade de Minutos Fixo-Móvel Local Telefonia de Uso Público e Créditos Pré-Pagos Serviço de Longa Distância Remuneração de Redes Quantidade de Créditos Faturados (comercializados) Quantidade de Minutos Fixo-Fixo/Fixo-Móvel/MóvelMóvel/Móvel-Fixo em Chamadas de Longa Distância Nacional e Internacional Quantidade de Minutos recebidos de TU-RL e TU-RIU Cessão de Meios – EILD e Quantidade de Banda Total Contratada Comunicação de Dados FATORES DE PRODUÇÃO FATOR INDICADOR DE REFERÊNCIA Pessoal Quantidade de Pessoal Empregado Material Despesa deflacionada. Interconexão Quantidade de Minutos TU-RL, TU-RIU, Transporte e VU-M Interconexão IP e Capacidade total de portas IP utilizadas para acesso Complementaridade de Rede ao backbone Internet mundial e quantidade total de banda contratada. Outros Serviços de Terceiros Despesa deflacionada. Outras Despesas Despesa deflacionada. Operacionais Capital Base de Remuneração. IPTFF ABRANGÊNCIA DE ACORDO COM A NORMA PROPOSTA, A RAZÃO DE PRODUTIVIDADE (E) É CALCULADA PARA CADA CONCESSIONÁRIA DO STFC. PROD. POR EMPRESA j = Et1 EFj Et 0 O RESULTADO FINAL DA PRODUTIVIDADE OBTIDA PELO MÉTODO DE FISHER SERÁ A MÉDIA DA PRODUTIVIDADE CALCULADA PARA CADA EMPRESA, PONDERADA PELA RESPECTIVA RECEITA LÍQUIDA, RESULTANDO NUM ÍNDICE ÚNICO NACIONAL. FATOR X DIMENSÃO TEMPORAL PERÍODO COMPREENDIDO NO CÁLCULO BIÊNIO ANTERIOR AO DO ANO DO REAJUSTE: FATOR X2009 É BASEADO NO CÁLCULO DO IPTF 2008/2007 COMPOSTO COM O IPTF DEA Cost CALCULADO PARA OS ANOS DE 2005, 2006 E 2007 IPTFF ASPECTOS RELEVANTES - SIMPLICIDADE TEÓRICA E PRECISÃO IMPLEMENTAÇÃO FÁCIL JÁ UTILIZADO PELA ANATEL RECONHECIDA EM PLANO INTERNACIONAL - NÃO CONSIDERA OTIMIZAÇÃO DE CUSTOS IPTF – Data Envelopment Analysis (DEA) Dentro dos estudos acerca dos métodos de medida de eficiência por Fronteira ou Índice, há três classes gerais de formas de medição de produtividade: • Produtividade Total dos Fatores; • Modelos paramétricos; • Não-paramétricos. IPTF – Data Envelopment Analysis (DEA) • Modelos de Produtividade Total dos Fatores (PTF): Afere os ganhos de produtividade, mas não garante a otimização; • Modelos Paramétricos: Os modelos que levem em consideração a estimação estatística de coeficientes que captem a variação dos ganhos de produtividade. Podem ser baseados: • Em componentes determinísticos, como é o caso do Corrected Ordinary Least Squares (COLS); • Em componentes estocásticos, como a Stochastic Frontier Analysis (SFA), com diversas formas econométricas de estimação. IPTF – Data Envelopment Analysis (DEA) Modelos Não-Paramétricos: São formas matemáticas de estimação de produtividade comparada, baseada na resolução de algoritmos de programação linear. Como exemplos temos: • Data Envelopment Analysis (DEA); • Free Disposal Hull (FDH). IPTF – Data Envelopment Analysis (DEA) • OPÇÃO PELO DATA ENVELOPMENT ANALISYS (DEA) • Vantagens: • Pode ser aplicado em um contexto de vários insumos e produtos; • Aplicável a qualquer tipo de empresa ou setor; • Não exige especificação funcional (não é necessária suposição acerca da distribuição das variáveis); • É aplicável em pequenas amostras; • Avaliação de eficiência comparativa a partir de dados reais; • Modelo mundialmente reconhecido. IPTF – Data Envelopment Analysis (DEA) • COMO FUNCIONA O MODELO (DEA) - Produto-orientado ELABORAÇÃO DE UMA FRONTEIRA EFICIENTE ONDE A EMPRESA PODE OBTER O MÁXIMO DE PRODUTO PARA UM DADO CONJUNTO DE INSUMOS E TECNOLOGIA IPTF – Data Envelopment Analysis (DEA) AS EMPRESAS QUE ENCONTRAM-SE SOBRE A FRONTEIRA ESTÃO EM NÍVEL MÁXIMO DE EFICIENCIA PARA OS INSUMOS E TECNOLOGIA DADOS. NESTE CASO, NENHUM GANHO DE PRODUTIVIDADE É POSSÍVEL, SEM ALTERAR A QUANTIDADE DE INSUMOS OU A TECNOLOGIA ADOTADA. PARA AS EMPRESAS QUE ENCONTRAM-SE ABAIXO DA CURVA, UM AUMENTO POSSÍVEL DOS PRODUTOS É DADO PELA EXPANSÃO RADIAL DA OBSERVAÇÃO ATÉ A FRONTEIRA. IPTF – Data Envelopment Analysis (DEA) FÓRMULAÇÃO MATEMÁTICA i FDEA t m t t0 i 1 m in c it g it Descreve um modelo de estimação de uma fronteira eficiente e as distâncias de cada firma em relação ao envoltório convexo da fronteira. su jeito a : g it g q rt q n j 1 j ij ij , (i 1, , m) rj j ,( r 1, , s ) 1, j 0 j. IPTF – Data Envelopment Analysis (DEA) PERÍODO COMPREENDIDO NO CÁLCULO TRIÊNIO ANTERIOR AO DO ANO DO REAJUSTE: FATOR X2009 É BASEADO NO CÁLCULO DO IPTF 2005/2004 x IPTF 2006/2005 x IPTF 2007/2006 COMPOSTO COM O IPTF FISHER ASSIM, O IPTF DEVE SER ANUALIZADO PARA QUE SEJA APLICADO EM CADA UM DOS ANOS DO PERÍODO DE VIGÊNCIA: IPTF DEAw (1 / VF ) i 1 3 IPTF – Data Envelopment Analysis (DEA) PONTOS DE DISCUSSÃO • Escolha das variáveis de entrada; • Sensibilidade a dados espúrios; • Elevado número de insumos e produtos comparativamente ao número de firmas; • Interdependência e sobreposição de efeitos de metodologias combinadas (ex: IPTF & DEA). FATOR X COMBINAÇÃO DOS ÍNDICES Como tratar os índices Fisher e DEA: 1. Utilizar só o Índice de Fisher: não considera otimização de custos 2. Utilizar só Índice DEA: não compartilha ganhos já auferidos e apurados pelo Índice de Fisher 3. Utilizar Índices de Fisher e DEA combinados: como compor? Proposta IPTFwi IPTFFWi IPTFDEAwi FATOR X FÓRMULA DE CÁLCULO A FÓRMULA FATOR X DEVE CONSIDERAR: - O FATOR PRODUTIVIDADE - O NÍVEL DE COMPARTILHAMENTO ENTRE CONCESSIONÁRIA E USUÁRIO PORTANTO: 1 X c (1 ) IPTF FATOR DE COMPARTILHAMENTO ONDE, c = 0,50, PARA O IPTF FISHER; c = 0,75, PARA O IPTF DEA. FATOR DE PRODUTIVIDADE FATOR X CONCLUSÕES • A METODOLOGIA PROPOSTA EMPREGA ÍNDICES (Fisher e DEA) RESPALDADOS NA LITERATURA E ATENDE AOS OBJETIVOS REGULATÓRIOS – O ÍNDICE DEA CONTEMPLA A OTIMIZAÇÃO DOS CUSTOS DE PRESTAÇÃO COM BASE NA BUSCA FRONTEIRA EFICIENTE CONSTRUÍDA A PARTIR DA REALIDADE DAS CONCESSIONÁRIAS – A FIXAÇÃO DE UM FATOR X ÚNICO NACIONAL FORTALECE O CONCEITO DE FRONTEIRA (DIVERSIFICAÇÃO DAS FIRMAS) – O ESCOPO ABRANGENTE (TELEFONIA, COMUNICAÇÃO DE DADOS E OUTRAS RECEITAS ALTERNATIVAS) ESTÁ ALINHADO COM A CONVERGÊNCIA DOS SERVIÇOS E JÁ É EMPREGADO ATUALMENTE – O PRAZO TRIENAL PERMITE ADEQUAÇÃO DA EXPLORAÇÃO AOS REQUISITOS DE PRODUTIVIDADE • A COMBINAÇÃO (MULTIPLICAÇÃO) PROPOSTA DOS ÍNDICES, PARA EFEITO DE REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES, É INOVADORA OBRIGADO