www.arvoredoleite.org Esta é uma cópia digital de um documento que foi preservado para inúmeras gerações nas prateleiras da biblioteca Otto Frensel do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), antes de ter sido cuidadosamente digitalizada pela Arvoredoleite.org como parte de um projeto de parceria entre a Arvoredoleite.org e a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes para tornarem seus exemplares online. A Revista do ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu nome foi alterado para o atual. Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos portais para o passado, o que representa uma riqueza de história, cultura e conhecimento. Marcas e anotações no volume original aparecerão neste arquivo, um lembrete da longa jornada desta REVISTA, desde a sua publicação, permanecendo por um longo tempo na biblioteca, e finalmente chegando até você. Diretrizes de uso A Arvoredoleite.org se orgulha da parceria com a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes da EPAMIG para digitalizar estes materiais e torná-los amplamente acessíveis. No entanto, este trabalho é dispendioso, por isso, a fim de continuar a oferecer este recurso, tomamos medidas para evitar o abuso por partes comerciais. Também pedimos que você: ● Faça uso não comercial dos arquivos. Projetamos a digitalização para uso por indivíduos e ou instituições e solicitamos que você use estes arquivos para fins profissionais e não comerciais. ● Mantenha a atribuição Arvoredoleite.org como marca d'água e a identificação do ILCT/EPAMIG. Esta atitude é essencial para informar as pessoas sobre este projeto e ajudá-las a encontrar materiais adicionais no site. Não removê-las. ● Mantenha-o legal. Seja qual for o seu uso, lembre-se que você é responsável por garantir que o que você está fazendo é legal. 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A constitu i cão he re ditária do hospe d e i ro, i sto é, d � ser �uscetível à doen ca' 2. A entidade ou agente patogên ico e ' 3� O meio a m b i ente. leite ('''iodro!. Dt" :tOOO e U m d o s m a i s p ree m i n e ntes geneticistas da atua l ida de, J oh n W. Gowen, atu a l me n te no Colégio Esta d u a l de l owa, E.U.A., ao trata r das doenças que afeta m os sêres vi vos, refere que as modifi cações no estado h í g i do, res u l tam da com b i n a cão de três fa' tôres : '.: • ... ... .••.. N OVEM BRO-DEZEM BRO Genética Tôda a maquinAria .If� que V" $. necessita para aperfeiçoar 011 BUIllt'ntar 11 produção da !lua ID d(lslrta e auf�nr re,ullltdos cada vez malore.. eIlCII/ltra-�e à lua Jisp0:-I\;ão Il'a nova linha ALFA l.AVAI.: .b�/� . �.�.. �. :•...•... Ex-Felcti a n o A i nfluência da he ra nça, na' m a n i festa ção das doenças, foi e ntrevi sta, possive l mente, h á cêrca de ci nco m i l a nos, confor me nos dão conta os p a p i ros e outros do cumentos, deixados pelos povos que h a b i ta ram o a ntigo Egito e a G récia. No sécu l o 1 9, com o desenvolvi mento do conceito de que a mol éstia específica res u l ta de um contág i o ta mbém específico e com as no táve is descobertas de Pasteur, Koch e ou tros caçadores de m icroorg a n i smos pato g ê n i cos, o papel do patri mônio he red itário foi re legado a um p l a no secundário. Então, tôd as as atenções se vol vera m para os agentes de infecção, que eram descobe rtos d i a a pós d i a, em consequência de i ntensa pesquisa, fe ita nos mais d i versos centros de estudo do g lobo. Somente depois de 1 906, va l e d izer a pós o redescobri mento das l e i s de Mendel, as a ntigas i déias fo ram retom adas. Com o ad vento da Genética e da consorciacão dos conce itos mende l i anos às obse rva�ões sô b re o com porta mento cel u l a r na �eprodu� ção, tornou-se i n te l i g ível que mu itos esta d os mórbidos não depend i a m exc l u s ivamen te da ação de bactéri as, ricketsi as, vi rus e de a i nda outros agentes encontrados ao der redor dos a n i ma i s e das p l a ntas. Veri fi cou-se, i g u a l mente, que a virulência das bactérias, em determ i n a d o hospedei ro, ou n a p resença de certos agentes, como os a n- t ibióti cos, pod i a ser substâ n c i a l mente mo d ificada. Estudos dessa natu reza, ou seja, sôbre a va riação e a mutação dos micro o rg a n ismos causadores de i n feccão ' a inda se � c h a m na i nfância. Já existe, porém, um I m porta nte cap ítulo das ciências bioló g icas que trata espec i a l mente da genética dos o rg a n i smos patogênicos para o homem, os a n i mais dom ésticos e as p l a ntas culti va das. Plantas resistentes às doenças A genética vegeta l teve um desenvo lvi mento mu ito mais rápido que a genética a n i ma l , ta nto no que se refere ao mel ho ra mento da p rodução como no que con cerne às doenças. As razões são óbvias. No homem e nas espécies pecuárias o trata mento médico é uma i mposição i n e l utáve l ao passo que em re l ação às p l a ntas, o que mais i n te ressa é a cria cão de variedades ou l i n hagens portadora s ' de resistência he red itária a u ma ou mais doenças. Assim, a criação e m u l t i p l icação dessas va rieda des de vegeta is res isten tes a nu merosas pragas e doenças constitui, hoje, um dos maiores g a l a rdões da genética moderna . Se fizés semos u ma l ista de va riedades de cereais e de frutos d i versos, res istentes a agentes patog ê n i cos, e l a cobri ria várias pág i n as. Pontos i m porta ntes no desenvolvi mento de p l a ntas res istentes são os seg u i n tes : 1 . O agente patogên ico - vi rus, fungo, bactéria, i nseto ou verme - n ã o é, p rovàvel me nte, e rra d i cáve l . 2. Dentro de uma espécie ou de um gênero, a l gu mas pla ntas são ca pa zes de sobreviver ou de se acomod a r com o agente no�ógeno, ao passo que outras não o são' e 3. Através da m u l ti p l icação dos genes favoráve is e dos i n d ivíduos res iste n tes, poder-se-á obte r l i n hagens ou va rie dades resistentes. o problema nos animais O p roblema da j"esistência genética dos a n i ma i s às enferm idades é, no d izer de Eri ksson m u i to a mplo e de tra nscendental i m po rtâ n c i a . O conce ito de uma resistência digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 4 N OVEMB RO-DEZEMB RO he red i tá ria, ass i m c o m o de uma s uscepti b i l idade ma ior às doenças, é ve l ho. Mas a s p rovas expe ri menta i s com a n i ma i s do mésti :: os são rec � nte� e a i n d a em peque n o n u mero. Os p r i m e i ros estudos fora m fei tos sôbre as chamadas defo rmi dades co n g ê n itas, como, por exem plo, as n u merosas ma l formações que a p a recem nos fetos e n os ,neon a tos, ta is como as que chama mos ' hoje, de a n o m a l ias l eta is. Seg u nd o McPhee, zoogeneticista norte a me ricano, a hera nça pode rel aciona r-se com as doenças através de quatro vias : 1 . Pel a resistência h e reditá ria, específica de certas raças, l i n hagens, ou i n d ivíduos a de term i nadas doenças i nfectuosa s ; 2. Pe lo vigor herdado, em face da resistência a o a gente patogên i co ; 3. Pel a s va riacões here ditárias que podem ocorrer no �rganismo produtor de doença, dando l ug a r ao a p a re cimento de raças e l i n hagens de virulência d iVérsa exa ltada ou atenuada ; e 4. Pe las anoma l ias específicas que são, em m u i tos casos, efetiva mente l etais. . D u ra n te m u i to tempo a maior pa rte das i nformações p rove n i e ntes de tra bcil hos ex p e ri menta i s se referi ra m ao qua rto i tem. Através dessas pesq u isas foi poss íve l deter m i n a r que vá rias a noma l ia s são rea l mente d evidas a fatôres genéti cos (de co m po rta mento quase sem p re · r ecess ivo) . O conheci mento do modo de tra nsmissão dêsses d i s t ú rbios em aves, coel hos, suín os, ovi nos equi nos e bov i n os, tem permitido ao zootecn i s ta a form u l ação de medidas p ráticas que visam ao ri goroso afastamento dos rep ro duto res, p rovados ou suspeitos, n otadamen te dos tra b a l hos de i n se m i n a cã o a rtifi c i a l: I nfe l izmente, o meio de contr61e das doen ças nos -a n i m ais é quase sempre d ifíc i l , complexo e oposto à q u e l e que q fitos a n i ta ri sta pôde uti l izar com eficácia. O utra ci rcu nstâ n c i a i m po rtante é que o téc n i co em mel h ora me nto de p l a n tas pode fornecer ao l avra dor sementes rigorosame nte p rod uzi das por l i n hagens resi ste ntes às doenças e as p l a ntas res u l ta ntes conti n u a m refratá rias d u ra nte sucessivas ge rações porque sua pu reza genética se m a n tém re l ativa mente cons ta n te, através da a u tofecundação, meio na t u ra l de p ropagação de mu itos vegeta i s de uti l i dade econômica. Contrà ri a men te, o criador não pode l a nça r mão d êsse rec u r so, pois o máximo de endog a m i a que ê l e p o d e rea l izar é a reprodução e m con s a n g u i n i dade estreita ou i ncestuosa, que r a - Ex-Felctia n o ra mente p roduz res u l ta d os satisfatórios, ma.rcad a mente em re l ação ao vigor consti tuc i o n a l que é efetivqmen te o atri buto de seja do. O fitopato log i sta a p rove i ta o advento das menores va ri ações favoráve is, p a ra o de senvolvimento de l i n hagens to l e ra n tes à do ença. Po r vêzes essa to l e râ ncia é pequena e t �� d e ser a u � i l i a d a pelo em prêgo d e i n .set l c l d a s e fu n g i cidas p a ra m i n ora r a se veridade dos p reju ízos. Adversa mente' o veteri n á ri o n ecess i ta conce ntra r todos os seus � sfo rços n a erra d i cação d o agente pa t<? g ê n l co ou n a d i m i n u ição de sua frequên Cla, a u m n íve l suficien temente ba ixo ou to l e rável, sem cog itar, propri ame n te das d i fe re nças genéticas existentes entre os a n i n ; a i s, n o que concerne à sua capacidade de viver em acomodacão com o fator i n dese jáve l , que não pode ser e l i m i n ado. Nesse pa � ti cula r, H u tt, u m dos zoog eneticistas que mais se p reocupam com o assunto diz o seg u i n te : " Q u a n d o os meios de e ; ra d ica ção se tornam i n ca pazes) quando os des i n feta n tes e o s a ntibi óti cos de ixa m de cum p r i r sua m i ssão, invoca-se a p roteção do hosped e,i ro com sô ros e va cina s. Todavia êsses meios, 'ta n to podem proteger o a n i � m a l biolog i camente i n ca paz, como espéci me g eneti camente s u perior e res iste n te. Em mu itos casos, nas campa n ha s de erradica ção, todos os a n i m a i s são i m p i edosa mente sacrificados, i n c l usive os res istentes, com o f � to de p roteg er, com segura nça, os p l a n téis situados n a vizi n h a n ca." Ao lado d i sso h á o t e m o r p e l o s i n d ivíduos que são porta do res i n d iferentes de u m dete rmi nado germe patog ê n ico. N o setor das p l a nta s cu l tivadas, uma re visão fe i ta por W a l ker, h á n ove a nos, men cionava q ue, e m re l ação a 1 9 vegeta i s co m u n s, que eram a ta cados por 74 doencas, havia sido demonstrada, com a excecão' de lima só entidade mórbida, u ma resi;tên cio de n atu reza i n d i scutive l mente genética. Em OUlTOS 52 casos os ma l es p od i a m ser com� bati dos, com p l eta ou parc i a l mente, med i a n t e e m p rêgo de variedades que a l i avam, e m si, res istência, p rod utivi dade e outras q u a l i da des desejáveis e econômicas. N o concernente aos a n i m a i s domést i cos, os casos em que a resi stê ncia genética tem s i d o d e l i be rad a me nte uti l izada para a for mação de raças ou l i n h agens que sejam con comita n temente p rodutivas e refra tá rias ou pouco sensíve i s às doe nças, são a i nda Ex-Fe l ctia n o i I N OVEMB RO-D EZEM B RO pouqulssl mos. Mas êste' setor da Genética a p l icado à Zootecn i a e à Vete r i n á ria, j u s � ta mente por ser q u ase i nexp l orado e. d ifíci l , não de ixa de ser rea l m e nte fasci n a n te e merecedor das m a io res a te nções, mormen te dos técnicos i nc u m bi dos de solver p ro blemas da criação econômica d a s espécies pecuárias nas reg i ões de c l i ma s tidos como d esfavo ráve is. Vej a m a seg u i r, b revemente, a l g u n s p ro b l emas es pecíficos das rel ações e ntre a Ge n ética e a s Doenças dos B ovi n os. 1. Esterilidade A i m portâ ncia da h ered ita riedade n o de term i n ismo da ferti l idade é de com p rova ção basta n te d i fíci l. Seg u ndo Eri ksson, tem se i nvesti g a d o m u i to sôbre o assu nto. E n t r e outras ca racte rísticas tomou-se a d u ra ç ã o do i n te rva l o entre os pa rtos c o m o m e d i da de fecu n d idade da v a c a . U m a rep ro d utora normal deve ria p rod uzir u m bezer ro por a no, va l e d izer, den tro de 365 d i a s, a p roxi mada men te. Se êsse i nterva l o fo r m a i o r s i g n ifica tra n stornos n a eficiência re p rod utiva. Por isso tem-se estudado a re peti b i l idade e a h e rd a b i l idade, através dos métodos adequados; mas, conforme pode mos a j u izar da tabela org a n izada por Rol l i n son, os val ores são ba ixos, s i g n ifica n d o que a h era nça é de pequena i m portâ ncia no que se refe re ao i n terva l o e ntre as crias. Não obsta nte, como adve rte Eri ksson, à fecu nd idade foi considerada como se fôs se uma q u a l idade u n iforme e depende nte só da' vaca, quando a ca racterística visada depe n de também do p roprietá rio do a n i m a I . Se o dono deseja a traza r ou a d i a nt a r a pa rição i sso p o d e ser rea l izado. Portanto, seria m a i s co rreto usar os i n terva los e ntre os cios como medida do esta do sexua l da vaca. O utra via de a preci ação é a dete r m i n ação do n ú mero de s e rviços por p re n hez o u o retôrno do cio aos 60 d i a s da g estação. Tôdas essas med idas são, porém, sugeita s a críticas posto que os casos m a i s g raves de esteri l i dade s ã o exc l u ídos, ta i s como, o s das n ovi l ha s que n u nca exi b i ra m estro o u q u e n u n c a ficaram p re n h es. O re ferido a utor nórd i co relembra que é i mpos s ível formar uma o p i n i ão d efi n ida d a i m p o rtâ ncia da h e ra nça, se se toma e m con s i deração u m com p l exo ou con j u nto d_ e q u a l i dades, sem especifica r. Natura l me nte, n ã o é poss íve l u ma a n á l ise gen ética basead a e m estatísticas massais. Pág. 5 Deriva ux, resu m i ndo os estudos rea l iza dos sôbre a hered i ta ried ade e a ferti l i da d e d i z : " A ferti l i dade normal deriva, prin c .i p a l mente, de fatôres do meio a m b i ente' a i n te ração -dêsse com o genóti po exerc � u m papel i m porta n te n a fe rti l i dade; a me l ho r via p a ra a u mentar essa ca racterística co nsiste em p rocurar o gado mel h o r a d a p tado às cond ições p a rtic u l a res do embien te. As va ri ações observa das e m u m mesmo touro n o d ecorrer de sua ca r re i ra depende esse n c i a l mente d o meio, a o passo que a s d i ferenças perma n en tes, constatadas e ntre tou ros, são devidas à h e ra nça" . A despeito do q u e f o i refe rido é sabido que os fatôres h e reditá rios exercem u m pa pei assaz i m porta n te n o a p a reci mento de d i stúrbios sexu a i s d i ve rsos : h i poplasia, i m potência coeundi, l i bi d o i n s ufici ente, a no m a l ias espermáticas, doença da novi l h a b ra nca, etc. Ass im, o a u mento d a ferti l i da de dos reba n hos depende da e l i m i n ação dos i n d ivíduos portadores d êsses fatôres i n desejáveis e, consequentemente, a ntes de trata r um caso de desvio da ferti l i dade nor mal é n ecessário sa ber se o d i stúrbio não tem ra ízes n o patri m ô n i o h e red i tário. 2. Mastites Mastite é u ma doe nça co m p l exa, enzoó tica, res u l ta n te do i ntercâ mbio de n u mero sos age n tes causad ores de i nfecção, com as p ráticas do manêjo do gado e com a he rança . A i m portâ ncia do p roblema é enor me. Seg u n d o uma comi ssão a merica na, de d i cada aos assu ntos da prod ução l eiteira, reu n i d a e m Storrs, Con necticut, em 1 956, as m a m i tes e ra m, das doenças d os bovi nos, não co ntro l adas satisfatori a mente, as que p roduziam m a io res p reju ízos. De acôrdo com a Divisão de Pato l o g i a do " B u reau d e I n dústria A n i ma l " d o s Estados U n i dos, o s d a n os a n ua i s causados p o r essa doença fo ra m ca l c u l a d os, e m data não d i sta nte, e m cê rca de U S $ 1 40.000.000, va l e d izer, cê rca de 25,9 bi lnões de c ruzei ros, monta nte bem su perior a o de o utras ca usas i m porta ntes de perdas de bov i n os. Mei s n e r e D a l rymple, em referê n c i a a reba n h os pertencentes a seis i n stitu ições que possu i a m g ado p u ro e con trol a d o p e l a s " DH IA", d a raça H o l stei n Fries i a n, e n con tra ra m que as mastites e com p l i cações a ssociadas concorri a m com 30/% e ntre as causas de e l i m i n ação de va cas. O u t ra fonte i n d ica que a perda de l e i te, c a u s a d a p e l a ocorrência de mamites, é digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 6 NOVEMBRO-D EZEMBRO da ordem de 1 ,7 bi I hões de I itros nos Es tados· U n idos, sendo, pois, maior do que a p rodução do Estado de São P a u l o em 1 959 (estimada em 1 ,3 b i l hões de 1.). N u merosos são os casos c l ín icos descri tos e as h istórias de fam íl ias de vacas que deixam entrever o papel da hera nça na. suscet i b i l idade às mastites. Tra ba l hos d i versos, publ icados na Alema n ha e nos Es tados U n idos, apoiam êsse ponto de vista. Murphy, notável especi a l i sta em mastites encontrou uma n ítida diferença no com por tamento de duas fa m í l ias de bov i nos da ra ça Guernsey, em rel ação a processos i n fec ciosos causados por estreptococos e estafi l cocos, conforme a demonstração seg u i nte : Comportamento de duas famílias de vacas Guernsey, em relação à mastite, segundo Murphy Fi l has Vacas o 10 uO c O) 'Vi Q) O <n <n O o l� -g O E o -o 010 u uci. . á:! 10 -lo a....2 .- Q) > O I... .... Q) U <n 0..0 u- eü1; uO c .Q' VI O <n <n O l� -g u- > .... Q) +U VI 0..0 -I O o O E -o . o 010 U u- Cl.. • 0 .... u Q) 4- U c I... a..�.- n9 283 247 5 7 1 00 o A B ( 4 5 1 50,0 80,0 83,3 D E F G 5 4 4 2 1 2,5 1 ,8 1 2,5 1 6,7 As d uas fa m í l ias (283 e 247) pro p i c i a m dados basta n tes i l ustrativos. Note-se que para med i r e com p a rar o g rau de resistên cia ou de susceti b i l idade das vacas à mas tite é úti l a n ota r o tem po em que houve i n fecção nos respectivos períodos de l a c tação. Autor neo-zelandês, va lendo-se da con tagem de l eucócitos no leite, observou a se g u i nte variação em diferentes vacas e sua descendência : Suscetibilidade de vacas e suas filhas à mastite, segundo Ward 111 cuEg: . "'C8E� O')ê &. tj 2 v,s! cu -a C> g ·6 > 111 Vacas Vacas Vacas Vacas 111 C == :.;: ·- l ivres d u ra nte 8 a nos cl asse "Ali cl asse "811 classe 11(" cu "'C o· Z 89 230 1 08 282 111 C 111 .c .- -cu :.;: . ::: cu Q; v '"I;l 111 ::I Z 27 24 50 61 111 As classes de mães mais suscetíveis, " B " e "(" , p roduziram quase o dôbro d e fi l has sensíveis à doença, em confronto com as c l a sses "A" e " l ivres " . Em um reba n h o Holste i n-Fries i a n de u m a u n i versidade norte-a merica na, observa ra m se n ítidas d iferencas fa m i l ia res na i ncidên cia de d iferentes' i n feccões do úbere. Em 79 vacas, correspondentes a 1 1 l i n hagens fem i n i n as, com 4 ou m a i s vacas em cada u ma, a proporção de casos de i n fecção pe l o Streptococus aga lactiae foi a seg u i n te : Proporção de vacas sensíveis ao S. aga lactiae em reba n ho da Carolina do Norte, segundo Hutt. o la uo � 'ü cu a. 111 w Nas 79 vacas Na l i n hagem 1 (23 vacas) Na l i n hagem 1 0 (7 vacas) cu -o o 111 cu _:; 111 � � 4 1 ,8 2 1 ,7 85l cu vi,E cu u "D..!:! � o o OI a 1 5,2 8,7 71 A A a nál ise de m u i tos dados, por d i fe rentes i n vestigadores, ve io revel a r que as d iferen ças em suscepti b i l idade à m a m i te provêm de u m su bstrato genético e que a seleção no sentido de afastàr as fêmeas severamen te afetadas ou que ten h a m g e rado f i l h as, ou que ten h a m i rmãs nessas cond ições de ve, certa mente, a b a i xa r o índ ice de. cia dessa s é r i a pertu rbação do a pa re l ho ma mário. Re id, d u rante dez a n os, a com p a n hou o comportamento ge 2.000 a n i ma is pertencentes a 46 reba n hos, su bmetidos a d iferentes sistemas ç/e manêjo. Suas con c l u sões, são as seg u intes : " Q u a i squer que se ja m as med idas p ráticO'.i adotadas, e las, efe- tivamente, não contro l a m as mam ites. Na verdade a i n cidência, quando baixa, parece ser a ca racter[stica de certas g ra njas, onde os a n i ma i s são mantidos sôbre ca mas su jas de estêrco, d u ra n te meses, até serem su bstitu ídas e onde pouca atenção é dada à h i g iene, em gera l . Por outro l ado, um índi ce de i n feccão relativa mente e l evado está, por vêzes, �ssoci a do a cuidados exagera dos de l i m peza .. Disso não é l ícito i n feri r que o criador deva i g n orar os preceitos de h igiene e prof i l a xi a, pois o senso com u m i n' d ica que as prát i cas .sa n i tári as s ã o i n d is pensáve is para a prod ução de um le ite saudáve l. Reid, depois de uma -década de estudos, chega à con c l usão, sem dúvida exa gerada, de que as med idas de h i g iene, tais como a des i nfecão das mamas e dos têtos, dos copos das ' orden hadei ra� mecâ n i cas, dos p i sos e pa redes dos estábu l os e a se g regação rigorosa das vacas mamitosas não são de gra n d e proveito, pois para ê l e, o pri n c i p a l fator do d i stúrbio é a herança. O pa pe l da genética em têrmos de her d a b i l idade na produção das mastites foi estimada em 0,38 por Lush e em 0,27 por Legates e Grin u e l l s. Tod avia, em trabal ho recente, Young e col a bs. obtiveram res u l l ados q u e não propicia m evidências con "Cl usivas sôbre a eficiência da seleção para a resistê ncia às mamites, isso porque a q u a l idade em a p rêço par e ce estar corre l a cionada negativamente c o m a produção d e leite, como é sugerido pelos tra b a l hos de Dodds e cols. Nos mesmos estudos de You n g e cols. foi observada uma re l ação entre a forma pen d u l a r, ba l ouça nte, do úbere, (úbere em ga rrofa) e mastite. Assi m, à med ida que a a ltura do úbere d i m i n u i em rel acão ao solo, a u menta o n ú mero de pon tos pa ra mastite. Essa observação, seg undo os autores, requer proveis experi menta is. 3. Tuberculose t bem con heci do que a receptividade dos a n i m a i s ao MycobClderium tuberculosis va ria com a espécie. Todavia, entre as espé cies pecuárias são mais suscetíveis à i nfec ção n atural e à doença experimental os bo v i n os e os su ínos. Os a n i m a is das espécies buba l in a, "eq u i n a, Ç>vi n a e caprina, rara mente contraem a infecção, mesmo quando submeti dos a um contato m a i s ou menos frequente com bov i nos, suínos e homens portadores dessa moléstia. A i m portâ ncia Pág. 7 das raças tem sido posta em evi dência por vários a u tores e criadores. Mas êsse fator pode ser confun d ido com a uti l ização d i ferente dos a n i m a i.s, o sistema de manêjo, o reg ime de criação e outros componentes do meio a m bi e�te. A questão da receptividade i n divi d u a l é conhecida há m u i to tempo. Nos a g ru pamen tos onde se encontra m a n i m a is i n fectados, mesmo em e l evada proporção, observa m-se, quase sempre, a l gu n s espéci mes que, em bo ra consta ntemente expostos à i nfecção, con seguem manter-se em perfeita saúde, até idade ava nçada. Em contraposição, outros i n d ivíduos, convivendo em a m b i ente pouco i nfectado, adoecem com relativa fac i l idade. Para exp l icar êsse fato, mormente no ho mem, foi ad m itida a existência de uma pre d i sposição i n d iv i d u a l ou fam i l ia r, expressa por uma pecu l ia r constitu ição, d ita " l i nfá tica " e por uma conformação a norm a l da caixa torác ica, achatada e estrei ta, tudo is so denominado pelos a ntigos, " ha b i tus pthy sicus " . A i d é i a de u m a pred isposição i n d iv i d u a l conseque nlemente do papel da hera nça, na tuberc u l ose, foi bem a n terior à descober ta, por Robert Koch, em 1 882, de uma bac téria ca racte rizada, por certas proprieda des morfo lóg icas e culturais, que rece beu moderna mente a designação de Mycobac tel'ium tuberculosis. Por êsse motivo, o fa tor hera nça, na etiolog ia da peste branca, foi re l egado a um p l a no secundário, dura n t e d i l atado tem po. c, Por m u i to tem po d i scuti ra m-se proble mas ta is como: a v i a b i l idade da tra nsmis são da mol éstia dos pais aos f i l hos, atra v6s dos gametas; a poss i b i l idade da bar rei ra p l a centária deixar passa r da mãe pa ra o feto, agentes m icrobia nos de determi nadas d i mensões, em cond ições norma is ou em s ituacões extraordinárias; a proba b i l i dade doS'ind ivíduos com tubercu lose ge n ita l serem ca pazes de gerar f i l hos com essa mesma doenca. Entreta nto, pouco a pouco, com o recJnheci mento de que pa ra haver d oença é preciso que haja as neces sárias relacões entre a constitu icão do hos pedei ro, a ' entidade patogê n i c� e o meio a m b i ente, os fatos se esc l a recera m. Assim, o bac i l o de Koeh é o fator necessário, efi ciente, pa ra o a pa reci mento da tuberculo se, mas a " ta ra org â n i ca " , a pred isposição ou "terreno", ta nto como as condições a mo digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 8 N OVEMB RO-D EZEMB RO bientes e m que vivem lado a l a do o a n i m a i e a bactéria, são, também, i m porta n tes. Consequentemente, hered itá ria não é a p róp ria doença, s i m a p red isposiç50 o r gân i ca, que perm ite sua i nsta l ação e ata que à saúde do h osped ei ro. Em outras pa l av ras, a q u al idade dos gen itores e dos res pectivos p rodutos pode ser cara cterizada po r uma d éb i l res istência à ba ctéria causadora da tuberculose. H á n umerosas evidências de que a sus ceti b i l idade e a resi stência à tuberculose n o h ome m , n a coba i a e n os coel hos são g r a n demente cond icionadas por fatôres i nscritos ; n o patrimônio he red itário. Na espécie h u ma n a a s rel ações de . pa rentesco, e ntre i n d iv íd uos, têm servi do pa ra testa r a receptivi dade. �a rtindo do pa rentesco máx i mo que é o exi stente e ntre gêmeos idê nticos ou monozigóticos, até os i nd ivíduos tomados ao aca�o, n a mes má po p u l ação, ve rificaram-se a s seg u i ntes percen ta gens de pessoas afeta das: Suscetibilidade Ofo de gêmeos mono e dizigóticos a d iferentes fatôres, segundo Darlington e Mather Relação de pa rentesco Percentagem de pessoas i nfectadas Gêmeos idê nticos Gêmeos fraternos Irmãos i nte i ros Meios-i rmãos Espôso e es pôsa Pop u l ação geral 87,3 25,6 25,S 11,9 7,1 1,4 Vá rios comentá rios pod eriam ser feitos sôbre o meio em que vive ra m essas pes soas, o te mpo de coa bitação, a idade em que começa ram a viver j u ntas, etc. Mas existem, a i nda, outras provas de que os i n d ivíduos m a i s a pa rentados entre si, como os g êmeos, são mais su scetíve is à tubercu lose e mais seme l h a ntes sob outros as pctos, j usta m ente quando derivam de u m só z i goto. lU o Monozigóticos Dizigóticos .c .. ._ lU - .c �.20 . : ãi Q 100 40-70 11'1 o "C.- !:) ::: u c (lU !:) D" 100 50-52 lU "C o 'u o >< lU Cf) � 87 37 , 60 22 Pa ssemos, entreta n to, a a l guns dados Sô bre bovinos : As d iferencas de suscet i b i l idade entre ra ças bovinas q ue vivi am em uma mesma re g i ã o, fazend a o u está b u l o e submetidas a idêntico trato, têm sido constatadas por vá rios a utores. N a Uganda, por exe m plo, vi viam, lado a l ado, zebus de orige m ' asi áti ca e bovinos d a raça A n ko l e, pertencentes ao ti po S anga. Em 1933 o exame das ca rca ças de a n i m a i s sacrificados em matadouro, reve lou os seg u i n tes resu l ta dos: 11'1 Tuberculose segundo o grau de parentesco, de acôrdo com Darlington e Mather Ex-Felctiano . o c :;: o .c Ankoles Zebus lU "C Q c 11'1 o uo U ti u 2.874 4.458 lU 11'1 o 11'1 o "C:; Q c . � U ... lU .c .= 359 31 12,5 0,7 Em 1936 a situação e ra a seg ui nte: A n ko l es Zebus 6.085 26.979 1.051 243 17,0 . 0,9 Os resu ltados das p rovas i ntradérm icas de tuberc u l i n a , rea l izadas com a n i m a i s des sas mesmas origens, e em p rodutos de cru zamento en tre a m bas, reve l a ra m as seg u i n� tes p roporções : Ankoles, 55%; Zebus, 0,6% e mestiços zebus x a n ko l es, 6,9%. O ito bezerros Zebus e 3 Ankoles fora m i n ocul ados por v i a subcutânea com 50 mg de uma cultura de baci lo tube rc u l oso de uma a m ostra vi r ulenta, pad ron izada. Entre os pri mei ros a n i m a is somente um morreu, a o passo que os três A n koles pereceram, u m dos quais 3 sema nas depois da i nocu la ção. Ex-Fel ctiano N OVEMBRO-D EZEMBRO Em um reba n ho Si menta l ,' da S u íça, a tu bercu lose foi encontrada em 61,8% das fi l has de um tou ro e somente e m 4,0% de o utro rep rodutor. Como todos os a n i m a is viviam ju ntos a d iferença foi atribu ída aos respectivos genóti pos e' não ao meio ambi en te. Na Alema n ha, em um p l a ntei da raça m a l hada de p rêto, d u ra nte um período de c i n co a nos, o n úmero médio de casos foi de 21%. Entre os p rodutos de 25 a n i ma i s que produziram f i l hos suscetíve is, a i ncidência foi de 57,6%, em bora todos vivessem sob cond ições s i m i l a res. Um acurado estudo dos dados em a p rê ço atrib u i ra m a d iferença à p redisposição hereditária. Estudos g e n a l óg icos efetua dos sôbre a f requência da tubercul ose, em bov i n os a ba t id o s em matadouros e uropeus, fora m l e vados a efeito em Stuttga rt e U l m, na Al e m a nh a , com a n i ma i s das raça s Ma l hada e Pa rda das Monta n has, a bra ngendo quatro gerações a ncestra is de 21 tou ros. Os es pécimes fora m cl assificados de acôrdo com t rês d iferentes g raus de l esões I/post-m or teml/. Nove nta e oito descendentes de on ze tou ros reve l a ram a l ta resistência, ten do vivido, em méd ia, 7, 8 a n o s ; e setenta e nove por cento não se i nfecta ram ou dei xaram de mostra r i nfecções primá rias. Os 185 descendentes dos 10 tou ros rema nes centes vive ram, em média, 6,6 a n os e ses senta por cento se i nfectaram ou exi b i ra m i nfecções pri márias. Os resul tados i nd i ca m que a resistência era em boa pa rte devida à hera nça. Mais n ítidos e i nteressantes são os res u l ta d)s re lativa mente recentes, obtidos no re� b anho da U n ivers idade Catól ica de Piacen za, na Itá l i a, rel ativa me nte a 427 f i l has de 4 tou ros. A p roporção de f i l h a s reagentes à tubercu l i na, dêsses rep rod utores, foi con siderada como estatistica mente d iferente. Em ad ição, foi verificado que em 322 vacas e l i m i nadas por vá rios motivos, a incidên cia de tubercu l ose era maior no g rupo de i n d ivíduos cujos coeficientes de consa n g u i n idade s e mostrava m a c i m a de 10%. Nesse g rupo, 13, 1% de tôdas as causas de e l i m i nacão fora m atribuídas à tuberculose, ao pa�so que no g rupo' de espécimes com coe ficientes de '0,01 e 0,05 a mesma zoonose contri buia com 3,3%, a penas. Pág. 9 A idéia de se obterem fa míl ias e l i n ha gens d e bovinos mais res istentes à tuber c u l ose e a outras doenças é recente. E l a é defendida pri n c i pa l mente por Gowen, de sde os tem pos e m que êsse cientista tra bal hava no famoso Instituto Rockefel l e r de Pesquisas Méd icas. I:sses estudos, devido ao elevado custo dos experimentos, a i n d a estão basta nte atrazados. Não resta dúvida, porém, que se acha aberta uma nova estrada no ca m po zootécn i co, em evidentes p ropósitos eco nôm i cos. Ce rtos geneticistas, em bora reco n h ecendo as evidências de que a resistên cia dos bovinos à tubercu l ose este ja n a de pe ndência de ge ne s, mostra m-se, entreta n to, basta nte cautelosos, para não d izerem céticos, no que concerne à fo rmação de ta is fa m íl ias e l i n hagens refratá rias, nota damente em pa íses onde a doença está quase e rrad ica da, como nos Estados U n i dos e a lg u mas poucos reg iões do Norte da E u ropa. Recon h ecem, entreta nto, que uma ca m p a n h a de erra d icação, como a in i ciada em maio de 1917 nos E.U.A. e que até 1940 já rea l iza ra o sacrifício de 3,8 m i l hões de bovi nos reage ntes, media nte i nden ização . aos proprietários, não seria possíve l nos pa íses menos ricos e onde a tuberc u l ose g rassa sob a fo rma enzoótica . Autores a l e mães e ita l i a n os ressaltam a importâ ncia do a u mento da resistência à doenca e d a preferê ncia q u e s e deve d a r a o s reproduto res que demonstrem essa qua l i dade, atra vés da descendência. Assim, o pape l do veterinário que p rocura e l i m i na r a inefcção pelo rigoroso afastamento dos i n d iv íduos reagentes à tubercu l i n a deve ser, agora, s u p l ementado pela observação e introdução no reba n ho de a n i ma i s que sejam geneti camente ca pazes de superar as i nfecções n ã o mu ito vi ru l entas. O utra questão a considerar é a seg u i n te. A tuberc u l ose pode ser vei culada atra vés da monta pelos tou ros doentes, assim como os gen itores sãos podem i nfectar-se p�l a cobe rtura de fêmeas portadores da moléstia. O sêmen de tou ros tubercu losos, quando i ntroduzido profunda mente no colo uteri no ou na matriz, pa rece reprod uzi r a i nfeccão com m a i o r faci l i dade. Por conse g u i n t�, o afasta mento dos machos tubercu l osos, dos centros de i nse m i n ação a rtificial, deve ser observado rigorosamente, não só pelo perigo i med iato, como pelas possibi- digitalizado por arvoredoleite.org - Pág. 10 NOVEMBRO-D EZEMBRO l idades da transmissão de uma susceti b i l i dade constituci o n a l ma ior à prole. 4. Aftosa A febre aftosa é recon hecida como a doença aguda, i nfecciosa e contag iosa, que aca rreta a maior soma de p reju ízos aos bovi nos. Mu itos prog ressos têm sido a lcan çados com a identificação dos ti pos de vi rus e com a fa bricação de vaci nas proteto ras. Mas, de quando em quando, essa mo léstia a i nda i rrompe com o caráter epizo ótico, a l astra n do-se por g ra ndes extensões terriloriais. Ra ros pa íses conseg u i ram, às custas de rigorosas e d ispend iosas med idas de po l ícia san itá ria a n i m a l , afastá -Ia de suas frontei raso Mais p rejudiciais do que a doenca, em si, são ta lvez as suas sequel as. Ta is s' ão as fri e i ras crôn ica s, as lesões das a rticu lacões e dos tendões que a lteram sensivel mente a l ocomoção e a postu ra do a n i ma l ; os tra ns Í'ôrnos resp i ratórios e ca rd íacos que se tra ,duzem- por dispnéias, eriçame nto dos pê los e enfraquecimento prog ressivo, confi g u ra n do o quadro bem con hecido do a n i ma l de r,ominado vu l g a rmente "cocotei ro". A d i minu ição permanente do ren d i mento lácteo e da eficiência reprodutiva, a pa ra l ização ie:T1I�orária, por vêzes i rrepa ráve l, do cres cir,lE;nto esi"atu ra l e ponderai dos indivíduos jovens, são outros ta ntos m a l efícios sofr i dos pelo a n ima l que passou por essa virose. A rece ptivi dade das espécies domésticas é d ive rsa . Os bovinos são bem mais sensí veis que os su ínos e êstes mais que os ovi nos e capri nos. Os búfa los, mesmo em con tal'o com os bovi nos, rarame nte se infecta m, segundo o testemunho de criadores bra s i l e i ros. Entre as d ifere ntes rocas de bovinos é bem con hecido que as �ais aperfeiçoadas e as menos rúsl' icas são as mClis receptíve is. Na Europa Orienj'a l ,o gado cinzento das estepes só a doece na p roporção de 40 a 50% dos casos em confronto com os bovi nos de outras raças ex istentes na mes ma reg ião, em que o contág io ati nge 95100%. As raças da Ucrânia, da Moldávia, da Sérvia, da Rumân ia e outras, que pa re cem ter-se origi nado do 80S asiaiicus, as s i m como a raça h ú n g a ra ci nzenta, de chi-, fres em l i ra a lta, tida como va riedade do Bos desertorum, resistem mais à infecção Ex-Felcti a n o natura l e, mesmo, às i n ocul ações artifici a is do vi rus aftoso. Em nosso meio há quem considere as ra ças Schwyz e S i menta l menos resistentes e com sequelas mais g raves do que outras raça s européias criadas nas mesmas con d i ções. Os zebu ínos e as raca s nacioneis Ca ' menos do que racu e Mocha sofrem be m os bov i n os de raça exótica, pu ros, a q u i exis tentes. Na Rodésia, África Centra l, fo i veri fica d o que os a n i m a is da reg ião adoeci a m de modo extra ord inà riamente leve ; porém, quando o vi rus col h ido nesse loca l foi le vado para a I n g l aterra, p rod uziu a molés tia mais g rave, em sua forma típica. Pouca atenção tem sido d ispensada em ve�erinária à res istência de 'o rigem provà ve!mente hered itá ria, à aftosa, conqua nto seja con hecido de mu itos técn icos e criado-o res que em um reban ho col h i do pela i n fecção, quase sempre existe um ou mais espéci mes que não adoecem ou a penas sofrem a aftosa de forma surpreendente mente branda. Aqu,i, natura l mente, pode ser l eva ntada a h i pótese de que êsses a n i ma is, a pa rentemente p revi legi ados, ten ham fica do doentes em u m a ocasião anterior e se torna do portadores de a nticorpos p a ra o tipo de vi rus que ataca depois todo o re ban ho. A única observação de um vete ri nário, sôbre uma possíve l tra nsmissão hered itá ria da i m u n idade natura l contra a febre afto sa em bovi nos foi feita por Prat, de Lyon, Fra nça . Em 1938, d u ra nte um su rto basta nte g ra ve de aHosa, que se estendeu a todo o ter ritório, os bov i n os de raca charolesa de um reba n ho fora m todos ati n g idos pEda do ença, Só uma vaca, de cê rca de sete a nos de idade, em bom estado de ca rnes, foi pou pada, mau g rado sua coa bitação com os doentes. Em 1952, por ocaslao de desastrosa epi zootia de aftosa, que destruiu, sobretudo pelas compl icações, uma g rande parte dos efeiivos bovinos da Fra nça, os a n imais des sa mesma fazenda fora m atiflg idos assás g ra n demente, com perdas de uma vaca e vá rios bezerros. Só os desce ndentes da va ca refratá ria em 1938 a p resenta ram, seja um estado i m u n itá rio a bsol uto, seja uma receptividade basta nte fraca. Uma vaca Ex-Felcti a n o N OVEMB RO-D EZEMB R O cha ro l esa, com 9 a n os, f i l ha daquela de 1938 � que se encontrava em meados de l actação qua ndo a vi rose a pa receu, m a n i festou, d u ra nte três ou quatro d ias, s i n to mas ben ígnos de febre aftosa que não a l teraram a secreção l áctea. Seus três p rodu tos (um bezerro de 6 meses, um g a rrote de 2 a n os e uma vaca de 5 anos) nada m a n i festa ra m ou tiveram a penas leves s i n a is mórbidos, sem consequências. F i n a l mente, dois p rodutos dessa ú ltima vaca, um g a r rote de 2 a nos e um bezerro de 2 meses, não a presenta ra m o menor s i n a l da do ença. P rat relata em sua com u n icacão à Socie dade de Ciências Veterinárias de Lyon, que um colega seu, de u m depa rta mento vizi n ho, ta m bém fizera uma observacão a ná loga, sendo que todos os p rodut;s de um mesmo tou ro havia m ficado i ncól u mes à i nfecção aftosa. Na d i scussão do tra ba l ho de Prat, outro veterinário, Col let, teve a oportun idade de ass i n a l a r que, em 1938, havia verificado casos de i m u n idade natu ra l à febre aftosa, que pa recia m ser h e re d itá rios. r:sses i n d ivíduos desce n d i a m de ou tros, ta mbém i ndenes, na epizootia que ti vera l ug a r vá rios a nos a ntes. Prat refere que, pela seleção das l i n ha gens de' bovi nos refratá rios, a genera l iza ção da i m u n idade natural à raça e à es pécie constitu iria um meio de p rofilaxia ideal da infecção. A res istência genética dos bovi nos e de outras espécies à aftOsa tem s ido pouco estudada, em vi rtude de motivos d iversos. P ri m e i ra m ente porque a lg u n s pa íses con segu i ram fica r l ivres dêsse flagelo, às cus tas de severíssi mas medidas d e pol ícia sa n itá ria. A recente campanha de e rrad ica ção d o surto verifica do no Méx ico, a tribuí do por a lg u n s à introd ução, nesse pa ís, de zebus bra s i l e i ros, custou aos erários mexi ca no e norte-a merica no, até 31 de dezem bro de 1954, a fabu losa soma de 130 m i l h ões de d ó l a res, va le referi r, 24,0 b i l hões de cruzei ros. Os pa íses l ivres de aftosa evidentemen te não têm demonstra do i nterêsse pela cria ção de l i n hagens resistentes. Em seg undo l ug a r, tôdas as atenções e recursos dos ci entistas e centros de pesqu isa veteriná ria estão d i ri g idos para a obtenção de vaci nas cada vez mais eficientes, mais baratas e, Pág. 11 po� slv � l mente, � ol iva lentes contra os p r i nci p a i s t i pos de v l rus con hecidos. Não obsta n te, face à magn itude e à com p lexidade do p roblema econ ô m ico e zo otécn ico n � s pa íses em que a aftosa g ras sa com maior ou menor frequência, pa rece ser basta n te i nteressa nte a observacão d o comporta mento i n d ivi d u a l , com vi�tas à formação de g ru pos de a n i ma is refratá rios a essa g rave moléstia. 5. Doenças e males diversos \ H u tt, p rofessor de Genética Anima l do Colég io de Agricu ltura do Estado de Nova Iorque, a utor de um dos ra ros l ivros sô bre a resistênci, a genética às doencas nos a n i ma is domésticos, trata com a lg u� deta l he das moléstias a ntes referidas e mais dos seg u in tes d istúrb' i os, cernente a bovi n os : doenças ou ma l forma ções i natas, de ação leta l ou sub- l eta l , tais com.o aco n d roplasia, espasmos congên itos, n a n ismo, defeitos epite l i a is, h i potricose, leu cemia, contratu ra' muscul a r, p a ra l isias, por firia, defeitos da col una vertebra l , defei tos da pele, etc. ; o meteorismo; o " hearT water, u m a ricketts iose, tra n s m itida pelo ca rra pato Amblyoma hebreum, existente na África do S u l ; a doença de Jo hne ou pa ratubercu lose, ass i n a l ada uma vez no Bra s i l ; as tripan � ssomiases veicu l adas pela mosca tse-tse , e outros m a l es. Dois outros casos de resistência genéti ca serão tratados, a inda, para term i n a rmos esta br�ve revisão do assunto : (a Hemon cose e b) Suscet i b i l idade dos bovinos à i n festaçã o pelos ca rra patos. a ) Hemoncose 11 O tubo digestivo dos bovinos pode ser pa rasitado por cêrca de 25 diferentes es pécies de vermes redondos. Três são encon trados mais com u mente no coa g u l ador : Haemoncnus contortus, Ostertagia tag i e Trichostrongylus axei. oster A hemoncose ou gastrite parasitária dos bov i n os, oco rre p referentemente em a n i m a i s jovens, mas pode prejud ica r os a d u l tos, l eva ndo-os à morte. Nestes ú ltimos a nos n u merosas i nvestig ações têm sido fei·· tas s ôbre a i m u n idade à resistência das es pécies pecuá rias aos h e l m intos. A maioria delas foi rea l izada em carnei ros, visando se aos Tricostro n g i l ídeos. A n atureza do fe- digitalizado por arvoredoleite.org Pág . 1 2 NOVEMBRO-DEZEMBRO nômeno i m u n itá rio a i nda" não pôde ser bem defi n id a, devido à sua complexidade. Em mu itos casos foi averiguado que o hos pede i ro conti n u a a a l berg a r a lg u n s ver mes, mas, a i nfestação n ã o p rogride, de s orte q u e pa rece, haver u m esta do seme l ha nte ao da p remu n ição, como ocorre n a s p rotozooses, m a rcada mente n a tristeza bo v i n a . As m a n ifestações de i mu nidade são vá rias, podendo ir desde o fato absol uto à tol e rância a a l g uns ve rmes, somente. A resistência aos Tricostrong i l ídeos foi estudada, do ponto de vista genético, pri meiramente nos ovi nos, com res u l tados po. s i tivos. Nos bov i n os, i nvestigadores d o La boratório de Pesquisas Veteri n á ri a s de Vom, N ig é ri a, estudara m recentemente o comportamento do gado zebu bra nco, Fu Ibni, em relação à hemoncose. G rupos de a n i ma i s pasta ra m j untos d u rante o dia e copbitava m o mesmo abrigo à noite. Atra vés de pesagens sema n a is e de exames de fezes mensais, em que se faz i a m contagens de ovos de vermes e d ife renciação de l a r vas; exames dos va lores s a n g uíneos e de termi nacão de í n d i ces de resistência, ficou p l e n a m�nte positivada a existência de u m a resistência específi ca, controlada por g e n es, em uma l i n hagem ou p rogênie de tou ro. Os pesos mais e l eva dos, obtidos pelos f i l hos dêsse rep rod utor fo ra m cred itados aos referidos fatôres genéticos. A referida verificação é de g ra nde s i g n ificado p ráti co, no contrôle das h e l m i ntiases dos bovi nos .A maior resistência ou a i m u n idade d e certas l i n hagens, variedades ou raças de bovinos a determinados ve rmes já e ra um fato con h ecido. Agora, a constatação d e u m a resistência efetiva mente genética po d e rá dar azo à criação de a g ru pamentos d e bovinos i n diferentes a êsse sério fator de i nferiorizacão física, nota d a mente nos pa íses de c1i m'a quente e ú m i d o. b) Suscetibilidade ao carrapato U m dos traba l hos mais i nteressa n tes sô bre êste assunto foi rea l izado por BarissoÍl V i l l a res, em São P a u l o, tendo s ic:Jo p u b l i ca d o em' 1 941 . Como refere êsse autor, o Boophi l us microplus, conquanto n ã o cons titua exc l u sividade d a fa u n a p a rasitá r i a das reg i ões quentes, em n e n h u m a á rea geo g ráfica a ação dêsse ectoparasito hemató fago tem tanta i mportância zootécn i ca co mo n os c l i mas tro p i ca is. O sucesso das ra ças finas e esepc i a l izadas nessas zonas tem Ex-Felctiano s i d o l i m itado pela ação i m pediente dêsse p a ras ito, seja pela sua d i reta ação espo l ia dora como hematófago, seja pela veicula ção d a ba besiose ou tristeza bov i n a. Uti l iza n do bov i n os pertencentes a três g ru pos d e raças geográficas rep resentadas, pe lo gado nacio n a l, pelo gado europeu e pe lo g ado i n d ia no, o referido a utor verificou que êsses três g ru pos não a presenta m o mesmo g ra u de resistência ou de susceti b i l i dade a o carra pato. As raças eu ropéias são a s mais suscetíve is, mas ent re elas há d ifP" renças racia i s. Por exemp l o : a raça Schwyz é m a i s resistente do que a H o l andesa m.p. As raças nacionais não têm d iferença de re sistência rac i a l ao carrapato, podendo-se d i zer que ta nto a Caracu c o m o a Mocha, s ã o i g u a l mente resistentes ao Boophilus micro, plus. As raças i nd i a n as são resistentes, mas n ã o têm tôdas a mesma capacidade. A Ne l ore é de tôdas a mais resistente, seg u i ndo se a Gir e, depoIs, a Guze rá. Dentro de u m a mesma raça os i ndivíduos se com po r ta ra m d ife rente mente, demonstra ndo, u ns, m a i o r resistê n c i a e, outros, maior susceti b i l i da de. As raças n acionais não a presen ta m . essas va riações i n d ividuais tão acen tuadas ao passo que entre as européias e i nd i a n a s os i n d iv íd uos podem ser classifi cados como res istentes, méd ios e suscetíve is. Barisson Vi l la res a c red ita que a criação de raças resistentes ao carra pato poderia ser u m d os meios ma.is efi cazes de erra d i cação do Boophilus microplus nas reg iões quen tes. 4 Riek, d a Divisão de Saúde A n i m a l e P ro d ução, de Yeerogp i l ly, Austrá l ia, relata em 1 956, experiências rea l izadas com bovi nos mestiços de Zebu (3/4 Zebu-Shorthorn) e bovi nos Shorthorns pu ros, da mesma idade e s u bmetidos às mesmas con d ições. Os a n i m a i s fora m infestados com 20.000 l a rvas e o n úmero de fê meÇls adultas engorgitadas, conta d o em rel ação aos dois g rupos de bo v i n os. Pa ra evitar -que os a n i ma i s removes sem os carrapatos com a l ín gua, uma p a rte de cada g ru po foi p rovida de a rreios es pec i a i s que i m pediam a l am bedu ra . O qua d ro seg u inte resume o n ú mero de fêmeas adu ltas e respectivos pesos em a mbos os l otes de a n i ma is. Ex-Fel ctia n o N OVEMB RO-DEZEMBRO I nfestação de bov i n os S horthorns e mestiços Zebus com Boophilus microplus cn • ..!. c Cl CII C Qj E c U' C DI:: <Qj - .. g,� C Qj -g Qj CII CII -c .E c =. :; -g Z-cc CII C -c o :c -Qj E Cl E Qj CII c ai �<� <Qj a.. CII o > o Qj -c c :c -Qj :E Cl �E CII Qj �o g E Q.� a ) S ho rthorn 0,205 0,1 05 c/a rreio 2.276 1 .536 s/arreio 0,1 09 0,207 b) Zebu x S h . 0,1 02 0,1 80 985 c/ar reio 0,1 85 0,1 03 s/a rreio 327 R i e k e n controu con s iderável va riação tanto em Bos taurus como em Bos indicus, assim q u e a l g uns a n i ma i s dêste t i po eram mais resistentes à i nfestação que outros de sangue i nd i a no. U m novi l ho Shorthorn, por exemplo, m ostrou ser resistente à a p l i cação d e 200.000 l a rvas de carra pato. A natureza da resistência dos bov i n os, seg u nd o Riek, parece ser devida ao desen volvi mento de u ma h i persensib i l idade d a p e l e à s secreções sa l ivares d o s ca rrapatos. Nos a n i ma is a ltamente resistentes isso tor n ou-se evi dente pelo a b u n da nte exudato seroso que ficou I igado às l a rvas. Nos es pécimes menos resistentes êsse exudato é quase despresível, h avendo u m a reação pa p u l a r em tôrno da n i nfa e dos jovens ca r rapatos. A i rritação mostrada pela l a mbe d u ra dos a n i ma i s e o subsequente desenvol v i me' n to de á reas i nf l a madas, desnudas de pêlos, é mais evi dente nos a n i m a i s mais re sistentes. Desta rte, essa h i pe rse n s i b i l idade cutânea é possIve l mente a uxi l iada pela p re sença de u ma reação i mu nológica que cau sa a morte dos carrapatos m a d u ros. Se g u ndo R iek, deve h ave r duas espécies de a nticorpos ( p rec i piti n a s e a nticorpos h iper sensi tivos). A u n ião do a ntígeno com os a n ticorpos que s e a c h a m l igados às " mast cel ls" acarreta riam a l ibe ração de h i stami n a, causan do edema e i rritação, depois que os carra patos aderem aos bovi nos. Sumário O p resente trabal h o trata do papel da h e ra nça na m a nifestação da resistência e da suscetib i l idade d os bov i n os aos agen tes nosógenos. As pri n c i pa i s d iferenças d o p roblema n a s p l a ntas cultivadas e nos a ni m a i s domésticos são postas e m rel êvo. O �ág . 1 3 papel da hera nça n a este r i l i d a de, nas mas tites, n a tubercu l ose, n a febre aftosa, na hemoncose e n a susceti b i l i dade dos bovi nos ao ca rra pato é exa m i n ado à l uz de pesqui sas e tra ba l hos recentes. O utras doenças e m a l e s d iversos que parecem ter rel ações com o patrimônio h e reditário são a penas i nd i ca dos. 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IRMÃOS i ,i I I IiI RUA DAS FLORENTINAS, 229 i 11II1I1II1I1lI:!IIII'IILIII � i Ii i i Ili ESPECIALIZADOS EM REPRESENTAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS DE LACTICINIOS ... 111 1111 ................. � • ''"''''''111 • • •. • .. ". I!i!' 11'1 '1lI 4tI\ .. '6 - RECIFE -PERNAMBUCO END. TEL. IRCACIA ; m !3 !" ilE 111 ,: IIL III li 111 11 1I1Il: I 111 11 Iill 11 11 iI l1li 11 li 11 111 11 EI li 11 111II111II111Il 111II::IiiIIIIIII!!EI: !III"IS 'a,/III/IIiI':1II I 111 lilllil liIillII I! 11 IIIII!IIIIIIIIIIIII:I liI "III!iEllIiIl- .... _, ,. , o. •. ; ; . ,.. .- :.: ..... :.,..�.�.'.. '.�.:... .. �o...•...•. •�:.' ••:.�.: ... .. .....: :.: :.�'.: '.�'.:".:".:".,,'.:�.':".:'''.;�.; : .. :. : . Para as grandes Indústrias ------- ------- - COALHO EM PÓ Marca AZUL (forte) Marca VERMELHO (.!xtra forte) E USO CASEIRO Coàlho em pastilhas D (concentrado) "K" (extra concentrado) Também LíQUIDO R i. CiCl. 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' Ao con hecermos a regi ão, vi mos das pos s i b ilidades do desenvolvimento d a explo' ração leiteira, mas, presentemente, a situa cão é bem outra i encontra mo-nos em fa �e pri mária da prod ução de leite, tornan do-se necessário dar um gra nde impulso para tra nsformá-Ia em re nda econômica da região . O Municipio de Pelota s, com uma área de 2.992 km2, s i tua-se a 31 ° 45' 46" de la titude sul e 52° 1 9' 58" de long itude W Gr e perte nce a zona fisiográfica denom ina d a en costa do sudeste. Encontra-se d ividido em duas zonas d is ti ntas : uma pla na e outra montan hosa. A zona pla na, geolog icamente, cara cte j'criza-se por um soio de formação sed i mentar, classificado como pla no-solo, alu vião mal drenado e aluvi ão bem drena do, observa ndo-se, a i nda, em áreas muito red uzidas, o Podzol hi dro mórfico e du nas. , O pla no-solo a bra n ge a quase totalida de da re g ião, a presenta ndo uma zona pla na, de solos rasos, pobre em elementos quí micos d i s poníveis aos ve[leta is e coberta por pastagens de pouca qualidade, dada a carência de leg uminosas. Diretor do ETA - Projeto 3 1111111111111' elA O Município de Pelotas, s i tuado nas pro xim idades da Lagoa dos Patos e circu nda d o pela bacia h i drográfica do São Gonça lo, é considerado, de há muito, como meio óti mo para exploração do gado leiteiro, salienta n do-se a raca hola ndesa, malhada de prêto e bra nco. ' O Mun icípio de Pelotas e a zona sul d o Estado pode-se org ulhar d e seu reba n h o leiteiro, das raças Hola ndesa e Jersey, con si dera d o um dos melhores do Bras il, pos sui ndo ótimas cara cterísti cas ra ciais e pro d utos d escendentes das mais renomadas li n hagens. Mas, n ossos criadores preocupa dos com o fenoti po ati ng ira m muitas vê zes alto nível, descura ndo da prod ução de le ite e, por consegui nte, do contrôle leite i r o de s e u s reba n hos, deixa ndo de realizar uma seleção mais rigorosa nesse sentid o que é , sem d úvida, o alicerce econômico dessa exploração. Eng.-Agr. Jorge da Luz Cassai Ward, A. H ., 1 938. Cito in Hutt, F. B. & Pág. 1 5 Aspecto da Produção Leiteira no Município de Pelotas Roll i n son, D. H . L., 1 955. Hereditary fac tors affect i n g reprod uctive efficiency in cat tle. A n . Breed. Abst. 23: 21 5/249. You n g , C W. et a I., 1 960. 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Soe. ita i . veto 1 956 (1 0): 256/257. illlllll!lIlIIlIlIIIlIílllIlIIlIlIlIlIlIlIlIlIlIlIIIlIlIlIlIIlIlIlIlIlIlIIIlIlIlIlIlII.IIIIIIIIIIII!lIIIIIIIIIIIIIIIII!II1IIIIIIIIIIIIIIIII IIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIII',IIII1I1I1I1I11 I1I1I1I111I 1I11I1I1I1I1I1I11I1I11I'III!IIIII!11'/.111111 i Ex-Felct i a n o li---- ---- O m u n icíp io, como a reg ião litorea n a do Estado, graças a seu cli ma e conformação topográfi ca, é chamado a " Hola nda do Bra sil", pois, seg undo con hecedores, asse melha-se à zona de criacão i n tensiva de gado leiteiro da Hola nda: A ada ptabilidade da raça hola ndesa pre ta e bra nca, vem provar esta cog nomina cão encontra n do-se no m u n icípio, talvez, ; � a i or concentra ção de cabeças desta roca em todo o Bra sil e nêle encontramos o ' m � is a ntigo criador e pioneiro da raça hola ndesa no Rio Grande do Sul. O reba n ho tra balhado, pri nci palmente, na exploração do ventre, tem em todo . Bra sil, espalhados seus desce:ldentes, pOIS! S8 pode considerar que nossa reg ião é o ce leiro de gado holandês no Brasil! encon tra ndo-se a n imais procedentes das criações pelotenses na totalidade dos Estados da Federacão. O ga ' do da raça Jersey. ta mbém se adap ta às nossas con d ições, encontrando-se gra nde n ú mero de entusiastas desta raça, . possuidores de pequeno número de a n imais, mas que por suas características ra ciais são considera dos de gra nde valor. E: u m a ra ca- que tende a se desenvolver na reg i ão, 'p�i ncipalmente, na regi ão- colo n i al. As pastagens são formadas na sua to talidade petas seg ui ntes espécies forragei ras: Axonopus compressus (grama ta pete) Andropogum lateralis, variedade enca n u m (Ca p i m Ca n i n ha) Panicum s.p., Paspalu m notatum (gra ma forq uilha) Ecli n ochloa cruz- digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 1 6 N OVEMB RO-D EZEM B RO Ga l l i ( Ca p i m a rroz) e, a pen a s 1 % d e l e g u m i n osas, a l ém de poss u i r outras espécies de n e n h u m va l o r a l i mentício como Ci peracea, L i l i acea, Oxi l id acea, etc. Em zonas a l a g a d i ça s encontra -se em g ra n d e a b u n d â n c i a a g rama Laerc ia exa n d ra denominada Boiadeira . Nesta z o n a as atividades p r i n c i p a i s são : a) horticu ltura e exp l o ração de l eite n a pe quena p ropriedade, p róxi m a à ci da de, n u m ra io de até 2 0 k m ; b ) orizicultura e pe cuária l e itei ra (criadores d e gado l eiteiro e de corte). Dada as más q u a l i da des do solo a s atividades a g ríco l a s c i n gem-se à horticultura e o rizicu ltura. Encontra m-se n esta 95,53% dos leitei ros que fornecem l ei te à cidade de Pelotas, com seus ta m bos J s ituad os em zonas sub-urbanas e mesmo u rbanas. < . A zona monta n hosa, geologica mente e fo rmação g ra n ito-g neisica é cl assificada como vermel ho-a m a relo-podzo l i co e bexi goso, de solos p rofu nd os e m a i s ri cos que a d a a nterior. A regi ã o é pobre em pas tagens, devido a ocorrência de a b u n d a nte vegetação a rbustiva, acidentada com a l ti tude não s u perior a 400 metros. ' de As pastagens existen tes são formadas p rincipa l mente pelas seg u i ntes forra g ei ra s : Axonopus com p ressus (Grama ta pete) An d ropog u m l atera l i s va riedade enca n u m ( Ca p i m ca n i n ha), Paspa l u m n otatum (Gra ma forqu i l ha), Paspa l u m d i l atatum ( G ra m a com prida), Ceta ria genicul atum (Trifo l i u m pol i morfum, Med icago ispida (Trêvo ca rreti l ha), Desmod i u m ca n u m (Peg a-pega) e outras espécies de nenhum va l o r a l i men tício, como : Mi rtacea (Ga u b i roba m i uda), Oxa l id a cea (Azed i n ha), etc. As l e g u m i no sas a p resentam-se em pequenas porcenta gens (1 %) a pesa r de e n co ntra rmos espécies mais va riadas. Nesta zona, a exp loração tí p ica é a fa m i l i a r, dedicada à a g ricu l tu ra d ive rsificada, é denominada zona col o n i a l, e n co ntra n do-se cultura s do pêssego, bata tin ha, fei jão e m i l ho, como c u l tu ra s p re feridas. O ta m an h o médi o da p ropriedade é de 25 a 30 h a e ocupa 2/3 d a á rea do M u n i c í p i o . Encontra mos pequeno �) n ú rnero de ta mbos que e nvia m l eite p a ra c i d a de (4,47%), mas u m n ú mero basta n te g r a n d e n ão determinado para i n dústrias l ácteas p a rtic u l a res. < Ex-Fe l ctia n o D e a côrdo com a classificacão c l i mática de Thornthwa ite o cl i ma de P�lotas perten ce ao t i p o B2 8'2 r a ' , isto é , trata-se ' de cl i ma mesote rm a l úm ido, com deficiência de chuvas no ve rã o, excesso de chuvas no in verno e pri mavera e, no outono equ i l íbrio en tre as ch uvas e a eva potra n s p i ração. A c i rc u l a çã o atmosférica sôbre a Reg i ã o S u l do B ra s i l é contro lad a por sistemas de massas de ar i n te rtropicais e po l a res e re g u l ad a pelos meca n i s m os que se p rodu zem no seu choque, isto é, a F rente Pola r. A i m portância d as osc i l a ções d u rante to do o a n o m a n ifesta-se por um co m plexo meca n ismo d i nâ m i co nos estados atmosfé ricos. Decorrem d a í dois tracos caracterís ti cos do c l i ma da reg i ã o : a' i nsta b i l idade d o tem p'o e a e l evada p recipitação n o de correr do a n o. Exa m i n à ndo-se u m g ráfico das cvh uvas m en sa is, verifica-se a existê ncia de 3 máxi mos p l uviométrico$ d u ra nte o a n o : um em sete m bro, u m em j a n e i ro e outro em ju n ho. Por o utro l ado, dois m í n i mos são ob s ervados : u m em dezem b ro e outro em abri l . Esta sequência de máxi mos e m í n i mos p l uviométricos d ura nte o a n o, em é po cas determinadas, tem uma enorme i nflu ência sôbre a a g ricultura da reg ião. Ta is máxi mos e m í n i mos, a l iados à m a rcha da te m peratura, d a eva potra nspi ração e da d u ra ção do d i a , determ i n a m quais as me l ho res épocas de semea d u ra, quais as va rieda des veg eta is que podem ser cultiva das, quais as raças a n i ma is que podem ser c ri a d as, a i ncidência das d oenças e p ragas das p l antas cu ltivadas e dos p rasitas dos a n i ma i s domésticos, assi m como os rend i mentos que po d em ser obtidos. Em atenção àquele co n j u n to c l i mático, devem ser cria das e selecionadas as va riedades vegeta is e a s racas a n i m a is, assim como devem ser p rog ra �ados os sistemas de contrôl e às doen ças e pragas d a l avou ra e da criação. A tem peratura média va ria de 1 2,7°C em j u l h o a 24,l °C em j a n e i ro. As gead as qcor rem de a b r i l a setem bro, reg u l a rmente. O orva l ho é fenômeno frequente d u ra n t e todo o a no, a presenta ndo m aio r ocor rê n c i a no período de j a n e i ro a ab r il, sen do menos f req uente nos mese's de m aio, j u n h o e setem b ro. I . Os n evoe i ros são frequentes no I nverno e r a ro's no verão. N OVEMB RO-D EZEM B RO Ex-Felct iano A sêca ocorre e m g era l nos meses de no vem b ro ' deze mbro, j a n e i ro, feverei ro e ma rco. Os meses de j u n ho, j u l ho, ag ôsto e sete�bro ca racteriza m-se por u m acen tuado excesso de um idade no solo, que, com frequência p re j u d i ca o p reparo do so . lo p a ra a s culturas de i nverno e primave ra . A u midade rel ativa do a r é e l evada nos meses de a b r i l a setembro, sendo rel ativa mente ba ixa no fim da pri mavera e no ve rão. Com o ca lor e as chuvas de pri mavera, i n icia-se um período de ativo crescime nto das pastagens. tste cresci mento p rog ressivo vê-se i nter rom pid o no mês de dezem bro devi.do ? sêca ' refazendo -se com as chuvas de l a ne l ro e feverei ro. Em março e a b r i l , as pasta gens conti n u a m a i nda em ativo cresci mento. Os prirTiG:ros fri ,? s de m a i o come :a m a i nterrom per o cresclme �to da � egetaçao �a tu ra l e, nos meses de l u n ho, l u l ho e agos to, as geadas e as baixas t � m peratura s re d uzem enormem ente o cresc i m ento das pas tagens, . ca racteriz � ndo-s � . � st � ép � ca do ano por uma séria d efl c l � n c l � a l l n: e nta r . e cna ? o as ex pa ra o gado quando este pensas u n icament e, do pasto nativo. O Quadro I dá-nos as médias mensais e anuais dos d iversos eleme ntos meteoro lógi cos observados na Sede do I n stituto Ag ronômico do Sul, em Pelotas. Pecuária leiteira A situação da pecuária l e itei ra e a pro ducão de le ite no Município de Pelotas, pa ra ' melhor con hecermos, necessário se tor na d ividí-la em duas pa rtes d i stintas, possi b i l ita � do uma melhor a n á l ise dessa explo ração. Os faze ndei ros, em n ú mero maior que uma dezena, têm suas estâncias situadas na zo na baixa do Mu n i cípio, geral mente, associa ndo a exploração do gado H o l a n d ê s c o m a o rizicultu ra. S e u s p l a nteis s ã o formados de g rande n úmero de a ni m a i s que v a r i a m de 500 a 3.000 cabeças p o r criadorf constitu ídos de a ni ma i s p u ros d e Pág. 1 7 ped i g ree, p u ros por cruza e mesti ços c o m reg istro na A C H . A expl o ração do g a d o é exten s iva, b a sea ndo sua economia n a ve nda de rep ro duto res machos e novi l hos p a ra corte, as sim como a venda de fêmeas, novi l h a s ou vacas em p rodução para os l e iteiros ou cri adores no Estado e outros da U ni ão. O processo de me l horamento dos p l a n teis, em geral, é feito pela a q u isição de g ra ndes re p rod l!tores oriu n d os de a l tas l i n h a g ens, p rocedentes de pa íses estrange i ros, 'ou pe l a i nsemi n a ção a rtificial, hoje, usando o sêmem congelado de reproduto res da AMER I CAN B REEDERS S ERVICE d os Estados U n i dos. A p rodução de l e ite não é l evad � e ':l cons i d e ração ; muitos orde nham a n i m a i s pa ra o gasto da casa, outros, pos sui ndo a n i m a i s em contrôle e isto ém n ú mero pequeno, p rod uzem qua ntidade i rri sória p a ra comérc·i o. Ta l p roced i me nto vem p rej ud icando, sensIve l mente, as bases eco n ômicas desta exp l o ra ção, pois, a lém de não explora rem devida mente o gado l ei tei ro, e m sua principal função, descuram da selecão a n i ma l ; os prod utos oriu ndos de a n i mais ' não controla dos têm seu va l or di m i n u ído. O comércio exte rno já evol u ído, pois, a l g u n s Estados do B ra s i l têm sua pecuá ria lei te i ra basta nte melhorada, vê em nossos reban hos esta g rande defi ciência, adqui ri ndo a n i m a i s que são verd a de i ras i ncog n itas n a p rod ução. Ta lvez, a i n d ? n o :sos criadores não te n h a m se ressentido deste fato r, pe l a ca rên c i a de mercados prod u to res ou pela g ra n d e p rocura de outras re g i ões do pa ís, que desej a � mel hor.a r de q u a l quer forma sua p roduçao de l e i te. 1 Esta deficiência, con hecida por nossos criadores, é por ê l es e numerada por d iver' sas ca usgs, sendo as principa i s : fa l ta d � mercado p a ra o l ei te p roduzido, p reços bai xos ao p roduto, con ce ntrad os por a l to p r� co e mão de obra c a ra e não espec 'l a l l �ada. Acred itamos que, com u m . mercado con s u m i d o r . n o Município de Pel otas, nosso� faze n d e i ros ven h a m a exp l o ra r, devi damen te, seus rebanhos l eitei ros, corrig i ndo essa deficiência que ' vem se notan do, p ropor ciona n d o p l a nteis selecionados n o seu. fe notipo e na p rodu ção, e l evando a i nda digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 1 8 N OVEM B RO-DEZEM B RO ma is o conceito de n osso Mun i cípio em ser a H o l a n d a do Bra s i l . A o a n a l izarmos aquêles que prod uzem l e i t e P ? ra o consumo d o M u n i c í p i o e q ue de n o m i n a mos de le iteiros, con statamos, em recen te tra ba l h o rea l izado, n o qual foi fe i to u m leva n tamento das atua is con d i cões da exp l oração do le i te, quão desorden'ad a e a nti-econômica é esta exp l oracão' o n d e são a p l icadas práticas i n efi c i e n te; e m u i ta s vêzes até pre j ud ic i a is, acarretando sérios pre ju ízos à sua economia. Á pr? dução de le i te no M u n icípio pode ser esti mada em cêrca de 20.000 l itros de l e ite ? i ários, sendo êstes prod uzidos por, a proxi madamente, 400 l ei teiros, d a n d o uma m � d i a de 50 l i tros por ta mboi dos 400 lei t � lros, 245 e n treg a m sua produção d ireta mente à Usina de Pasteuriza cão e os res ta n tes são produtores c l a nde�ti nos ou que e n tregam sua prod ução a i n d ústrias parti c u lares. O n ú mero de vacas ordenhadas em cada ta mbo é m u i to variáve l , mas em méd i a ' é de 1 0 a 1 2 vacas em, prod ução, sendo a mé d ia -diária por an i m d l a prox i m a da mente de 5 l itros. A percen tagem de gord ura osc i l a basta n te, pri n c ipal mente, nas estacões do a n o ( inverno e verão), em gera l ê b a i xa 3% para zon a p l a n a e 3,5% para zon � montan hosa. Q ua nto à ordenha empreg a d a é usada a m a n u a l , feita sob teto co berto, ta lvez ú n ico req u i sito usado para prod ução de le ite h i g iên icoj entretanto é descurado o desmame do terne iro, a l avagem do úbere e secagem, os está bulos são i nfectos, em ge � a l � om estrumeiras no própri o l oca l , os a n l r:n a l s não sofrem testes prof i l á ticos, nem fa c / n a ções, o leite n ã o é f i l trad o, nem resfriado, os orde n h adores não pra tica m os mais rudi mentares pri n c íp i os h i g i ê n icos, :1 s m , com as vacas nem con sigo próprio. A baixa produção e a pouca percenta gem de gord ura a l ia dos a procedimentos i n adequa dos de orde nh a e ma nejo d o g a d o, res u lta m u m prod uto de ba ixa q ua l i dade e a nti-hi g i ê n i co. J u l g a n d o as característi cas do gado, po� demos di zer que são más i em gera l são m esti ços, sendo i n teressante n otar que d is tin gue-se pe las reg iões fisi ográficas d o' M u n i cípio. Na zona p l a n a , predom i n a o mestiço h o l a n dês, e n qua n to que n a zo n a Ex-Fe ldian o Ex Felctiano monta n hosa, o mestic o Jersey é predomin a n te. ' Esta mestiçagem tem como base a n i m a i s de r a ç a de corte, z e b u s e mesmo a n i m a is g ue n ão têm n e n h uma característica rac i a l . A z o n a p l a n a por estar mais próxi m a à zona urba na, o g ado a presenta-se m a i s a primorado, ta l vez por ex igência 'do m e i o concen trados m a i s caros e pastagens one � rosaS i o leiteiro procurou m e l h orar seu ga do pelo uso d a i nsem i n a ção.. artifici a l ou touros de m e l h or q u a l idade. U m dos fa tôres básicos para a produ ção econôm ica de l eite é a a l i mentacão e n esta, nosso M u n i cípio enco n tra um ' dos problemas cruciai s, que vem sendo equa cionado pelos estud iosos do assunto, procu ra n d o l evar a sol uç�o ao con hecimento de n ossos prod utores d e l e i te. I nd u bi tàve l men te, m u ito red uzido é o n ú mero de leite iros que têm a l g u m co n hecimento sôbre as ne cess i da des a l i m e n tares de seus a n imais, ta n to q u a n to à prod ucão co m o à m a n utencão ' resu l ta ndo terem v' acas m a l a l i mentadas umas com deficiência e outras, exagerada � mente, em re l ação à sua capacidade pro dutora. A a l i mentação mais usada entre nossos leit.e iros são os concentrados, dos q ú a i s sal ienta-se o fare lo de arroz, fare lo de tri go, tortas oleag i n osas de soja e l i n h aca e em menor esca la ra cões ba l a n ceadas ' en contrad as no comér�io. Como forragem verde, o azevem e a ave ia são usados no i nver n o e a cana de m i l ho verde . no verão. Mais uma vez, nota-se neste fator, a i n fl uência fis iográfica da região j n a z o n a p l a n a , o u s o do concentrado é maior, isto porque são pequenas ou n u las as áreas de pastoreio, não d ispondo de m u i ta forra gem verde. Desta forma, encarece m a pro d ução, usando m isturas de conce ntrados m u i ta s vêzes a bsurdas, com quantidades desn ecessárias de proteínas ou carboidra tos, não con s ideram nem o pêso do a n i m a i , n e m sua capacidade produtora, res u l ta n d o e m certos casos o d i sperd ício de e l e mentos n utritivos e em outros a carência dêsses mesmos princípios. Ficam tam bém, com p l etamente, à mercê das osc i l a ções, por vêzes a bsurdas, do preço dos concentrados e das suas dispo n i bi l i da des, sendo m ui tas vêzes prêsas fáceis dos comerc iantes i n es cru p u l osos. 1 J N OVEMB RO-D EZEM B RO Pág. 1 9 N a zona monta n h osa, mais afastada' da Para ati n g irmos êsse desiderato, i n ú mecidade, com ma iores cam pos de pastore io e . ros serão os problemas e gra nde o i n te l avouras de forrag e iras, d i m i n u i o emprê rêsse em solucioná- l os, l eva ndo-nos a pro g o d e concentrado, mas o problema é cria curar métodos eficazes para produção eco do em certas épocas do a n o onde há ca n ô m i c a do l e ite. rência de verde. Nossos leite iros descoAcred ita mos que a solução estaria n a ' n hecem a reserva de forragem suculenta reun ião de esforços, entre as classes d ire para as épocas de escassez, recorrendo ta mente l i gadas ao asunto, estabel ecendo nestas épocas a concentradós que , gera l u m p l a no assistencia l aos produtores de mente, s ã o poucos e de a l to custo. leite, visando uma exp l oração econômica . O utro fator que nos l eva considerá - l o Assistência técn ica , orientacão no mel ho c o m o pri n c i p a l , para êste estado l a tente ramento das pastagens, m�l hora me n to do de nossa produção de l e ite e que a carre gado l eiteiro e fornecimento de crédito, se ta uma gra nde fa l ta de estím u lo a nossos riam partes i m porta ntes dessa p l a n ificação. leite iros em não m e l h orarem sua produção Q u a n to à assistência técn ica, seria p ro de leite, é a atual comerc i a l ização do pro porcionada uma ori entacão de tra ba l ho d uto. com v istas à exploração e'conômica, leva n Como d i ssemos, quando a n a l isa mos o do aos prod utores, os esclarec imentos ne c l i m a do M unicípio, esta mos numa zona cessários para 0 mane jo d a terra, seleção c l i mática temperad a onde se nota uma d i a n i ma l , prof i l axia do reba n ho e a produ ferenciação basta nte acentuada das esta ção h i g i ên ica do l eite, procura ndo um ren ções do a n o, pri n c i p a l mente q u a n to à tem d i mento com pensador com a produção de peratura e d istri bu ição de chuva s. Esta s l e ite de ótima q u a l idade. cond i ções concorrem para uma d iversida de na produção de leite, tendo-se uma e le As pastagens deveriam ser explora das, vação nos períodos de pri mavera e verão pri nci pa l mente, em peq uenas áreas, devi e um a ba ixamento nas esta cões de outono e do ao a l to custo da terra, as qua is, a pós o inver�o, sendo os meses de ' a br i l e ma io, os m e l h ora mento técn i co, reduziri am o custo que maiores quedas a presenta m . da prod ução, pois, das pastagens os a n i m a i s retiraria m seus n utrientes, evitando-se Isto v e m afetar a comercial izacão do lei o uso desorien tad o dos concentrados. te, pois, havendo essa diversida de de pro d ução e não tendo um derivativo de seu Com re l ação ao mel horamento do gado a proveitamento, nas épocas de a b u n d â n l e ite i ro, seria procedida uma rigorosa sele cia, forca a ser criado um s istema de con ção à base do estado sanitário e da pro trô le q�e é chamado "cota de prod ução". d ução e, a i n da, a i n tensificação da práti Estas cotas são cal c u l adas pela méd i a d i á ca da i nsem i n a ção artificia l . ria do l e ite entreg ue nos meses de maio, O crédito séria destinado àqueles pro j u n ho, j u l ho e agôsto e por essa quanti dutores que, não dispondo de meios para dade é mantido o preço d ura nte o perío m e l h orar' suas cond i cões de tra ba l ho e do de ma ior produção, sendo pago pelo a q u i s i ção de a n i ma i s ' bons produtores, o excedente, preços muitas vêzes d i m i n utos . Espera mos com o funcionamento da ' a p l i cariam com ta l fim e seriam a l ta mente beneficia dos por êsse auxí l io que concorre Fábrica de Leite em Pó, que consum irá cêr r i a , n atura l mente, para o a u me nto da mé ca de 1 00.000 l itros de l e ite d i ários, ven h a dia a n u a lJ da prod ução leiteira. a ser a bsorvido êsse excedente a preço j usto, concorre ndo para um estímu l o \ aos Res u m i n d o, d iremos, melhores pasta gens, leiteiros existe ntes e aumen'ra ndo as possi m e l h ores a n i m ais e melhores condições, ad bi l i dades para êsses ramos da pecuária. virão menor tra b a l ho, menor custo e m a i or prod ução. , Movimentada a prod ução em pote n c i a l d o Município, certa mente, em . tempo n ã o Fi n a l izando, j u l g a mos ter a n i l izado, de m u ito l onge, teremos uma quantidade de uma m a neira gera l , as con d i ções de produ l eite capaz para atender o consumo e m es ção de l e ite no Mun icípio de Pelotas. pécie e o a basteci mento das i n dústrias de Ta is co n d i ções, com as devidas adapta l acticín ios, podendo-se, nessa oca sião, exi ções de cará ter eco l óg i co, poderão ser es g ir um produto de mel hor qual idade do te n d idas ao nosso Estado e ao Bras i l . que é fornecido presentemente. digitalizado por arvoredoleite.org Ex-Fel ct i a n o N OVEMB RO-D EZEM B RO Pág. 20 -'- Ex-Fe l ct i a n o __ t_______________-----__--_____ _ 0'- 0'- 0'- 0-. 00 00 0 00 00 .- � � � � � � o �.� o r- r- r- r- r- r-- N r- r-- N o cr5 oi .- .- O O O'- M 'O .- CO r-.... ..,f M M M M N N ..,f C"I ..,f C"l ..,f C"l C"l C"l C"l C"l C"l C"l C"l 1---1-----------------------------I.(') I.O CO M I.O o 0'- '0 'O I.(') ����oooo 00 0 "<:1" 0 .z �� C"I C"l C"l C"l .- C"l C"l C"l C"l C"l Q U) « I- -I UJ o- . ..... :l V)j o c� o U i� 'fiO z o-. o UJ o UJ U) « z � U) <C o .... :l U r-- L() o-. o o º o:::: UJ 0- o <.9 U) -o « -I o .... o V) r-- o· o .... 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P.O.A., sem deixa r de ' ressal ta r a val iosa cola boracão d a s firmas : C i a Mi n eira de A l i menta çáo, de Varg i n ha, Cia. I n dustri a l e Comerc i a l B rasi l e i ra de P rodu tos " N ESTLE:" de Três Corações, e dos Lac ticín ios Ca l das, Ltda., de Poços de Caldas, que nos fornecera m os dados que permiti ra m a rea l ização da p resente pal estra. Seg u ndo, porque _de há m uito no B ras i l s e d á va lor comerc i a l quase t ã o somente à gord u ra do l e ite. O resta nte, ou seja, o extrato sêco desengord u rado, perma nece n u m p l a no inferior, como se não fizesse pa rte i nteg ra nte da composição do l e ite. O conce ito de extra to como e lemento de m aior base para ava l iação do l e ite con t i n u a pouco d ivulgado, exceto nos pa íses onde a n i d ústria de l acticín ios se e ncontra . m a i s desenvolvida. Entreta nto, ao térm i no do tra ba l ho diá rio, ou nos ba l a n cetes mensa is, quando nas fá bricas efetuamos Q? cálcu l os de p rodu ção e ren d i mento, depa ramos com u m de ficit, pa ra o qual , não e ncontra mos expl ica ção p l a us íve l , . dentro da tecnologia propria mente d ita, é que recorremos a êl e . D a í a necessidade de a dota rmos o nos so "sloga n " : Um le ite v() l e o seu extrato sêco " . Ve jamos a l gumas considera ções sôbre o mesmo. 1 ) - NO,mencl a tura - Vá rias são as des ig n ações adotadas. ex. : Sól idos tota is, extrato sêco i nteg ra l , sól idos do l e ite, ( D ry m i l k sol i ds) matéria sêca, etc. i sól idos não gordu rosos (S. N.G.) p a ra o extrato sêco dese ngord u rado. 2) - Def i n i ção - Embo ra a nomencl atura seja va riável, a defi n i ção é semp re c l a ra : Sól i dos tota is, são o con j unto de com ponentes do l e ite i nteg ral menos a á g u a . 3) - Va rieda des - Temos extrato sêco i n teg ra i que são os sól i dos tota is do l e ite ; e o extrato sêco desengord u ra do, que é o con j u nto de com ponentes do l e i te i ntegra l menos água e gordura. 4) - Composição do Extrato sêco tota l . % n o leite % no ex- " i n natura" trato sêc.o p a drão Gord u ra Lactose P rote ínas Sais Agua 3,00 4,3 3,45 0,75 88,50 1 00,0 t ota l % no leite em p ó i ntegra l 26,S 37,3 30,0 6,2 26 35,S 27,S 8 3,0 1 00,0 1 00,0 5) - D i stribuição dos componentes do ex trato no l e ite . O meio. para esta d istr i bu ição, é natu ra l mente a água que constitu i a "fase con t ínua" e onde se a c h a m " d i s persos" os e l e mentos formadores do extrato sêco. A gord u ra que é formada por g lóbulos de 2 a 1 0 m i c ra, se encontra em estado d e emu l são. As p roteínas, caseína, l actoa l b u m i n a e l a ctog l obu l i n a, se e ncontra m em sol ucão coloida l , a l actose e s a is em sol ucão ve r' d a d e i ra . 6) - Variações de teor de extrato sêco. , Como é do con hecimento gera l , g ra nd e é esta va riaçã o de porcenta gem, e vÓ rias as causas : digitalizado por arvoredoleite.org Ex-Fe l cti a n o Pág. 22 N OVEMB RO-D EZEM B RO S. T. % 1 1 ,5 a 1 2% 1 2,5 1 3,0 a 1 3,5 1 4,9 . 1 5,4 a té 22% a ) - Racas : H �í a ndesa H o l a n desa x Zebu Zebu . . . Guern esey J e rsey . . B úfa l o . . E. _ b) - é poca da l acta ção 1 9 mês . . . . . 29 mês ao 39 . . 59 ao 69 mês . . 99 ao 1 09 mês . E. S. 1 2,73 1 2,1 1 2,5 1 3,2 T. a a a a % 1 2,74 1 2,5 1 2,8 1 3,7 c) - Fatô res que d i m i n u i ra m o teor de extrato sêso. 1. 2. 3. 4. 5. ' 6. Su per-produção Sub-n utrição (Sêca) Doencas I n d ivi du a l i dade Idade O rdenha i n completa. 7. - Correlação e fórmula do Extrato sê co Sa bemos que qua nto maior o teo r de gord u ra, m a i o r o teo r de Extrato sêco. l; Assi m sendo, no leite norma l, cada 1 % a c i m a de 3% de gord u ra corresponde a um au mento de 0,4% nos sól idos não gor d u rosos. S. N. G. = 8,27 + Para dete rm i nação . dos só l i dos não g or d u rosos podemos l a n ça r mão da a n á l ise d i reta que cons iste n a eva poração da á g u a , determ i n a n do-se e m seg u i d a a porcen ta gem de s. n . g., por d ifere n ça, ou a i n d a a p l i cando fó rm u l a s baseadas nas a n á l ises de g o rd u ra e densidade. Ex. : Fór m u l a de Ha len ke, Fleischmann, tabel as, calculador de Acke rma n n, reg u a do Professor F u rtado, etc., ou a i n da pe l o La ctometro de Bertuzz i . Rendimento Qua nto m a i o r o teor de extrato sêco do leite maior o ren d i mento, em quei jo, l e ite em pó! etc.! daí a razão do slogan "Um l e i t e va l e o seu extrato sêco" : Ve ja mos : Dete rm i n a n d o-se a porcentagem de ex trato sêco, por a n á l ise d i reta, fó rmu l a, ré gua, etc., ' pode-se p rec isa r o que chama mos " P rodução c a l c u l a d a " : Exe m p l o : Seja m 1 0.000 l itros de leite com 1 1 ,5% de sól idos totais, sendo 3% de g ord u rà e 8,5% de s. n . g., isso correspon de a 1 . 1 50 kg de s ó l i dos tota is. Pa ra o leite e m pó, cuja umidade méd ia é de 2% teríamos a seg u i n te fórm u l a : Pc Fórmula de Jacobson 0,4 (g-3) �OÍ- l i>O.5 /VA O N OVEMB RO-D EZEMB RO Ex-Fe lctia n o Pc 1 . 1 50 x 1 00 S. T. x 1 00 98 98 Pc 1 . 1 73 kg de pó, que equ iva le a d i = = ze r que g asta ría mos 8,5 l i tros de le ite por q u i l o de pó. Entreta n to, se fôssemos tra ba l h a r com lei te de 1 2,5% de S. T. gastaríamos 7,85 l i t ros de l e ite por q u i l o de pó. Como se vê i ría mos g asta r 650 g ra mas de leite a menos p a ra conseg u i rmos 1 q u i l o de pó. Numa fá brica cuja p rodução d i á ri a a l c a n ce 5.000 kg. de l e i te em p ó , tería mos uma economia de 3.250 l it ros de l e i te. Se co nsidera rmos a p rodução d i á ria de l e i te em pó no B ras i l , ' esta economia seria pelo m e n os de 65.000 l i tros, que a o p reço médio de Cr$ 1 0,00 rep resen ta m Cr$ 650.000,00, sem conta r o fator tempo, mão de obra e com bustíve l . - E se com putássemos a p rodução d e q ue i j os ? Porém êste não é o ponto bás i co da ques tão; é a penas um dos seus aspectos n a eco n o m i a da i n d ústria leite i ra. " Dê a Césa r o que é de Césa r". E u ma exp ressão suma mente sábia seg u i d a pelos homens a polog istas da j ustiça ; porta n to pag ue-se o leite pelo seu extra to sêco ou seja, pelo que ê l e rea lmente va l e, tecnoló g i ca e econômica mente. A g rande va ntagem d êste critério res i de, a l ém do mais, em desest i m u l a r a fraude pe l a aguagem tão comum em nossos estabe l ec i mentos, onde o leite é pago s i m p l es- = G o l<.. lJv A os O S A NO Pá g . 23 mente pelo vo l u me, fo rma das m a i s p r I m I tivas em negócios de leite c o m o matéria prima. Incidência d o teor d e gordura e extrato sêco desengordurado no Sul de Minas. De 1 957 a 1 959 fora m rea l izadas 80,093 a n á l ises de l e i te em esta belecimentos sob I n s pecção Fede ra l nas l oca l i dades de Va r g i n ha, Poços de Ca l das, Três Corações e Lavras, a ss i m d istr i b u ídas - : 2.948 a n á l ises de g o rd u ra Va rg i n ha 2.948 a n á l ises de s. n. g. Pocos , de Ca ldas 1 7.473 a n á l i ses de gordura 1 7.473 a n á l i ses de s. n. g. Três Cora ções 1 7.323 a n á l ises de gord u ra 1 6.540 a n á l ises' de s. n. g. Lavras 4.002 a n á l ises de gordura 4.002 a n á l ises de s. n . g . Métodos de anál ises empregados Na d osagem do teor de gord u ra fo i em pregado o método de Gerber, ofi c i a l izado conforme a rtigo 535, item 4, do Reg u la mento de I n speção I n d ustri a l e San itária dos Prod utos de O rigem Animal ( R. I . I .S.P. O .A.). N a dete rm i n a çã o dos sól idos não g ordu rosos fo i uti l izada em Va rg i n ha a Régua de Autoria do Professor J osé F u rtado. Em Po cos de Caldas o Lado metro de Bertuzz i ; e � as demais l oca l i dades, fó rm u l as e ta belas. It, /-S 1 9 �'Y P't;.A i- b;4 .> VA k6(I'V#A JAN. SO'L Ii)OS JVN. Jv /. . C o m p a ra ç ã o e ntre a s reg iões d e Poços d e Ca l das e Varg i n h a , Variação da l e i te porcentagem no Sul de de Mi nas, g o rd u ra e do teor de /Vil o s ó l i dos G (),Q b UROS OS não gordu rosos do n o p e ríod o d e j a n e i ro a d e z e m b ro d e 1 959. respect i v a m e nte e m c i m a e e m b a ixo. digitalizado por arvoredoleite.org Ex-Felcti a n o NOVEMB RO-DEZEMB RO Pág. 24 Ex-Fel ct i a n o O bservação : A g ra n de i nc i dência do a l to teor de gord u ra e do extrato sêco em Po ços de Caldas, se d eve ao fato de a ma ior pa rte do l eite ser p roduzida por reban ho de raça Ca l dense, nome recentemente dado ao tipo leite i ro de raça Caracú. Incidências das porcentagens 3,01 De T. Corações a Loca l i dades Gord u ra m e n os d e 3% T. Corações Lavras Ca l d a s Lavras P. Ca l d a s Va rg i n h a 1 ,2 % 5,2 % 3,68% 4,6 % 38 .970 ' 1 47 800 V a rg i n h a P. 4,0% A mostras I n c i d ê n c i a Va rg i n h a Ma i s de 4% T . Corações Lavras Ca l d a s P. 1 .81 0 9.423 2.020 8.1 37 61 ,6 % 54,2 Ofo 50,47% 46,5 Ofo 1 . 1 00 6.930 1 .835 9.336 37,2 39,3 45,8 53,4 % Ofo % % Concl usão : Como acaba mos de ver, o teor de extrato do leite d o s u l de M i n a s é mu ito bom. Em primei ro l ug a r q u anto a . m a io r por cen tagem vem o l eite de Poços de Caldas, com méd ia de 4,1 5% de g o rd u ra e 9,94% de S. N.G., com i ncidência de 95,3% das a n á l ises de gord u ra acima de 3%, e i n ci dência de 97,4% das a n á l ises de S. N. G. acima de 8,5%. Segu ido pelo l e ite da reg ião de Vargi n ha , c u j a porcentagem méd ia d a gord u ra é 3,89% o teo r méd io de S. N . G., é 8,79% com u m a i ncidência de 98,8% das a n á l i ses de gord u ra , acima de 3%, e, 99,6% das a n á l ises de S. N . G., acima de 8,5%. Sólidos nco gordurosos Percentagens Local idades Va rg i n h a Méd !a de gord u ra : Médla de S.N.G. : Três Corações menos Lavras mais menos Poços de Caldas mais menos mais Méd i a de g o rd u ra : Média de S.N.G. : d e 8,5 a de 9,01 a de 9,5 a 3,87% 8,79% de 8,0% a de 8,1 de 8,5 de 8,0% a de 8,1 de 8,5% de 9% a de 9,1 de 9,5 a de 1 0,0% 4,1 5% 9,94% Pé R[{'NTA GEI'1 Dé 9% 9,5% 1 0,0% Amostras 2.074 862 12 I ncidência 70,5 % 29,1 % 0,4 % 1 55 987 1 5.398 1 24 251 3.627 545 3.062 3.383 5.809 1 ,5 % 6,2 % 92,2 % 3,1 1 % 6,27% 90,62% 3,05% 1 7,2 % 47,0% 32,6 % 8,5% 8,5% 9,5% 1 0,0% <; Ofl D U R A. 1 !l �Y Nas reg iões de Lavras e Três Corações onde existe m a i o r q ua ntidade de g a d o de raça holandêsa natural mente é menor o teor de extrato sêco. Entreta nto a i ncidência é basta nte satis fatória. �, " ,., , I 'f, s Vi 1(,3 4;;:. �o 3,8 VAAGINHA 4b t1AA . A8R. MAl. Ju)/. JUt. AG5. OiIT. Co m p a ra ç ã o e n tre as regiões de Poços d e Ca l da s e Varg i n h a, resp e ctiva m e n te em c i m a e em b a i xo . .vov. 3,5' b'Z• Três . Corações : 94,8% das a náHses foram a c i m a d e 8,52% de S . N . G . ! Em Lavras : 96,3% das a n á l ises de gor d u ra acima de 3%. 90,62% das a n á l ises de extrato sêco aci ma de 8,5%. No g rá fico compa rativo que nos mostra a osc i l a ção do teor de gord u ra e S: N. G., no período de j a n e i ro e dezembro d� 1 959 vi mos as variações do teor sól idos totais em fun ção da época d o a no. J u sta mente no período em que decresce o extrato sêco, é que se a u menta o p reço do leite . . . Agradecimentos : A p resentamos n ossos ag radeci mentos aos sen h ores G u i l herme N unes, gerente da CO.M.A., Moacyr Carval ho Dias, d i retor geren te da Sociedade de Lacticínios de Po ços d e Caldas. Dr. Fred Easterman - Ge ren te da Nestlé em Três Corações e La vras e ao S r. Aure l ia n o Alves dos Santos - P rático R u ra l da D I POA em Va rg in ha . ,. ., ., . ,., ,. .,,,, .,, ,., ,., ,., ,., .,',.':' " ,. '·ií·' '·' Á· ,., O MELHOR F ,A B R I C A Ç Ã O 'i: ·'Á · ; .; .. ,.,,,,..,,.,.,., C O AL H O D E EM ,.,,. ,.,,.,,. '·'·""·"·'1 Pó D I N A M A R Q U � S A e l A . �� �i' .. Pág. 25 I A' venda na CIA. FABIO BASTOS, Comércio e Indústria e em todas as casas do ramo 4,J P. CA L DAS N OVEMB RO-D EZEMB R O / � � � � :.:�i.: � B AS T OS RIO DE JANEIRO -:- Rua Teófilo Otoni, 81 SAO PAULO - Rua Florêncio de Abreu, 828 BELO HORIZONTE - Rua Tupinambás, 364 JUIZ DE FORA - Rua HaHeld, 399 CURITIBA - Rua Dr. Murici, nOs. 249/253 PORTO ALEGRE - Av. 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Adolfo Dru bsky - Chefe da Ca sa M i l ita r d o Palácio da Liberdade. 4 - Eugên i o K l e i n Dutra - Ofi c i a l de Ga b i n ete. 5 - Pedro Pau lo C h ristova m dos Sa ntos - Ofi c i a l de G a b i n ete. 6 - Dr. Pa u l o Vieira Marques - Chefe do G a b i n ete do Governador. 7 - Deputado Wilson Modesto. .� - Genera l D j a l ma Dias Ribeiro - Comanda nte da 4� R. M. ? ;- Ce l . Antônio Hen rique A l meida de Mora is - Chefe do Estado Maior da d a 4� R. M. 1 0 - Tenente-Coronel G i l berto Pere i ra Viana. 1. 1 - Tenente-Coronel Roberto de A l meida Neves. 1 2 - O lavo Costa - Prefe ito M u n i c i p a l . 1 3 - Dr. Godofredo Bote l ho - Presidente da Côma ra de Vereadores. 1 4 - Dr. Itamar Rates Ba rroso - Vereador. Oficial de Ga1 5 - O l avo de An drade bi nete do Governador. 1 6 - Dr. Ra u l Machado. 1 7 - Dr. Ada i r Cal aes Lessa. 1 8 - D r. P l ín i o Pere i ra. 19 - Deputado Euclênio Teles P i res. 20 - Dr. Antôn io Agostinho de Paiva ViI hena. 21 - Dr. Wilson Beraldo. 22 - Dr. Coi m bra da Luz. 23 - Américo Ca rva l ho. 24 - Dr. Antôn io Miguel M. - Engen hei ro-Agrônomo. 25 - Dr. J oão G u i m a rães Pa iva - Engen he i ro-Agrônomo. 26 - Ce lesti no Ca rneiro. 27 - Dr. G i lson Sa lomão. 28 - Dr. Celso Ca mpos. 29 - Prof. J osé Al meida. 30 - Oswa ldo P into de Quei roz. 31 - Dr. J osé Custód io Martins. 32 - Alcino Ch ristia n o de O l iveira. 33 - N icol au Corre i a dos Reis. 34 - Sebastião Manoel de Rezende. 35 - Ca p i tão Zoroastro Fra n co de Carva l ho - Representa nte do Coma ndante 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 . 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 - do 1 09 R. I . J osé J . Ba rros. N i lton Gomes. D r.- Ped ro Cruzei ro. F. A. J ún ior. Dr. Necés io Tostes Tava res. Dr. Orl a n d o A. Fel let. Neuza Corre i a . Yol a nda Corre i a e S i lva . D r. Deo l i nd o Coel ho. N i codemos Dutra. Mei re l es V. de A ra ú jo. E l i a s Mendes Campos. J oão Ferre i ra . D r. R u b e n s Dutra de Mora is. F ra ncisco Costa. J osé M. Lemos. A l cebíades Gomes. I ta g i ba S i lva. D u lcíd i o Monte i ro da Fonseca. H é l i o F. A. Vicente Ca rdoso. Was h i ngton Ruvi no da S i lva. Wa l d i r G. Carva l ho. J osé Tomás da S i lva. Ra i m u n do Nonato Ba rreto. C l ayr Poubel Boechat Dr. Ste l i o Forti n i J osé Oceano Soa res. Laerte de Campos La ra D r. S i meão de Faria. P rof. Mário V i e i ra. Dr. Odilon Rezende Pedrosa. D i l erma ndo Delgado. D r. T. Belém Borse. Ata l i ba Dutra N icácio. H . B. V i a n a . TÉCN ICOS EM LACTICrN IOS, EX-ALU N O S DO I.L.C.T. 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 - J a rdas da Costa S i lva Renato Lucas Teixe i ra Vieira . - H é l i o Bel i n i. - Mário More i ra de Carva l ho. - Roberto J ac kson A. Cava lcanti. - Sebastião F a b i a n o R i be i ro - Oswa ldo de Pa u l a Homem. - Pio Nascimento Soa res. Pa l m i ra G u i ma rães. - Roberto Fonseca. - A l o ísio Cabalzar. - Dario Esperidião. - H é l i o Pa u l o Pere i ra . J osé W i l ba u r J unque i ra de Barros. F ra ncisco Rodrigues d e Abreu. - - - - Ex-Fel ctia n o 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 1 00 1 01 1 02 1 03 1 04 1 05 1 06 1 07 -. - N OVEMB RO-DEZEM B RO Tem ístocles F. Vieira de Souza. Sebastião Cam pos F. Sobri n ho. J osé J ader Dom i n g ues Lea l. J a rbas da Costa Vid a l . Wa l d o m i ro de Castro. Hél io Osório Fonseca. Ca rl Christi a n Rasmussen. J osé Roberto J un q u e i ra. . Frederico de A l meida Lages. José Gabriel de Souza. Ana Mad a l e n a Chaves. J esus J. de Andrade. I ri n e u Maxi m i a n o de O l iveira . Ernesto Liva F i l ho. Aug usto Pere i ra de Sequei ra. Moac i r O l ive i ra. Alta m i ro Moser. Euro Al bino de Souza. J osé Gomes R i be i ro. Rona ldo Tornei da Si lve i ra. Darci de Abreu More i ra. ALU N OS DO I N STITUTO DE LACTICíNIOS JlCà N D I D O TOSTES" 1 08 1 09 110 . 111 112 113 114 115 116 117 118 119 1 20 1 21 1 22 1 23 J a ime E l berto Quevedo Saens. - Ponciano Vasco Vasco. - J orge Les l i e Sa l Clzar Arg uelo. - Wig berto LarCl César. Rad j a l ma J . A. CClva lcante. - Ade l i no M. V. Couti n ho. AlcebíCldes Machado de SOUZCl. Miguel Lopes Pereira. - NCluir Campos de AlmeidCl . Luiz Mora is Lembru ber. - AlcebíCldes G u i m a rães Ma lta. João Batista Borges. Ta les Ribe i ro de O l iveira. - Roberto de Freitas Messa n o. - Ca rlos Césa r Pe rez Couti n ho. Fra ncisco Fag undes de Ara ú jo. - - TÉCN ICOS DA DIVISÃO D E INSPECCÃO ' D E PROD UTOS D E ORIG EM ANIMAL (DI POA) 1 24 - Dr. J. J. Carnei ro F i l ho. 1 25 - Dr. Rogério Ma ra n hão. 1 26 - Dr. J osé Ass is R i beiro. Dr. Luiz Pi nto Va lente. 1 27 1 28 - Dr. Homero Duarte C. B a rbosa. 1 29 - Dr. WCl l ter Fonseca. 1 30 - Dr. Francisco Cardoso J ú n ior. 1 31 - Dr. Oswa ldo Sa ntiago. 1 32 - Dr. Theop h i l o C. Ferre i ra . 1 33 - Dr. J oão Va lenca. Dr. Ma noel Cu�ha. 1 34 1 35 - Dr. Wa lter Rocha Perez. 1 36 - Renato Carn itti. 1 37 1 38 1 39 1 40 1 41 1 42 1 43 1 44 1 45 1 46 1 47 1 48 1 49 1 50 1 51 1 52 - Pág. 27 S ílvio O l ive i ra. W i l ton Bezerra de Lima. E u l a mpio Bezerra de Lima. Oswa ldo da Si lva Tossy. Acyr Ferrei ra de Matos. Dr. H ugo de Aq u i n o Vazo Ora. Dl iza B ra s i l Ba rbosa. Joab Peterma n. Dr. Césa r Aug usto Hen rique. J osé Dias de Melo. Dr. J osé de O l ive i ra Malta. Verutidio GonçCl lves Sique i ra. J o rge Cava lcante de Ba rros. Carlos de O l ive i ra. Fra ncisco dos SCl ntos. Ren ato B raga. PROFESSôRES E TÉCN ICOS DO I NSTITUTO DE lACTICíN IOS "C N D I D O TOSTES" Prof. Carlos Al berto Lott - Di retor. 1 53 1 54 - Prof. Hobbes Al buquerque - Chefe do Servico de Ensino. 1 55 - Prof. Vic�ntino de Freitas Masi n i Chefe do Servico de La boratório. 1 56 - Prof. Osmar Fer�an des Leitão - Che fe do Servico de Mecâ n ica e I nstal a cões. ' 1 57 - Pr�f. Má rio Assis de Lucena - Chefe e Bida Seccão de Documentacão ' bl ioteca'. Chefe 1 58 - Prof. Cid Maurício Ste h l i n g e Bi' . da Seccão de Documentacão b l ioteca'. 1 59 Prof . Bened ito Nogueira - Chefe da Seccão de Anál ises de Rotina. 1 60 - Pro{ Jonas Perei ra Bomtempo - Che fe da Seccão de Q u ím ica. Chefe 1 61 - Prof. Josó ' Furtado Pereira da Secção de Microbiolog ia. Che1 62 - Prof. Luiz da Si lva Santiago fe da Secção de Fabricação de Ma n te i g a . 1 62 -A - Prof. Eol o A l b i no de Souza Chefe do Servico de I n dústria. 1 63 - Prof. A l u ízio de' Aqu i no Andrade Chefe da Seccão de Beneficia mento de Leite. ' 1 64 - Prof. J oaqu i m Rosa Soa res - Chefe da Secção de Matúração de Quei jos. 1 65 - Prof. S i n ésio de Queiroz Si lva - Che fe da Secção de Fabricação de Quei jos. 1 66 - Prof. Gera ldo Gomes Pi menta - Chefe do Servico de Assistência Técn ica. 1 67 - Técn. J osé Pedro Bomtempo. Técn. J acob Fra nckl i n de O l iveira. 1 68 1 69 - Técn. J osé dos Sa ntos Bote l ho. digitalizado por - arvoredoleite.org Pág. 28 N OVEMB RO-D EZEM B RO Ex-Fel ctiano .--------�- ------ 1 70 - Técn . Miguel A rca n jo F. de A n d rade. 1 71 - Técn. J osé J orge de Ara ú jo Alves. 1 72 - P rof. Antônio Batista Ferrei ra Lima. D ELEGAÇõES ESPECIAIS 1 73 - D r. Leoveg i ldo Pacheco J o rdão - D i retor em exercício do D.P.A. de S. Pau lo. 1 74 - D r. Oswa ldo Domi ngos Soldado Chefe da Seccão de Derivados do ' Lei te - D.P.A. de São Pau lo. 1 75 - D r. Ma noel L. A. Behmer - Chefe d a Secção de Tecnologia do · Leite · D.P.A. de São Pau lo. 1 76 - D r. J . M. · da Rosa e S i l va Neto Representa nte da COD EPE, de Per n a m buco. 1 77 - · Dr. J o rge da Luz Cassa i - Di retor do P rojeto 3, do ETA - Rio G rande do Sul. 17,8 ;- Mr. Gera rd L i b e r - Projeto 1 1 , AS . CAR, - Rio G rande do S u l . 1 79 - M r . W . Wag n e r - Idem. 1 80 - Mr. J osef Ma rty - Fábrica de Leite em Pó - Pelotas, R. G. ·S. 1 81 - D r. Henry Morrison P rojeto 20 do ETA - Pernambuco. 82 - Mr. Ebert . L. Pierce Projeto 9 do ETA - ACAR, B . Horizonte. 1 83 - Maria J osé Alves - ACAR Minas Gera is. 1 84 Wa ldemar Moura Fi l ho ACAR Minas. Pa u l o Ribeiro - ACAR - Minas. 1 85 1 86 D r. J oão Ped ro dos Santos Ol ive ira - I n stituto Ag ronômico do Norte Belém - Pará. 1 87 - Dr. Arl i n d o G a rcia Moreno Facu l dade d e Veteri n á ria da U n iversida de de S. Pau lo. 1 88 - Otto Frense l - Sociedade Nacio n a l de Agricultu ra - R i o de J a n e i ro. 1 89· - Dr. Félix Ayres - Representa nte do Su peri ntendente do Ensino Agríco l a e Veteriná rio. 1 90 - Dr. Pa u l o Wa nderlei Teixei ra - da S EAV. 1 91 D r. Ferna n do V. Gonza les - do I .Z. D r. Thyrson Machado - ACAR - Mi 1 92 nas. LACTICIN ISTAS ( I N D U STRIÀIS, PRODUTORES, COMERCIANTES, etc.) 1 93 1 94 1 95 1 96 - Artur Lopes Rezende. J. Roberto Matta Reis. J oão de Abreu Mora is. J oão Gomes Pere i ra . 1 97 1 98 1 99 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 21 0 21 1 21 2 21 3 21 4 - F ra ncisco Pere i ra . Ped ro Boecke. R. Fonseca. J osé I nácio l omabel. G e ra ldo Ludovico. Antônio Toledo. V. Figueiredo. I za ías Freitas Mozzas. N ewton Mora is. Antôn io N eves do A m a ra l . Rufino Fer n a n des. Air L. Vieira . J . Vita l Mel o. J osé Sa les. Cél i o Garcia. G u a l te r Mano. Salim Fan ny. Gera l do Lopes d a Si lva. ESTU DANTES 21 5 21 6 21 7 21 8 21 9 229 221 222 223 224 - F ra ncisco Di rceu Meire l es J u n q u e i ra . P l ácido F l aviano C. F i l ho. H é l i o Lopes dos Sa ntos. Alfredo S. Lopes. J usti no Vicente S i l va. H u g o de Souza Lea l . Faraday Sm ith dos Reis. Maurício Monteiro da Si lva. Maud Emy Frei re de Mora is. - J osé Carlos da Cunha Te ixe i ra. F U N CIONÁRIOS ADM I N ISTRATIVOS DO I.L.C.T. 225 226 227 228 229 230 231 ....:. 232 233 234 235 236 237 238 239 240 - Ed m u ndo Monteiro de Melo. Li ncol n Renaut Machado. Fernando Rubem Dutra Caldas. J oão Ca rva l ho Nog u e i ra . Cel i na Men donça. Elvira Dias More i ra. Maria do Ca rmo Mou rão. Ma ria Líd ia Batista de O l iveira. I racema Limp Monteneg ro. Terez i n h a Apa recida G r i bel de Pa u l a . E d n a L u c i Pere i ra N u n es. Zoreth N a g i b Sa lomão. Nelson dos Santos Rodrig ues. Caeta n o Casagrande. P l í n i o Ma u rício. Miguel J osé Ma lvac i n i . N a s sessões d e projeção de filmes e slides 241 - Neuza Carva l haes de Al buquerque 242 - N eyde de Souza. 243 - Odete de Rezende Lott. Pág. 29 N OVEMB RO-D EZEM B RO Ex-Fel ctia n o B O EKE ALBERT O A 6 de a gôsto último faleceu em Santos D umont, com quase 95 anos d e idade, o S r . Alherto B o eke. Com o s eu desapa recimento perde o B r a sil, p á tria que êle a d o t o u , amou e. dignificou, umas d a s figuras m ais expressiva s do seu meio l aticinista. Ao r egistrarmos o s eu falecimento é com p es a r que Q fazemos, pois Alherto B o eke era sem dúvida uma tradição n a indústria de lacticínios em n o s s o m eio, p a r a o qual ê l e trou xe d a Holanda, seu p aís natal, a quela vocação que <> t o rn a ria um dos líderes d a n o s s a indús tria de l a cticínios. Alherto B o eke nasceu n a cidade d e Groninga aos 6 de outuhro de 1865. Não desperta d a ainda a sua vocação l a ticinista ingressou na Escola de M a rinha Mercante, em Amster dam, pela qual s e diplomou. Por essa época outro ilustre la ticinista, legítimo pioneiro d a indústria de laticínios no Brasil - o Dl'. C a rlos P ereirà de S á Fortes encont rava-se n a Holanda, de onde traria para a sua pátria um especialista p a r a dirigir a p rimeira fáhrica de p r o dutos lacteos que s e instalaria no B r a sil e em cuj a preoclfp a ç ã o de vê-la funcionando em b a ses técnicas s e r e velava o traço marcante de sua personali d a d e de autêntico b andeirante. E m Alherto B o eke, que reunia ainda conh ecimentos de mecânica encontrou o nosso patrício o el emento que procurava. e falava o francês, Em 1887, já no B ra sil, instalaram em Mantiqueira a primeira fábrica de laticínios c iniciaram a fabricação de queij o s holandeses e m anteiga, atividade em que exp erimentaram alguns r eveses, em consequência da concorrência d o s pro dutos � similarcs europeus, que aqui chegavam a preços mais baixos. Em 1897, 10 ano s dccorridos de a tividades em cmprêsa p a r a se dedicar a v á ri o s o u t r o s misteres. Mantiqueira, casou-se e retirou-se d a à Em 1905, j untamente com Antônio e Francisco La deira, seus cunhados, retornou indústria de laticínios, numa pequena fábrica que m o n t o u na fazenda de sua sogra, nas imediações de P a l m y ra, hoj e Santos D umont. Nessa épo ca, em ,Iirtude da queda de valor da moeda, o s p rodutos lácteos j á não eram gravosos e o negócio p rosp erou. Transferida a fábrica p a ra t a rde Alberto B o eke, J ong & C i a . Pa lmyra o rganizaram a firma Alberto B o eke & Cia., mais D e 1921 a esta data, reestruturada a f i r m a , p a s s o u nios Alherto B o eke S. A. esta a denominar-se Alherto B o eke não f o i o p i oneiro apenas na fabricação de queij o s ainda o inicia dor d a indústria da lactose e dos queij o s fundidos� n o Brasil. Cia. L aticí h o l andeses, mas A boa qu alidade dos produtos, dentre o s quais s e destaca o queijo tipo Edam, i gu a l a o s melhores produzidos n a r egião do R e n o , t o rnou-se conhecido em todo o país. Mas as atividades de Alb erto B o eke n ã o s e limi taram à indúst ria de la ticínios. Fun dou a fábrica d e p r o dutos químicos em Santos D umont, mais tarde encampadá pela firma E. Merck- D a rmstardt e transfo rm ada p o steriormente ná Cia. Químic a Merck do B ra sil. Suas atividades se es tenderam ainda ao campo da a dministração pública, a que êle emprestou a colaboração desinteressada d a sua exp eriência de bom administrador. A estima e o aprêço de que gozava l evai'am o povo a elegê-lo p o r várias vêzes vereador à Câmara Municip a l de Santos Dumont, e só n ã o exerceu o cargo ele P residente d a Câmara (Pre feito), p o r haver declinado da indica ção. Na pessoa do Sr. P edro J. B o eke, conti n u a d o r d a o b ra de Alberto B o eke, técnico dos mais ahaliz a d o s em questões de la ticínios e p e s s o a que desfruta do mais alto e merecido conceito n o s m eios culturais e econômicos n a lo calidade, a "Revista do Instituto ele La ti cínios C ândido Tostes" apresenta à Família B o ek e, com êste r egistro, as h omena gens a que o extinto fêz jus pelo s eu trabalho e idealismo ao país que o a colheu e que êle ado.tou como sua segunda Pátria. (H. D . C . B.). digitalizado por arvoredoleite.org Ex-Fel ctia no N OVEMB RO-DEZEM BR O Pág . 30 Méd ico-Veterinário G ra nde n ú m ero de expositores e alta qualidade dos produtos defin iram o � mpor fonte certame do Parque da G a m e l e l ra. . representação dos lacticín ios como ín dice da situação atual da indústria l e it e ira . A Como era de se esperar, a rep rese ntação da i n d ústria le ite i ra no certa me da Game l e i ra em B e l o Horizonte, rea l izada e m f i n s de j � l h o p p . , s e revesti u d o m a i o r bri l ha ntis mo, dada a atuação, em con j u n to, dos se g u i n tes fatôres : - g ra n d e n ú mero de expo s itores ; - g rande n ú m e ro de m a rc as de pro d utos ( m a i s de 1 50) ; a l ta q u a l .ldad.e d5' s p rod utos, e ,fi n a l mente, a boa organ lzaçao dos esta n des (que mel hor d i s pos ição ter i a m se o pavi l hão 9 a êles desti nado não fôsse tão i m p róprio - estre i l o, cu rto e ba ixa I ) . Quem, c om o nós que vi mos h á m a i s . d e 20 an os participa n do da org a n ização e l u l ga mento de p rodutos de lacticí n i os em ex pos ições n ac ion a is, se der ao tra .ba l ho · :-1 e comparar as representações a tua i s da � n d ústria m i n e i ra c o m a d o s a n os a n terio res, por certo que observa rá os . seg u i nte.s deta l hes, que defi nem, com re lativa precI são a evo l ucão dêste i m porta nte ra mo das a ti :idades r� ra i s : 1 9 . - grande redução na represe�tação de manteigas, e elevação de qualidade. Nas exposi ções a nteriores era de se n ota r a 39 Grande representação de leites em pó e farinhas lácteas - Êste i m portantíssi mo ava l a n c h e de ma rcas de m a n teiga e n l atada com u m . 50, 60 e mesmo 80 m a rcas já noS fora m a p resentadas (e em l a ta s de 1 0 kg), onde se defi n i a a p redo m i n â n c i a de m a n tei g a m a l traba l h ad a, sem n e n h u m outro atri buto a não ser a qua n tidade. Nesta ex pos ição de 1 960 o caso fo i d iferente. Poucas m a rcas de ma nte i g a , nas q u a is e l evada percentagem de m a n teiga "extra " e de 1 � q u a l idade - p rod utos p reparados e a p re sentados dentro dos p receitos da .mais mo derna técn ica m a n te i g u e i ra. E: bem verda de que o m a i o r n úmero foi de ma nteiga comu m . I sso pelo fato de a i n da sua fa bri cacão d omi n a r n a s zonas de d i fíci l exe cu�ão d a moderna tecno log i a . O fato é qu� aos poucos, o ti po clássico de m a n tei g a forte (ácida e m u ito sa l g a d a ) e e n l ata da está cedendo terreno à m a n teiga extra, de creme pasteuriza do, de baixa aci dez, sem sal ' embalada em fôl ha de papel metá l i co. , - NOVEMB RO-D EZEM B RO p razer de téc n i co que concedemos aos quei jos · nordesti nos os p rê m ios de que se fizeram me recedores. A Indústria l eiteira na 2 7 . d I) E,X:posição Nacion al de Anima i s Dr. José Assis Ribeiro Ex-Felctiano 29 Alta qualidade de quei jos nacionais e estra ngei ros A a mostra das g ra n des fi r - mas q u ei jei ras do País (Po l e n g h i, Da na, Ca m po l i n d o, S u l de M i n a s, "Bo a", Coopa l á e outras) reve l o u nitida mente o a l to í n d i ce tecnológ i co ati n g ido pela fa bricação na � c i on a ! . Q uei jos ti pos Pa rmesão, Provo l o n l Roqu efort, Bel-paese, fundidos, Sardo/ S brinz e outros nad a fica m a dever a s i m .i l a res d ' a l ém � a r. Em n e n h u m a outra expos ição belorizo n J-i n a se teve maior va riedade de quei jos, nem m a i o r q u a l i dade. Êste det � I be é j u s ta mente o que define a atu a l S l tuacão da i n d ústria q u e i j e i ra do Pa ís, on de 'êste setor da i n d ústria l e itei ra se con sol i da f i rmemente, de u m l ado, dadas as con d i cões ecológ i cas das reg i ões p ropí c i as, � de outro, dada a g rande capa � idade de co n s u mo de p rod utos de a l ta q u a l idade. Neste p articu l a r de a l ta q u a l i d � de, foi de se a d m i ra r a exce l ência dos queqos nor dest i n os, de fa bricação . da firma Lacticín ios Sa nta Mari a, Ltda ., de Bom Co nselho (Per n a m buco). Seus quei jos Reino e P rato (va riedades Lanche e Cobocó) se a presenta ra m com q u a l idade riva l izável aos congê n eres m i n e i ros e p a u l i stas. Foi com todo o ra mo de nossa i n d ústria l e ite i ra vem pro g red i n do a passos l a rgos. O g rande n ú me ro de ma rcas de l e ite e m pó ( N i n ho, Nes tlé, Lei k, Mococa, Leitesol , M imo, Vigor, etc.) em s uas variedades ( i nteg ra l , desna tado e se m i -desnatado) e a pe rfe i ção das q u a l idades confe re m ao B ra s i l a caracte rís tica de p rod utor do me l hor l e i te e m pó do m u ndo ! Se e m quantidade n unca seremos o m a ior, dadas as l i mi tações das nossas co n d i cões ecológ icas, poderemos n os or g u l ha � de a prese nta r o me l hor em q u a l i dade, de u m l a do, pelos óti mos a pa re l ha mentos e e levada técn ica das nossas fá bri cas, e, de outro, pela vi g i l â ncia con sta nte exercida pela D I POA, cujo reg u l a mento é dos m a i s rigorosos do m undo, em assunto de i n s peccão san itária de l e i tes des h i d rata dos. Desd� que somos o maior con s u m idor de l ei te em pó, do m u n do, deveremos ser também os produto res dos m e l hores l eite em pó, e, a reve l ação da expos ição de B. Horizonte confirma j usta mente isso. Já es tamos ati n g i ndo 40 m i l tone ladas de l eite em pó, por a n o, p rodução esta tôda con s u m ida n o Pa ís. Caso a u mente esta p rod u ção, teremos que exporta r, e fàci l mente p ? deremos participar dos mercados m u n d i. a iS, i m pondo-nos pela q u a l idade. 49 - Grande representação de doce de Êste prod uto está tendo cada vez leite Pág. 3 1 m a i o r p rodução nas zonas l ei te i ra s do Pa ís, on de, portan to, seu consumo também está a u menta n do . A técn ica de fabricação f i r m a d a e d ivulgada pelo I nstituto de Lacticí n ios Când ido Tostes e observada na quase tota l idade das fá bricas, faz com que o p rod uto se a p resen te padron izado em a lto n ível de qu a l i d ade. Assim, o nosso d oce de l eite pastoso se compara ao que h a j a de me l hor em q u à lq ue r pa ís, p r i n c i p a l mente Arge nti na e U r u g u a i , onde a prod u cão e o con s u m o dêste l acticínio se faz e m. � Ita esca l a . Pode-se p rever no Bras i l u m desenvolvi mento' da p rodução e d o consu mo de doce de l eite nos mes mos n íveis a r genti nos e u ru g u a ios, a d m i t i ndo-se p a ra êste p roduto u m futu ro tão g rande como o dos quei jos e de le ite e m pó. Daí a ra zão por que a D I POA deverá ma nter a lto o padrão de exigências para a montagem de fá bricas de doce de l eite. 59 - Esta ndes - Os esta ndes das firm<2ls . Nestlé, Cooperativa Centra l dos Produto res R u ra i s (Prod utos Itam bé), Poleng h i, Lac ticín i os Novo H o rizonte, Dana, Coo l a pá ( Cooperativa de P rod utores de Leite de S. Sebastião do Para í.s o Ltda.) e Ba rbosa Mar q ues, org a n izados espec i a l m ente para a fi n a l idade, reve l a ra m a lto n ível de promoção de ve n das, e evi denci a ra m o e levado es p írito de com pree nsão dos seus p roprietá rios em partici p a r em certa mes como êste. Antes de tudo, u m estande bem orga n izado tem va l o r promocion a l educa tivo, e é j us tamente de educação téc n i ca, principa l men te e m assuntos de a l i m e n tação, o que o n osso povo m u ito necess ita . I n � ú s t r i a s H � u n i � a � f a i u n � � s H � tU S. A. "Estamparia Juiz d e Fora" Latas de todos os tipos e para todos os fins. Car tazes e artefatos de folha de flandres Máquinas para fechamento de latas, Pestaneiras, carretilhas, placas, etc: H u a Fra n c i s c o V a l a d ares, 1 0 8 - T e l e f,ones, 1 7 90 e 1 1 4 7 E n cl . Teleg. " IRFAN" - Juiz d e Fo ra - E digitalizado por Caixa Postal, 1 5 Minas arvoredoleite.org Ex-Felcti a n o NOVEMB RO-D EZEM B RO Pág. 32 Atualidades Leiteiras ,� . Os J or n a i s de B e l o Ho rizo nte, d i z Otto Frense l em um dos ú l timos n ú m e ros do Bo l et i m d o Leite, n oti c i a ra m u m feito de a l ta s i g n ificaçã o p a ra os estud i osos de assun tos de a bastec i mento de leite. Trata- se d e u m a p ro moção exec,\Jt a da p e l a s coope rati vas de prod utores de l e ite, de Belo Hori zo�te e de S. J oã o Nepom uceno . Dois ca r ros� ta n ques, um com 1 5.300 l itros de l e ite (da Coope rativa Centra l dos Prod utores Re g i o n a i s de Minas Gera is) e outro, com 7.000 l itros (d a Coop erativ a de Prod utores dé Leite de S. J oão Nepo mucen o) fora m :, eriviad os a B ra s í l i a , no d i a 1 9 de a b ri l , pa i :[a l á esta re m d i stri b u i n do leite a o povo, j ustam ente nos mome ntos dos festejo s p ro g ra mado s p a ra o dia 21 (que, d i ga-se de passa gem, se revest i ra m do máxim o de i n te nsida de). O prime iro ca rro ta n que sa i u de 7 Lagoa s ( d a fábric a de l e ite em p ó d a Coop e rativa referi da) às 1 8 h s . do d i a 1 9 de a b r i l , l eva ndo 1 5.300 l itros de l e ite pas teuriz ado e refri gerad o a 3°e. (A a n á l i se 1 6° 0 ; gordu revelo u o seg u i nte : aci dez e temp e .032 1 dade densi 3,2% ; ra m de as k 750 os dos nci Ve . 3°C) + ratu ra de u ma is depo a i l í s ra B m e r a cheg o a fa l to, o lei ise l á n a à m, viage de a i d m u e oite n sim o, rã t e reve l ou-se c o m o mesm o p a d e temp a n C p l es me nte c o m a u mento de 2 ° em eite l de ção i u ratu ra ! I n iciad a a d i stri b pa "vaca s l ei te i ras" l eva das espec i a l ment e ra (g povo ao dado leite ra êste fim, foi o i prop , 1 2 a i d ' o d hs. 24 às tuita me nte) até l a u q ito, éd n i o l tácu ciand o assim u m espe do ção cora o en l s e j a o de se bebe r, e m p ro, o B ra s i l , a bsol utam e nte p u ro e ínteg ar Apes melh or l eite p rodu�i d o em Mina s. = Pedro Distri buicã o d e Leite e m Brasí lia por Ocas ião da sua Inaug uraçã o 11 = = = Ex-Fe l ct,ia n o N OVEMBRO-DEZEM B RO � --------------------------��==��-- da excelência do p roduto e do p reço de ven da (g ratis), foram distribuídos somente 5.300 l itros de l e i te. Os 1 0 m i l resta n tes fo ra m trazidos, de volta a 7 Lagoas, lá che gando à s 22 horas do d i a 22, com a si m p l es e l evação de temperatura de 5°C pa ra 1 0°C, e de acidez, de 1 6 para 1 6,5°0 ! O ' segundo carro tanq ue s a i u de S. J oão Nepomuceno, a 1 1 00 km de B rasília, le va ndo 7.000 l itros de leite pasteu rizado e refrigerado a 5°e. Depois de 30 horas de viagem (sob sol esca l d anteL o leite che gou em B rasília com 7°C de temperatura . Fora m ven d i d os, d i reta mente ao povo, 3.000 l itros. O resta nte conti n uou no ta nque, re torn a n d o a Mi nas, sendo entregue à fá brica de le ite em pó de 7 Lagoas, onde che gou n o dia 23 de a b ri l , às 1 6 horas, à temperatura de 1 3°C, 5 d i a s (ou sejam 1 1 4 horas) a pós a saída da u s i n a de S. J oão Nepomuceno ! tstes fatos nos confi rmam duas coi sas : 1 - a g ra nde i n d icação do uso de ca rros ta n q ues i soté rmi cos, no tra n s porte do l eite a g r a n e l , e, 2 - a peque na ca pacida de de con s u m o de leite de B rasíl i a . O esta bele cime nto que se org a n izar p a ra abaste cer B rasí l i a deve p reve r uma i n sta l a ção para ben efi c i a r, n o m á xi mo, 30 mil l i tros d i á r i os, ou sej a m 4 a 5 m i l l i tros/h ora. tste vol u me poderá ser atingi do d e nt ro de a l g u n s a n os e n ã o fàcil me nte será su pera do. Esti m a-se p a ra o n ovo Distrito Fede ra l uma popu l a çã o de 1 00 m i l h a bi ta ntes q ue, mesm o que ve n h a a dar m u i ta p re ferê n c i a a l e ite, não u l tra passa rá o l i mi te a c i m a refe rido. Pág. 33 Pereira o maior lacticinista gaucho, , acaba de falecer O s ú b ito fa leci mento de Pedro Perei ra méd i co ped i atra g a u c h o que por longo � a nos foi d i retor do DEAL (Departa mento E :tad u a l de Abastecimento de Leite) de Porto Aleg re, p rovocou a maior emocão aos que o con heciam. Como l actic i n ista ' ti vemos oportunidade de d iscuti r e est �d a r vá rios problemas d a i ndústria leite i ra n a � io.n ? I , i mpondo-se Pedro Perei ra pela ob� l etlv.l dade dos seus conceitos e pela ho n estidade dos seus atos. Foi êle o ún ico técni co que racional izou os tra bal hos do D EA L e deu sol ução satisfatória aos pro blemas de a bastecimento d e l eite à Capi ta l � a ucha. � omo n utricion ista e g ra n d e estu d i OSO da I n d ústria de l acticíni os' verifi cou a poss i b i l idade de execucão da a d i cão de leite em pó reconstituíd� ao l eite ''' i n natura " a ntes d a pasteurizacão d eta l he téc n ico êste por nós (eu e ê l e) d � fen d idos n a reg u l a mentação vigente, porém, a i n d a n ã o executado e m n e n h u m a outra u n idade d a Federação. O Rio G rande do Sul foi, assim, o p io n � i ro da a p l i ca ção da reconstituição do le ite para consumo p ú b l i co. Esta técn ica foi l a rga mente a p l icada n a U s i n a Centra l de Leite de Pôrto A l e g re, resolvendo o p robl e ma de a bastecimento do p recioso l íquido n a é poca da sêca. P a ra torn a r mais eco n ôm ica a aquisição d o l eite em pó, Pedro Perei ra organ izou (insta lou e pôs em f u n ciona mento) a fábrica dêste p roduto em Ta quara , cujo i n ício de funcionamento foi coroado de p l e n o êxito (êxito êste q ue os conti n uadores de Pedro Perei ra não sou bera m man ter). Pa�a fomento d a p rodução leite i ra n a bacia de Pôrto A l e g re, o rg a nizou êle u m serviço de assistência zootécn ica, veteri n á ria e f i n a n ce i rÇl ao p rodutor d e l e i te. I mportação de reprodutores (machos e fêmeas) ; a q u i s i çã o de tratores ; d i stri b u i cão ' de sementes, de máqui nas, execucão de i n sem i n a çã9 a rtificial, etc. t u d o fo i fomenta- do e est i m u l a d o por Pedro Perei ra, que se cercou d e um grupo de eficientes veteriná rios e a g rônomos. A eficiência da atua cão ' ati n g i u ta l ponto que o DEAL chegou a ex porta r man teiga p a ra S. P a u l o e Rio coisa de ca usa r a d m i ração, pois semp re o Rio G ra nde foi importador dêste p roduto ! I nfel izmente, vito riosa que foi a pol ítica atua l n a.s ! e r �as ga uchas, uma das ' primei ras p rOVi denCias do atlJal govêrno foi afas ta r Pedro Perei ra da d i reção da D EAL. Há p oucos dias recebemos uma carta d êste I n esquec ível a m igo, onde ê l e d izia o se g u i nte : " Creio que sa bes que estou a po sent ado desde j a n e i ro de 1 959. Quando os , sennores petebistas g a n h a ram as eleicões ped i a ponse � tad o ria, . pois ti n h a temp� d � sobra p � ra ISSO. FOI uma sorte, pois o D E� L vai de m a l a pior. Em u m a n o, j á esta o D E A L c o m a tercei ra D i retoria. U m a m a i s desorientada q u e a outra. ' Por incrí vel que pa reça, acaba ra m com a Seccão de Fomento. Ven d e ra m todos os trato'res que eu havia adqui rido e emprestado às Cooperatiyas de Leitei ros fil iados à DEAL. Não mais i m porta ra m uma ún ica vaca. Não com pra ra m nem 1 q u i l o de sementes forra g e i ras para revenda. Não adqui rira m rações concentradas ou fa relos. Como resu ltado da a n a rq u i a rei na nte, estão recebendo a pe nas 1 1 2.000 l i tros de leite, d ià ri amen te, quando deixei mais de 250.000 ! Estão a d i cio n a ndo d i à ri a mente, para cob ri r as fa l tas, cêrca Jde 40.000 l itros d i á rios de leite em pó reconstitu ído. Isto em pleno verão, em p l e n a safra. E o que não será quando chega r o i nverno, que, êste a n o, p romete ser basta nte rigoroso ?" Ped ro Pere i ra morreu. Os l acticin istas g a uchos perdera m o ún-ico l íd e r. Os l ac tici n istas bra s i l e i ros perdera m um gra n d e técn ico. A digitalizado por fa m í l i a e n l utada, os nossos pêzames. arvoredoleite.org l 1.a i�I���� :; �I A � :+:<+:::+:::+:::+:::+:::+:::+:::+:::+::::��:��::-..':�.�:�.�:�.:::.::�.:::+:::+:::+:::+:::.:::+:::+:.:.:::.:::+:::.:::+;<+;::+:::+:-:+;::+:::+:<+;::+;::+;.:+:::+;::+;-:+:':.:::.:::.:.:.:::.: ::.:::.: :.:-:.::.::.:::.:::.:::.:.:.:: Pág. 34 NOVEMB RO-D EZEM B RO Sociais AN IVERSARIOS DE ILCTIANOS Dezembro 3 - Samuel Gontijo G a rcia - Técn ico em Lacticín ios. 10 - Ana Mad a l e n a Chaves - Téc n i ca em Lacticín ios. 1 2 - Edm u n do Monte i ro de Mel l o - Chefe do Servico' Auxi l ia r do I LCT. - S i n ésio de Quei roz S i lva - Chefe da Secção de Quei jos, do I LCT. 1 4 - J ú l i o A l berto F i l ho - T. em Lacticín ios. 1 8 - Dr. Vicentino de Freitas' Masi n i - Che fe do Serviço de La bora tórios do I LCT. ;: - Sebastião Andrade Drumond - Téc I n ico em Lacticín ios. 20 - Lou renco O tton i Pôrto Sobr i n h o j Téc n i co' em Lacticín ios. 2} ;- D r. J osé Furtado Pere i ra - Chefe da Secção de Microbiologia do I LCT. - Mass a h i ro Sa k u ray - T. em Lacticín ios. 23 - G u i d o J esus de Assis Toledo - Al uno do 1 9 a n o do CTL. 24 - Luiz Carlos de O l ivei ra - Técn ico em Lacticín i os. 26 - Augusto Pere i ra de Sequeira - Técni co em Lacticín ios. - Moa c i r Antô n i o de Freitas - Téc n i co em Lacticín ios. 29 - Pio Nasci mento Soares - Técn ico em Lacticínios. - Ch ristiano Machado de Lucca - Téc n ico em Lacticín ios. 31 - Dante Nol asco Perei ra - Técn ico em Lacticín ios. 1 o Ex-Felctiano Janeiro 1 9 - J esus da S i lva B randão - Técnico e m � Lacticín ios. 5 - Wa l ter Rente Braz - T. em Ldcticín ios. 6 - Carlos Ta rcísio N og u e i ra - Téc n i co em Lacti c í n i os. 7 - Má rio Val dez Antas - Téc n i co em Lac ticín ios. 1 0 - Luiz d e Melá Dias - Técn ico em Lac tidn ios. 13 - J erôn imó P i n to S a n ta n a - Técnico em Lacticínios . 1 6 - J osé Marcel o d e Ara ú jo - Téc n i co em Lacti c í n i os. - Sebastião Dutra de Morai s - Funcio n á rio do Servico Auxi l ia r do I LCT. 1 8 - D I'. P a u l o Wanderley - Méd ico-Veteri. n á rio, ex-a l u n o d o I LCT. - J osé J ader Dom i n g ues Leal - Téc n i co em Lacticín ios. 20 - José Sebastião Rabe l o - Téc n i co em Lacticín ios. - Sebastiã o Fab i a n o R i be i ro - Técnico em Lacticín ios. 23 - A lvaro Vituzzo - Téc .em Lacticín ios. 24 - Getú l i o C a m pos Fins - A l u n o d a 1 � série do CTL. 27 - Lyo j i O ka d a - Técn ico ,e m Lacti cín ios. 28 - Dr. Gera l do Gomes P i menta - P rof. de Eco n o m i a A p l i ca d a do I LCT. e Chefe do Serviço de Ass i stência Téc n ica. 31 - Zoreth S a lomão - Funcioná ri a do Ser viço de Laboratórios do I LCT. � FÁBRIC A O AS FABRICANTES DO SUPERIOR �:I.�� �� ! � i �>:.,:. FAB=:�;:�=�o;'0; �� :.e�.Iha=:�!ur�=� SÃO '" � � E MANTIQUEIRA - E. MINAS � � � I.t da GERAIS �.:-:.:<+;<.;.�.;:�.;:;.;;;+;.:•• bovinos pó Caixa PAULO Postal. 319 1 � PIlLO���.p �i. i �O 9 o graUs aos represen ta ntes porte. Peçam amostras ou d:retamente aos fabricantes. da ra c,: a holandêsa. Vendemos ótimos animais puros por cruza, etc. PARAíBA DO SUL Residência Rua Barão Ribeiro de Sá, 315 R. J. !,•\., '" � �� �� Sul � ,�:".'::": :S puros de pedigree. :+:-:+:-:+:-:+:<+:-:+:-:+:-:+:-:+: :.�::.�::+;.:+;.:.:::.�::.:-:+::+:<+;.:+;.:+:-:+:-:.:-:.; :.: :+;::.;::.;::.; :.; :.; :.;::.;::.;::.:-:+;-:+;.:.;-:.:-:+:-:+:-:.:-:+;-:+:::+;.:.;.:+; :+;: : Ca sa 8 a da raco I n dústria e Comércio L imita d a A p resenta a úllima p alavra e m Refrige r ação I n d u stri a l e Comerci al Construções Civis, Rurais e Industriais - Entrepostos ' Fábrica de Lacticínios-U zinas de Beneficiamento de Leite, Projétos e Execuções Escritório i C�ixa Postal, 342 À venda em tôda de m F. C. B. S���� �����T � Criadores � I Correspondência : Caixa Postal, 26 � I m rio n ata l ício da s e n horita Edna Lucy Pe rei ra, funcion á ri a do Serviço de Ens i n o do I LCT. Parabéns. Rua Marechal Deodoro, 412 I C O ALHO FRISIA Edna Lucy Pereira. O dia 21 de a g ôsto assi n a l o u o a n iversá Newton de O. Mirando I . Resfria dor para leite Instal a ç õ es F rigo ríficas, Câmaras, S o rveterias, Balcões Frigoríficos, Geladeira s para Açougue, Ho téis, Restaurantes e B a res em geral, Refrigeradores Comerciais e D omésticos. M á quinas para Café, Estufas para Pastéis, Vitrin as, Ba l a n ç a s a utomáticas, C o rt a do r e sde F ri o s e R e g u l a d o r e s d e v o l ta gem. RÁDIOS D E DIVERSAS MARCAS LOJA : Avenida Getúlio Vargas, 367 IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÁO - Fone, 1620 - End. Telegr. "BADARACO" FÁBRICA: Avenida Coronel Vidal, 458 - Fone, 5967 JUIZ D E F O RA - MINAS digitalizado por - B R A S IL arvoredoleite.org METALÚ RGICA BARRA DO PIRAí LiDA. FABRICA DE VASILHAME PARA LEITE Rua João Batista s/no - Fones 460 e 1 1 6 Enderêço telegráfico : "METALúRGICA" BARRA DO PIRAÍ - ESTADO DO RIO DE JANEIRO FABRICANTES DE CARROS-TANQUES, TANQUES DE RECEPÇÃO, ESTOCAGEM, ETC. Facilidades de pagamento : 50 % com a encomenda 50 % financiados em 12 meses. 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