Margens de comercialização de rosas no estado de São Paulo.
Cibele Ribeiro Arnaldi1; José Matheus Yalenti Perosa1.
UNESP-FCA - Departamento de Gestão e Tecnologia Agroindustrial - Fazenda Experimental Lageado, s/n
1
Caixa Postal 237- 18603-970 - Botucatu-SP- e-mail: [email protected].
O presente trabalho teve por objetivo analisar a participação de diferentes segmentos de
um canal de distribuição de rosas (Rosa sp) no estado de São Paulo. Foi escolhido o
sistema representado pelos segmentos produtor, Companhia de Entrepostos e
Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) e floriculturas da cidade de São Paulo.
Como parâmetro de avaliação utilizou-se as Margens de comercialização e Markup dos
diferentes segmentos. Os preços foram coletados em entrevistas realizadas junto aos
três segmentos no mês de janeiro de 2005.
O segmento varejista se destaca como o setor onde se verifica a maior apropriação de
margens, com 80% (margem de comercialização) do total. O setor atinge um ganho em
relação ao atacado de 400% (Markup). As margens podem ser utilizadas como um dos
indicadores do poder de mercado. As floriculturas detêm uma maior autonomia na
determinação dos preços, baseados na localidade e poder aquisitivo dos consumidores.
Por outro lado, deve-se destacar que este setor realiza uma re-classificação, com perdas
no processo, não significando um rendimento líquido.
O atacado se apropria de apenas 3,85% (margem de comercialização) do valor total
comercializado. O mercado atacadista caracteriza-se como o segmento que concentra a
oferta para posterior distribuição ao varejo. Seus ganhos estão relacionados à escala de
vendas e não com a agregação e diferenciação do produto ao consumidor. Nesse sentido,
o ganho percentual sobre o valor total comercializado é compensado pelo volume
ofertado.
A parcela retida pelo produtor foi de 16,15%. A grande participação do varejo na
apropriação da margem total deve ser relativizada pelos altos custos incorridos nesse
segmento, embora seja representativo do poder de mercado no sistema.
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