FOOD SERVICE UM MERCADO EM CRESCIMENTO CONHEÇA AS OPORTUNIDADES E COMO PARTICIPAR I-INTRODUÇÃO AO MERCADO DE FOOD SERVICE INTRODUÇÃO Mercado que envolve toda a cadeia de produção e distribuição de alimentos, bebidas, insumos, equipamentos e serviços orientado a atender os estabelecimentos que preparam e fornecem refeições efetuadas principalmente fora do lar. A origem do preparo da refeição é o diferencial deste mercado. VAREJO DO FOOD SERVICE É o mercado que envolve as refeições preparadas, fora de casa, em estabelecimentos especializados e servidas dentro do lar. CANAIS DO FOOD SERVICE DEFINIÇÃO O objetivo principal é a geração de lucro com a venda de refeições. Fonte alternativa de lucro, venda de refeições prontas para consumo imediato ou posterior Comercial Comercial serviço Comercial alternativo Social A alimentação é um serviço e não a atividade principal mas com o objetivo lucro. A alimentação é um serviço. O objetivo não é lucro. CANAIS DO FOOD SERVICE EXEMPLOS Restaurante A la carte, Self Service, Por quilo, Churrascaria, Pizzaria, Lanchonete, Padaria, Bar, Buffet, Vending Machine Lojas de conveniência, Rotisserie e lanchonete dentro de supermercado Comercial Comercial serviço Comercial alternativo Social Hotel, Motel, Escola, Hospital, Catering (aéreo, terrestre e marítimo) Exército, Merenda escolar, Presídio, Restaurante popular MERCADO DE FOOD SERVICE Valores (R$ bilhões) compras dos operadores vendas dos operadores 248 273 217 185,6 144 96 38,6 2005 124,4 107,2 43,4 159,4 50,3 2006 Fonte: ABIA / IBGE * 2013 = Estimativa do Valor de Vendas 2007 58,2 2008 64,4 2009 75,1 2010 88 2011 100 2012 116 2013* FOOD SERVICE – DIMENSIONAMENTO • Representação dos canais, baseado em faturamento restaurantes 2% 4% padarias 13% 23% fast food bares 7% lanchonetes 15% 11% ref. coletivas hotéis 13% 12% catering outros Dados: ABIA - Associação Brasileira das Industrias de Alimentação 2010 EXPECTATIVAS PARA O FOOD SERVICE A despesa do brasileiro em alimentação fora de casa é medida periodicamente pelo IBGE – POF. Acreditamos que as taxas atuais de crescimento nos permitem projetar para 2014 os seguintes indicadores 38,2 40 36,9 35 31,1 30 Conservadora 24,1 25 20 19,7 Agressiva 21,3 15 1988 1996 2003 2009 2014 Fonte: IBGE – POF (1988, 1996, 2003, 2008-2009) / ECD Consultoria – estimativa conservadora e agressiva (2007, 2012) I- FATORES QUE INFLUENCIAM O MERCADO DE FOOD SERVICE FATORES ECONÔMICOS QUE INFLUENCIAM O NÍVEL DE DESPESAS COM ALIMENTAÇÃO FORA DO LAR INFLAÇÃO RENDA EMPREGO CRÉDITO PIB SERVIÇOS PARTICIPAÇÃO REGIONAL NO PIB, RENDA, POPULAÇÃO E DESPESAS COM ALIMENTAÇÃO FORA DO LAR Participação no PIB Participação na renda Participação na população Participação na alimentação fora do lar 5 5,7 8,3 4,81 Nordeste 13,5 18 28 16,5 Sudeste 55,3 50 42 58 Sul 16,5 17,4 14,4 14,69 Centro Oeste 9,6 9 7,4 6,34 Regiões Norte Fonte: IBGE 2010 PARTICIPAÇÃO DAS ATIVIDADES NO PIB GLOBAL 5,3% 9,6% 28,1% 6,6% 9,7% 24,4% 16,4% 34,1% 8,1% 29,8% 2,9% Agropecuária 29,9% Indústria 66,6% Brasil Fonte: IBGE 2010 69,1% 74,0% Nordeste Oeste 56,3% Norte 62,1% 67,2% Sul Sudeste Serviços EVOLUÇÃO COMPARATIVA ENTRE PIB SEGMENTADO E A TAXA DE CRESCIMENTO DO MERCADO DE FOOD SERVICE Indicadores 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 PIB Global 6,1 5,2 -0,3 7,5 2,7 0,9 2,4 PIB Industrial 5,3 4,1 -5,6 10,4 1,6 -0,8 1,1 PIB Agropecuária 4,8 6,3 -3,1 6,3 3,9 -2,3 6,7 PIB Serviços 6,1 4,9 2,1 5,5 2,7 1,7 2,0 Evolução Mercado FS (%) 16% 15,8% 10,7% 16,5% 17,3% 14,3% Fonte: IBGE/ ABIA/ Empresas de Consultoria Média Neste quadro podemos apreciar a relação entre o PIB de Serviços e a Taxa de Crescimento do Mercado de Food Service na série histórica. TAXA DE CRESCIMENTO PIB SEGMENTADO POR CICLOS 2006/12 E 2014/18 PIB Global PIB Industrial PIB Serviços PIB Agropecuária Mercado Food Service (Base 2008/09) 2006/1 2 2014/18 2006/1 2 2014/18 2006/1 2 2014/1 8 2006/12 2014/18 Brasil 3,7 3,0 2,4 2,9 3,9 2,9 3,0 2,8 100% Norte 3,7 3,6 3,8 4,5 3,9 3,4 0,8 1,5 4,81% Nordeste 3,9 3,7 3,8 4,3 3,9 3,5 1,5 4,3 16,15% Sudeste 3,7 2,8 2,0 2,7 4,0 2,8 1,6 2,7 58% Sul 3,3 2,2 1,6 2,1 3,6 2,2 5,8 2,0 14,69% Centro Oeste 4,6 3,3 5,3 3,5 4,1 3,2 4,8 3,4 6,34% Fonte: IBGE PIB 2006/2012 – Projeções Empresas de Consultoria (Média) Neste quadro podemos notar que entre 2014/18 as Taxas de Crescimento do PIB Serviços não são animadoras podendo impactar o Mercado de Food Service II- PRINCIPAIS TENDÊNCIAS POR CANAL DO FOOD SERVICE RESTAURANTES POR QUILO Continuarão crescendo em participação Ampliaram oferta gastronômica Publico trabalhador é o principal, mas a terceira idade estará cada vez mais presente Saudabilidade, higiene cada vez mais presente no seu negócio Melhoria na gestão Os distribuidores continuam sendo o principal fornecedor. Compras esporádicas de conveniência em supermercados/açougues/sacolão e cash and carry RESTAURANTES A LA CARTE Continuam no almoço da semana, porém incorporarão o almoço executivo para evitar perda de público para o quilo Jantar da semana e almoço/jantar no final de semana continuam preponderantes. A demanda é afetada pela crise de confiança e menor atividade econômica ( especialmente refeição lazer) O seu público continua procurando experiências gastronômicas Distribuidores especializados por categoria ( bebidas, carnes/frango/pescados), atacadistas, distribuidores, ceasa e em menor grau cash and carry são os principais fornecedores. A refeição de lazer é muito “vigiada” pelas redes sociais. PADARIAS Segmento que estabiliza seu crescimento para os próximos anos, especialmente os focados em produção. Só deverão ter um crescimento maior as padarias com serviços de alimentação Continuam donas da categoria café da manhã ( 4 milhões de cafés da manhã por dia) Maior profissionalização da gestão Crescem as centrais de produção e pães congelados Cresce serviço de delivery e catering Distribuidores de ingredientes continuam relevantes – aparecem novos distribuidores para serviço de alimentação. LANCHONETES Continuam presentes com breves refeições, foco em sanduíches, salgados e bebidas Surge a nova lanchonete com foco em sanduíche diferenciados ( hamburgueria) – Público jovem com maior poder aquisitivo. O cash and carry cresce muito nesta categoria de estabelecimento. BARES Cresce a gastronomia de bar, a lei seca cria limitadas ao setor O cash and carry cresce no fornecimento do segmento e os distribuidores especializados em bebidas. PIZZARIAS Cresce muito o delivery A pizza pode migrar no futuro para o almoço e lanche Os cash and carry e distribuidores especializados são os grandes fornecedores ( 3 milhões pizza por dia no Brasil) LOJAS DE CONVENIÊNCIA Alimentação deverá ser o ponto forte das lojas de conveniência. Sempre as breves refeições ( sanduiches/café) Atacadistas e distribuidores especializados são principais fontes de abastecimento. HOTÉIS Setor de hotelaria econômica é a que mais cresce Cresce hotelaria com serviços para eventos corporativos Hoteis localizados em áreas comerciais com serviços de alimentação (almoço) para público externo Terceirização das cozinhas dos hotéis Distribuidores, importadores e atacadistas continuam relevantes no abastecimento. REDES DE FAST FOOD O sanduíche continua sendo o item mais relevante do segmento Cresce segmento de grelhados, saladas e snack- cafeterias Forte problema no abastecimento do setor. O problema logístico é um dos limitantes da expansão Na mão da indústria e operadores logísticos REFEIÇÕES COLETIVAS Crescem nas plataformas marinhas, educação e hospitais. Procuram novas oportunidades Distribuidores e indústrias cada dia mais presentes no setor . O tema logístico é um sério problema do setor. III- CANAIS DISTRIBUIDORES CANAIS DISTRIBUIDORES – PARTICIPAÇÃO NAS VENDAS DO MERCADO DE FOOD SERVICE (%) Segmento Atacado / Distribuidor Cash and carry / Atacarejo Mercearia seca (atomatados, enlatados em geral) 60 46 Mercearia seca (cereais, biscoitos, macarrão, caldos) 65 Achocolatados, chocolate, produtos confeitaria 72 Fonte: ECD (2011) Supermercad o Indústria – direto Feiras / Sacolões / Ceasa Outro Expectativas 2014/2015 16 7 --- 9 • Cresce distribuidor • Atacado perde espaço •Cresce o cash and carry •A indústria e supermercado perdem espaço 15 1 15 --- 8 • Cresce distribuidor • Reduz indústria •Atacado perde espaço 18 5 28 --- 17 • Cresce distribuidor especializado • Cresce loja de Festa •Cresce Cash and Carry • Reduz indústria, Atacado e supermercado CANAIS DISTRIBUIDORES – PARTICIPAÇÃO NAS VENDAS DO MERCADO DE FOOD SERVICE (%) Segmento Atacado / Distribuidor Cash and carry / Atacarejo Supermercado Indústria – direto Feiras / Sacolões / Ceasa Outro Expectativas 2014/2015 Proteínas (bovino, suíno, frango) 74 11 3 39 --- 12 • A indústria continua relevante, devido a falta de opções de distribuidores especializados por categoria •Cresce o cash and carry •Acougue sem competitividade perde espaço •Poucas opções de distribuidores Pescados 80 6 11 12 30 5 •Cresce cash and carry • Cresce o distribuidor especilizado •A indústria foca nas grandes contas •Permanecem atacadistas especializados tradicionais Laticínios 35 30 10 12 --- 15 •Cresce cash and carry •A indústria cresce nas grandes e médias contas com equipes próprias •Cresce e continua relevante o distribuidor especializado. Bebidas não alcóolicas 12 4 2 80 --- 5 • Continua relevante o distribuidor especializado •Cresce o Cash and Carry Fonte: ECD (2011) IV- EXIGÊNCIAS DO MERCADO DE FOOD SERVICE CONHECIMENTO DO PRODUTO- CUSTO/BENEFÍCIO O vendedor do distribuidor precisa conhecer o custo/benefício que cada produto outorga ao prato ou produto final. É importante conhecer os atributos de rendimento, maciez , sabor, economia de tempo, aparência, etc... CONHECIMENTO DO SEGMENTO DE MERCADO ONDE VENDE É importante conhecer as principais características do segmento onde vende. Aqui é entender o tipo de gastronomia, o tipo de público, seu ticket médio Tudo isto influencia a expectativa com relação ao produto A VISITA DO VENDEDOR , ASSUME CARACTERÍSTICAS DIFERENCIADAS A visita presencial é muito importante, A visita telefônica tende a repor pedidos e não facilita a introdução , nem ampliação do mix . A visita presencial permite ao vendedor visitar o cardápio/estoque e identificar novas oportunidades A visita telefônica não deixa de ser importante na medida que um cliente tem 3 intenções de compra por semana, 1 é visita e as outras 2 por telefone. ENTREGAS FREQUENTES Uma outra característica do setor de food service são as entregas frequentes , de 1 a 2 vezes por semana, dependo da categoria de produtos, estimulado pelo pouco espaço para armazenamento e o fluxo de caixa. Categoria perecíveis, costumam ter uma frequência de 3 a 4 vezes por semana. ( carne/frango/peixes). Sem dúvida a entrega tem que ser no máximo feita em 24 horas , de um dia para outro. Diferencial: no mesmo dia. PEDIDOS PEQUENOS/FRACIONADOS A sua capacidade de armazenagem limitada e seu fluxo de caixa limitado, e seu amplo mix de produtos gera pedidos, muitas vezes em embalagens individuais e fracionadas . O food service é um setor que no futuro próximo vai valorizar muito o porcionamento de produtos ( especialmente carnes, pescados, frios, etc...) Os valores do food service são próximos do pequeno varejo alimentar) Em torno de R$500,00 por pedido de mercearia seca. SUPORTE TÉCNICO AO CLIENTE Os clientes do food service, são pequenos empreendedores que precisam de apoio no seu negócio. São muito bem avaliadas empresas/distribuidores que: Demonstram produtos Treinam funcionários Desenvolvem receitas Promovem visitas técnicas V- OS NOVOS DESAFIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO. A PROCURA POR NOVOS MODELOS OS DESAFIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO, A PROCURA POR NOVOS MODELOS. O Food Service é um mercado associado intimamente ao distribuidor e a lojas especializadas (cash and carry). A relação tradicional entre indústria e atacado/distribuidor é sustentada pela compra-venda de produtos, relação sustentada pelo pedido. Esta relação tem mudado com o passar dos anos criando novos formatos de parceria, onde a indústria dá um maior suporte ao distribuidor: a. Campanhas promocionais de venda b. Apoio técnico/treinamento c. Distribuição de brindes/participação em eventos OS DESAFIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO, A PROCURA POR NOVOS MODELOS. Outra variação de formato tem sido o compartilhamento de informação: A indústria processa a informação e orienta. Muitas vezes, “entra” no distribuidor e colabora no trabalho de distribuição e expansão do mix de produtos. Acredita-se que o futuro da distribuição no Brasil será dado pelo surgimento da inteligência de negócios.O distribuidor passa a processar a sua informação, faz a análise sobre desempenho dos produtos no ponto de consumo, identifica indicadores de consumo por canal, por refeição, enfim dispõe de informações que orientam a indústria a como atuar em cada segmento. OS DESAFIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO, A PROCURA POR NOVOS MODELOS. Esta “informação inteligente” permite ao distribuidor ofertar mais que um serviço de distribuição, ofertar outras orientações sobre o tipo de produto, embalagens e atributos mais importantes. Naturalmente surge a necessidade de qualificar não somente a informação como também as pessoas que a processam. O grande desafio do distribuidor é em como operar com um serviço diferenciado com as margens tão estreitas que o próprio distribuidor possui. Naturalmente estamos caminhando para que o distribuidor “venda” a informação à industria. OS DESAFIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO, A PROCURA POR NOVOS MODELOS. Os outros desafios do distribuidor são a sua gestão interna cada vez mais rigorosa: – Forte controle de estoque com rigoroso controle de perdas. – Fluxo de caixa com a máxima projeção para avaliar as necessidades de recursos e fontes. – Produtividade na área comercial com foco em número de itens por pedido, carga máxima no veiculo. Na logística, equipes treinadas e enxutas na separação , carregamento e distribuição de produtos. Sistemas de apuração de custos mais rigorosos identificando todos os componentes do custo. A necessidade de ter que identificar claramente a lucratividade é fundamental. OS DESAFIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO, A PROCURA POR NOVOS MODELOS. Sistemas de remuneração orientados à meritocracia em todas as áreas da empresa, premiando os desempenhos objetivados. Vamos sair apenas do estímulo à vendas e procurar estimular, premiar os gestores de outros centros de custo. Controle de inadimplência ,credito mais rigoroso, novas opções de pagamento. VI- COMPARATIVO PRIMEIRO SEMESTRE DIEFS/ABAD EVOLUÇÃO DE VENDAS JAN-JUN 2014 VALORES NOMINAIS (COMPARATIVO 2014 X 2013) 23,12% 14,62% 13,06% 12,89% 12,21% 9,67% 9,38% 5,60% 7,02% 10,11%10,85% 8,31% 7,83% 2,72% Janeiro Fevereiro Março Abril DIEFS Maio ABAD Junho Acumulado OBRIGADO!