UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A importância dos Recursos Humanos dentro da Administração Escolar Por: Elaine Resende Cavalcante Ramos Orientador: Profº Antônio Fernando Vieira Ney Brasília 2009 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A Importância dos Recursos Humanos dentro da Administração Escolar Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção da pós-graduação em Administração Escolar. Por: Elaine Resende Cavalcante Ramos Dedicatória Dedico esse trabalho ao meu esposo Wilton, por todo o apoio e colaboração durante a realização do meu curso. Ao meu filho Caio Luiz,por ter sacrificado horários de lazer e convívio familiar. Agradecimentos Agradeço a Deus, que me possibilitou a chegada até aqui. A minha adorável mãe, pela dedicação e experiência de me fazer viver. Ao meu pai, meu porto seguro, modelo de luta, força e trabalho. A você, amor da minha vida pelo amor e dedicação. Ao meu filho Caio Luiz, que me ensinou a dividir, ceder e remediar, ao invés de guerrear. A minha irmã que me ajudou bastante durante a realização deste trabalho. Ao professor Gilberto pelo carinho e atenção durante a realização do meu trabalho. Ao meu orientador Antonio Fernando Vieira Ney, pela confiança, liberdade,respeito,carinho e por,realmente,acreditar na construção do meu trabalho. Epígrafe “Vocês dizem: - Cansa-nos ter de privar com as crianças. Têm razão. Vocês dizem ainda: - Cansanos, porque precisamos descer ao seu nível de compreensão. Descer, rebaixar, inclinar-se, ficar curvado. Estão equivocados. - Não é isso o que nos cansa, e sim, o fato de termos de elevarmos até alcançar o nível dos sentimentos das crianças. - Elevarmos, subir, ficar na ponta dos pés, estender a mão. Para não machucá-las.” Janusz Korczak Resumo Atualmente a ARH (Administração de Recursos Humanos) passou por grandes transformações devido a estudos realizados na área de RH (Recursos Humanos) e a globalização. Hoje essa área é responsável pelo desenvolvimento, crescimento, reconhecimento e envolvimento do funcionário com objetivos das organizações e dos colaboradores. Procurou-se realizar uma descrição das características individuais e profissionais das diversas categorias de recursos humanos que atuam nas unidades escolares, além de verificar o comportamento de alguns indicadores de gestão escolar, para associar tais características com os resultados obtidos pelas escolas em termos de aproveitamento curricular de seus alunos. A formação específica do diretor na área de administração escolar, a participação de diretores e professores em processos de capacitação ou treinamento, em áreas diretamente ligadas a seu campo de atuação, também aparecem com baixa ou nula incidência sobre o desempenho escolar dos alunos. Os profissionais de RH (Recursos Humanos) devem planejar e executar seu trabalho,deslocando toda importância da empresa para os funcionários,pois só assim a empresa terá um retorno imediato.Estes precisam ser bem planejados proporcionando a empresa soluções para seus funcionários desempenharem da melhor forma o seu trabalho.O diretor é responsável pelo desenvolvimento de um sistema e gestão eficaz, que estimule as pessoas a um propósito comum da organização e comprometendo-os com resultados.O gestor de RH (Recursos Humanos) precisa adequar-se as necessidades humanas. A teoria motivacional baseia-se na hierarquia das necessidades humanas. Maslow apresenta cinco tipos dessas necessidades: fisiológicas, de segurança, sociais, auto-estima e auto-realização. São várias as dificuldades básicas da ARH (Administração de Recursos Humanos), dentre elas lidar com meios, recursos, pois o gestor do RH (Recursos Humanos) tem por objetivo conquistar e manter as pessoas na organização, trabalhando e dando o máximo de sua contribuição.O gestor de RH (Recursos Humanos), precisa necessariamente de seus colaboradores para desenvolver seu trabalho, por esse motivo os mesmos precisam ser bem planejados e valorizados para desempenharem um bom trabalho na instituição,pois o funcionário satisfeito com seu serviço ele irá desempenhar suas atividades com mais satisfação.A expressão “Gestão de Pessoas” visa substituir Administração de Recursos Humanos”, que , ainda mais comum entre todas as expressões utilizadas nos tempos atuais para designar os modos de lidar com as pessoas nas organizações.Hoje,as organizações fazem o possível para tomar o seu quadro de funcionário o mais diversificado ,primeiramente para mostrarem-se socialmente responsáveis e também para impedir um acompanhamento judicial que abalaria a sua imagem de empresa preocupada com o bem-estar da comunidade em geral. Lista de Siglas ARH- Administração de Recursos Humanos. RH- Recursos Humanos. SIRH – Sistema de Informação de Recursos Humanos. Sumário Metodologia .......................................................................................................................... 9 Introdução........................................................................................................................... 10 Capítulo I- Administração de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas .............................. 12 1.1- Formação histórica do RH ........................................................................................... 12 1.2- Direção e Gestão Escolar............................................................................................ 16 1.3- Professor ..................................................................................................................... 17 Capítulo II - A relação da motivação com o desenvolvimento do RH ................................. 22 2.1 As necessidades humanas ........................................................................................... 22 2.1.1- Hierarquia das necessidades de Maslow ................................................................. 22 2.2- Dificuldades básicas da ARH ...................................................................................... 24 2.3- Objetivos da ARH ........................................................................................................ 26 Capítulo III- A área de RH nas empresas e na escola........................................................ 27 3.1- Qualidade e Recursos Humanos nas Escolas ............................................................ 27 3.2- Recursos Humanos como centro de resultados .......................................................... 30 3.3- Motivando a equipe de trabalho .................................................................................. 33 3.4- Uma reflexão crítica sobre motivação e desempenho ................................................. 33 Capítulo IV- O administrador e profissional de RH ............................................................ 35 4.1- Eficácia na gestão de RH ............................................................................................ 37 Conclusão........................................................................................................................... 39 Bibliografia .......................................................................................................................... 40 9 Metodologia Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, este estudo teve como base a pesquisa bibliográfica, constituída de livros, artigos e materiais disponibilizados na Internet, bem como, uma estreita comunicação com pessoas envolvidas no processo: alunos, pais e profissionais da área de educação, através de minha experiência de trabalho, presenciando fatos ocorridos no dia-a-dia em uma escola privada do DF. Tal pesquisa caracteriza-se como exploratória por proporcionar maior familiaridade com o problema tendo como finalidade torná-lo mais explicito, envolvendo levantamento bibliográfico e entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com esse problema e; também como pesquisa explicativa, por identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Por ter sido realizada nas ciências sociais, o método utilizado foi o observacional. 10 Introdução Tendo em vista a melhoria de toda a forma de trabalho e também o aperfeiçoamento dos recursos humanos é que o tema “A importância dos recursos humanos dentro da administração escolar” foi escolhido. A demonstração de formas, pela quais tornarão mais eficaz o trabalho nas organizações, tem-se a idéia de que o trabalhador bem motivado faz suas tarefas com mais prazer e entusiasmo trazendo assim mais benefícios para empresa em que trabalha. Ao contrário daquele que não é estimulado e incentivado e que faz seu trabalho por obrigação ou por necessidade. São questões pelas quais o verdadeiro gestor deve se atentar, a ARH-administração de recursos humanos é a área que toma conta de toda a organização e é responsável pelo bem estar de todas as pessoas que dela fazem parte. As pessoas responsáveis pela ARH devem trabalhar de forma a atrair, manter e desenvolver os talentos humanos. Sabendo que o diferencial hoje é o talento humano. Procurou-se realizar uma descrição das características individuais e profissionais das diversas categorias de recursos humanos que atuam nas unidades escolares, além de verificar o comportamento de alguns indicadores de gestão escolar, para associar tais características com os resultados obtidos pelas escolas em termos de aproveitamento curricular de seus alunos. Para diretores e professores, níveis de escolarização formal mais elevados encontram se positivamente associados à melhor desempenho dos alunos − salvo a pós-graduação, que apresenta resultados ora positivos, ora negativos. Esse comportamento oscilante também acontece com a certificação pedagógica − habilitação para o magistério no nível médio e licenciatura no superior. A formação específica do diretor na área de administração escolar, a participação de diretores e professores em processos de capacitação ou treinamento, 11 em áreas diretamente ligadas a seu campo de atuação, também aparecem com baixa ou nula incidência sobre o desempenho escolar dos alunos. Sendo assim, o tema aqui proposto é de grande valia para o bom desempenho das organizações, tendo a ARH como “coração” das mesmas. Esse é um trabalho que engloba Administração, RH, motivação e organização em uma única discussão, propondo soluções para estes problemas relacionados á área. A finalidade principal desta pesquisa é apresentar formas nas quais as empresas tenham sua produtividade melhorada e desta forma, que seus funcionários se sintam motivados em suas tarefas. Ressalta-se ainda a importância do desenvolvimento dos diretores com seus subordinados, tendo assim, certa cumplicidade proveitosa no relacionamento. Aos diretores das escolas compete, portanto, promover a criação e a sustentação de um processo social escolar, dos seus pais, uma vez que se entende que é por usa participação que os mesmos desenvolvem consciência social crítica e sentida de cidadania. Segundo Luck (1996, p. 112) “Os diretores devem criar um ambiente estimulador desta participação, processo esse que se efetiva a partir de algumas ações especiais”. Mas sabemos que são poucos gestores que estão preocupados com isso. Ressaltou-se a organização e a importância dos recursos humanos, para que com isso, possa passar ao eleitor a grande importância deste tema. Ao longo deste trabalho, frizou-se o termo motivação, e os termos diretores, chefes e outros serão substituídos por gestores. O sucesso das organizações depende cada vez mais do conhecimento, das habilidades, da criatividade e da motivação de sua força de trabalho. A área de RH destaca-se como um elemento fundamental para a obtenção da sinergia entre as equipes. A valorização das pessoas leva em consideração as diferentes necessidades que, uma vez identificadas, são utilizadas na definição das estratégias. 12 Capítulo I- Administração de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas 1.1- Formação histórica do RH Segundo (Chiavenato, 1987) administração de recursos humanos é uma especialidade da administração que surgiu com o crescimento das organizações e com a complexidade das tarefas organizacionais, que lida com o recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento das pessoas nas organizações. É um trabalho muito importante nas empresas, pois ajuda e aperfeiçoa os funcionários. Numa visão tradicional, Chiavenato (2004) conceitua a Administração de Recursos Humanos como sendo: “o conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionados com pessoas, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, recompensas e avaliação de desempenho”. (Chiavenato, 2004, p.6). Entretanto, conforme o mesmo autor, a Administração de Recursos Humanos continuou passando por grandes transformações. Inicialmente, em decorrência dos estudos realizados na área de Relações Humanas e mais tarde, especialmente a partir da década de 90, com a intensificação do movimento de globalização e a disseminação das tecnologias de informação e comunicação, quanto à formatação do trabalho sofreu sua primeira grande modificação. Migrou de um trabalho essencialmente manual, para uma forma de trabalho muito mais intelectual, criando maior valorização do conhecimento no ambiente de trabalho, através do uso da criatividade e da participação das pessoas no negócio da empresa. Hoje a área de Recursos Humanos é responsável também pelo desenvolvimento, crescimento, reconhecimento e envolvimento do funcionário com os objetivos da organização e, ao mesmo tempo, com os objetivos dos próprios colaboradores. Nesta nova atuação, de acordo com Chiavenato (2004), a área de Recursos Humanos pode receber diversas nomenclaturas, como por exemplo: Gestão de Pessoas, Departamento de Pessoal, Recursos Humanos, Desenvolvimento de Talentos, Capital Humano ou Capital Intelectual. Da mesma forma que sua nomenclatura, a conceituação para a Gestão de Pessoas também sofreu uma atualização, sendo conceituado por Chiavenato (2004) como: “Uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. É contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a cultura e a estrutura organizacional, as características do contexto ambiental, do negócio da empresa, da tecnologia utilizada, dos processos internos e de uma infinidade de outras variáveis.” (CHIAVENATO, 2004, p.6). No Brasil, como em todo o mundo, a atividade realizada pela área de recursos humanos vem se transformando a cada dia. Atualmente, seu principal desafio 13 é acompanhar a evolução na forma como se administram as empresas em uma economia globalizada num mundo ligado pela tecnologia da comunicação. Entende-se hoje a globalização é preponderante para a mudança da sociedade, o que influência diretamente na capacidade de informação adquirida pelas pessoas. Neste ponto de informação, é onde os recursos humanos realizam suas atividades, com a função de recrutar, estruturar, instituir e qualificar as pessoas. Os recursos humanos bem planejados deslocam toda importância da empresa para os funcionários, muito mais que pressão este fato gerador se dá pelo reconhecimento formal do quadro de pessoal, quando isso acontece o retorno é imediato, pois o colaborados trabalham pelo bem incondicional da empresa. De acordo com Milkovich e Boudreau (2000, p. 64): “As condições externas à empresa criam o ambiente para a administração de recursos humanos. Elas influenciam as decisões tomadas pela organização; e essas decisões, por sua vez, influenciam as condições externas”. Saber quando o colaborador pode desempenhar além do esperado ou que num certo período por motivo extra ou intra-organização seu desempenho está sendo afetado é resultado de um recurso humano desorganizado. O modo como se faz Gestão de Recursos Humanos no Brasil está sendo modificado de maneira brusca. Se até bem pouco tempo atrás o foco dos administradores do Departamento de Recursos Humanos estava em realizar atividades burocráticas e de controle, atualmente, a forma como se gerem as pessoas passaram a ser um diferencial estratégico independentemente do porte ou nacionalidade de empresa. Segundo (Chiavenato, 2005). ”O capital empresarial é indispensável para o sucesso empresarial, mas hoje se percebe que a inabilidade de uma empresa em recrutar e manter uma boa força de trabalho é que constitui o principal gargalo para as operações do negócio”. Não existe nenhum projeto baseado em boas idéias, vigor e entusiasmo que tenha sido barrado por falta de recursos financeiros. Existem indústrias que cresceram e cujo crescimento foi dificultado por não poder manter uma força de trabalho eficiente e entusiasmada. Por isso, a importância do RH sempre na frente. Ainda segundo Chiavenato (2004), o próprio trabalho também mudou a antiga mentalidade de dividir e separar o trabalho, foi substituída por uma nova maneira de organizá-lo. Ao contrário, agora, a ênfase está em reunir e não mais 14 separar.Contudo,este ambiente organizacional mais competitivo e complexo passou a exigir das empresas profissionais melhores capacitados que realizem suas atividades com maior produtividade, gerando lucro e garantindo competitividade para a organização. O conceito de Recursos Humanos considerado pelas empresas o mais importante patrimônio, passou a ser descrito como Gestão de Pessoas, uma nova maneira de administrar com a participação do capital humano (Chiavenato, 1999). O mesmo utiliza o termo empregabilidade, como a capacidade das empresas para desenvolver e utilizar as habilidades intelectuais e competitivas de seus sujeitos. Pensar na empresa hoje e no futuro significa entender que obter excelência empresarial deve ser um trabalho realizado com e através das pessoas. Ou seja, significa realizar a gestão com a participação efetiva dos Gestores da Área, do departamento de RH e dos colaboradores. Ao SIRH (sistema de informação de recursos humanos) ganham importância fundamental no processo de globalização, pois se tornam bancos de informações e base para o conhecimento, a decisão e o gerenciamento efetivo das pessoas que participam do negócio. Uma vez que o gerenciamento efetivo das pessoas ocorre através de processos e sistemas integrados que se comunicam, via intranets versáteis, possibilitando ágeis tramitações de dados entre os sistemas especializados que estão disponíveis na empresa e através do work-flows onde gestores e colaboradores são agentes pró-ativos de criação e mudanças e ainda, através da consolidação de banco de dados nacionais em um único definitivo banco de dados mundial. Segundo Terezinha (2003), a visão empresarial em contratar funcionários detentores de conhecimento está mudando, pois atualmente as grandes empresas estão valorizando profissionais que atuem como parceiros, procurando identificar no processo peoplesoft, ORACLE, IFS, entre outros, percebemos a crescente oportunidade que o mercado Brasileiro passou a representar após a sua inserção no mercado global, direcionaram mais atenção e recursos para disputar uma considerável fatia de mercado com as empresas nacionais, que por um lado oferecem produtos mais 15 adequados a realidade brasileira, mas por outro lado tendem a disponibilizar produtos com abrangência e escopo mais limitados. As empresas percebem que os colaboradores têm que ser visto como o seu ativo principal, mas é evidente que as organizações ainda não sabem lidar com isso. È neste dilema que é importante a participação dos recursos humanos, conforme já dizia Peter Drucker na obra ,Como atrair, gerenciar o capital humano da promessa à realidade de Brian Friedman (2000, p. 75):”Todas as organizações costumam dizer: as pessoas são nosso maior ativo,mas poucas delas,contudo,praticam o que pregam que dirá realmente acreditar nisso”. Os recursos humanos têm que proporcionar à organização soluções para que os seus colaboradores possam desempenhar da melhor forma o seu trabalho, atento a todos os anseios pessoais e do ambiente social dentro da organização. Inserir programas de qualidade de vida no trabalho, treinamentos, incentivos financeiros e de bem-estar. Outra função para os recursos humanos é organizar políticas e ações para que as pessoas possam desempenhar seu trabalho com maior eficácia. Confirma-se portando, que o gerenciamento informatizado e integrado dos negócios não tem nacionalidade que as pessoas que compõem as empresas podem estar espalhadas por todos os continentes, assim como podem ter as mais diversas origens. Pode-se concluir que os sistemas de informação, em especial os SIRH, por liderarem com o bem mais precioso da empresa, ou seja, o ser humano tem hoje papel preponderante para a consolidação das tendências de um mundo globalizado e que invariavelmente trarão conseqüências decisivas no modo como se realizará o gerenciamento dos negócios empresariais no próximo milênio. O gestor da área de Recursos Humanos estará contribuindo para o desenvolvimento e sustentabilidade da organização. 16 1.2- Direção e Gestão Escolar Uma escola atualizada deve tratar com seriedade os ambientes de aprendizagem, já que esses têm sua importância por proporcionarem situações de diferentes formas, o que se aproxima dos estilos de aprendizagem propostos por GARDNER (2000, p.25) na Teoria das Inteligências Múltiplas. Porém, não se pode querer que os estudantes se aprofundem em todas as matérias, isso vai contra as proposições dele. Esclarece LITTO (2001, p.2): "Os ambientes de aprendizagem e de trabalho devem ser ricos em apoios tecnológicos de todos os tipos, porque tais apoios permitem formas de aquisição de conhecimentos mais ricos e mais eficazes do que as formas tradicionais". A direção e a gestão escolar resultam em promover a criação e a sustentação do processo social escolar, também resulta de interesse indagar se a formação específica do diretor em administração escolar contribui de alguma forma, para o melhor desempenho da escola. Em uma gestão democrática, a escola deve encontrar-se aberta e aceitar as mais variadas opiniões, ora convergentes ora divergentes, seguramente. A democracia prevê dar prioridade ao desejo da maioria, garantindo proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e a ciência. A participação deve ser deve ser coletiva, abrangendo todos os segmentos da Escola: direção, professores, pais, alunos. A direção opina, ouve a todos, pondera e chega a um consenso. O diretor é responsável pelas tarefas administrativas de integração e renovação da atividade escolar organizada, Alonso (1976) desenvolveu seu trabalho, elaborando um esquema teórico de referências bastante amplo para, a partir da análise da função administrativa em geral, compreender a Administração Escolar e, em particular, a direção de escolas. Para tanto ele opta por um enfoque teórico preferencialmente ao empírico, justificando que este último corre o risco de revelar apenas alguns aspectos do trabalho administrativo já aceitos tradicionalmente, presos a uma concepção conservadora da escola enquanto o primeiro pode chegar a uma redefinição do mesmo, já que a maneira 17 de se conceituar a administração sofre mudanças significativas através do tempo (ALONSO, 1976). Uma crítica que Alonso (1976) faz é com relação ao desinteresse dos educadores pelos estudos de Administração Escolar, tanto em termos de formação, quanto de aperfeiçoamento daqueles que já se encontram no exercício da administração. Critica,também, as reformas do ensino,afirmando que, frequentemente, elas “... assumem muito mais o aspecto de formulação de “diretrizes gerais” relativas a um ideal educacional e, raramente chegam a se transformar em processos reguladores de uma ação educativa renovada” (ALONSO, 1976,p.5). Alonso (1976, p.11) afirma que a problemática central da escola “... parece situar-se em uma falha de natureza administrativa, qual seja a sua incapacidade de ajustar-se às exigências da vida contemporânea...” Alonso (1976) desenvolve alguns pressupostos básicos que são articulados no decorrer de seu trabalho, utilizando os termos “função” administrativa, “papel” do diretor e “organização” escolar. O diretor é responsável pelo desenvolvimento de um sistema de gestão eficaz, que estimule as pessoas a um propósito comum da organização e comprometendo-os com resultados. 1.3- Professor Como diz COMPAYRÉ (apud NOT, 1998) sobre o papel do professor: “... em alguns minutos, resume o conteúdo de um livro; extrai dele as noções essenciais; põe em evidência uma ciência acabada". Tanto na bibliografia corrente quanto nos diversos planos educacionais, um dos temas que tem suscitado maior atenção na abordagem do problema da qualidade do ensino é o da docência. Seja da ótica dos aspectos que apontariam os possíveis determinantes da prática eficiente do professor: nível de escolarização, formação, treinamento, experiência, etc., seja do ponto de vista meramente quantitativo, número 18 de professores, relação professor/aluno, etc., grande parte das discussões sobre a qualidade educacional centra-se no tema da docência. O debate sobre as possíveis relações entre a qualidade da docência e o resultado do ensino é relativamente antigo, com uma grande massa de estudos que se concentra especialmente na segunda metade da década de 60 e na década de 70, época do auge desse tema resultante do impacto do Relatório Coleman. A controvérsia foi, e segue sendo, grande. Começa pela definição dos atributos ou características que levam à qualificação de “bom professor”: habilidade verbal, raciocínio lógico, domínio de conteúdos, motivação, nível educacional, grau e qualidade de sua experiência, relacionamento humano, interesse cultural, etc. têm sido algumas das muitas variáveis postas em jogo para caracterizar a qualidade ou a competência do docente. Segundo NOT (1998, p. 31) “As instituições não podem estar presas ao objetivo do passado de formar para uma vida futura. Porém, há a necessidade de se avançar, não se pode querer introduzir novas formas de atuação numa estrutura que não as suporta, pois já foi demonstrado que a escola do passado não consegue dar conta da aprendizagem dos estudantes que a freqüentam hoje”. O mundo esta evoluindo a cada dia e todos precisam alcançar essa evolução, principalmente as escolas. A controvérsia não se esgota aqui; continua se trata de verificar as relações específicas dessas características, de forma isolada ou conjunta, com os resultados obtidos pelo professor em sala de aula. Como poderá ser visto adiante, se certo número de pesquisas tem verificado a existência de associação de alguma dessas características com o rendimento dos estudantes em uma ou várias disciplinas, outros estudos têm mostrado que essa ligação não é nem sistemática nem significativa. Como já se mencionou, a primeira grande onda de pesquisas sobre o tema teve início com a divulgação do conhecido Relatório Coleman (Coleman et al. 1966), extensa pesquisa que causou profundo impacto não só entre os pesquisadores e decisores educacionais, mas também no público estadunidense; não por ser o primeiro desse tipo de estudo, nem pela profundidade de sua descrição do sistema educacional: O que originou grandes e longas discussões foram suas conclusões relativas à escassa ou nula incidência dos fatores intra-escolares sobre a qualidade do ensino ministrado. 19 O relatório foi à resposta do U.S. Office of Education a um requerimento da Ata dos Direitos Civis de 1964 para que se explicassem os determinantes das diferenças de desempenho escolar de alunos de diferentes minorias, credos ou raças. Suas conclusões foram realmente devastadoras para o otimismo pedagógico vigente na época: • A capacidade da escola para diminuir as desigualdades sociais seria praticamente nula; • A escola, como instituição ou agregado, teria escassa incidência sobre o destino escolar dos alunos, destino determinado, fundamentalmente, pelo seu nível socioeconômico e outras características do meio familiar e cultural; e • Nenhum dos diversos insumos educacionais, tidos tradicionalmente como determinantes da qualidade do ensino (formação e experiência do professor, infraestrutura física da escola, tamanho da turma, etc.), fariam a mínima diferença em relação aos resultados escolares dos alunos. Quase ao mesmo tempo, seria publicado o Relatório Plowden (Plowden, 1967), que, realizado nos mesmos moldes na Inglaterra, confirmaria as conclusões de Coleman. Pouco tempo depois, os trabalhos de Jenks e associados (Jencks et al., 1972) fechariam o círculo ao confirmar que “as características dos egressos escolares dependem, fundamentalmente, de um simples insumo: as características dos alunos que ingressam. Todo o resto − orçamento escolar, suas políticas, as características do professor é secundário ou irrelevante” (op. cit., p. 256). Nessa ótica seriam realizadas, nas décadas de 70 e 80, muitas pesquisas, revisões de pesquisas e metaanálises gerais ou temáticas, destinadas a identificar e ponderar o peso das variáveis ou fatores escolares que, direta ou indiretamente, poderiam incidir sobre os resultados escolares dos alunos. Para se ter idéia do número, basta indicar uma síntese realizada por Fraser (1989), que tomou como base 134 metaanálises que abrangem um conjunto de 7.827 pesquisas individuais. Mas todo esse arsenal de pesquisas e revisões não mudaria, de forma substancial, as conclusões dos trabalhos iniciais. Duas séries de razões permitem pensar que essas conclusões iniciais não têm caráter definitivo, ao menos para nosso meio. Em primeiro lugar, pelo âmbito da realização desses estudos. Foram 20 realizados em países industrializados, notadamente Estados Unidos e Inglaterra, e suas conclusões se limitariam ao âmbito do primeiro mundo. No entanto, um número bem menor de trabalhos começaria a ser realizado nos denominados “países em desenvolvimento”. Como conseqüência desses estudos, desde fins da década de 70, e ainda sob o impacto das conclusões dos relatórios Coleman e Plowden, foi-se difundindo a visão de que, se nos países industrializados os recursos materiais teriam escassa ou nula incidência sobre os resultados escolares, o mesmo não aconteceria nos países do terceiro mundo. Nesses países, segundo o maior proponente dessa visão − que, aliás, tornou-se predominante nos centros internacionais de pesquisa, “a qualidade da escola e dos professores são os fatores preponderantes na aprendizagem dos alunos” (Heyneman, 1986 p. 31). Além disso, “quanto menor o nível de renda de um país, mais débil a influência do nível sócio-econômico do aluno sobre seu rendimento escolar” (Heyneman e Loxley, 1983). Segundo essa postura, as influências da situação sócio-econômica do ambiente familiar seriam menos importantes nos países do terceiro mundo do que os atributos da escola, da sala de aula e do professor. Os autores levantam diversas razões para explicar esse fato: • Pelo lado familiar, se nos países industrializados a maioria dos pais tem segundo grau ou estudos superiores, no terceiro mundo a maioria ou é semi-analfabeta ou apenas completou o primeiro grau, o que diminui ou limita a possível incidência educacional do âmbito familiar; • Pelo lado dos recursos escolares, a limitada variabilidade existente entre as escolas dos países industrializados inibe a possibilidade de se encontrarem diferenças realmente significativas; e • Nos países em desenvolvimento, a variabilidade entre diversos tipos de escola é muito grande, o que favorece a possibilidade de se estimar a incidência de diversos fatores escolares sobre o aproveitamento do aluno. Assim, por exemplo, a maior parte dos professores dos EUA tem nível de bacharelado, enquanto, nos países em desenvolvimento, a variabilidade é grande: há desde professores pobremente alfabetizados até professores com pós-graduação. 21 Um segundo motivo que nos leva a pensar que não surgiu ainda a última palavra sobre esse tema são os resultados de pesquisas recentes que entram em contradição com os já mencionados trabalhos iniciais. Assim, por exemplo, de várias pesquisas realizadas a partir das bases de dados do Sistema de Avaliação do Valor Agregado, de Tennessee, e outro banco semelhante, oriundo de Dallas, no Texas, verifica-se que a eficiência diferencial dos professores constitui forte determinante das diferenças na aprendizagem dos alunos (Sanders & Rivers, 1996; Wright et al., 1997). Outro estudo realizado por Monk (1994) com mais de 2.800 alunos verifica que o preparo do professor, indicado pelo seu desempenho nos estudos da área, está positivamente relacionado com os resultados dos alunos nas áreas de ciências e matemática. A polêmica sobre o tema não está fechada, e é necessário ver em que medida nossos dados podem contribuir para clarificar a questão, ao menos para o Brasil. 22 Capítulo II - A relação da motivação com desenvolvimento do RH 2.1 As necessidades humanas Para se desenvolver a motivação humana, o primeiro passo é o conhecimento do que provoca e dinamiza. A motivação existe dentro das pessoas, tem suas necessidades que podem ser chamados de desejos, aspirações, objetivos individuais ou motivos. Cada pessoa possui necessidades e seus motivos individuais, pois são determinados pelos fatores que formam a personalidade pelos traços biológicos e psicológicos e pelas características adquiridas através da experiência pessoal e aprendizado de cada pessoa. Segundo Santo, “Planejar á área de RH hoje é fundamental, pois o ambiente empresarial esta cada vez mais exigente e rigoroso. Não há mais espaço para as empresas antiquadas, as mesmas precisam adequar-se às necessidades humanas”. As chamadas teorias das necessidades partem do princípio de que os motivos do comportamento residem dentro do próprio individuo: sua motivação para agir e se comportar deriva das forças que existem dele próprio. A teoria motivacional mais conhecida é a de Maslow e se baseia na chamada hierarquia das necessidades humanas. 2.1.1- Hierarquia das necessidades de Maslow Abraham Maslow (1 de Abril de 1908 - 8 de Junho de 1970) foi um psicólogo norte-americano. Ele é lembrado hoje por sua proposta de uma hierarquia de necessidades humanas. Abraham Maslow, natural de Nova Iorque, elaborou uma teoria da motivação centrada no conceito de auto-realização. Este conceito transmite, segundo o autor "o desenvolvimento máximo dos potenciais de cada ser humano; cada pessoa atinge a sua auto-realização na medida em que procura actualizar os seus potenciais". 23 A teoria da motivação de Maslow assenta numa abstracção, a conhecida pirâmide das necessidades de Maslow, em que cada um tem de "escalar" uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto-realização. Maslow (apud CHIAVENATO,1999) apresenta cinco tipos de necessidades: fisiológicas, de segurança,sociais, auto-estima e auto-realização. a) Necessidades fisiológicas: Elas orientam a vida humana desde o nascimento, constitui o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, na pirâmide como necessidade de alimentação (fome e sede), de sono e repouso (cansaço), abrigo (frio ou calor) ou desejo sexual (reprodução da espécie). Essas necessidades são também denominadas biológicas ou básicas e exigem satisfação clínica e incessante para garantir a sobrevivência do individuo. b) Necessidade de segurança leva a pessoa proteger-se de qualquer perigo real ou imaginário, físico ou abstrato: a busca de um mundo ordenado é previsível ação manifestações típicas desta necessidade constitui o segundo nível das necessidades humanas. c) Necessidades sociais: São necessidades de associação de participação, de aceitação por parte dos colegas, de troca de amizade, de afeto e amor. Surgem no comportamento quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) se encontram relativamente satisfeitas. d) Necessidade de Auto-Estima: São as necessidades relacionadas com a maneira pela qual a pessoa se vê e avalia isto é com auto-avaliação e auto-estima. Envolve a auto-apreciação, autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de reconhecimento, de status, prestigio e de consideração. e) Necessidade de auto-realização: São as necessidades humanas mais elevadas e que se encontram no topo da hierarquia. Estão relacionadas com plena realização daquilo que cada pessoa tem de potencial e de virtual da utilização plena dos talentos individuais. Para Maslow (apud BARBOSA, 1995), o estado natural das pessoas é de insatisfação. Sendo assim,elas podem ficar satisfeitas em um determinado 24 momento,mas tendem a retornar ao seu estado natural de insatisfação,surgindo uma nova necessidade para ser realizada. 2.2- Dificuldades básicas da ARH O que distingue a ARH das outras áreas de organização é o seu singular ambiente de operações é porque envolve algumas dificuldades. A simples questão de estar tratando com pessoas, as quais tem suas posturas individuais, reações e interpretações diversas ante as situações, já torna a ARH um assunto de grande diversidade e complexibilidade. Esses recursos (pessoas) são importados do ambiente externo para dentro das organizações, em que passam por processos de adaptação, crescimento e desenvolvimento. Os recursos humanos não estão alocados exclusivamente dentro da área de RH, mas sim dentro dos departamentos, setores e cargos disponibilizados pela empresa, e são subordinados diretamente a seus chefes. Segundo Michael Creamer, diretor regional de recursos humanos da Microsoft para a América Latina, (TEREZINHA, 2003) “... a responsabilidade de contratação deve ser do executivo, que tem que, no desenvolvimento do seu papel, definir as responsabilidades e funções especificas e ter decisão final; o RH pode ser responsável por identificar os candidatos. Mas é importante lembrar que, para contratar, o executivo necessita conhecer as competências dos candidatos que precisam ser reforçadas, terem uma idéia clara da função e do cargo e saber como realizar as entrevistas...” Nogueira (2003) relata em seu manual de entrevistas, que o empresário necessita de um colaborador que ajude a sua empresa a ser mais eficiente eficaz e lucrativa e que para realizar boas contratações é fundamental saber selecionar de forma eficiente, para isso se faz necessário estabelecer o perfil adequado a determinado cargo,estabelecendo as funções e características que o cargo requer, definindo as técnicas de seleção de recrutamento utilizadas. Não trata diretamente com fontes de receita, portanto não é bem visto, pois reflete diretamente que ter “pessoal”, é gerar despesa para a organização. Em resumo as dificuldades básicas da ARH são: 25 a) A ARH lida com meios, com recursos intermediários e não fins. É uma função de acessória cuja atividade fundamental consiste em planejar prestar serviços especializados, assessorar, recomendar e controlar. b) A ARH lida com recursos vivos extremamente complexos, diversificados, e variáveis, que são as pessoas. Esses recursos são importados do ambiente para dentro da organização, crescem desenvolvem-se, mudam de atividade, de posição e de valor. c) Os recursos humanos não estão somente dentro da área de ARH, mas principalmente alocados nos diversos órgãos da organização e sob a autoridade de diversos chefes ou gerentes. Assim cada chefe ou gerente é responsável por seus subordinados. A ARH é uma responsabilidade de uma linha e uma função de staff. d) A ARH preocupa-se fundamentalmente com a eficiência, porém o fato mais concreto de sua existência é que ela não pode controlar facilmente os eventos ou as condições que as produzem. Isso porque os principais eventos ou condições de suas operações são atividades de diversas áreas da organização e o comportamento heterogêneo dos participantes. e) A ARH trabalha em ambiente e em condições que não determinou e sobre os quais possui um grau de poder e controle muito pequeno. Somente com uma clara noção da finalidade principal da organização, e com muito esforço e perspicácia, o executivo da ARH poderá conseguir-se é que consegue - razoável poder e controle sobre os destinos da organização. f) Os padrões de desempenho e de qualidade dos recursos humanos são extremamente complexos e diferenciados variando de acordo com o nível hierárquico, com a área de atividade, com a tecnologia aplicada e com o tipo de tarefa ou atribuição. Assim a ARH nem sempre recebe o apoio significativo da alta direção, o qual é transferido para outras áreas que adquirem enganosamente maior prioridade e importância. Isso nem sempre pode ser bom para a organização como um todo: o que é bom para um segmento da organização não é necessariamente bom para a organização inteira. “Tratar Recursos Humanos como seu verdadeiro banco de inteligência, é, como se poderia dizer, o melhor e o mais rentável dos investimentos. Talvez o único investimento que já vem com taxa de previsibilidade, ou seja, a empresa que 26 tiver o melhor banco de inteligência, terá vida mais longa e um aproveitamento total” (CARVALHO; GRISSON, 1998, p. 109 – 110). A citação acima ressalta a importância do conhecimento produzido pelos colaboradores em uma empresa. Essa “fábrica” de produções de informações, precisa ser organizada, gerenciada e planejada estrategicamente. A grande dificuldade em administrar pessoas é estratégico, ou seja, planejar levando em consideração os recursos informacionais, fatores externos que possam interferir diretamente na organização e, é claro, os recursos humanos da empresa. 2.3- Objetivos da ARH A administração de recursos humanos consiste no planejamento, na organização, no desenvolvimento, na coordenação e no controle de técnicas capazes de promover o desempenho eficiente do pessoal, ao mesmo tempo em que a organização representa o meio que permite as pessoas que com elas elaboram alcançar os objetivos individuais relacionados direta ou indiretamente com o trabalho. A administração de recursos humanos significa conquistar e manter pessoas na organização, trabalhando e dando o máximo de si com atitude positiva e favorável. Representa todas as coisas não só grandiosas que provocam euforia e entusiasmo como também aquelas que muito pequenas e muito numerosas, que frustram ou impacientam ou que alegram e satisfazem, mas que levam as pessoas a desejar e permanecer na organização. Há mais coisas em jogo quando se fala em ARH. Também está em jogo espécie e qualidade de vida que a organização e seus participantes levarão e a espécie de participantes que a organização pretende cultivar. Tem por objetivo também conquistar e manter as pessoas na organização, trabalhando e dando o máximo de sua contribuição. Reflete todas as coisas de impacto que proporcionam entusiasmo como também as pequenas coisas que podem frustrar ou alegrar, mas que condicionam as pessoas o desejo de permanecer na organização com sua contribuição e utilidade, provocando uma troca de favores e bom relacionamento. 27 Capítulo III- A área de RH nas empresas e na escola O aperfeiçoamento da estruturação do trabalho nas organizações modernas, incrementado pelos impactos da tecnologia e da globalização, vem redimensionando a visão sobre o papel da Área de Recursos Humanos nas empresas, onde a existência de estruturas organizacionais incompatíveis com a criação de quadro de trabalho flexíveis dificulta a rapidez na tomada de decisão, o contato entre as pessoas, a troca de idéias e o desenvolvimento do trabalho em equipe. Com esse pensamento e com o objetivo de prover a organização de informações descentralizadas, as empresas que pretendem destacar-se neste mercado tão competitivo, têm adotado um novo modelo de gestão de pessoas: a Consultoria Interna de Recursos Humanos, que consiste em um modelo em que cada profissional de RH, dentro de uma estrutura organizacional, seja ela indústria, comércio ou serviços, atue de forma multidisciplinar, formando um link entre os recursos humanos e as demais unidades de negócio. A ARH tem que estar muito bem preparado para as mudanças exigidas pelo mercado; precisa ter forte mobilidade e exposição dentro da organização; saber onde, quando e como pode contribuir com seu cliente interno, agregando vantagens competitivas sustentadas no crescimento, centrado na questão: no que posso colaborar para que meu cliente interno agregue valor e a empresa se torne mais competitiva no mercado? Como afirma FREIRE (1975, p. 66), "Educadores e educandos se arquivam na medida em que, nesta distorcida visão da educação, não há criatividade, não há transformação, não há saber. Só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros". 3.1- Qualidade e Recursos Humanos nas Escolas Construir indicadores objetivos sobre os resultados desses processos na vida das escolas e no desempenho dos alunos. 28 Para diretor, níveis de escolarização mais elevados encontram-se positiva e consistentemente associados à melhor desempenho pedagógico da escola − salvo no caso de pós-graduação, que ora apresenta melhores resultados que a graduação, ora piores. Esse comportamento pouco claro também acontece com a certificação pedagógica (habilitação para o magistério no nível médio e licenciatura no superior), o que dá a entender que são efeitos casuais ou aleatórios, pouco ligados à certificação. Também a contribuição da formação específica do diretor na área de administração escolar e a sua participação em processos de capacitação ou treinamento, em áreas diretamente ligadas a seu campo de atuação, aparecem com baixo nível de incidência no desempenho escolar dos alunos. Com referência aos mecanismos de seleção da direção, foi possível verificar que procedimentos universalísticos e democráticos (eleição, concurso público, etc.) apresentam-se como estratégias que originam melhores resultados que mecanismos particularistas (indicação de técnicos ou políticos) de preenchimento do cargo. Um exemplo bem prático e benéfico que proporcionou mais qualidade aos funcionários, consequentemente, a melhoria do gerenciamento de pessoas, é a aplicação do auto-serviço personalizado. O gestor, neste caso, tem acesso a todas as informações referentes a relatórios da organização e verifica os cursos que seus colaboradores estão matriculados e fazendo. “Este auto-serviço on-line gera menos estresse e burocracia do que fazer tudo pessoalmente, sem contar com a economia de tempo, que poderá ser aplicado para desenvolver novas atividades” (PESTANA et al, 2003, p. 78). Também a existência de projeto pedagógico da escola e a participação dos diversos setores da comunidade escolar em sua formulação aparecem como elementos que contribuem significativamente para o desempenho do aluno. Mas a existência de conselhos escolares e setores que deles participam apresentam comportamento bem mais errático, e não se configura como possível fonte geradora de melhoria da qualidade escolar. Uma possível explicação para esse fato é que uma parte significativa desses conselhos, constituídos a toque de caixa para atender a exigências legais das fontes de recursos financeiros, podem ter existência 29 meramente formal ou virtual, sem maiores conseqüências para o dia-a-dia das escolas. Como sustentação dessa hipótese, foi verificado que a freqüência das reuniões dos conselhos é uma variável positiva e sistematicamente associada ao desempenho escola dos alunos. Nesse campo dos recursos financeiros, foi possível verificar forte associação positiva entre seu repasse direto às escolas e o desempenho dos alunos, e também que, quanto maior é o número de fontes que enviam recursos financeiros diretamente às escolas – e, conseqüentemente, quanto maior é o montante de recursos recebidos – , melhor é o desempenho dos alunos. Esses elementos permitem concluir-se que há bons indícios de que a autonomia pedagógica e financeira das escolas e a democratização de sua gestão constituem fatores estimulantes da melhoria da qualidade de ensino. De acordo com Xavier (2006, p.164) “O gestor deve fazer o papel de Coach e mentor”. Esse papel / função muitas vezes é procurado pelos colaboradores dentro de uma empresa. Os funcionários se sentem mais confortáveis quando encontram alguém que os orientem, não somente no treinamento, mas para a vida. Quanto à experiência do professor na área de magistério, se tendencialmente encontra-se positivamente associada ao desempenho dos alunos nas redes estadual e municipal, na rede particular acontece o contrário: são os professores menos experientes os que obtêm os melhores resultados. Um último fato deve ser ainda mencionado. Em todas as variáveis postas em jogo ao longo do trabalho, melhores recursos humanos (professores e diretores mais escolarizados, mais estáveis, mais experientes, etc.) tendem a trabalhar com alunos de melhor nível social. Dada a forte determinação, já indicada na introdução, da proficiência do aluno pelo nível educacional de sua família, o sistema de distribuição de recursos pedagógicos aparece como uma perversão, tendendo a concentrar os melhores serviços nos setores socialmente mais abastados. Se, de forma democrática, todos os alunos deveriam receber os mesmos recursos, pensando-se em termos sociais e pedagógicos, para suprir os déficits e as lacunas existentes, deveriam ser os setores de menor nível os receptores dos melhores recursos. 30 3.2- Recursos Humanos como centro de resultados No momento em que o país enfrenta os efeitos da globalização dos mercados e sua extrema competitividade, parece-nos fundamental a preocupação com a valorização dos Recursos Humanos nas empresas. Entretanto, é exatamente neste momento que, como nunca, se faz sentir a necessidade da otimização dos recursos de toda ordem que as empresas podem lançar mão. E, neste contexto, sem dúvida, o homem possuindo um potencial quase que ilimitado no sentido de usar sua criatividade e inteligência, frente ás dificuldades que surgem, é capaz de desenvolver ações capazes de reverter situações desafiadoras como a que estamos vivenciando. A área de Recursos Humanos desempenha nesta perspectiva, um papel preponderante na sobrevivência, consolidação e desenvolvimento das Empresas. Nos últimos dez anos, esta área, desenvolveu extraordinariamente fazendo com que as Empresas se obrigassem a montar estruturas que permitissem obter resultados efetivos para a organização. Isto basicamente se deu por conta da própria globalização da economia e é fruto da própria estabilidade econômica do País, onde a redução de custos e o trabalho em equipe são peças fundamentais para a sobrevivência da Empresa. O homem passou a ter maior valor neste processo. Esse papel do Gestor de Pessoas, de incentivador na procura do conhecimento é, no mínimo, interessante para a consecução de resultados, porque na realidade o gestor precisa mais dos colaboradores do que os colaboradores dele, ou seja, o trabalho do administrador de RH não poderá ser feito sem os empregados (FORNIES, 1992, p.10). Aqui, alguns pontos devem ser enfatizados para que o empreendedor faça uma reflexão sobre a importância estratégica que a atividade de Recursos Humanos representa para a obtenção dos resultados: 31 • Necessidade de maior produtividade onde as pessoas saibam fazer mais e melhor as tarefas a elas confiadas; • Oferecer atendimento ao crescente desejo de participação dos trabalhadores, através da abertura de novos canais de comunicação entre a base e o topo da pirâmide organizacional, alterando o fluxo de informação de unidirecional para bidirecional; • Preparar as chefias e gerências da empresa capacitando-as para aspectos de liderança e trabalho em equipe; • Ter um sistema estruturado de informações que permita avaliar constantemente os climas internos da organização, de corrigir eventuais distorções que possam comprometer os Resultados; • Dotar a empresa de planejamento estratégico em Recursos humanos que lhe permita enfrentar épocas de crises sem traumas; • Transparência na atividade de Recursos Humanos visando à abertura de um canal efetivo entre esta área e as outras, enfatizando a idéia de cooperação e não de competição; • Incluir a área de Recursos Humanos nas reuniões de planejamento estratégico da empresa, definindo-lhe objetivos e sua contribuição para o Resultado da Empresa; • Desenvolver, dentro da organização, a idéia de que o trabalhador mais do que nunca é hoje, parceiro no risco de qualquer negócio. É fundamental que recursos humanos desenvolvam ações estruturadas para criar e gerar resultados dentro desta parceria; • Exigir da área de RH que a mesma tenha informações atualizadas sobre diversos indicadores do desempenho que administra a fim de contribuir para as decisões estratégicas da empresa; 32 Estas questões (existem outras) são importantíssimas e devem ser encaradas com carinho, na medida em que a empresa tende cada vez mais buscar uma administração moderna e participativa. 3.3- Motivando a equipe de trabalho Segundo Macedo (2006), desde a antiguidade, os filósofos gregos afirmavam que o comportamento humano basea-se em praticas do hedonismo: minimizar a dor e desconforto, e por outro lado, maximizar o prazer. Motivação significa motivo para ação, ou seja, são as forças que dirigem e sustentam os esforços de uma pessoa em determinada direção. O que separa uma história de sucesso e seus predestinados das pessoas comuns? Nada, pois todos eram pessoas comuns até suas histórias serem contadas. - O que faz com que estas pessoas superem diferentes dificuldades relatadas como exemplos de vida a serem seguidos? Foco, desejo de mudança e motivação. - Mas, de onde vem esta motivação, este desejo de mudança? Cecília Whitaker Bergamini explica que “as diferentes necessidades que coexistem no interior de cada um são comparadas àquilo que também se denomina de desejos ou expectativas e têm como origem carências dos mais diferentes tipos, tanto no tocante ao componente físico, como ao psíquico da personalidade”. Ao observar as pessoas trabalhando torna-se evidentes seus diferentes estilos e hábitos de trabalho. Algumas pessoas realizam suas tarefas com dedicação outras já não o fazem com tal determinação. O desempenho de cada pessoa está fortemente ligado com suas aptidões e habilidades, além disso, requer também motivação para trabalhar. O bom desempenho depende de quanto o motivado está o empregado. Em termos de comportamento a motivação pode ser conceituada como esforço e tenacidade exercidos pelas pessoas para fazer algo ou alcançar algo. 33 A razão pela qual se focaliza intensamente a motivação é que ela é mais facilmente influenciável do que as demais características das pessoas como traços de personalidade, aptidões, habilidades e etc. O gerente tem um papel fundamental na motivação das pessoas, alias a motivação é uma das principais responsabilidades gerenciais. Silva (2002, p. 224), por sua vez, afirma que: “o principal interesse gerenciar é motivar os funcionários a alcançar os objetivos organizacionais de um modo eficiente e eficaz”. Neste pensamento é que o papel do gestor de RH é fundamental, pois o responsável para efetuar a motivação junto aos colaboradores. O setor de RH não é o responsável direto pelo sucesso da empresa, pois esse sucesso depende de outros fatores para alcançar resultado esperado. E neste aspecto a organização deve proporcionar toda estrutura para o administrador de RH realizar um trabalho consistente. Macedo (2006, p.98) diz que “o grande desafio no processo de gerar motivação é descobrir o estímulo mais adequado.” Cada pessoa tem um estímulo diferente e o meio em que vive influencia bastante. 3.4- Uma reflexão crítica sobre motivação e desempenho Segundo Weber MAX, que foi o precursor da primeira teoria organizacional moderna, explicou a racionalidade das organizações, evoluindo para o Taylorismo, o fayolismo até a escola de relações humanas-primeira a se preocupar com o bem-estar das pessoas. Apesar de instrumental, seus princípios, aliados ao behaviorismo, ainda são praticados na busca por maior eficiência e produtividade. Essas teorias preocupam-se com o conflito existente na relação capitaltrabalho, cujo equilíbrio é fundamental ao sucesso. Neste ponto reside o dilema da motivação, que é, em última análise, o fator que sustenta o nível de desempenho dos empregados da empresa. 34 Mas na prática, existe substancial diferença entre o desempenho que a empresa quer e o seu desempenho quer e o desempenho real que as pessoas têm. Esta diferença é dada por uma função dissonante, ou seja, quanto menos à empresa oferece em troca do trabalho, tanto maior será o vão entre o desempenho que ela espera e o desempenho final do indivíduo, pois sua percepção quanto ao fluxo de benefícios que recebe, tende, em média e em longo prazo, a ser visto com injustiça. Isto é, com o tempo, as pessoas inibem seu potencial, por acreditarem que não são valorizadas suficientemente. Isto é medido não só pela remuneração, mas também por todo conjunto de fatores, mensuráveis ou não, que são recebidos. Sabemos que apenas o individuo conhece o valor do próprio trabalho, assim, não importa o que é oferecido pela empresa, seu resultado será sempre inferior ao seu potencial real. A isso chamamos “valor percebido”. Trata-se do valor que a pessoa apropria àquilo que a empresa lhe dá em troca do trabalho. 35 Capítulo IV- O administrador e profissional de RH Os períodos de crise e retomada de crescimento têm sido extremamente duros para quem trabalha na área de RH: posições ameaçadas, orçamentos diminuídos e status reduzido passam a fazer parte do cotidiano da função Recursos Humanos. Parece-nos importante colocar algumas sugestões para que o gerente e /ou profissional de RH possam ser mais eficazes e sobreviver aos períodos de crise: • Preocupação voltada fundamentalmente para resultados, produtos tangíveis, custo/benefício dos programas e não para aspectos processualísticos. • Atitude de assunção de riscos, buscando programas inovadores que envolvam conflito potencial ou real, mas que visem melhorar o status quo, e não umas atitudes conservadoras, tradicionais, escolhendo apenas os programas que já deram certo em outras organizações. • Mentalidade de prestador de serviços, buscando sempre atender customizadamente às necessidades de sua clientela, permanentemente avaliando a qualidade e oportunidade dos serviços que presta, preocupando-se com o follow-up dos programas e com o grau de satisfação de sua clientela. Ter sempre presente que RH é meio e não fim. • Comportamento proativo em face dos problemas, procurando antecipar as soluções para aqueles que ocorrem periodicamente, buscando acabar com eles ou minimizar seus efeitos negativos, evitando trabalhar na base da crise permanente, do “remendo” ou tratamento reativo aos problemas (deixar acontecer para depois agir). • Valorização da atividade de RH, não sufocando a organização com problemas em demasia, estando sempre presente na abertura/encerramento dos eventos, instando a Diretoria a fazer o mesmo, responsabilizando as chefias pela implantação do que foi desenvolvida, proferida palestra interna e externa sobre o que sua empresa está fazendo em treinamento etc. 36 • Preocupação com a disseminação da tecnologia como parte da função de RH, divulgando aos usuários o que observar em congressos, convenções, revistas técnicas, empresas concorrentes etc. • Orientação para aquisição de tecnologia própria em determinadas áreas, especialmente naqueles em que a necessidade de conhecimento da organização é muito grande- treinamento de supervisores ou mentoring, por exemplo-, buscando absorver ou comprar tecnologia, utilizar instrumentos internos, transformando as próprias chefias em multiplicadores de treinamento. • Adoção de um processo de relacionamento com os subordinados mais na base do homem/grupo (reuniões) do que do homem/homem (entrevistas). Tomada de decisões via critério participativo e não individualista. • Respeito permanente aos objetivos e metas estabelecidos, preocupação com a observância de prazos, custos etc., conseguindo cumprir pelo menos 80% do que foi planejado. • Disposição para assumir a responsabilidade pelos erros e acertos de sua unidade, principalmente pelos primeiros, evitando a busca de culpados, caça às bruxas etc. Usar os erros como uma oportunidade para treinamento, dando aos subordinados o direito de errar. • Em seu relacionamento com a chefia imediata, preocupação em levar não só problemas, mas alternativas de solução (mais de uma, se possível). • Equacionamento dos problemas da unidade de RH ou de outras com os usuários de seus serviços, sem necessidade de intervenção de autoridade superior, sempre na base de negociação. • Gosto pelas tarefas relativas à gerência, tais como contatos com usuários, consultores, atividades de planejamento, controle de resultados etc., e evitar usar mais de 30% de seu tempo no trato de problemas técnicos, em nível de execução. • Raramente conviver com um problema por mais de uma semana sem resolvê-lo; somente adiar a sua solução quando não possuir informações suficientes. 37 As soluções que apresentar deve ser predominantemente na base do compromisso e não da imposição. • Possuir um substituto eventual formalmente designado, com autoridade para resolver 90% dos problemas quando de sua ausência. Tirar férias regularmente, sem que com isso decresçam o ritmo e a qualidade de sua unidade. 4.1- Eficácia na gestão de RH Essa passividade passa a ser preocupante quando se manifesta a falta de fé em si mesmo, em que o sujeito não se acha mais capaz, segundo LITTO (1997), ele propõe que existam atividades ligadas ao desenvolvimento de projetos, dos quais os alunos possam ser os mentores; lembrando que as informações não estão apenas em textos, mas de maneira multimídia. Novas tendências no processo de seleção, contratação e desenvolvimento de profissionais de RH, visando à otimização dos recursos, é o que as empresas hoje têm buscado através de conhecimento de novas formas de gerenciamento e adaptação à gestão de RH. O constante processo de mudanças do mercado, envolvido com a globalização, tem feito as empresas buscarem novas formas de administração, tornando-se cada vez mais estrategistas. De um lado essa atitude vem apresentando resultados como a evolução e integração do profissional, aumentando o comprometimento com sua carreira e os negócios da empresa. De outro lado, essa atitude é marcada pela redução de postos de trabalho e consequentemente do número de empregados. Com a mudança, o papel do profissional de RH, que antes era operacional- executivo do departamento pessoal, cuja função era de contratar a mãode-obra, cadastrar candidatos, administrar salários e benefícios e dar treinamento aos funcionário-hoje está fundamentado na administração e estratégia do negócio, tornando-o consultor de área. “O profissional tem como necessidade participar do desenvolvimento das estratégias de empresa, recrutar e selecionar pessoal, implantar e difundir a 38 cultura da empresa e acompanhar as tendências mundiais da área de RH, argumenta Robert Wong, diretor da Korn Ferry Brasil, que esteve recentemente ministrando o seminário RH Impact, realizado pela Microsoft em São Paulo. Segundo ele, o setor de RH está cada vez mais descentralizado e as pessoas que o compõem vêm passando por um processo de transformação.” A todo instante o profissional é testado sobre sua competência, visando o crescimento do negócio através da qualidade dos produtos e serviços prestados pela empresa”, argumenta Wong, ressaltando que o profissional precisa estar atento a essas necessidades. Como características do seu perfil, segundo Wong, o profissional precisa apresentar uma comunicação clara e precisa ter decisões rápidas, visão global e ação global, iniciativa própria e conhecimento profundo do negócio da empresa, explica. Já para Michael Creamer, diretor regional de recursos humanos da Microsoft para a América Latina, dentro desse conceito de administração é essencial que o “funcionário seja flexível e capaz de mudar na medida em que a empresa evolui.” No atual ambiente empresarial é necessário ser flexível para satisfazer as necessidades de seus clientes e o RH de assegurar que a missão seja simples e fácil de ser compreendida pelos funcionários, ressalta Creamer. De acordo com o diretor regional de RH, “a comunicação da direção com os funcionários é de estrema importância para o desenvolvimento do negócio, criando assim um canal para o gerenciamento de seus recursos humanos”. 39 Conclusão Este estudo teve como objetivo mostrar a importância da área de Recursos Humanos nas Administrações escolares e outras empresas. Essa área de RH vem sofrendo bastante modificações, devido a vários estudos realizados e com a intensificação da globalização.Neste ponto de informação, é onde os recursos humanos realizam suas atividades,com a função de recrutar,estruturar,instituir e qualificar as pessoas. Há um envolvimento pessoal em iniciativas que causarão impacto no futuro da organização, pois os processos de desenvolvimento de pessoas são avaliados e melhorados através de indicadores, proporcionando um crescimento individual e coletivo. É estabelecido o ponto inicial de uma cultura de melhoria contínua. Nas escolas, a implantação dos Recursos Humanos com foco no desempenho, sem dúvida, vai derrubar o imobilismo, o conformismo, a manutenção de privilégio e do poder, a insegurança; vai gerar uma liderança efetiva. Essa área de RH vai gerar o desenvolvimento das pessoas,a comunicação eficaz, o compromisso entre os membros da escola, ações para a solução de problemas, avaliações concretas e a melhor satisfação dos clientes, bem como fornecer ferramentas aos profissionais de ensino, para que desenvolvam suas capacidades para identificar as necessidades das pessoas que estão servindo, visto que a educação deve preparar o ser humano para este milênio que estamos vivendo, e a escola não pode ficar à margem dos processos revolucionários do aprendizado e da renovação de nossa sociedade, mais globalizada,mais bem informada. Uma gestão voltada para resultados é um dos caminhos para que os gestores possam enfrentar e superar os problemas. A Administração de Recursos Humanos não tem nenhuma receita, mas pode ser bem planejada e trabalhada numa empresa organizada e compromissada. E outros componentes encontrados entre gestores-funcionários, no contato direto e na essência da palavra organização. 40 Bibliografia ALONSO, M. O papel do diretor na administração escolar. São Paulo: EDUC., DIFEL, 1976. Reconceptualização do papel do diretor: um esquema teórico de análise. 1974. 194f. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1974. BARBOSA, Eduardo. Gerencia da Qualidade total na Educação. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1994. BERGAMINI, Cecília Whilaker. O líder Eficaz. 1. Ed. – Editora Atlas. 2002. BOUDREAU, John. Administração de Recursos Humanos. CARVALHO, Antônio Pires de; GRISSON, Diller (Org.) Manual do secretariado executivo. 1ª ed. São Paulo: D’ Livros, 1998. CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1994. CHIAVENATO, Idalberto. Teoria, Processo e Prática. 2. Ed. MC Graw-Hill, 1987. COLEMAN, J. S. et al. 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