Organizarse para ampliar la negociación colectiva Organizarse para ampliar la negociación colectiva Seminario Inter-regional “Hacer del trabajo decente una realidad para todos” Montevideo, Uruguay – 3 al 5 de octubre 2005 Relações de Trabalho As relações capital x trabalho são assimétricas, são desiguais. Qualquer proposta de desenvolvimento econômico, social e político para o Brasil deve contemplar necessariamente: 1. Reconhecer o Papel ativo do Estado na Regulação do trabalho. 2. Reconhecer a importância e a necessidade de Organizações Sindicais Representativas e em condições de interferir efetivamente no processo de negociação. Caracterização do Sistema de Representação Sindical no Brasil O atual modelo de Relações do Trabalho está anacrônico Não corresponde às necessidades dos trabalhadores no novo ambiente de competitividade e transformações do ambiente produtivo Limita o alcance da negociação coletiva de temas novos, que ganham importância Não garante proteção adequada aos trabalhadores Estrutura sindical fragmentada Segundo o Censo Sindical do IBGE de 2001, contavam-se: 11.354 Sindicatos de Trabalhadores 4.607 Sindicatos de Empregadores Boa parte dos sindicatos carece de representatividade e vive basicamente do imposto sindical obrigatório. Como resultado, verifica-se baixa taxa de sindicalização em geral, 84% dos ocupados no país não são sindicalizados. Esta situação se reflete nas negociações coletivas, onde se apresentam, em muitos casos, sem poder efetivo de negociação. Instrumentos construídos pelo movimento sindical como referência para negociações DIEESE Rede de Apoio à Negociação SAS Sistema de Acompanhamento de Salários (reajustes salariais) SAG SAAC Sistema de Acompanhamento de Greves Sistema de Acompanhamento de Contratos Coletivos (negociações coletivas) (mobilizações dos trabalhadores) Referências para as negociações coletivas Taxas de desemprego – PME e PED Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC-IBGE) Salário mínimo nominal e necessário (DIEESE) Índice de Custo de Vida (ICV-DIEESE) Período Fernando Henrique Cardoso Mudanças institucionais no sistema de relações de trabalho PLR – Participação nos lucros ou resultados Cooperativas profissionais Limite da ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho Desindexação salarial Contratação por tempo determinado Limitação do número de dirigentes sindicais no serviço público Denúncia da Convenção 158 da OIT Práticas anti-sindicais Banco de Horas Conseqüências desta realidade no processo de negociação Negociações se focam, na maioria dos casos, no tema do reajuste salarial. Com o avanço da reestruturação produtiva, a fragmentação das negociações cresceu. Negociação por unidade fabril (nem mesmo dentro de toda a empresa) Modelo de organização sindical foi funcional à reestruturação conservadora das empresas, dada ausência de OLT. Indústria Brasileira: Evolução do Índice de Produtividade 1991 = 100 230 200 170 140 110 80 50 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 1987 1986 1985 20 dez/04 dez/03 dez/02 dez/01 dez/00 dez/99 dez/98 dez/97 dez/96 dez/95 dez/94 38 dez/93 dez/92 dez/91 dez/90 dez/89 dez/88 dez/87 dez/86 dez/85 Jornada Média (horas semanais) 50 50 47 44 44 38 41 32 Jornada Média 26 % Trabalhadores Jornada Acima Normal 35 20 % Trabalhadores Acima da jornada Legal RMSP: Jornada Média e % Trabalhadores com Jornada Acima da Legal Todos os Setores 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 ja n- 20 ju 0 4 n 20 05 RMSP: Taxas de desemprego total - % 21 19 17 15 13 11 9 7 5 Fonte: SEADE/DIEESE Distribuição dos Demitidos em 2004 por faixa de tempo no emprego - em % do Total 100 90 82,0 80 74,1 70 58,2 60 50 37,6 % na Faixa 40 30 20 20,3 17,3 20,6 % Acumulado 15,8 7,9 10 7,2 4,8 1,8 4,2 0 De 1,0 a De 3,0 a 2,9 meses 5,9 meses Fonte: MTE, CAGED De 6,0 a menos de 1 ano De 1 a menos de 2 anos De 2 a menos de 3 anoss De 3 a menos de 5 anos De 6 a Mais de 10 menos de anos 10 anos Ignorado Desemprego e Informalidade • 43 milhões de trabalhadores na informalidade • 2/3 estão nas micros e pequenas empresas. Fonte: DIEESE Resultados das negociações coletivas no Brasil Indicador de "Sucesso" nas Negociações 1º Semestre de cada ano: Porcentagem de Acordos - Igual ou Acima do INPC 58,6 1996 55,5 1997 1998 63,9 53,3 1999 68,2 2000 71,4 2001 2002 2003 2004 2005 (*) (*) Dados preliminares Fonte: DIEESE Elaboração: Subseção DIEESE CUT Nacional 54,8 41,9 79,4 89,0 Os resultados das Negociações revelam dificuldades em repor as perdas salariais em 2003 com melhora em 2004 Situação Indústria 2003 Comércio 2004 2003 2004 Serviços 2003 2004 Total 2003 2004 Acima INPC 34,2 67 12,5 48,5 3,6 38,8 20,4 54,7 Igual INPC 21,6 20,1 35,4 33,8 22,7 32,6 23,7 26,1 Menor INPC 44,2 12,9 52,1 17,6 73,8 28,5 55,9 19,1 Fonte: DIEESE Ambiente Negocial semestre de 2005 no primeiro Taxa Selic, no primeiro semestre em alta Taxa de crescimento do PIB em queda Desemprego médio menor que em 2004 em mais de 2 pontos percentuais A evolução do emprego formal indicado pelo CAGED tem sido forte desde 2002 Boa performance do setor exportador continuou, mas o nível da taxa de câmbio projeta queda das exportações e alta das importações Projeção da inflação em doze meses em queda acentuada. A deflação já vem sendo registrada desde maio Apesar dos bons acordos e da queda do desemprego a renda média dos ocupados evoluiu pouco •1,2% no primeiro semestre de 2005 contra igual período de 2004 Ligeira queda de -0,3% na comparação junho/2005 contra junho/2004 80% do total de reajustes são insuficientes para restauração do poder de compra dos salários (ICV-DIEESE) As novas contratações formais estão concentradas em salários mais baixos. Para um projeto transformador, a CUT propõe a mudança da organização sindical e da negociação coletiva Um dos principais desafios da CUT é a mudança na Organização Sindical e a nossa intervenção nas discussões da REFORMA SINDICAL. Esse tema integra a agenda da CUT desde a sua criação. A proposta de Sistema Democrático de Relações de Trabalho (SDRT) se desenvolve na Central há muito tempo. PRESSUPOSTOS Sistema Democrático de Relações de Trabalho - SDRT ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO NEGOCIAÇÃO COLETIVA Contrato Coletivo Nacional Articulado Liberdade e Autonomia Sindical, com critérios de representatividade para Representação e Negociação Poder negocial dos sindicatos Soberania das Assembléias Garantia ao trabalhador do direito à norma/contratação mais favorável dentre os níveis Reconhecimento das Centrais Sindicais e estruturas nelas organizadas Acesso a informações das empregadoras Amplo direito de substituição processual Fim do poder normativo da justiça do trabalho Organização Sindical nos Locais de Trabalho Ultratividade dos Acordos Fim da unicidade sindical Negociação Voluntária Sistema de Composição de Conflitos Plataforma Democrática Básica Reconhecimento das Centrais liberdade na estrutura vertical; Sindicais com Manutenção da estrutura atual nos sindicatos de base, condicionada a critérios de representatividade e democratização nos estatutos; Organização Sindical por Setores e Ramos de Atividade; Fim do Imposto Sindical (contribuição compulsória) e das taxas confederativa e assistencial e instituição da Contribuição Negocial; Direito de Organização por Local de Trabalho – OLT; Plataforma Democrática Básica Contrato Coletivo Nacional por Ramo; Direito de Negociação e Greve no Setor Público nas três esferas e nos três poderes; Ultratividade dos Contratos; Substituição Processual; Coibição das práticas anti-sindicais; Ratificação da Convenção 158 da OIT; Não intervenção do Estado na organização sindical Iniciativas da CUT – Organizar-se para ampliar a negociação coletiva Negociações por ramo de atividade no âmbito nacional, com pauta unificada em torno de: Hora Extra Pisos Nacionais Direito à Informação de Emprego e Salário Organização no Local de Trabalho Iniciativas da CUT – Organizar-se para ampliar a negociação coletiva Campanha: Violência Contra a Organização Sindical é crime contra a democracia Banco de Denúncias de práticas anti-sindicais Cadernos temáticos: orientações para respostas às práticas anti-sindicais; manual para encaminhar denúncias à OIT Pressão para o Governo rever a denúncia da Convenção 158 (em 2006) Orientações jurídicas para inclusão do tema nas negociações coletivas e alteração na legislação Secretaria de Política Sindical