Ramon Ely Eliane Lourdes da Silva Moro Leitura e terapia em hospitais para doentes crônicos Campinas 2011 VII SENABRAILLE: Bibliotecas: espaços acessíveis a múltiplos usuários INTRODUÇÃO • Papel do bibliotecário: mediação e acesso à leitura nos diversos ambientes informacionais. Doentes crônicos: • Necessidade de constante hospitalização; • temporariamente excluídos da rotina e do convívio social; • à mercê dos recursos disponíveis no hospital. INTRODUÇÃO • Inserção da leitura e da biblioterapia no ambiente hospitalar. • A acessibilidade e o uso da informação, para doentes crônicos, em hospitais. POR QUÊ TORNAR A LEITURA ACESSÍVEL? • Leitura propicia diálogo e interação. • Lemos para compreender [...]. Ler, quase como respirar, é nossa função essencial. (MANGUEL, 1997). • Livros: percorrer caminhos já traçados e abrir novos percursos possíveis. POR QUÊ TORNAR A LEITURA ACESSÍVEL? • “A leitura desafia, capacita e enriquece”. (FISCHER, 2006). • “[...] e assim envolvidos no mistério, não chegaremos ao desespero” (GRITTI, 2002). POR QUÊ TORNAR A LEITURA ACESSÍVEL? • Para doentes crônicos em hospitalização, a leitura é um espaço onde podem encontrar forças para enfrentar seus problemas. O USO DA INFORMAÇÃO COMO BIBLIOTERAPIA Biblioterapia: “biblio” livros “terapia” tratamento • Etimologia Fonte: Houaiss (2009) O USO DA INFORMAÇÃO COMO BIBLIOTERAPIA “Uso de materiais de leitura selecionados como terapia auxiliar à medicina e psiquiatria e, também, como um guia na solução de problemas pessoais através da leitura direta” (Association of Hospital and Institution Libraries, 1971) O USO DA INFORMAÇÃO COMO BIBLIOTERAPIA • Dar sentido à vida dentro do ambiente hospitalar: • “Prática de leitura que permite ao homem ir ao mais fundo de si mesmo e se inventar cada vez de maneira diferente” (OUAKNIN, 1996). O USO DA INFORMAÇÃO COMO BIBLIOTERAPIA Expressão de sentimentos Paz de espírito Biblioterapia Discussão Alternativa à realidade Superação das dificuldades COMPONENTES AO ALCANCE DA LEITURA • Identificação. • Catarse. • Resiliência. IDENTIFICAÇÃO • “Ato pelo qual dois seres se tornam idênticos” (LALANDE, 1999, p.509); • Conduta de uma pessoa modelada a fim de ficar parecido com outra pessoa, conforme Sillamy (1999); A IDENTIFICAÇÃO POR INTERMÉDIO DA LEITURA • Projeção: sujeito localiza em outro (personagem) qualidades, sentimentos, desejos que gostaria de possuir; • Introjeção: encontrar no outro as qualidades que o indivíduo possui. Fonte: Caldin (2010) IDENTIFICAÇÃO COM O LIVRO • Com o isolamento do ambiente hospitalar, o livro pode representar um amigo íntimo. • Mais forças para enfrentar a doença. CATARSE • Palavra de origem grega: purgação, purificação; • Breuer e Freud: “trazer de volta à consciência uma ideia [...] que produz perturbações [...] e assim desembaraçar o sujeito” (LALANDE, 1999, p.140); CATARSE • Literatura e verossimilhança; • Diálogo propiciado pela leitura: efeito catártico; • Moderação de sentimentos; • Restauração do equilíbrio e bem estar. RESILIÊNCIA • Termo relativamente novo; • Originário da Química e da Física: propriedade de resistência observada nos materiais; • Capacidade e ações que se orientam a luta por resgatar o sentido da vida e o desenvolvimento em frente à adversidade, segundo Krauskopf (2007); RESILIÊNCIA • Resiliência: adversidade e proteção; • Adversidades: fatores de risco; • Proteção: influências positivas. RESILIÊNCIA RESILIÊNCIA • “Capacidade de um indivíduo resistir à doença, aceitando, colaborando com aderência ao tratamento, readaptando-se e sobrevivendo-se a ela de forma positiva” (BLANCHINI, 2006, p.11). Considerações finais Leitura, acesso e uso da informação mediados pelo bibliotecário em ambiente hospitalar. Leitura, biblioterapia e qualidade de vida para os doentes crônicos hospitalizados. Leitura aliada ao medicamento e terapêutica no ambiente hospitalar. REFERÊNCIAS ASSOCIATION OF HOSPITALS AND INSTITUTION LIBRARIES. Bibliotherapy: methods and materials. Chicago: Association of hospitals and institution libraries, 1971. BIACHINI, Daniela Cristina Silva. Processos de resiliência no contexto da hospitalização. 2006. 26f. Especialização (Psicologia Hospitalar) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006. CALDIN, Clarice, F. Biblioterapia: um cuidado com o ser. São Paulo: Porto de ideias, 2010. FISCHER, Steven Roger. História da leitura. São Paulo: UNESP, 2006. GRITTI, Delmino. Sobre o livro e o escrever. Caxias do Sul: Maneco, 2002. 459p. REFERÊNCIAS HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. KRAUSKOPF, Dina. Sociedade, adolescencia y resiliencia en el siglo XXI. In.: MUNIST, Mabel M.; OJEDA, Elbio Nestor Suárez; KRAUSKOPF, Dina. Adolescencia y Resiliencia. Buenos Aires: Paidós, 2007. Cap. 1, p.19-36. LALANDE, André. Vocabulário técnico e crítico da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1999. MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. OUAKNIN, Marc-alain. Biblioterapia. São Paulo: Edições Loyola, 1996. SILLAMY, Norbert. Dicionário de psicologia. Porto Alegre: Artmed, 1998. Obrigado pela atenção. Leitura e terapia em hospitais para doentes crônicos Contato: [email protected]