Um Declínio Próspero
(Entender, planejar, conseguir)
“A Prosperous Way Down”,
Howard T. Odum e Elisabeth C. Odum,
University of Colorado Press, EUA, 2001 &
2008.
Resumo preparado por Thomas Abel,
Universidade Tzu Chi, Taiwan.
Enrique Ortega, Unicamp
27-30 de abril de 2010
1
Colapso ou Declínio Próspero?
O livro O Declínio Prospero (Odum e Odum, 2001)
aborda a idéia do colapso conjunto da economia
e da ecologia do planeta. Nos últimos anos, este
tema foi incorporado pela mídia mas a sociedade
ainda não sabe o que fazer.
Ao abordar o tema, os autores não adotam uma
visão apocalíptica mas reconhecem os perigos do
processo de degradação em curso.
Mas o objetivo do livro é indicar que é possível
entender o processo, evitar o desespero e ajudar a
construir um futuro mais digno para todos.
2
A visão sistêmica e ação consciente
O Dr. Howard T. Odum
estudou o crescimento
e declínio da civilização
desde os anos 70.
No livro, ele e sua esposa Betty
fazem a análise sistêmica do mundo,
discutem as tendências que devem
ser evitadas, oferecem guias para
ação e adotam uma visão otimista
baseada na esperança no ser
humano e na ciência holística.
3
Após o crescimento: o declínio
Etapa 2
Climax
Bens,
infra-estrutura,
população e
informação
Etapa 1
Crescimento
aproveitando
recursos com
grande potencial
energético
Etapa 3
Declínio
Etapa 4
Restauração do
ecossistema
com baixa
intensidade
energética
A história da civilização
mostra um pulso de
crescimento provocado
pelo uso de recursos
não renováveis e o
consumo predatório de
recursos renováveis.
Tempo
Nós nos encontramos hoje no clímax, o momento
máximo do pulso de crescimento.
4
A visão sistêmica
Minerais
Reciclagem de substâncias elementares
Estoques do planeta
Biomassa
vegetal
Energias
renováveis
Biomassa
animal
Consumidores
Produtores
Forças externas
Fotosíntesse
Atmosfera (gases)
Biomassa
vegetal
Biodiversidade
Hidrosfera (água)
Litosfera (minerais)
Biomassa
animal
Florestas, solo, água, madeira,
alimentos, regulação do sistema
Cadeia trófica baseada na
conversão da energia da
biomassa
Biomassa
animal
C seqüestrado
Fluxos externos de
energia renovável
(energia do Sol,
calor interno da Terra,
força gravitacional da Lua)
Biomassa
animal
Substâncias
elementares
Decompositores
Resíduos
5
A visão sistêmica
Minerais
Biomassa
vegetal
Reciclagem de substâncias elementares
Energias
renováveis
Estoques do planeta
Biomassa
animal
Consumidores
Produtores
Forças externas
Atmosfera (gases)
Biomassa
Fotosíntesse vegetal
Florestas, solo, água, madeira,
alimentos, regulação do sistema
Biodiversidade
Hidrosfera (água)
Litosfera (minerais)
Biomassa
animal
Cadeia trófica baseada na
conversão da energia da
biomassa
Biomassa
animal
C seqüestrado
Biomassa
humana
Fluxos externos de
energia renovável
Substâncias
elementares
Decompositores
Resíduos
(energia do Sol,
calor interno da Terra,
força gravitacional da Lua)
6
A visão
sistêmica
Recursos não
renováveis
Biomassa
vegetal
Energias
renováveis
Produtores
Biomassa
animal
Consumidores
Etapa 2
Climax
Bens,
infra-estrutura,
população e
informação
Etapa 1
Crescimento
aproveitando
recursos com
grande potencial
energético
Etapa 3
Declínio
Etapa 4
Restauração do
ecossistema
com baixa
intensidade
energética
Tempo
7
A visão
sistêmica
Biodiversidade
Ecossistemas
preservados
Alimentos,
agroenergia, fibras,
produtos processados,
serviços ambientais.
Pessoas
Estruturas,
bens e
População
serviços
Energia
renovável
externa
rural
Floresta nativa
Sistemas agro-florestais
Silvicultura
Agricultura
Criação animal
Aqüicultura
Industria rural
Energias
fósseis
Mineriais
Estruturas
econômicas
Parques,
jardins e
hortas
Pessoas
População
urbana
Bens e
serviços
econômicos
8
A visão
sistêmica
Biodiversidade
Ecossistemas
preservados
Nutrientes
NPK
Energia
renovável
externa
Alimentos,
agroenergia, fibras,
produtos processados,
serviços ambientais.
Pessoas
Estruturas,
bens e
População
serviços
rural
Floresta nativa
Sistemas agro-florestais
Silvicultura
Agricultura
Criação animal
Aqüicultura
Industria rural
Energias
fósseis
Mineriais
Estruturas
econômicas
Parques,
jardins e
hortas
Gases capturados ou oxidados
Metais pesados absorvidos
Substâncias tóxicas decompostas
Nitrogênio e fósforo devolvidos
como nutrientes
X
Pessoas
População
urbana
Bens e
serviços
econômicos
Emissões: CO2, CH4, NOX, SOx
Efluentes: N, P, substâncias tóxicas
Resíduos sólidos: metais pesados
9
A visão
sistêmica
Biodiversidade
Estoques fósseis de
carbono: permafrost,
clatratos, calotas polares,
geleiras, cumes gelados
X
Grandes
volumes de
gases de efeito
estufa
Ecossistemas
preservados
Nutrientes
NPK
Energia
renovável
externa
Alimentos,
agroenergia, fibras,
produtos processados,
serviços ambientais.
Pessoas
Estruturas,
bens e
População
serviços
Mineriais
Estruturas
econômicas
Parques,
jardins e
hortas
X
rural
Floresta nativa
Sistemas agro-florestais
Silvicultura
Agricultura
Criação animal
Aqüicultura
Industria rural
Energias
fósseis
Gases capturados ou oxidados
Metais pesados absorvidos
Substâncias tóxicas decompostas
Nitrogênio e fósforo devolvidos
como nutrientes
X
Pessoas
População
urbana
Bens e
serviços
econômicos
Aquecimento da
atmosfera
(limite máximo:
2oC)
Gases de
efeito estufa
Emissões: CO2, CH4, NOX, SOx
Efluentes: N, P, substâncias tóxicas
Resíduos sólidos: metais pesados
10
Tentativas de seguir crescendo
Após vários séculos de crescimento continuo, hoje
vivemos a situação de inflexão na curva de
população e estoques humanos, o crescimento
diminui e se inicia o decrescimento, a transição a
um mundo sustentado por recursos renováveis.
Algumas das coisas que o livro sugeria evitar na
transição se converteram em realidades nefastas.
Em forma específica: o crescimento do
endividamento dos EUA, devido a duas guerras
recentes, injustas e totalmente desnecessárias.
11
Sintomas do colapso
O estouro da bolha financeira estava
previsto, já que não é possível produzir
riqueza real somente com dinheiro.
A escassez de petróleo, cujo preço disparou às
alturas, precedeu e catalisou a explosão da bolha
financeira. A solução adotada apenas agrava o
problema e retarda a solução.
Não é tempo de tentar fugir precipitadamente
e sim de se informar e atuar coletivamente.
Os Odum fizeram uma reflexão madura da
realidade e oferecem no livro conselhos valiosos
para a inflexão e o declínio.
12
O sistema depende da energia fóssil
No mundo atual, a produção
econômica, o estresse
ambiental, o compartilhamento
da informação, o comércio e a
mobilidade das pessoas são
coisas de âmbito global e
dependem da energia fóssil cujo
uso se iniciou 200 anos atrás.
http://delmontpda.wordpress.com/2009/12/11/why-quit-fossil-fuels/
13
Mudou até a forma de pensar
O processo de inovação científica e tecnológica
possibilitou a alguns grupos humanos o domínio
da enorme potência contida nos combustíveis
fósseis.
O desenvolvimento da indústria, do comércio e das
telecomunicações mudou nossa visão espacial; hoje
em vez de pensar em termos de um território com
recursos naturais, com assentamentos rurais e vilas
e cidades regionais sustentáveis, pensamos em
termos de nações e, cada vez mais, em termos de
economia de escala planetária.
14
15
O sistema surtou!
Os Odum colocam de forma
explicita que a nova rede global
é “distorcida, instável, com
surtos dispares de população,
informação, exploração
econômica, destruição ambiental
e ameaças políticas e militares.”
Os autores apresentam muitas recomendações
para melhorar o estado das coisas e preparar o
mundo para o descenso, com base nos
princípios dos sistemas de fluxo de energia.
16
As fontes de energia do mundo moderno
A idéia de uma sociedade pós-industrial
baseada em informação não é viável –
nenhuma sociedade sobrevive sem
alimentos e serviços ambientais
proporcionados pelos ecossistemas
naturais preservados;
A ‘Sustentabilidade’ não é possível se ela for
entendida como a manutenção do padrão atual de
uso intensivo de energia não renovável
– todos os sistemas oscilam ou ‘pulsam’ em função
da diminuição e recomposição dos estoques de
energia e materiais;
17
As fontes de energia
fóssil se esgotam
Os estoques de petróleo, gás natural e carvão
apresentam um pico máximo de extração e depois
declinam. O esgotamento do petróleo é evidente
(mesmo que haja algumas descobertas recentes,
pois a taxa de consumo é enorme), e acontecerá o
mesmo com o gás natural. Já para o carvão,
prevê-se que isso ocorra em um ou dois séculos;
Os combustíveis fósseis são fontes energéticas
insuperáveis, devido a sua quantidade, qualidade e
saldo líquido de emergia;
18
Limitações a expansão do espaço
dominado pelo homem
As chamadas energias renováveis potenciais hoje
oferecem funções climáticas, geológicas, oceânicas,
etc. que dão suporte aos ecossistemas naturais.
Mesmo se usassem todo o espaço rural disponível
os sistemas que produzem “energia renovável” não
conseguiriam sustentar o consumo da sociedade
global, pois este é excessivo.
A expansão da área dedicada a agro-energia reduz
as áreas com biodiversidade que realizam funções
ecossistêmicas vitais e diminuir a capacidade de
suporte renovável do planeta.
19
Raspar o tacho
A economia irracional vigente pretende que os
combustíveis fósseis continuem a ser queimados
(pelo menos por algumas nações) até que a
disponibilidade e saldo de emergia de outras
fontes de energia se tornem atrativas, apesar do
perigo da mudança climática global.
A estrutura de produção e consumo do sistema
mundial ainda não mudou e ela é completamente
dependente do tipo de trabalho que os
combustíveis fósseis permitem fazer a pesar da
periculosidade de seus produtos e resíduos.
20
As sociedades humanas e a
informação cultural
O pulso gerado pelo uso da energia fóssil permitiu
criar grandes ‘estoques’: de bens materiais
(estradas, prédios), de população humana, de
complexidade estrutural e de informação cultural.
A sociedade global será forçada a reduzir seu
uso de energia e, ao diminuir a disponibilidade e
o saldo líquido de energia dos combustíveis
fósseis, irão contrair os estoques de bens
materiais, a população humana e a informação.
21
A contração dos estoques humanos.
Os bens materiais se depreciam rapidamente, já a
informação cultural compartilhada demora muito.
A população global deverá diminuir tão rápido
quanto possível. Há sinais em alguns países de
que as pessoas sentem o estresse e estão
reduzindo sua fertilidade. Porém também há
exemplos no mundo de mortalidade violenta.
O 'estoque' de população global será forçado a
diminuir, porém por causa do tempo que leva em
ser reposto (70 anos) pode se refazer, o que é
uma ameaça ao declínio próspero.
22
A função da informação.
A informação (cultural e genética) ajuda a manter a
auto-organização dos sistemas (sociedade humana
e a vida) através do tempo e do espaço.
A biosfera constrói e mantém estoques estruturais
com trabalho produtivo. Quando a entrada de
energia diminui as estruturas se degradam. Se
depois da fase de restrição as entradas de energia
retornam, a auto-organização recomeça.
Se a informação se mantém entre um ciclo de
crescimento e outro, é possível a vida, o progresso
e a evolução.
23
A manutenção da informação.
Para manter a informação útil, ela deve ser
continuamente produzida, dispersada, utilizada,
renovada, compartilhada e selecionada pela sua
utilidade para obter ou manter sua função.
No declínio, a sociedade deverá escolher a
informação útil a partir da cultura popular, da
educação, do ritual e outras fontes de informação.
A função da informação é reforçar e controlar os
fluxos de energia útil e os processos, que atuando
em conjunto, permitem maximizar a potência
emergética do sistema.
24
Medidas do ‘valor’: dinheiro e emergia
O dinheiro é apenas um recurso tecnológico que
permite melhorar a eficiência do mercado de
trocas.
Fora dos mercados, o valor monetário não é uma
medida adequada do valor já que não consegue
medir o trabalho realizado pela natureza .
A “emergia” é uma forma melhor de medir o
“valor de uso” na definição de políticas públicas e
nos acordos de comercio internacional.
25
Emergia: a medida biosférica do ‘valor’
A emergia é a medida do trabalho que a natureza
realiza, através de processos físicos, biológicos e
humanos, para produzir um recurso. O trabalho
incorporado constitui a energia útil do recurso.
Para medir a emergia é necessário entender a
dinâmica das transformações das energias e dos
materiais que ocorrem na biosfera para poder
aplicar na análise de um ecossistema.
A metodologia emergética exige a elaboração de
diagramas para representar os fluxos de energia,
materiais e informação nos ecossistemas.
26
Energia
gravitacional
da Lua
Dissipação de
calor da baixa
intensidade
Calor interno
da Terra
Diagrama de fluxos
de emergia da biosfera
8,06
3,83
Fluxos internos
não renováveis: 34,3
Energia
fóssil
Temperatura
Atmosfera
Temperatura
Pessoas
Crostra
terrestre
Temperatura
CO2
Oceanos
Recursos não
renováveis
34,3
CO2
Energia 3,93
solar
Mineriais
X
CO2
albedo
Emergia externa total:
3,93+3,83+8,06 = 15,82
Civilização
humana
Biodiv.
Flora e
fauna
Biosfera
Unidades dos fluxos: x 1024 seJ/ano
27
Fluxos de energia na biosfera sem a civilização humana
Emergia total: 15,82
Y = 3,93 + 3,83 + 8,06
Energia
gravitacional
da Lua
Calor interno
da Terra
3,83
8,06
Tr 
A intensidade emergética
de um recurso na biosfera é
denominada Transformidade
Emergia Total recebida (seJ/ano)
Fluxo de energia do recurso(J/ano)
Estoques de
recursos da
biosfera
Energia 3,93
solar
Atmosfera,
oceanos,
crosta terrestre
Fluxos internos da biosfera
Biodiv.
albedo
Flora e
fauna
Tr 
Unidades dos fluxos: x 1024 seJ/ano
Emergia Total recebida (seJ/ano)
Massa do recurso(kg/ano)
Biosfera
28
Energia
gravitacional
da Lua
Calor interno
da Terra
3,83
8,06
Fluxos de energia com a
civilização humana
Energia
fóssil
Energia 3,93
solar
Atmosfera,
oceanos,
crosta terrestre
Recursos não
renováveis
34,3
Pessoas
Biodiv.
albedo
Mineriais
X
Estoques de
recursos da
biosfera
Emergia total: 50,12
Y = 15,82 + 34,3
Civilização
humana
Flora e
fauna
Biosfera
Unidades dos fluxos: x 1024 seJ/ano
29
Energia
gravitacional
da Lua
Calor interno
da Terra
3,83
8,06
Energia
fóssil
Energia 3,93
solar
Atmosfera,
oceanos,
crosta terrestre
Mineriais
Recursos não
renováveis
X
Estoques de
recursos da
biosfera
Diagrama de fluxos
de energia em um
ecossistema antrópico
34,3
Pessoas
Biodiv.
Civilização
humana
Flora e
fauna
albedo
x 1024 seJ/ano
Biosfera
FN
R4
R3
R2
Estoques
de recursos
Energia
solar
R1
Sistema
antrópico de
produção
N
Biodiv.
Recursos não
renováveis
Sistema
Pessoas
antrópico de
consumo
Flora e
fauna
albedo
Sistemas agrícolas
Sistemas urbanos
30
Importância do uso da emergia
Podemos converter qualquer fluxo de recursos
que ocorra na Biosfera em termos de emergia
(Joules de energia solar equivalente, seJ)
Considerando:
Tr 
Emergia Total recebida (seJ/ano)
Fluxo de energia do recurso(J/ano)
Tr 
Emergia Total recebida (seJ/ano)
Massa do recurso(kg/ano)
Se temos o valor do fluxo em unidades de massa
ou energia, podemos usar sua Transformidade
para obter seu valor em emergia solar equivalente.
Emergia do recurso Energia do recursox Transformidade
31
Exemplo de tabela de transformidades
(emergia por unidade, EPU)
TRANSFORMITY
ITEM
ANO
LOCAL
UNIDADE
(aploicar o fator
de 1.68 nos
itensalculados
antes de 2000)
15.83 E24
sej/yr
REFERENCE
(endnote format)
[Odum, 2000, Folio #1]
Total renewable emergy flow
2000
Sunlight
2000
World
sej/J
1,00E+00
[Odum, 2000, Folio #1]
Deep earth heat, J
2000
World
sej/J
1,20E+04
[Odum, 2000, Folio #1]
Tidal energy, J
2000
World
sej/J
7,39E+04
[Odum, 2000, Folio #1]
Wind circulation (Global), J
2000
World
sej/J
2,45E+03
[Odum, 2000, Folio #1]
Rain, precipitation on land (Global), g
2000
World
sej/g
1,45E+05
[Odum, 2000, Folio #1]
2000
World
sej/J
3,05E+04
[Odum, 2000, Folio #1]
Average river flow, g
2000
World
sej/g
4,00E+05
[Odum, 2000, Folio #1]
Average river geopotential, J
2000
World
sej/J
4,70E+04
[Odum, 2000, Folio #1]
Average river chem. Energy, J
2000
World
sej/J
8,10E+04
[Odum, 2000, Folio #1]
Water withdrawal
1996
USA
sej/J
4,10E+04
[Odum, 1996, accounting]
Rain, precipitation on land (Global), J
http://www.emergysystems.org/folios.php
32
Análise de um sistema produtivo
FN
R4
Tr 
R3
R2
Estoques
de recursos
Energia
solar
R1
Sistema
antrópico de
produção
N
Sistemas agrícolas
emergias renováveis  R

emergia total
Y
EYR 
Biodiv.
Flora e
fauna
albedo
Ren 
Emergia Y

Produto EP
Emergia
Feedback da economia
Y (R  N)  F
R N
EYR  
 1 
F
F
F F
 seJ 
Y
Emergia transferida
ha.ano 

EER 

USD seJ
Emergia recebida

ha. ano USD
EIR 
ELR 
Economia F

Natureza I
Emergia renovável
Emergia não renovável
R  MR  SR
ELR 
N  MN  SN
33
Princípios fundamentais.
Por meio da auto-organização, os sistemas
desenvolvem os componentes e interações que
maximizam o fluxo de potencia emergética útil.
“Energia útil” (emergia, informação) é a energia
disponível (emergia, informação) usada na
produção eficiente de um sistema.
Prevalecem aqueles sistemas cuja estrutura
permite usar a potência disponível da melhor
forma possível reforçando a entrada e o uso
eficiente de recursos.
34
Auto-organização
A auto-organização gera unidades funcionais que
se alocam em diversos níveis de uma estrutura
hierárquica e que usam diferentes níveis de energia.
As unidades em uma cadeia hierárquica
estabelecem uma divisão do trabalho.
Cada nível adicional na hierarquia faz alguma
coisa diferente para reforçar os processos do
sistema que os menores não conseguem realizar.
Os ecossistemas constituem um exemplo de
auto-organização que gera uma hierarquia, uma
estrutura de transformação da energia que atinge
todos os níveis da cadeia trófica.
35
Os destaques do livro “A Prosperous Way Down”
1. A energia é a base do funcionamento de todos
os sistemas (incluindo as sociedades
humanas).
2. Hoje os combustíveis fósseis fornecem mais
emergia ao mundo do que todas as outras
fontes renováveis somadas.
3. Os gradientes de energia geram autoorganização.
4. O uso de energia fóssil durante dois séculos
resultou em uma grande presença humana no
mundo.
36
Os destaques do livro
5. Nenhuma energia renovável pode competir com
a quantidade, qualidade ou saldo líquido de
energia dos combustíveis fósseis.
6. O “Pico de Extração de Petróleo” vai gerar saldos
cada vez menores de energia líquida, isso
significa que o crescimento que ocorreu nos 200
anos passados dará lugar a um clímax
temporário e logo depois a um declínio.
7. Os componentes da sociedade humana global
também vão ter um pico e depois irão contrair a
diferentes taxas.
37
Os destaques do livro
8. Assim que o crescimento virar transição haverá
alguns sinais positivos para o esclarecimento e
organização da humanidade.
9. Há muita coisa que podemos fazer para
sustentar nossas nações durante a transição.
10. Há muita coisa a fazer para cuidar de nosso
sustento durante a transição.
11. Há muito que fazer para conseguir um declínio
‘prospero’ global.
12. Durante o declínio teremos que reorganizar as
cidades e reintegrá-las com as regiões rurais
que estão em torno delas.
38
Os destaques do livro
13. Devem ser estabelecidas “Políticas Públicas
para o Decrescimento” para as cidades
poderem enfrentar o declínio de forma
próspera.
14. A paisagem e os assentamentos humanos
devem ser reorganizados visando o
aproveitamento mais racional do ciclo
hidrológico.
15. Durante o declínio precisaremos recuperar a
cobertura biótica, a fertilidade natural, a
produtividade ecossistêmica, a diversidade e
os assentamentos humanos no meio rural.
39
Os destaques do livro
16. Paradoxalmente, durante o declínio teremos
que preservar conhecimentos relativos a todos
os estágios do ciclo de evolução humana para
transmitir esses valores e informações quando
os ecossistemas recompostos permitirem
novos pulsos de crescimento.
40
Em outra apresentação são abordadas
.... as recomendações essenciais do
livro A Prosperous Way Down
(setor por setor)
41
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Declínio Prospero