Modulo #1. Parte 3 (42) Análise Emergética dos Sistemas Enrique Ortega e Fábio Takahashi A análise “emergética” de sistemas A análise “emergética” visa ser uma Economia Biofísica com visão crítica e política. Capaz de analisar, comparar, diagnosticar, formular e atuar. É o fruto de muitos anos de pesquisa liderada pelo professor Howard T. Odum. Hoje, ela é usada por cientistas de diversas áreas, no mundo inteiro. Objetivos: A análise emergética consegue avaliar a renovabilidade, a emergia líquida, a carga ambiental e a relação de troca entre sistemas. Os índices emergéticos permitem analisar as opções da sociedade e apontar as melhores. “Emergia” como conceito de valor A emergia considerar a contribuição da natureza, o trabalho humano e os custos adicionais das externalidades negativas. $ F Materiais e serviços da economia humana Força de trabalho R Energias e materiais renováveis Fotossíntese Processamentos Vendas dos Produtos Cobrança: poluição de efluentes, resíduos, emissões de gases de efeito estufa, etc. “Emergia” como conceito de valor A emergia considerar a contribuição da natureza, o trabalho humano e os custos adicionais das externalidades negativas. R2= Recursos renováveis indiretos F= Feedback da economia humana urbana Recursos da Biosfera Biodiversidade, recursos internos e cultura Solo N = Perda do estoque R Energias e materiais renováveis Fotossíntese R1 = Recursos renováveis diretos $ F Materiais e serviços da economia humana Força de trabalho Ocupação externa Êxodo rural Serviços ambientais Perda dos estoques (erosão) Processamentos Produtos Poluição, resíduos, emissões de gases (Externalidades negativas) de efeito estufa, etc. “Emergia” = (R+N) + (M+S + S adicionais) F= M+S Feedback da economia humana urbana M= Materiais S= Serviços R2= Recursos renováveis indiretos M materiais da economia industrial (baseada no petróleo) Recursos da Biosfera (dados difíceis de obter) Biodiversidade, recursos internos e cultura Solo S serviços da economia humana (baseada no petróleo) $ Força de trabalho Ocupação externa N = Perda do estoque R Energias e materiais renováveis Fotossíntese R1 = Recursos renováveis diretos Processamentos (Externalidades negativas) Êxodo rural Serviços ambientais Perda de estoques (erosão) Produtos Poluição, resíduos, emissões de gases de efeito estufa, etc. A tendência da economia é mobilizar tão rápido quanto possível os estoques de alta qualidade. No caso dos recursos naturais se apresentam dois casos extremos: o da abundância e o da escassez. Quando os recursos são abundantes o trabalho da natureza é considerado gratuito! Nesse caso, o valor dos recursos naturais é inversamente proporcional ao preço. O valor monetário recebido é menor que o valor real (o trabalho da natureza). E, quando os recursos naturais se esgotam (e a demanda se mantém), o preço aumenta e acelera a extração dos recursos remanescentes colocando em risco sua preservação. Para garantir a contribuição da natureza deve-se reconhecer seu trabalho e investir para que possa seguir oferecendo os serviços ambientais: A absorção dos resíduos, A infiltração da água da chuva, A fixação biológica de nitrogênio, A mobilização de nutrientes do solo agrícola A manutenção da qualidade do clima. O trabalho da natureza deve ser valorizado e o dinheiro relativo à sua contribuição deve ser usado para garantir a sustentabilidade e governança do sistema, cuidando da reposição do foi extraído e de manter a fertilidade e qualidade do ecossistema. Combustíveis e minerais $ Biodiversidade Natureza Sol, calor interno, marés $ Agricultura, pecuária, aqüicultura, silvicultura Extração, beneficiamento e transformação $ $ $ Cidades Informação pública Economia da Terra Energia degradada Avaliação emergética do desempenho de um sistema 1. Prepara-se o diagrama de fluxos de energia, materiais e serviços do sistema; 2. Obtenção dos valores dos fluxos das entradas e dos estoques utilizados; 3. Conversão desses valores em fluxos de emergia solar mediante a multiplicação com fatores de conversão de energia (“transformidades”); 4. Ao ter todos os fluxos expressos na mesma unidade (emergia solar) surge a possibilidade de agregar os fluxos conforme seu tipo (R, N, M, S) e calcular os índices de desempenho. Exemplo simples de cálculo: Para calcular a energia agregada na produção de um lápis devemos considerar os recursos utilizados na sua produção: a madeira, a tinta, o grafite, a mão de obra e os serviços.. Os fluxos desses materiais estão expressos em diversas unidades: kg de madeira/lápis, kg de tinta/lápis, kg de grafite/lápis, $ de serviços/lápis. Para fazer a conversão para os fluxos equivalentes expressos em Joules de energia solar devemos usar os fatores de conversão: as transformidades solares. Elas expressam essas relações em termos de Joules equivalentes de energia solar (sej) por unidade de recurso (J, kg, $). Temos que conseguir as transformidades da madeira, da tinta, do grafite, do trabalho humano, e dos serviços em termos de sej/J,sej/kg, sej/$. Depois de obter os valores dos fluxos de emergia, é possível somar os fluxos (pois todos eles estão na mesma unidade: emergia solar equivalente). Assim podemos obter o valor da energia necessária para produzir o lápis, ou, de acordo com a metodologia empregada, a "emergia" do lápis, expressa em Joules de energia solar equivalente (seJ/lápis) ou emdolares/lápis. Os valores em emergia representam os verdadeiros valores dos recursos. Para entender um sistema deve fazer-se a análise de ciclo de vida (desde as origens das matérias primas). Materiais da natureza Sol Sedimento Biomassa vegetal Fotossíntese Reações Reações Produção primária de petróleo Estoques Extração e transporte Refinação Petróleo, gás, carvão Hidrocarbonetos Biomassa sepultada Decompositores Produtos petroquímicos Indústria petroquímica Reações Produtos industriais Industrias diversas Calor Minerais CO2 Extração Redução da dissipação a atmosfera Aquecimento global Estoques: calotas polares, glaciares, geleiras, permafrost, recifes, etc. Estoques Serviços biosféricos: manutenção da temperatura, da umidade, das composições da atmosfera, dos oceanos e da superfície terrestre. Ecossistemas globais preservados N atm NPK insolúvel no solo Nutrientes Floresta nativa Reciclagem de nutrientes , Insumos e Serviços Urbanos Biodiversidade $ Pessoas e IE* Chuva $ Biomassa Vento Sol Solo e água Plantação $ IE Serviços ambientais Produtos agrícolas Pessoas na cidade Pessoas na cidade Resíduos Sistema Rural * IE = infra-estrutura Estoques Sistema Urbano Sistema Urbano IE Resíduos Análise de ciclo de vida (desde as matérias primas do lápis até o consumo do produto). Emergia de um lapis: 0,006 kg de madeira/lápis = 3 x 1011 sej = 0,01 emdolares 0,001 kg de tinta/lápis = 1 x 1011 sej = 0,006 emdolares 0,005 kg de grafite/lápis = 2 x 1011 sej = 0,02 emdolares 0,02 $ de serviços/lápis = 6 x 1011 sej = 0,026 emdolares = + + + = 12 x 1011 sej / 3 x 1012 USD/sej = 0,04 emUSD Diagrama simplificado de fluxos agregados R2 R2 R = R1+R2 R1 F = M+S MN M Biodiversidade e recursos da atmosfera que hoje se convertem em não renováveis N erosão do solo Energias e materiais renováveis Recursos renováveis da natureza: R Recursos não renováveis da natureza: N Contribuição da natureza: I = R + N R Recursos da economia em grande parte não renováveis M = MN+MR $ SN SR S = SN+SR Ocupação externa Serviços ambientais Produtos Perdas Êxodo Poluição Materiais comprados: M Serviços comprados: S Feedback da economia: F = M + S Cálculo dos fluxos de Emergia das Entradas, Perdas e da Energia dos Produtos Renováveis da natureza: R = Σ (Jei * Tri) Naturais não renováveis: N = Σ (Jei * Tri) Materiais comprados: MR = Σ (Jei*Tri) (Reni) MN = Σ (Jei*Tri) (1-Reni) Serviços comprados: SR = Σ ($i*(Em/$)) (Reni) SN = Σ ($i*(Em/$)) (1-Reni) Contribuição da natureza: I=R+N Feedback da economia: F = (MR+MN)+(SR +SN) Emergia usada: Y = I + F Energia produzida: Ep = energia dos produtos Índices de desempenho emergético Transformidade: Tr = Y/E: Renovabilidade: %Ren = 100 (R/Y) Taxa de benefício custo ambiental: BCR = R/F Taxa de rendimento emergético: EYR = Y/F Taxa de intensidade emergética: EIR= F/I: Taxa de carga ambiental: ELR = (N+F)/R Índice de Sustentabilidade Emergético: ESI = EYR/ELR Taxa de intercâmbio emergético: EER = [Y] / {(produto)*(preço de venda) * (emergia/USD)} Indicadores de desempenho emergético Transformidade: Tr = Y/E A transformidade (“transformity”) é o valor inverso da eficiência ecossistêmica. Avalia a intensidade da energia produzida. É obtida dividindo a emergia total (Y) entre a energia (ou a massa) do recurso produzido (E). Costuma-se considerar apenas o produto principal, porém a tendência é considerar a soma das energias de todos os produtos. Uma idéia interessante é usar duas transformidades complementárias para denotar a parte renovável e a não renovável: Tr = (YR/E) + (YN/E) Porcentagem de renovabilidade: %Ren = (R / Y)*100. Pode-se calcular a renovabilidade dividindo a emergia dos recursos renováveis (R) entre a emergia total usada no sistema (Y). É uma medida da sustentabilidade. Subsídio de sustentabilidade. Como a renovabilidade dos países industriais é baixa e dos países subdesenvolvidos é alta, no intercâmbio internacional há uma transferência da riqueza ambiental da periferia aos países centrais. No decorrer de um século a renovabilidade da biosfera que era de 95 caiu a 28% e nos países industriais a renovabilidade caiu mais (5-10%) (Brown, 1998). Este índice pode ser aprimorado, se considerarmos que os materiais e os serviços da economia são em parte renováveis: Ren = (R + MR + SR) / Y Taxa emergética de rendimento líquido: EYR = Y/F Para conhecer o benefício líquido, calcula-se a razão de rendimento emergético (“emergy yield ratio” ou “net emergy ratio”) dividindo a emergia total pela emergia das entradas da economia (F). Indica se o processo pode competir com outros no fornecimento de energia primária para a economia (o conjunto de consumidores). Este indicador pode ser aprimorado: EYR = (I + F) / F = ((R+N) + (M+S)) / F Os recursos energéticos fósseis, dependendo da concentração, localização, preço e situação política fornecem 3 a 15 vezes mais emergia (valor alto de N) que a investida na extração e processamento. Porém a tendência é a queda no valor do EYR do petróleo, pois valor de F está aumentando. Os produtos florestais rendem entre 2 e 10 vezes o investimento feito. Os produtos agrícolas obtidos com insumos agro-químicos apresentam valores pequenos (entre 1,1 e 2). Os produtos agro-ecológicos apresentam valores maiores. Quando o valor de EYR é próximo da unidade, não há emergia líquida, pois a captura da energia da natureza (I/F) é mínima: EYR = Y/F = (R+N+F)/F = 1.0+[(R+N)/F] EYR = 1.0 + (I/F) Pode-se aprimorar separando o saldo renovável e o saldo não renovável: EYR = (I+F)/F = ((R+FR)/F)+((N+FN)/F) EYR = EYRR+EYRN Taxa emergética de investimento: EIR = F/I Esse índice mede a proporção entre os recursos da economia com custo monetário (F) e a emergia da natureza gratuita (I). Em certa forma mede a viabilidade econômica. Quando a contribuição da fonte ambiental é alta e os custos de produção são baixos. Para sobreviver, os países industriais com produtos de EIR alto taxam as importações de países da periferia que usam mais recursos naturais (EIR menor). Taxa de carga ambiental: ELR = (N+F)/R A taxa de carga ambiental (“emergy loading ratio”) mede a proporção entre recursos não renováveis e os renováveis. Os processos ecológicos apresentam um valor baixo, já os processos que usam intensamente os recursos não renováveis possuem valores altos. Este indicador pode ser aprimorado: ELR= (renováveis)/(não renováveis) = (N+MN+SN)/(R+MR+SR) Taxa de intercâmbio emergético: EER = Y / Σ [(produção anual*preço)*(emergia/USD)] A razão de intercâmbio de emergia (“emergy exchange ratio”) é a proporção entre a emergia cedida e a emergia recebida na transação. Para o consumidor quanto maior o valor melhor. As matérias-primas (minerais, produtos agrícolas, pesqueiros e da silvicultura), apresentam valores altos de EER. O dinheiro recebido somente paga parte dos serviços humanos e não retribui o trabalho da natureza. Este índice permite avaliar o intercâmbio internacional. Hoje há uma grande falta de equidade no intercâmbio da riqueza real no comércio internacional. Ao comprar matérias-primas de países menos desenvolvidos as nações industriais transferem um saldo de emergia, pois a emergia dos recursos monetários recebidos é muito menor que a contida nas matérias-primas vendidas. Tendências dos índices ao mudar o modelo global Fim do Petróleo = Redução de CO2 Bilhões de barris por ano Devem decrescer: N/F, ELR, EIR, Tr, EER Aumento: Ren, R/F Tendência ao aumento: N/F, ELR, EIR, Tr, EER Tendência a diminuição: Ren, R/F Individualismo, competição capitalismo & exclusão Esforços sociais e ecológicos para Soluções comunitárias Aumento: Ren, R/F Esforços sociais e ecológicos para Soluções comunitárias 2000 As reflexões de H.T Odum e E.C. Odum sobre o futuro (após a era do crescimento) podem ser lidas no livro: “Prosperous Way Down”, publicado em 2001 Exemplo de cálculo Maçã EmDollar: 3.05 E12 sej/US$ Unicamp Sustentabilidade Proporção dos recursos utilizados 30.5% Recursos renováveis Recursos não renováveis da natureza 1.6% 67.9% Recursos não renováveis da economia urbana Obs. Item Fração Quantidade renovável Unidade Transformidad Emergia Emergia não Fator de e Emergia total renovável renovável conversão dos fluxos E12 sej/ha/ano E12 sej/ha/ano E12 sej/ha/yr (sej/unidade) R1 Sol 1.0 31000000000 J/ha/ano 1 1 0.031 0.000 0.031 R2 Vento 1.0 31600000 J/ha/ano 1 2450 0.077 0.000 0.077 R3 Chuva 1.0 63300000000 J/ha/ano 1 31000 1962.300 0.000 1962.300 R4 Água de Córrego Fósforo R5 atmosférico Nitrogênio R6 atmosférico N1 Perda do solo Combustível M1 Fóssil M2 Eletricidade Cálcio M3 Queletizado Sulfato de M4 Magnésio M5 Calcário 1.0 47200000 J/ha/ano 1 8.307 0.000 8.307 99.660 0.000 99.660 81.940 0.000 81.940 0.000 112.096 112.096 0 904000000 J/ha/ano 176000 2200000000000 1 0 2410000000000 1 0 1 124000 0.01 445047148 J/ha/ano 1 110000 0.490 48.466 48.955 0.05 815000000 J/ha/ano 1 269000 10.962 208.273 219.235 1.0 4.53 kg/ha/ano 1.0 3.4 kg/ha/ano 0.01 0.765 kg/ha/ano 1 380000000000 0.003 0.288 0.291 0.01 8.15 kg/ha/ano 1 380000000000 0.031 3.066 3.097 0.01 226.42 kg/ha/ano 1 1000000000000 2.264 224.156 226.420 M6 Sementes 0.01 2.11 kg/ha/ano 1 1480000000000 0.031 3.092 3.123 M7 Concreto 0.01 90 kg/ha/ano 1 1540000000000 1.386 137.214 138.600 M8 Potássio 0.01 45.28 kg/ha/ano 1 1740000000000 0.788 77.999 78.787 M9 Aço 0.01 19.2 kg/ha/ano 1 2200000000000 0.422 41.818 42.240 M10 Mudas Frutíferas 0.01 36.8 US$/ha/ano 1 3110000000000 1.144 113.304 114.448 M11 Hormônios 0.01 52.7 US$/ha/ano 1 3110000000000 1.639 162.258 163.897 M12 Sulfato de Cobre 0.01 0.86 kg/ha/ano 1 6380000000000 0.055 5.432 5.487 M13 Fósforo 0.01 45.28 kg/ha/ano 1 22000000000000 9.962 986.198 996.160 M14 Nitrogênio 0.01 33.96 kg/ha/ano 1 24100000000000 8.184 810.252 818.436 M15 Fungicida 0.01 17.92 kg/ha/ano 1 24900000000000 4.462 441.746 446.208 M16 Herbicida 0.01 2.51 kg/ha/ano 1 24900000000000 0.625 61.874 62.499 M17 Inseticida 0.01 1.584 kg/ha/ano 1 24900000000000 0.394 39.047 39.442 1 2800000 127.176 84.784 211.960 S1 Mão de Obra 0.6 S2 Impostos 0.05 66.9 US$/ha/ano 1 3110000000000 10.403 197.656 208.059 0 360 US$/ha/ano 1 3110000000000 0.000 1119.600 1119.600 S3 Externalidades 75700000 J/ha/ano Produto valor Maçã Massa 7188.68 kg/ha/ano Umidade 84.3 % Proteína 25 % Lipídios 25 % Carboidratos 7% Preço 0.3 US$/kg Valor calórico 24000000 J/kg 39000000 J/kg 17000000 J/kg Produto valor Valor calórico Nectarina Massa 471.70 kg/ha/ano Umidade 87.6 % Proteína 8.5 % 24000000 J/kg Lipídios 2.6 % 39000000 J/kg Carboidratos 85 % 17000000 J/kg Preço 0.4 US$/kg Produto Cebola Massa Umidade Proteína Lipídios Carboidratos Preço valor 5.66 88.9 15.3 0.9 80.2 0.37 Valor calórico kg/ha/ano % % % % US$/kg 24000000 J/kg 39000000 J/kg 17000000 J/kg Produto Pêssego Massa Umidade Proteína Lipídios Carboidratos Preço valor 3.77 kg/ha/ano 87.87 % 8.2 % 2.2 % 85.7 % 0.43 US$/kg Valor calórico 24000000 J/kg 39000000 J/kg 17000000 J/kg Produto valor Valor calórico Ameixa Massa 7.55 kg/ha/ano Umidade 87.23 % Proteína 5.5 % 24000000 J/kg Lipídios 2.2 % 39000000 J/kg Carboidratos 89.4 % 17000000 J/kg Preço 0.8 US$/kg Produto valor Valor calórico Goiaba Massa 33.96 kg/ha/ano Umidade 80.8 % Proteína 13.3 % 24000000 J/kg Lipídios 4.9 % 39000000 J/kg Carboidratos 74.6 % 17000000 J/kg Preço 1.25 US$/kg Produto valor Valor calórico Milho Massa 588.68 kg/ha/ano Umidade 75.96 % Proteína 13.4 % 24000000 J/kg Lipídios 4.9 % 39000000 J/kg Carboidratos 79.1 % 17000000 J/kg Preço 0.15 US$/kg Produto Feijão Massa Umidade Proteína Lipídios Carboidratos Preço valor Produto Mandioca Massa Umidade Proteína Lipídios Carboidratos Preço valor Valor calórico 13.58 kg/ha/ano 14 % 23.3 % 1.5 % 71.2 % 0.33 US$/kg 3.77 61.8 2.9 0.8 94.8 0.05 24000000 J/kg 39000000 J/kg 17000000 J/kg Valor calórico kg/ha/ano % % % % US$/kg 24000000 J/kg 39000000 J/kg 17000000 J/kg Produto valor Valor calórico Batata doce Massa 3.77 kg/ha/ano Umidade 69.5 % Proteína 4.3 % 24000000 J/kg Lipídios 0.3 % 39000000 J/kg Carboidratos 92.5 % 17000000 J/kg Preço 0.4 US$/kg Produto valor Valor calórico Pipoca Massa 0.94 kg/ha/ano Umidade 35 % Proteína 42 % 24000000 J/kg Lipídios 23 % 39000000 J/kg Carboidratos 7% 17000000 J/kg Preço 0.6 US$/kg Produto valor Valor calórico Batata Massa 2.83 kg/ha/ano Umidade 82.9 % Proteína 10.5 % 24000000 J/kg Lipídios 0% 39000000 J/kg Carboidratos 86 % 17000000 J/kg Preço 0.37 US$/kg Produto valor Valor calórico Amendoim Massa 1.51 kg/ha/ano Umidade 6.4 % Proteína 25.9 % 24000000 J/kg Lipídios 46.9 % 39000000 J/kg Carboidratos 21.7 % 17000000 J/kg Preço 1 US$/kg Produto Abóbora Massa Umidade Proteína Lipídios Carboidratos Preço valor Valor calórico 13.58 kg/ha/ano 95.7 % 14 % 0% 76.7 % 0.2 US$/kg 24000000 J/kg 39000000 J/kg 17000000 J/kg Produto valor Valor calórico Pepino Massa 3.77 kg/ha/ano Umidade 96.8 % Proteína 28.1 % 24000000 J/kg Lipídios 0% 39000000 J/kg Carboidratos 62.5 % 17000000 J/kg Preço 0.34 US$/kg Fluxos agregados x E13 sej/ha/ano Recursos renováveis da natureza R = Soma (Renováveis) 196.24 Recursos não renováveis da natureza N = Soma (Não renováveis) 11.21 I=R+N 207.45 Materiais da Economia M = Soma (Materiais) 336.45 Serviços da Economia S =Soma (Serviços) 140.20 F=M+S 494.69 Emergy usada Y=I+F 702.14 Classificação das entradas Sistema geral Área Massa seca total Energia do produto Vendas Emergia recebida na venda Valor real do produto Equação Valores Unidades 26.5 ha 1354.68 kg/ha/ano 2.08 E10 J/ha/ano 66225.83 US$/ano 7.62 E13 sej/ha/yr 2302.11 em-US$/ha/yr Índices de desempenho emergético Transformidade (sej/J) Tr=Y/E=Emergia/Energia Transformidade (sej/kg) Renovabilidade Taxa de rendimento Tr=Y/M=Emergia/Massa seca Ren=(100)*((R+Mr+Sr)/Y) EYR=Y/(Mn + Sn) Taxa de investimento EIR=(Mn+Sn)/(R + Mr +Sr +N) Taxa de intercâmbio Taxa de carga ambiental Equação Valor Comentário 337417 Bom 5.18 E12 30.52% 1.47 2.22 Baixa Razoável Razoável EER=Y/(Emergia recebida nas vendas) 0.92 Quase bom ELR=(N+Mn+Sn)/(R+Mr+Sr) 2.28 Exige cuidados A renovabilidade é baixa (30%) em comparação a sistemas agro-florestais e agrosilvopastoris que valores entre 60 e 95%. Os valores de taxa de rendimento e de investimento são razoáveis. O produtor vende seus produtos a bom preço e quase atinge a igualdade entre a emergia do produto vendido e a emergia do dinheiro recebido. Deve começar a se preocupar com os insumos que usa, pois são do tipo não renovável (derivados do petróleo). Software para a avaliação emergética Hoje usamos o computador para facilitar nossa vida. É possível fazer compras, acessar a conta bancária, consultar informações, etc. Na página web do Laboratório de Engenharia Ecológica se explicações sobre a metodologia emergética, acesse: www.unicamp.br/fea/ortega. Nessa página web pode acessar um sistema de avaliação emergética on-line de sistemas agrícolas. Ao acessar o sistema, se abre uma página com explicações. Depois de ler elas, clique no link como indicado na figura. Você será redirecionado para a página do sistema, onde poderá se cadastrar e começar sua análise. Você poderá usar tabelas de modelos já estudados ou usar uma tabela geral (útil para qualquer sistema). Pode usar ela para criar uma nova análise. Preencha as caixas de texto com os valores dos insumos utilizados no seu sistema. Após o usuário colocar os dados o programa mostra uma nova página web com um gráfico que da as porcentagens de recursos renováveis e não renováveis utilizados e uma tabela com os indicadores emergéticos. Desta forma podemos obter os índices emergéticos de uma forma fácil e rápida. Qualquer pessoa pode acessar o sistema, modificar os valores existentes e verificar como a sustentabilidade é modificada com o aumento ou diminuição do uso de um insumo. Acesse já e veja como é fácil! Estoques: calotas polares, glaciares, geleiras, permafrost, recifes, etc. N atm NPK insolúvel no solo Chuva Serviços biosféricos: Estoques críticos da biosfera manutenção da temperatura, da umidade, das composições da atmosfera, dos oceanos e da superfície terrestre. Nutrientes Reciclagem de nutrientes , Insumos e Serviços Urbanos Biodiver sidade Floresta nativa Pessoas e IE* Vento Sol Minerais Produtos Combusindustriais tíveis Serviços urbanos $ $ Biomassa Solo e água Plantação Estoques $ IE Serviços ambientais Pessoas na cidade Produtos agrícolas Sistema Rural Sistema urbano periférico Pessoas na cidade Resíduos Sistema urbano central IE Resíduos * IE = infra-estrutura Análise de ciclo de vida completo (desde as origens das matérias primas até a reciclagem dos resíduos após o consumo dos produtos).