Tratamento do hepatocarcinoma
O hepatocarcinoma é uma das principais causas de morte em todo o mundo, observando-se um rápido aumento de novos casos na
última década, devido especialmente ao aumento da incidência de infecção crônica pelo vírus da hepatite C. Uma importante forma de
tratamento na presença de cirrose é o transplante hepático. Entretanto, o diagnóstico faz-se, geralmente, em fase avançada do tumor,
e o intervalo de tempo até ao transplante é longo, superior ao tempo médio de sobrevivência, sendo necessáriaoa adição de
terapêuticas paleativas
Exames mais dirigidos para o diagnóstico do hepatocarcinoma:
Factores de risco
- Se os valores da alfa-fetropina (AFT) são acima dos 20 ng/ml é uma
Carcinoma hepatocelular
nódulo de 18 mm de diámetro
Técnica (lipiodol):
É realizada uma arteriografia hepática
(tronco celíaco e mesentérico superior)
para detectar anomalia anatómicas na
estrutura vascular.
Caracterização selectiva da artéria
hepática direita e esquerda com
injecção de contraste oleoso ( lipiodol)
utilizando controlo de escopia de modo a
evitar o refluxo para zonas não desejadas.
Após três semanas é realizado um
TC de controle para comparar lesões.
A RADIOFREQUENCIA é uma
técnica que actua de forma
semelhante,
elevando
a
temperatura no interior da lesãoalvo,
provocando,
assim,
necrose de coagulação.
A radiofrequência traduz a morte
tecidular através da lesão hiper
térmica, isto é, provoca uma
lesão térmica através do uso de
corrente
eléctrica
alternadamente na faixa de
radiofrequências
(400KHz500KHz). A agitação iónica
resoltante no tecido circundante
causa calor friccional, que se
espalha para fora do eléctrodo
através da condução.
A lesão até 3 cm tem uma
necrose de 90% e de 3 a 5 cm
uma necrose de 70%
.
situação
de alerta, mas devemos ter em atenção que a subida destes valores
tambem se verifica
durante a gravidez, no caso de tumores de celulas germinativas, e nas
hepatites
agudas e crónicas
- ECOGRAFIA / DOPLLER
-TC
-RM
-TC COM LIPIODOL
O lipiodol e´um contraste oleoso, com caracteristicas peculiares que lhe
conferem especificidade para o hepatocarcinoma. A permeabilidade
alterada dos vasos do tumor e a ausência de tecido endotelial no seu
interior permite que o lipiodol permaneça durante algum tempo no
hepatocarcinoma e desapareça do restante parênquima hepático.
Isto permitirá determinar a extensão e
caracterizar o tumor, também
serve de agente de químico
O tratamento
depende do
estádio de
evolução do
tumor na altura
do diagnóstico.
Em doentes que
não são
candidatos ao
transplante têm
sido testadas
terapêuticas
dirigidas ao
tumor.
A QUIMIOEMBOLIZAÇÃO hepática é uma técnica
intervencionista em que se emprega uma combinação de
fármacos e partículas de gel insolúvel. Os agentes mais
A ALCOOLIZAÇÃO é
utilizados na quimioembolização são a cisplatina,
realizada através de uma
doxorubicina e mitomicina, sozinhos ou em combinação com
injecção de álcool (70
o lipiodol.
graus) através de uma
O efeito terapêutico é baseado em microenfartos associados
agulha colocada de forma
á acção local prolongada do citostático em função da
percutanea directamente
redução do fluxo sanguíneo no mesmo local.
no tumor
Nos hepatocarcinomas antes de se efectuar a
A necrose do tumor
resulta de desidratação
quimioembolização da artéria hepática deve-se verificar a
celular
e
isquemia
permeabilidade da veia porta, pois a irrigação do
tecidular por trombose
parênquima hepático deve-se 25% através da artéria
vascular
hepática e 75% da veia porta.
Bibliografia:
- Bontrager, Kenneth L.; Tratado de técnica radiologica e Base anatómica;
Editora Guanabara; 5ªedição
- Táboas, Paz; Carrera Soler, Fedz., Guia Práctica - Radiologia
Intervencionista; Politécnico de Vigo, SA
- Wyngaarden; Smith; Bennett; Tratado de Medicina Interna; 19ª edição
- http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2032/paginas/material%200132.html
Autores:
-Ana Fonseca
- Carla Sofia Higgs
- Madalena Sampaio
- Catarina Reis
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