3597 TRATAMENTO CIRúRGICO DE CONDILOMA GIGANTE MALIGNO (TUMOR DE BUSCHkE-LOwENSTEIN) – CASO CLíNICO Pinto, Ana Rita; Pinto, Ana Rita; Teixeira Da Silva, Teresa; Cabral, José Manuel; Marques, Cláudia Centro Hospitalar do Porto, Unidade Maternidade Júlio Dinis OBJETIVOS/ INTRODUCCION Os autores relatam o caso clínico de um Tumor de Buschke-Lowenstein. MATERIAL Y MÉTODOS Mulher de 32 anos, seropositiva para HIV, foi referenciada à consulta de Ginecologia apresentando uma volumosa lesão vulvar exofítica, com dimensões de 180 x 95 x 80 mm, associada a queixas de dor perineal, leucorreia fétida e dificuldade na deambulação, com 1 ano de evolução. Procedeu-se a biópsia da lesão para confirmação histológica e identificação do tipo de HPV, e a tomografia axial (TC) pélvica que não evidenciou invasão dos tecidos adjacentes. Foi submetida a cirurgia (vulvectomia total) com recurso a electrocirurgia. RESULTADOS A TC pré-operatória não identificou invasão local. A cirurgia decorreu sem intercorrências. No pós operatório imediato surgiu deiscência da sutura, que cicatrizou por segunda intenção. Durante o seguimento ocorreram lesões focais recidivantes que foram resolvidas com vaporização por laser CO2. O HPV 11 foi identificado na biópsia da lesão, e o exame anátomopatológico confirmou ser Condiloma Gigante Maligno. Actualmente encontra-se no 8º mês de follow-up e apresenta-se sem lesões residuais ou de recidiva. CONCLUSIONES O Tumor de Buschke-Lowenstein é uma lesão vulvar rara, localmente agressiva e muito incapacitante. O tratamento cirúrgico destes tumores resulta geralmente no controlo completo da doença, com melhoria franca da qualidade de vida. No caso apresentado, salientam-se as dimensões extraordinárias do tumor, que ultrapassam as comuns, mesmo para este tipo de neoplasias. O tratamento cirúrgico revelou-se adequado, embora seja necessário um período maior de seguimento para avaliar a eficácia a longo prazo.