TUMOR DE ABRIKOSSOFF DE LOCALIZAÇÃO ATÍPICA RELATO DE CASO Borini GF¹, Marques RFS¹, Loures T,Mendonça G¹, Carvalho CA², Catalano SP³, Michalany NS4 Bedin V5 (1) (2) (3) (4) (5) Pós-graduando do BWS-Pele Saudável Professor do BWS-Pele Saudável Professor Coordenador da PG em Dermatologia da Associação Pele Saudável Patologista do Centro Paulista de anatomia Patológica Professor Doutor- Diretor do BWS-Pele Saudável INTRODUÇÃO: Paciente do sexo feminino, 57 anos, fototipo III, do lar, natural e procedente de São Paulo, Brazil, sem comorbidades. A paciente compareceu em nosso serviço em setembro de 2012, referindo aparecimento de um nódulo indolor em ombro direito há seis meses, que continua aumentando de tamanho. Ao exame dermatológico observou-se nódulo exofítico eritematovioláceo, com bordas regulares e bem delimitadas, consistência endurecida, superfície lisa e brilhante, medindo 6 centímetros na região supraclavicular direita. O tratamento escolhido foi exérese cirúrgica total da lesão com margens livres, posteriormente confirmado pelo exame anatomopatológico. DISCUSSÃO: O tumor de células granulares (tumor de Abrikossoff) é uma doença rara, que geralmente se apresenta clinicamente como uma lesão nodular solitária, indolor, de crescimento lento, benigna, apesar de variantes multicêntricas (10-25%) e malignas (1-2%) também serem relatadas. Esses tumores acometem o segmento cérvicofacial, preferencialmente as mucosas da língua e o palato, mas podem acometer a pele e outros órgãos como esôfago, laringe, traqueia e tireóide, além de poucos relatos nas extremidades dos membros. O tumor de células granulares (TCG) é mais comumente encontrado em mulheres de meia idade e da raça negra. Sua descrição inicial, feita por Abrikossoff, em 1926, causou discussão em relação à sua histogênese, na qual foram implicados muitos tipos celulares, incluindo células musculares, histiócitos, fibroblastos, células da bainha neural e células mesenquimais não diferenciadas. A origem da lesão ainda permanece indeterminada e controversa. Estudos enzimáticos e de microscopia eletrônica parecem indicar origem nervosa (células de Schwann).