Tumores primários do
fígado
Bernardo Francio
Felipe Mari
Guilherme Stirma
Renan Marson
Richard Portier
Sergio Marcon
Prof. Marcos Sigwalt e James Skinowsky
Introdução
• O câncer de fígado pode ser dividido em duas categorias:
- o câncer primário do fígado
- o câncer secundário ou metastático
• Os tumores primários do fígado são nomeados conforme
o tipo de célula afetada que deu origem ao câncer:
1. Hepatocarcinoma
2. Colangiocarcinoma
3. Angiossarcoma
4. Adenoma
5. Hepatoblastoma
6. Hemangioma
Epidemiologia
• EUA: 10000 pacientes diagnosticados com câncer
primário de fígado a cada ano.
• Brasil: câncer de fígado e das vias biliares ocupa a
sétima posição, responsável por mais de 4500
óbitos. (dados 1999)
• Apesar de não estar entre as neoplasias mais
prevalentes, o câncer de fígado é importante pela
sua letalidade e alta complexidade no diagnóstico.
Hepatocarcinoma
• É o câncer que tem origem nas células hepáticas,
os hepatócitos
• Tumor primário de fígado mais comum, ocorrendo
em mais de 84% dos pacientes
• A incidência maior no sexo masculino (3:1)
• A faixa etária mais acometida é de 60 a 80 anos em
países desenvolvidos, e em áreas de maior
incidência (regiões do sudeste da Ásia, no Japão e
África do Sul) afeta mais a faixa etária de 20 a 40
anos.
Fisiopatologia
1. Hepatite B e C
2. Alcoolismo
Sinais e Sintomas
1. Dor abdominal (40%-60%)
2. Presença de massa palpável no abdômen (HCD D)
e distensão abdominal (30%-40%)
3. Anorexia, icterícia e ascite (20%).
Diagnóstico
• Dados clínicos
• Laboratoriais:
- Bilirrubinas, FA e transaminases
- Tumor produz em 75-90% dos casos uma
substância chamada alfafetoproteína, que pode ser
dosada no sangue. Quando em níveis muito altos
(>450ng/ml) associada a nódulo no fígado (>2 cm e
hipervascular),
pode
dar
diagnóstico
de
hepatocarcinoma sem a necessidade de biópsia.
Diagnóstico
• Imagem:
1. TC ( 75%-90% de exatidão)
2. Laparoscopia: permite além da visualização direta, a
biópsia do tumor, avaliando também a presença ou
ausência de disseminação peritoneal.
• Biópsia
Tratamento cirúrgico
• Melhor opção: Transplante hepático
• Para que se considere o transplante
-tamanho máximo do nódulo seja 5 cm de diâmetro
em pacientes com um único nódulo ou até 3 cm em
pacientes com no máximo três nódulos.
-não pode haver invasão vascular pelo tumor ou ter
doença fora do fígado.
• Se forem levados em consideração esses parâmetros, a
sobrevida é de 70% em cinco anos.
Tratamento cirúrgico
• Outra opção: Ressecção cirúrgica do tumor
• Depende de dois fatores:
- O estado clinico do paciente e ,
- da quantidade de parênquima hepático
restante
Tratamento
• Novas técnicas
- adoção da embolização portal, gerando um aumento
do fígado sadio,
- a segmentectomia anatômica, que preserva mais o
fígado,
- radioblação dos tumores
- crioterapia (destruição do tumor pelo frio) na cirurgia
hepática.
Colangiocarcinoma
• Origem nas células biliares, afetando as vias biliares
• 8% dos tumores do primários do fígado
• Afeta, predominantemente, homens (3:1) de idade
avançada
• 2 – 5 casos a cada 100.000 habitantes
Colangiocarcinoma
• Relação direta com afecções inflamatórias das
vias biliares, principalmente com a infestação
por um trematódeo (Clonorchis sinensis),
bastante frequente em países africanos e
asiáticos, sendo raro no Brasil
• Grupos de risco : colangite esclerosante
primária, colite ulcerativa crônica e portadores
de cálculos biliares
Colangiocarcinoma
• Diagnóstico : clínica + colangiotomografia
• Diagnóstico geralmente tardio
• Tratamento cirúrgico de remoção do tumor, se
possível
• Métodos de desobstrução dos canais biliares
Adenoma hepático
• É um tumor hepático benigno de origem
epitelial.
• O risco é maior em mulheres com idade superior
a 30 anos e que fizeram uso de estrógenos por
mais de 5 anos e em altas doses. (35:100000).
Adenoma hepático
• Sintomatologia pouco expressiva ou geralmente
inexistente. Exame físico é comumente normal,
exceto quando o tumor é palpável ou quando há
ruptura.
• Exames de laboratório costumam ser normais, mas
pode haver discretas elevações nas transaminases
• O diagnóstico é feito ao acaso quando se fazem
exames de rotina, como ultrassom e tomografia
Adenoma hepático
• Os adenomas costumam ser únicos, e com tamanhos
maiores de 10 cm
• Sempre que for possível, deve-se proceder com
tratamento cirúrgico, em função do risco elevado de
hemorragia por ruptura e para evitar a transformação em
hepatocarcinoma.
• Tumores menores que 3 cm podem ser acompanhados
• As opções são: cirurgia aberta ou laparoscópica ou ainda
percutânea, com ablação por radiofreqüência (localização
desfavorável e menor do que 5 cm)
Hemangioma
• O hemangioma é um tumor benigno e pequeno, formado por
vasos sanguíneos que se enovelam. No fígado, raramente
causam sintomas.
• É encontrado normalmente ao acaso, quando são feitos
exames de rotina
• 10% dos casos eles podem passar dos 5 cm de diâmetro
(hemangioma gigante). Assim, possui risco de ruptura,
normalmente após trauma.
Hemangioma
• Geralmente encontrados em mulheres jovens.
• Múltiplos em 70% dos casos.
• O tratamento, dependendo do caso, não é requerido.
Faz-se apenas observação periódica e exames, como
ultrassonografia anual.
• Pode-se fazer ressecção cirúrgica, transplante, ligadura
da artéria hepática, radioterapia e embolização.
Angiossarcoma
• O angiossarcoma é uma neoplasia maligna, rara, que se
caracteriza pela proliferação rápida com um infiltrado de
células anaplásicas derivados de vasos sanguíneos.
• Todos os angiossarcomas tendem a ser agressivos e
muitas vezes são multicêntricos. Tendem a recorrer
localmente, disseminar amplamente e tem uma alta taxa
de linfonodos e metástases sistêmicas. A taxa de morte
relacionada ao tumor é elevada
Angiossarcoma
• Aproximadamente 33% dos pacientes apresentam
evidência de hemorragia recente ou coagulopatia,
incluindo
anemia,
hematoma
persistente,
hemotórax, ascite hemorrágica e sangramento
gastrointestinal
• Cirurgia radical para a retirada do tumor no local em
que está situado
Hepatoblastoma
• O hepatoblastoma é uma das formas de câncer de fígado raro.
É mais frequente nos lactentes, crianças menores de 03 anos
de idade
• As células do hepatoblastoma podem fazer metástases, que
entre os locais mais comuns são pulmões, ossos, cérebros,
medula e estruturas abdominais.
• A causa exata do câncer de fígado é desconhecida, existem
uma série de condições genéticas que estão associadas com
um risco aumentado como a síndrome de BeckwithWiedemann, polipose adenomatosa familiar
Hepatoblastoma
• Os sintomas que a criança pode apresentar são: perda de
peso, anemia, dor abdominal, vômitos, icterícia, febre e dor
nas costas. No diagnóstico utiliza-se a RM, a USG e a TC.
• Este tipo de câncer tem como marcador a alfa feto proteína
nas análises de sangue. Os hepatoblastomas são
diagnosticados por meio de uma biópsia hepática
Hepatoblastoma
• A quimioterapia neoadjuvante é um instrumento
bom. Alguns pacientes são sensíveis ao
tratamento radioterápico com boa regressão do
tumor
• Depois de 3 ou 4 ciclos de tratamento, a
ressecção é frequentemente muito mais
facilmente realizada
OBRIGADO!!!
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