DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA
ASSISTÊNCIA PÚBLICA
REDE DE ATENÇAO INTEGRAL
Evaldo Melo de Oliveira
O PRAZER
O PRAZER 2
A DOR
Precário, Provisório, Perecível,
Falível, Transitório, Transitivo,
Efêmero, Fugaz, Passageiro:
Eis aqui um Vivo.
Impuro, Imperfeito, Impermanente,
Incerto, Incompleto, Inconstante,
Instável, Variável, Defectivo:
Eis aqui um Vivo.
E apesar
Do Tráfico do Tráfego equívoco;
Do Tóxico, Do Trânsito nocivo;
Da Droga do Indigesto Digestivo;
Do Câncer, Vir do cerne do Ser Vivo;
Da mente, o Mal do Ente Coletivo
Do Sangue, o Mal do Soro Positivo
E Apesar dessas e Outras;
O Vivo Afirma, Firme, Afirmativo:
“O que mais vale a pena é estar Vivo”.
Não feito, Não Perfeito, Não Completo,
Não Satisfeito nunca, Não Contente,
Não Acabado, Não Definitivo:
Eis aqui um Vivo
Eis-me Aqui.
Lenine
VIVO
ANTONIN ARTAUD, poeta e teatrólogo do início do século
xx, criou o teatro da crueldade. Gênio e louco, passou mais de 10 anos de sua vida
internado em hospitais psiquiátricos. Após sua morte foram encontrados em sua
cela do hospital, vários cadernos onde relatava sua vivência dos últimos anos.
Estes escritos representam um documento contundente sobre a realidade das
instituições psiquiátricas daquela época, realidade que ainda não foi de todo
superada nos dias atuais. Artaud também era dependente de ópio, é nessa condição
que escreve o seguinte:
“Senhor legislador da lei 1936 aprovada por decreto em julho de 1917; sua
lei não serve para nada mais que fastidiar a farmácia mundial sem proveito nenhum
para o nível toxicômano da nação, porque:
1. O número de toxicômano que se abastece na farmácia é ínfimo.
2. Os verdadeiros toxicômanos não se abastecem nas farmácias.
3. Os toxicômanos que se abastece na farmácia são todos doentes.
4. O número de toxicômanos doentes é ínfimo em relação aos
toxicômanos voluptuosos.
5. As restrições farmacêuticas à droga não reprimiram jamais os
toxicômanos voluptuosos e organizados.
6. Haverá sempre traficantes
7. Haverá sempre toxicômanos por vício de estrutura, por paixão.
8. Os toxicômanos doentes têm sobre a sociedade um direito
imprescritível, que é o que os deixem em paz.
A. ARTAUD
CARTA AO SR. LEGISLADOR
É sobretudo uma questão de consciência. A lei sobre estupefacientes põe
nas mãos do inspetor-usurpador o direito de dispor da dor dos homens,
numa pretensão singular da medicina moderna de querer impor suas regras
a consciência de cada um. Todos os balidos oficiais da lei não tem poder de
ação frente a este fato de consciência, ou seja, que mais ainda que a morte,
eu sou dono de minha dor. Todo homem é juiz, juiz exclusivo, da quantidade
de dor física, ou de vazio mental que pode honestamente suportar.
Lucidez ou não lucidez, tem uma lucidez que nenhuma enfermidade
me arrebatará jamais, é aquela que me dita o sentimento de minha vida. E, se
eu tiver perdido minha lucidez a medicina não tem outra coisa a fazer que
dar-me substâncias que me permitam recobrar o uso desta lucidez.
Senhores ditadores da escola farmacêutica da França, tem uma
coisa que deveriam considerar melhor, o ópio é essa imprescritível
substância que permite retornar a vida de sua alma, daqueles que tiveram a
desgraça de havê-la perdido.
Tem um mal contra o qual o ópio é soberano, este mal se chama
Angústia, em sua forma mental, médica, psicológica, lógica ou farmacêutica,
como vocês queiram.
A. ARTAUD
CARTA AO SR. LEGISLADOR
A Angústia que faz os loucos. A Angústia que faz os
suicidas. A Angústia que faz os condenados. A Angústia que a
medicina não conhece. A Angústia que vosso doutor não
entende. A Angústia que corta o cordão umbilical da vida. A
Angústia que acaba a vida.
Por vossa lei iníqua, vocês, põem em mãos de pessoas
nas quais eu não tenho confiança, o direito de dispor de
minha angústia, uma angústia que é em mim tão aguda como
as agulhas de todas as bruxas do inferno.
Tremores do corpo e da alma, não existe sismógrafo
humano que permita a quem me olhe, chegar a uma avaliação
de minha dor mais exata, que aquela fulminante de meu
espírito.
Sou o único juiz do que se passa comigo.
Desejo que tua lei recaia sobre teu pai, sobre tua mãe,
sobre tua mulher e teus filhos, e toda tua posteridade.
Enquanto isso, suporto a tua lei.
A. ARTAUD
CARTA AO SR. LEGISLADOR
• Drogas
• Usos
• Consumidores
• Legislações
não uso (abstêmio)
uso social
uso problemático/nocivo
dependência
2 0%
65 a 70%
10 a 15%
ADULTOS
ADOLESCENTES
CRIANÇAS
IDOSOS
MULHERES
INDIGENAS
PRESIDIARIOS
A maioria dos usuarios não está nem nunca
ficará doente (dependente)
Nem
todo
usuário
está
condenado
irremediavelmente à dependência, nem a
desenvolver determinadas enfermidades, nem a
colocar-se em perigo de morte.
Drogas e família
Drogas e trabalho
Drogas e violência
Drogas e AIDS
Drogas e Doenças Físicas
Drogas e Doença Mental
Drogas e Sociedade
CONSEQUENCIAS DO CONSUMO DE DROGAS
I Levantamento Domiciliar sobre o uso de
Drogas Psicotrópicas no Brasil
Uso na vida 68,7 %
Dependentes 11,2%
Recife
1.500.000 habitantes
11,2% = 168.000 dependentes
O PROBLEMA EM NÚMEROS
SE VOCE QUER PARAR DE USAR
DROGAS O PROBLEMA É NOSSO,
SE VOCE QUER CONTINUAR
USANDO DROGAS O PROBLEMA
É SEU
QUEBRA DE PARADIGMA
TODO TRATAMENTO/
ABORDAGEM
DEVE BUSCAR A
ABSTINÊNCIA
QUEBRA DE PARADIGMA
O ESTADO É
RESPONSAVEL PELO
CIDADÃO/Ã QUER ELE/A
QUEIRA PARAR DE USAR
DROGAS OU NÃO
NOVO PARADIGMA
O CONTRARIO DA DEPENDÊNCIA
NÃO É A ABSTINÊNCIA
O CONTRARIO DA DEPENDÊNCIA
É A LIBERDADE
NOVO PARADIGMA
AUTONOMIA
DEPENDÊNCIA
NOVO PARADIGMA
A atenção aos problemas relacionados ao uso de
substancias psicoativas:
Nos Estados Unidos e Europa
No inicio os Estados Unidos e Europa adotavam políticas
semelhantes no enfrentamento dos problemas decorrentes do
uso de álcool e outras drogas. A “guerra as drogas” era o
objetivo quase exclusivo dos governos e especialistas.
Com o passar do tempo tomaram rumos bem diferentes,
enquanto nos E. U. permaneciam as estratégias orientadas para
a redução de demanda e de oferta privilegiando no campo
terapêutico a prevenção primaria (prevenção do uso) e
secundaria (abstinência rápida) a Europa introduzia a estratégia
de Redução de Danos
UM POUCO DE HISTÓRIA
A Holanda foi o primeiro Pais a estabelecer a Redução de
Danos (RD) como política pública, através da revisão da lei
sobre o ópio (1976) seus principais eixos foram
(Engelsman,1989):
1. Descriminalização do consumo de maconha e sua posse
para uso pessoal;
2. Implantação do programa de metadona em dois níveis, um
com o objetivo de manter o toxicômano na rede sanitária, e
o outro voltado para o tratamento e obtenção da
abstinência à curto ou longo prazo;
3. Desenvolvimento do programa de troca de seringas;
4. Reconhecimento da toxicomania e do consumo de drogas
como problemas sociais e de saúde publica.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Os resultados da política holandesa são ilustrativos:
A incidência de Hepatite B entre usuários de drogas caiu de
26% para 5% em cinco anos, a de HIV de 12% para 3% em dois
anos.
Além disso houve:
a) Aumento na idade de inicio do uso;
b) Estabilização no numero de consumidores;
c) Aumento significativo da demanda por tratamento dirigido
para a abstinência.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Encod, Barcelona,2005.
A SITUAÇÃO DA REDUÇÃO DE DANOS
NA UNIÃO EUROPEIA em 2005
Década de 70:
H. Centenário (Recife),
Clinica Pinel (Porto Alegre)
Unidade de Saúde Ulysses Pernambucano
Pensão Protegida
Atelier Terapêutico
Apartamento para psicóticos
Década de 80:
CETAD na Bahia, CMT em BH, NEPAD no RJ,
PROAD, GREAA e CEBRID em São Paulo,
Unidade de dependência no Hospital Mãe de Deus
/PA e o Eulãmpio Cordeiro e o CPTRA no Recife.
Conselho Federal de Entorpecentes:
Centros de Referencia e Excelência
A ATENÇÃO AOS PROBLEMAS RELACIONADOS AO USO DE
SUBSTANCIAS PSICOATIVAS NO BRASIL
 Iª Conferencia Nacional de Saúde
 Nova Constituição Federal
 Iª Conferencia Nacional de Saúde Mental.
 As recomendações dos grupos de trabalho do MS e
SENAD
 Conferência de CARACAS
 IIIª Conferencia Nacional de Saúde Mental
 Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a
usuários de Álcool e outras Drogas
A HISTORIA RECENTE
ATENÇÃO INTEGRAL
“Definir políticas públicas para a promoção de mudanças capazes de manterem-se
estáveis nos diferentes níveis envolvidos requer:
1 . Mudanças individuais de comportamento que estão diretamente vinculadas a
estratégias globais de diminuição de riscos individuais e nos grupos de pares;
2. A mudança de crenças e normas sociais;
3. Ações de informação e prevenção, destinadas à população em geral com vistas a
participação comunitária;
4. Diversificação e ampliação da oferta de serviços assistenciais;
5. Adoção de políticas de promoção a saúde que contemplem ações estruturais nas
áreas de educação, saúde e de acesso a bens e serviços – em suma, que incluam na
agenda a questão do desenvolvimento;
6. Discussão das leis criminais de drogas e implementação de dispositivos legais
para a
eqüidade do acesso dos usuários de álcool e outras drogas às ações de prevenção,
tratamento e redução de danos, de acordo com prioridades locais e grau de
vulnerabilidade;
7. Revisão da lei que permite demissão por justa causa em empresas que constatam
o uso de drogas por funcionários;
8. Discussão e impedimento de testagem de uso de drogas, realizada de forma”.
A política do ministério da saúde para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas. M. Saúde. 2004.
A HISTORIA RECENTE
O modelo definido embora no seu
texto trouxesse a integralidade e a
inserção na rede SUS como
pressupostos básicos, na pratica
gerou predominantemente abertura
de CAPS ad.
A HISTORIA RECENTE
“O I Encontro Nacional dos Centros de Atenção Psicossocial
Álcool e outras Drogas com o tema "Drogas, Saúde Pública e
Democracia: reduzindo danos, ampliando direitos", realizado
no Município de Santo André – São Paulo, reuniu a quase
totalidade dos dispositivos de assistência já implantados em
todo o território nacional.
Além de possibilitar o reconhecimento dos CAPS ad como eixo
central da política nacional de saúde mental para o setor das
drogas lícitas e ilícitas, indicou caminhos importantes para a
consolidação de um modelo de atenção mais flexível, ampliado
e inclusivo para a população usuária do SUS”.
FANTASIA DO EQUIPAMENTO ONIPOTENTE
A política do ministério da saúde para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas. M. Saúde. 2004.
A HISTORIA RECENTE
OUTRO OLHAR
CMC
HC/HP/UPA
UD
CC
RC
CAPS
ARD
PROPOSTA DE REDE DE ATENÇAO INTEGRAL
Distribuição de
Equipamentos por Distritos
Sanitários
DS III
I
RECIFE
População
Existente
TOTAL
1.473.462
PSF
Pop. Coberta
ACS
% Cobertura
693.450
47,06
Pop. Coberta
1.013.725
%
Cobertura
DS II
68,80
DS IV
Legenda:
DS I
CAPSad
DS V
Casa do Meio do Caminho
Unidade de Desentoxicação
Distrito Sanitário I
Distrito Sanitário IV
Distrito Sanitário II
Distrito Sanitário V
Distrito Sanitário III
Distrito Sanitário VI
DS VI
Voltar
RESISTÊNCIA A IMPLANTAÇÃO DO SUS
RESISTÊNCIA A MUDANÇA
DESCONTINUIDADE ADMINISTRATIVA
DIFICULDADE NA PRATICA DA INTEGRALIDADE
A VOLTA DA INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
MUDANÇA NA LEGISLAÇÃO
DESAFIOS
“Milton Friedman, 92, papa do neoliberalismo, Prêmio Nobel de Economia de
1985, teórico e defensor mais ferrenho do livre mercado na semana retrasada,
encabeçou uma lista de 500 economistas enviada ao presidente George W. Bush
e aos membros do Congresso norte-americano que pedia a legalização da
maconha.”
“Ele baseia seu pedido no estudo recém-divulgado de um economista de Harvard
que calcula que a medida economizaria US$ 14 bilhões por ano ao país.
Friedman apóia a medida por razões econômicas, mas também morais. "Nos
últimos mil anos, nunca houve uma morte por overdose de maconha",
“É imoral que os Estados Unidos proíbam as chamadas drogas ilegais. Sou a
favor da legalização de todas as drogas, não apenas da maconha. O atual estado
das coisas é uma desgraça social e econômica. Veja o que acontece todos os
anos neste país: colocamos milhares de jovens na prisão, jovens que deveriam
estar se preparando para o seu futuro, não sendo afastados da sociedade. Além
disso, matamos milhares de pessoas todos os anos na América Latina,
principalmente na Colômbia, na tal "Guerra contra as Drogas".
Slide Final
Folha de São Paulo, domingo, 19 de junho de 2005
SOBRE LEGISLAÇÃO
Volta
CRACK NEM PENSAR
PENSO, LOGO EXISTO
NÃO PENSO, LOGO
NÃO EXISTE
Volta
Volta
Volta
Geralmente, as políticas de drogas são inspiradas no
modelo proibicionista que prioriza as drogas ilícitas,
defende a abstinência e costuma tender para
intransigência.
As estratégias de Redução de Danos sugiram como
uma maneira de superar alguns impasses presentes
nas abordagens tradicionais ao fenômeno do consumo
de drogas.
Redução de Danos é um conjunto de estratégias, tanto
individuais como coletivas, que se desenvolvem no
âmbito social, sanitário, político e legal que buscam
minimizar os efeitos negativos do consumo de drogas,
sem a obrigatoriedade da interrupção do uso.
Programa + VIDA
está firmemente comprometido com o respeito aos
direitos humanos;
tem por princípio básico o respeito à pluralidade dos
modos de vida;
não persegue a eliminação do uso de drogas;
não é contrário à abstinência, mas aceita alternativas
de intervenção que não exigem parar o uso de drogas;
trabalha com os diversos tipos de usuários (social,
problemático e dependente) e as diversas drogas
(lícitas e ilícitas);
inclui o usuário de drogas como parceiro e ator do
processo de mudança;
Programa + VIDA
possui um conjunto de estratégias
planejadas e articuladas, para que o uso
de drogas ocasione o mínimo possível
de danos à sociedade e aos seus
cidadãos;
estabelece metas pragmáticas e isentas
de julgamento de valor
e aceita, enfim, a realidade da vida e,
como parte dela, a existência de drogas
e de comportamentos de risco.
+ vida na folia
Programa + VIDA
População
DISTRITO
Existente
I
80.873
PSF
Pop. Coberta
ACS
% Cobertura
51.750
63,99
Pop. Coberta
55.200
%
Cobertura
68,26
Espaço Prof. Luiz Cerqueira – DS I CAPSad e CMC
Rua Álvares de Azevedo,80 - Santo Amaro
Volta
Centro Hospitalar e Maternidade Dr. Oscar Coutinho
Unidade de Desintoxicação Rua dos Coelhos, s/nº - CoelhosVolta
DISTRITO
II
População
Existente
213.305
PSF
Pop. Coberta
124.200
ACS
% Cobertura
58,23
Pop. Coberta
184.575
%
Cobertura
86,53
Espaço Jandira Mansur – DS II. CAPSad e Casa do Meio do
Caminho. Rua Eduardo Wanderley ,221- Encruzilhada
Atende Mulheres a partir de 18 anos
Volta
DISTRITO
III
População
Existente
293.599
PSF
Pop. Coberta
127.650
ACS
% Cobertura
43,48
Pop. Coberta
221.950
%
Cobertura
75,60
Centro de Prevenção, Tratamento e Reabilitação do Alcoolismo
CPTRA – DS III - CAPSad 24hs. Av. Rosa e Silva, 2130. Tamarineira.
Volta
Atende a partir de 18 anos
DISTRITO
IV
População
Existente
262.005
PSF
Pop. Coberta
106.950
ACS
% Cobertura
40,82
Pop. Coberta
155.825
%
Cobertura
59,47
Centro Eulâmpio Cordeiro – DS IV. CAPSad
Rua Rondônia, 100 – Cordeiro. Atende de 12 a 24 anos
Volta
DISTRITO
V
População
Existente
257.312
PSF
Pop. Coberta
93.150
ACS
% Cobertura
36,20
Pop. Coberta
150.075
%
Cobertura
58,32
Espaço Travessia René Ribeiro – DS V
CAPSad e Casa do Meio do Caminho. Rua Jacira, 210 - Afogados
Volta
Atende adolescentes de 12 a 18 anos incompletos
DISTRITO
VI
População
Existente
366.368
PSF
Pop. Coberta
189.750
ACS
% Cobertura
51,79
Pop. Coberta
246.100
%
Cobertura
67,17
CAPSad Prof. José Lucena – DS VI
Rua Itajaí,418 – Imbiribeira. Atende a partir de 18 anos
Volta
DISTRITO
II
População
Existente
213.305
PSF
Pop. Coberta
124.200
ACS
% Cobertura
58,23
Pop. Coberta
184.575
%
Cobertura
86,53
CAPSAD VICENTE ARAUJO – DS II
Volta
DISTRITO
IV
População
Existente
262.005
PSF
Pop. Coberta
ACS
% Cobertura
106.950
40,82
Pop. Coberta
155.825
%
Cobertura
59,47
CASA DO MEIO DO CAMINHO CELESTE AÍDA – DS IV
Volta
+ vida na folia
+ vida na folia
+ vida na folia
+ vida na folia
+ vida na folia
+ vida na folia
Volta
Pensão Protegida: uma alternativa para o
tratamento do doente Mental.
Revista Arquivos da Clínica Pinel . Vol. V, No. 4.
Pags. 264-270. Porto Alegre/RS. 1979
Orientador de Pensão Protegida
Revista da Associação Brasileira de Psiquiatria.
No. 3. Vol. 4. No. 12.20-22.
São Paulo/SP. 1978
Voltar
O programa de apartamento para
pacientes psicóticos.
Trabalho apresentado no VIII Congresso
Brasileiro de Psiquiatria.Recife-PE, 1984.
Voltar
Unidade de Saúde Ulysses Pernambucano:
um projeto de prevenção e tratamento das
doenças mentais
Trabalho apresentado no XIV Congresso
Nacional de Neurologia, Psiquiatria e Higiene
Mental.Maceió/Alagoas. Out/Nov 79.
Voltar
O Atelier Terapêutico
Trabalho apresentado no VIII
Congresso Brasileiro de Psiquiatria
Recife/PE. 1984.
Voltar
Comunicação Breve sobre um Programa de Tratamento de Dependentes
Químicos Hospitalizados.
Revista Arquivos da Clínica Pinel . Vol. IV, Nos. 1, 2 e 3. Pags. 92-99. Porto
Alegre/RS. 1978
Unidade de Desintoxicação.
Revista Arquivos da Clínica Pinel . Vol. IV, Nos. 1, 2 e 3. Pags. 86-92. Porto
Alegre/RS. 1978
Aspectos Assistenciais do Alcoolismo.
Revista Arquivos da Clínica Pinel . Vol. IV, No. 4. Pags. 15-22. Porto Alegre/RS. 1978
Comunicação preliminar sobre um Programa de Atendimento para Familiares de
pacientes dependentes químicos hospitalizados.
Revista Arquivos da Clínica Pinel . Vol. IV, No. 4. Pags. 23-27. Porto Alegre/RS. 1978
O Consultor Alcoólico.
Revista Arquivos da Clínica Pinel . Vol. IV, No. 4. Pags. 28-31. Porto Alegre/RS. 1978
Vivencias de um Terapeuta no Tratamento do Alcoolismo.
Revista Arquivos da Clínica Pinel .Vol. V, No. 3. Pags. 206-211. Porto Alegre/RS. 1979
Voltar
“Nessa luta permanente pela transformação da
sociedade e de todos os cidadãos, não devemos nos
deixar amedrontar pela idéia de confronto: "...se não
fizermos confronto e conflito, não vamos avançar nem
mudar nada. Umas das piores vertentes da tradição
brasileira é o horror ao conflito, a busca do consenso,
a valorização do consenso, que gerou um tipo humano
especial, que é chamado de "homem cordial
brasileiro". Essa idéia de consenso, de mascarar o
conflito,
só
serve
à
conservação
das
coisas como estão“.
Última fala de David Capistrano Filho, médico sanitarista, foi Secretário de Saúde e Prefeito da
cidade de Santos (São Paulo), onde foi implantado o primeiro programa de Redução de Danos no
Brasil. A fala foi proferida no 6º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva promovida pela
Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Salvador, agosto de 2000.
E NO ENTANTO,
É PRECISO
SONHAR
INSTUTO RAID - 2008
Custos da dependência
Já no início da década, o custo anual
estimado nos Estados Unidos era superior a 220
bilhões de dólares, sendo 100 bilhões de dólares só
com o alcoolismo
No Brasil, os custos decorrentes do uso
indevido de substâncias psicoativas são estimados
em 7,9% do PIB por ano, ou seja, cerca de 28
bilhões de dólares
Drogas e violência
Relação direta com as mortes por Causas Externas :
homicídios
acidentes de trânsito
suicídios
outros acidentes
outras violências
 39% ocorrências policiais
 61% acidentes de trânsito
 75% acidentes automobilísticos fatais
 20% dos casos notificados HIV/AIDS
 relação  :  3 : 1
Drogas e violência
Drogas e violência urbana (desemprego e a distribuição desigual
da riqueza, e relacionada com o tráfico de substâncias ilícitas)
Nos EUA, o uso excessivo de bebida é um fator verificado em
68% dos homicídios culposos, 62% dos assaltos, 54% dos
assassinatos e 44% dos roubos ocorridos no país (In:
ALCOHOLALERT,1997).
Drogas e violência doméstica: 2/3 dos casos de espancamento de
crianças ocorrem quando os pais agressores estão embriagados.
O mesmo ocorre nas agressões entre marido e mulher.
Dados do CEBRID mostram que 95 % das vítimas de morte não
natural, tinham álcool no sangue.
Drogas e trabalho
Estudos da FIESP mostraram que a dependência :
• é responsável por três vezes mais Licenças Médicas que outras doenças;
• aumenta cinco vezes as chances de Acidentes de Trabalho;
• está relacionado com 15 a 30% de Todos os Acidentes no trabalho;
• é responsável por 50% de Absenteísmo e Licenças Médicas;
• leva à utilização de oito vezes mais Diárias Hospitalares;
• leva a família a utilizar três vezes mais Assistência Médica e Social.
Dados do SESI do Rio Grande do Sul evidenciam que 45% dos trabalhadores
ingeriam álcool sistematicamente três ou mais vezes por semana, ou todos os
fins de semana, sendo que haviam feito uso de drogas ilícitas alguma vez na
vida.
Drogas e AIDS
O uso do álcool facilita a contaminação pelo HIV/AIDS na
medida em que sob seu efeito a pessoa não escolhe o parceiro(a)
e usa menos preservativo
Entre 1986 e maio de 1999, a proporção de usuários de
drogas injetáveis (UDI) no total de casos de AIDS notificados ao
Ministério da Saúde cresceu de 4,1% para 21,7%. No início dos
anos 90, esse percentual chegou a 25%. Em São Paulo, o estado
brasileiro que reúne cerca de 55% de todos os casos de AIDS
registrados no país, entre 1983 e 1994, aproximadamente 34%
das mulheres adultas com a doença referiram ter UDI como
parceiros sexuais.
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Desafios e Perspectivas da Evaldo Mello