NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
• Obra póstuma.
• 1855, em dois volumes.
• Representa a escola Byroniana do Romantismo
brasileiro.
Lord Byron
George Gordon Byron
• Londres  1788-1824.
• Poeta, criou Don Juan.
• Vida extravagante: amantes, dívidas, acusação de
incesto.
• Inspirador do Romantismo.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
• Livro (posterior/atual) dividido em sete capítulos:
- 1º cap.  introdução: traça o cenário (uma
taverna) e apresenta os personagens.
- 7º cap.  finaliza a história anterior e o livro
simultaneamente, dando um caráter de
realidade às histórias narradas pelas cinco
personagens.
• O diálogo inicial entre Satã e Macário – final de
outro livro de Álvares de Azevedo: Macário –
demonstra que o que se vai ler é algo cheio de
vícios.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
Enredo – narrativa composta por sete capítulos:
• Uma noite do século
• Solfieri
• Bertram
• Gennaro
• Claudius Hermann
• Johann
• Último beijo de amor
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
Enredo – narrativa composta por sete capítulos:
- Grupo de jovens reunidos em uma taverna.
- Contam histórias diversas, mas com algo em
comum: todas são trágicas, impregnadas de
vícios, de crimes hediondos que vão de
assassinatos a incestos, de infanticídios e
fratricídios.
- Todos os casos são repassados de amor
pervertido, cujos pares se envolvem em relações
delirantes, absurdas e pouco reais.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
Caracterização dos personagens :
• Solfieri era um jovem boêmio alcoólatra,
persistente, pois fez de tudo para alcançar o amor
da mulher.
Ele tinha sua amada e idolatrada como
um anjo para ele.
Ela era uma pessoa depressiva e que sofria de
catalepsia.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
Caracterização dos personagens :
• Bertram era ruivo, tinha pele branca e olhos
verdes. Alcoólatra, boêmio e influenciado por sua
amada, muda seu jeito amável de ser, tornando-se
um ser obscuro e cheio de vícios, provocando a
sua própria decadência.
Ângela era uma morena andaluza. Na visão de
Bertram, era calma, pura, uma mulher perfeita, um
verdadeiro anjo. Mas no decorrer da história, como
prova de amor, ela se revela, mostrando seu lado
agressivo e voraz.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Caracterização dos personagens :
• Gennaro era um pintor bonito quando jovem, puro, pensativo
e melancólico. Era cínico e não respeitava o sentimento dos
outros. Tornou-se desonrado, mas não podia esquecer seu
grande amor, Nauza.
Godofredo Walsh foi professor de pintura de Gennaro. Era
robusto, alto e forte. Casou-se duas vezes. Agia por impulso,
pois queria vingança ao saber que foi traído pelo seu próprio
aluno.
Laura era filha de Godofredo do primeiro casamento. Pálida,
de cabelos castanhos e olhos azuis. Amava Gennaro, mas
era um amor puro, sem malícias. E desse amor geram-se
desilusões.
Nauza era jovem, bonita, tinha a pele macia, sentia-se
carente, mas encontrava carinho nos braços de Gennaro,
seu amor.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Caracterização dos personagens :
• Claudius Hermann era muito rico e por isso, gastava
muito em orgias. Não se importava com a desonra, nem
com o adultério. O que lhe importava era ter a sua amada,
Eleonora.
A Duquesa Eleonora era bela, pura, linda e vaidosa. Tinha
a pele alva e cabelos negros. Seu rosto era rosado, seu l
lábio fino e avermelhado. Ela amava o seu marido, mas
resolve fugir com Claudius após ter se relacionado com o
mesmo pensando ser seu amor. Esta atitude estranha da
moça se deu por ela não querer ser considerada adúltera.
O Duque Maffio era marido da Duquesa Eleonora. Amava-a
loucamente, o que o levou ao assassinato de sua esposa e
o seu suicídio.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Caracterização dos personagens :
• Johann era um boêmio obsessivo, curioso e
nervoso. Desonra a própria irmã e mata o irmão,
sem saber.
Artur ou Arnold era um rapaz loiro de feições
delicadas, possuía o rosto oval e faces
avermelhadas. Amava muito Geórgia.
Geórgia irmã de Johann era pura, inocente e
apaixonada, mas no decorrer da história ela se
entrega para ele crente de que era para seu amor.
O Irmão de Johann era protetor, uma vez que ao
ver que um homem desonrara a irmã, quis matá-lo.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
Caracterização dos personagens :
Protagonistas:
• Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann,
Johann, Artur, Geórgia.
Personagens secundários:
• Mulher de Solfieri, Ângela, Godofredo Walsh,
Laura, Naura, Eleonora, Duque Maffio
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
Tempo:
• Não há nada definitivo como datas época ou duração,
afinal, os fatos acontecem em alguma taverna, em
algum lugar, em algum tempo.
• A narrativa se desenvolve tanto em tempo cronológico
como em tempo psicológico.
• O tempo que dentro da taverna é cronológico, real.
• Encontramos o recurso flashback.
• Ao começarem a contar suas histórias, as personagens
mergulham nas lembranças do passado e o tempo
passa a ser psicológico.
• O livro alterna os dois tempos.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
Ambiente:
• Local comum: taverna.
• Por meio de conversas entre jovens boêmios vemos que eles
estão em profunda depressão e melancolia, bebendo,
fumando.
• Discutem sobre descrenças religiosas e a imortalidade da
alma.
• Começam então a contar as histórias de amor, assassinatos,
violência e morte. Todas estas histórias ocorrem durante um
momento de delírio e de muito desabafo.
• A partir das misteriosas e trágicas histórias o leitor é
transportado para um ambiente muito diferente do que está
acostumado.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
Narrador:
1º ) narrado em terceira pessoa, onde apresentam
os personagens na taverna.
2º) narrado em primeira pessoa com cada
personagem contando suas histórias.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
Tema – Assunto – Mensagem
• Obra romântica, de imaginação exagerada.
• Marcada pelo mal do século, apresenta egocentrismo
exacerbado, pessimismo, satanismo e atração pela
morte.
• Narrativas apresentam certa dose de magia e coerência
por envolver o leitor.
• As histórias não são verossímeis, mas parecem reais,
colocando-as envolvidas por uma onda infindável de
orgias deboches, sátiras, paixões transfiguradas,
relatadas pelas personagens.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
• Característica ultra-romântica: fuga da realidade,
através da bebida e da fantasia demonstrando
extrema melancolia e pessimismo em relação à
vida.
• Supervalorização do amor, afinal este está sempre
em primeiro plano. As personagens buscam o
amor de uma mulher perfeita, que corresponda a
todas as suas expectativas.
• Idealização da mulher, figura inalcançável e
perfeita em todos os sentidos: pura, alva, sensível,
bela (amor espiritual).
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Elementos da narrativa
• Dificuldade na conquista da mulher amada. Há
sempre um obstáculo que impede a personagem
de alcançar esse objetivo.
• O amor não é completo, pois sempre ocorre algo
que impede que os casais fiquem juntos, o que
causa descontentamento e depressão.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Crítica
• 1ª impressão: um bando de bêbados que debatem
assuntos tediosos, desinteressantes.
• Mostra: dinâmica entre o ambiente real da taverna
e o psicológico narrado pelos jovens, com
histórias envolventes de suspenses e surpresas
que prendem o leitor a um universo totalmente
diferente.
• Ponto interessante: o retorno de uma das
personagens para o ambiente da taverna, que por
sinal é a única mulher que não morreu ainda,
ocorre para mostrar ao leitor a veracidade dos
contos que antes pareciam não passar de ilusões
criadas.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Crítica
• Outro fato que provoca a surpresa é a "volta" de
Artur, supostamente morto no duelo com Johann.
Ele se salvou do tiro e com o nome de Arnold, se
encontra na taverna com Johann, que por estar
embriagado não o reconhece.
• Os narradores são considerados pessoas
perigosas, assassinos sem nenhum escrúpulo.
• Não há punição dos criminosos.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Crítica
• Ponto positivo: valorização do amor , belas
declarações e poemas de amor, onde existe
grande envolvimento dos personagens.
• Ponto negativo: amor acima de tudo, das regras,
conceitos sociais e religiosos, não importando as
consequências que esse amor trará, valorizando
assim o momento do agora, do prazer. Trazendo
assim frustrações, decepções, crimes e amores
pervertidos. Com isso trazendo uma
desvalorização da vida, podendo assim matar e
morrer, pois a vida não faria mais sentido sem a
mulher amada.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Solfieri
• Solfieri viu, em Roma, numa noite chuvosa, uma misteriosa
mulher.
• Seguiu-a através das ruas da cidade até um cemitério.
• A pálida mulher se ajoelhou em uma tumba e parecia
chorar e cantar.
• Solfieri vigiou ela, adormeceu e, quando acordou daquele
sonho febril e delirante, a mulher desaparecera.
• Um ano depois, de volta a Roma, ainda deseja e sofre com
aquela visão. Até que, certa noite, depois de uma orgia,
caminha pela cidade e entra num templo vazio, onde há um
caixão entreaberto e o corpo de uma moça.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Solfieri
• Ele reconhece a mulher da sua visão. Fecha as portas da
igreja, tira o corpo do caixão, beija e despe a mulher: “O
gozo foi fervoroso – cevei em perdição aquela vigília”,
descreve.
• A moça reanima-se ao “calor do seu peito e à febre de
seus lábios” e revive. Acorda e desmaia. O narrador explica
aos amigos: “Nunca ouvistes falar de catalepsia?” Ele leva
a mulher do templo e a esconde em sua casa. Nos dois
dias seguintes, ela parece enlouquecida:
“Ria de um rir convulso como a insânia, e frio como a folha
de uma espada. Trespassava de dor o ouvi-la. (…) Não
houve como sanar-lhe aquele delírio, nem o rir do frenesi.
Morreu depois de duas noites e dois dias de delírio.”
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Solfieri
• Solfieri chama um escultor, encomenda e paga, em
segredo, uma estátua de cera da jovem.
• Quando o escultor vai embora, ele a enterra no quarto,
embaixo de sua cama. Durante um ano, dorme em cima da
sua sepultura, até que a estátua fique pronta.
• Para confirmar a veracidade da história, lembra ao amigo
Bertram que ele já vira a estátua através das cortinas do
seu quarto, mas, na ocasião, Solfieri dissera que era “uma
virgem que dormia”. E mostra, para os amigos que
duvidam, a capela da defunta, que trazia como um amuleto
em volta do seu pescoço: “uma grinalda de flores
mirradas”, “murcha e seca como o crânio dela!”
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Bertram
• Depois de Solfieri, Bertram se levanta e passa a contar
como se perdera graças a uma mulher.
• Na Espanha, ele conheceu e se apaixonou por Ângela,
uma bela donzela.
• Conquistou-a e decidiu se casar com ela, mas é chamado
por seu pai e parte para a Dinamarca.
• Após dois anos, chega à casa do pai, que estava
morrendo.
• O pai morre, ele volta à Espanha e encontra Ângela casada
e com um filho.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Bertram
• Mas eles ainda se amam e Bertram passa a ter um caso
com ela.
• No entanto, o marido de Ângela descobre.
• À noite, Bertram espera ver a amada através da janela e,
quando passa por sua casa, Ângela o chama.
• Ele entra e vê o marido dela degolado e, sobre seu peito, o
filho, também morto. Ela matara a ambos.
• Os dois fogem e viajam muito.
• Ela passa a se vestir de homem, beber, fumar, montar a
cavalo e atirar. Um dia, abandona Bertram.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Bertram
• Uma noite, Bertran é atropelado por uma carruagem em
frente a um palácio. O dono do palácio, um nobre velho e
viúvo, socorre e dá abrigo a Bertram.
• Bertran desonra a única filha do nobre, uma bela jovem de
18 anos que se apaixona por ele, e foge com ela. Depois,
enjoa da moça e, numa noite de jogatina com Siegfried, o
pirata, vende a jovem para o pirata.
• Logo na primeira noite, ela envenena Siegfried e afoga-se.
• Tempos depois, na Itália, Bertram tenta o suicídio no mar,
mas é salvo por um homem e, sem querer, o mata.
• Desmaia e acorda num barco. Um comandante o acolhe.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Bertram
• À bordo, viaja a mulher do comandante, por quem Bertram
se apaixona. Os dois traem o comandante todas as noites
enquanto ele dorme.
• Alguns dias depois de um ataque pirata, o navio encalha
num banco de areia. Viajam todos, então, numa jangada no
meio do mar, quando vem uma tempestade e muitos
homens morrem.
• Pela manhã, só havia sobrado cinco pessoas: Bertram, o
comandante, sua mulher e dois marinheiros.
• O alimento e a água acabam, os dois marinheiros morrem
e eles, para sobreviver, são obrigados a “uma prática do
mar, uma lei do naufrágio – a antropafagia”, explica
Bertram.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Bertram
• Dois dias depois, os três tiram a sorte para decidir quem
morreria para alimentar os outros. O comandante é o
escolhido. Como ele suplica para não morrer, Bertram luta
com ele e o mata. Alimentam-se do cadáver por dois dias e
passam os dois outros sem comer, nem beber.
• Ela propõe que eles morram juntos, Bertram concorda,
mas com febre e faminto, Bertram mata a moça,
sufocando-a com um beijo. Porém, uma onda leva o corpo.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
• Depois de Bertram, Gennaro, o pintor, conta o que
aconteceu a ele quando tinha 18 anos e era aprendiz na
casa do mestre Godofredo Walsh.
• Godofredo já era velho, tinha uma filha de 15 anos – Laura
– do seu primeiro casamento e era casado com Nauza,
uma jovem de 20 anos.
• Gennaro apaixonou-se por Nauza e Laura apaixonou-se
por ele.
• Certa manhã, o casal sai, Gennaro ainda dorme, e Laura
entra no quarto dele.
• Ele acordou “nos braços dela”.
• Desde então, todas as manhãs, Laura ia ao seu quarto.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
• Três meses depois, Laura revela que está grávida e que
Gennaro devia casara com ela.
• Gennaro não a ama e, consequentemente, não quer se
casar com ela.
• Gennaro ainda é apaixonado por Nauza.
• Laura se cala, entristece e adoece.
• Seu pai, vendo-a morrer aos poucos, para de pintar e sofre
muito.
• Laura chama Gennaro na noite de sua morte, afirma que o
perdoa e que morreria por sua causa.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
• O velho pai fica transtornado com a morte da filha e passa
a se trancar no quarto dela todas as noites, por um ano.
• Enquanto o mestre sofre pela filha, Gennaro revela seu
amor por Nauza e passa as noites na cama do casal com a
mulher.
• Certa noite, o velho descobre a traição, leva Gennaro para
o quarto de Laura e lhe mostra uma tela.
• Era o quadro da cena final da morte de Laura, que o
mestre pintara. O quadro representava Gennaro pálido,
sem vida, ouvindo as últimas palavras da moribunda.
• Mas, no dia seguinte, o mestre não falou nada sobre o que
aconteceu, até que Gennaro percebeu que o mestre era
sonâmbulo.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
• Certa noite, o mestre convida Gennaro para sair com ele e
o leva para uma montanha, à beira de um abismo.
• Lá, pede que Gennaro espere alguns minutos, vai até uma
cabana e volta.
• Quando volta, fala que sabe que Gennaro desonrara a
filha, era responsável pela sua morte e que o traía com sua
mulher.
• Em seguida, sugere que Gennaro se jogue no
despenhadeiro antes que ele mesmo o empurre.
• Gennaro, com medo e arrependido, deixa-se empurrar pelo
velho.
• Mas,cai nas águas, é salvo por camponeses e se recupera
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
• Depois, decide procurar o mestre para pedir seu perdão.
• Mas, na ida, acha o punhal do velho e pensa em se vingar.
• Quando chega à casa de Godofredo, ela está trancada e
escura.
• Arromba a porta e vai ao quarto de Nauza.
• Há um cheiro de peste no ambiente.
• Ele vê os corpos de Nauza e de Godofredo. Entre ambos, o
copo de veneno que o mestre, como Gennaro vem a saber
depois, comprara na cabana da montanha.
• O velho matara a mulher e se suicidara.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Claudius Hermann
• Claudius está bastante bêbado, mas os amigos pedem
que conte uma história também.
• Ele conta que era um milionário devasso, viciado em
corridas de cavalo.
• Certo dia, antes das corridas começarem, ele vê uma bela
mulher passando a cavalo na frente das arquibancadas,
linda.
• Era a duquesa Eleonora. Hermann se apaixona por ela.
• Ele a segue e a contempla durante seis meses, até, que
resolve tê-la de qualquer maneira.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Claudius Hermann
• Suborna um empregado do palácio e, todas as noites,
durante um mês, coloca sonífero na bebida de Eleonora e a
possui enquanto ela dorme.
• Mas, insatisfeito, decide raptá-la. Coloca o sonífero no
copo de água ao lado da cama da duquesa. O duque Maffio
também bebe da água e ambos ficam narcotizados.
• Claudius carrega Eleonora adormecida para uma
estalagem, fora da cidade.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Claudius Hermann
• Quando ela acorda na manhã seguinte, recusa-se a se
entregar a ele, mas Claudius consegue convencê-la,
falando do seu amor, mostrando-lhe os versos que
escrevera para ela e, principalmente, argumentando que o
marido a recusaria depois do rapto, e a sociedade a
condenaria.
• Aqui, Claudius mostra aos amigos da taverna os versos
que escrevera para a duquesa. Johann lê para os outros.
• Claudius retoma o relato e conta que Eleonora decidiu
ficar com ele.
• Na taverna, Claudius desmaia de sono por causa da
bebida.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Claudius Hermann
• Os ouvintes tentam acordá-lo, mas não conseguem.
• Arnold, o louro, que até então estava dormindo, acorda e
termina a narrativa de Hermann.
• Conta que, um dia, ao entrar em sua casa, Claudius
encontrou “o leito ensopado de sangue” e, em um canto
escuro, abraçado ao cadáver de Eleonora, o corpo do
duque Maffio. Ele matara a esposa e se suicidara.
• Arnold termina a história, estende sua capa no chão da
taverna e volta a adormecer, junto com outros que ali já
dormiam.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Johann
•A história de Johann se passa em Paris.
• Certo dia, Johann estava jogando bilhar com um belo
jovem louro que se chamava Artur.
• Acreditando que o jovem tentava trapaceá-lo, briga com
ele.
• Os dois decidem travar um duelo, para tanto vão ao hotel
onde mora Artur, e este escreve uma carta para sua mãe e
mostra a Johann um anel, sugerindo que, se ele morrer,
Johann entregue tudo a alguém que ele iria revelar mais
tarde.
• Os dois brindam à amada misteriosa de Artur.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Johann
• Artur explica que o duelo seria à queima-roupa, com duas
pistolas, uma carregada e outra não. Cada um escolheria a
pistola sem saber qual estava carregada.
• Então eles vão a uma esquina deserta, fora da cidade.
• À meia-noite, Artur coloca as pistolas no chão. Eles
escolhem as pistolas, sem tocá-las.
• Artur reza por sua mãe enquanto Johann lembra-se de que
também tem uma família: a mãe, uma irmã e um irmão, que
vive com elas e protege a irmã. Apesar de sempre esquecer
dela.
• O duelo acontece. Artur cai quase morto. Johann pega o
anel e tira do bolso de Artur dois bilhetes.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Johann
• Volta à cidade e, à luz de um lampião, vê os bilhetes: um
para a mãe do rapaz, e o outro, na verdade, era para Artur.
• Ele abre e vê o bilhete assinado por “Tua G”. A mulher
misteriosa marcava um encontro com o rapaz.
• Johann, por impulso, decide ir ao encontro no lugar de
Artur.
• Quando chega ao endereço mencionado, Johann está
com o anel de Artur. No escuro, uma mão feminina encontra
a dele e o leva. Sobem as escadas e entram num aposento.
• A moça fecha a porta e se entrega a Johann, que nota que
ela era virgem.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Johann
• Passam a noite juntos e, quando Johann está saindo do
quarto, encontra um vulto à porta.
• Fica na dúvida se conhece aquela voz, mas não consegue
se lembrar de quem era.
• O vulto o segue pelas escadas e, quando chegam à porta,
o ameaça com uma faca.
• Eles lutam e Johann mata o rapaz sufocado. Ao sair,
tropeça numa lanterna e resolve ver quem era o jovem que
matara. Ergue a lâmpada e o reconhece: era seu irmão.
• Desatinado, sobe de volta para o quarto da jovem. A moça
está desmaiada. Ele carrega seu corpo até a luz e vê…
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Johann
• Aqui, na taverna, Johann pede conhaque, está trêmulo e
suando, diz que sente frio e quer beber para esquecer.
• Depois confessa: a moça que desonrara naquela noite
terrível era a sua própria irmã.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Último beijo de amor
• Depois de muita bebida, todos caem no sono, na taverna
escura.
• Já era tarde da noite, quando a porta se abre e entra uma
mulher vestida de negro.
• Ela procura alguém com a lanterna, até encontrar Arnold.
• Parece que vai beijá-lo, mas continua procurando.
• Encontra Johann, aproxima-se e o apunhá-la.
• Volta-se para Arnold e o acorda. Arnold reconhece sua
antiga namorada, e ela confirma: “- Outrora era Giorgia, a
virgem; mas hoje é Giorgia, a prostituta!”
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Último beijo de amor
• Giorgia era a “G” do conto anterior, contado por Johann
enquanto Arnold dormia.
• Artur não morrera no duelo, fora socorrido e sobrevivera.
• Adotara o nome de Arnold e vivera desesperado os últimos
cinco anos, na libertinagem, sempre desejando reencontrar
sua amada, que desaparecera.
• Giorgia se tornara prostituta.
• Ela diz que está lá para se despedir de Artur/Arnold porque
vai morrer e mostra o corpo de Johann.
NOITE NA TAVERNA – Álvares de Azevedo
Último beijo de amor
• Giorgia, então, despede-se de Artur, e mata-se com o
punhal.
• Artur apanha o punhal e se suicida. Seu corpo cai sobre o
de Giorgia e a lâmpada apaga-se.
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