Distorção do Ego em termos de Falso e Verdadeiro Self D.W.Winnicott (1960) Adriana Simão Psicóloga especialista em Psicoterapia de Orientação Analítica • No caminho do desenvolvimento emocional do bebê, a satisfação de um instinto resulta em fortalecimento do ego ou do Self Verdadeiro. • À medida em que o bebê experimenta, através de um ambiente provisional bom (a mãe), a coesão dos vários elementos sensório-motores que deve gerar um gesto espontâneo, está a indicar a existência de um Self Verdadeiro. • O Falso Self é uma estrutura defensiva que tem como função ocultar ou proteger o Self Verdadeiro de condições ambientais anormais. As repetidas falhas maternas em satisfazer o gesto do bebê ou a substituição pelo seu próprio gesto, levando à submissão, é o estágio inicial do Falso Self. • Quando a adaptação da mãe é suficientemente boa, o bebê experimenta o pleno exercício da onipotência até sua renúncia. Gradativamente o bebê reconhece o objeto externo. • Quando a adaptação da mãe não é suficientemente boa, o processo do uso de símbolo fica fragmentado. O bebê permanece isolado. Para sobreviver, é forçado à uma falsa existência. Self Verdadeiro É espontâneo É criativo Sente-se real Falso Self Sensação de irrealidade Sentimento de futilidade Graus do Falso Self 1. Oculta o VSelf: FSelf se implanta como real, é a pessoa real. as carências essenciais acabam por denunciar o falso self. 2. Defende o VSelf: ao VSelf é permitido uma vida secreta 3. Representação do FSelf: em atitudes sociais polida e amável. A análise do Falso Self 1. O FSelf organizado está associado a uma rigidez de defesas 2. O contato inicial do analista é com o FSelf do paciente 3. O analista deve estar preparado para entrar em contato com a extrema dependência que antecede à emergência do VSelf. 4. O maior progresso na área do FSelf é reconhecer a não-existência do paciente.