SABER OU NÃO SABER? EIS A QUESTÃO... SOLUÇÃO PARA
UM PROBLEMA DIDÁTICO
Milena de Melo Silva Santos**
“Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe.” Diante de tais ditados que
circulam frequentemente no ambiente escolar, percebe-se que o aluno não tem desenvolvido o
seu raciocínio autônomo e nem se interessado em adquirir conhecimento, já que, seu estudo é
apenas para tirar nota suficiente para passar de ano.
Agora, o que fazer diante dessa questão que causa tanta polêmica? De quem é a culpa?
E o que se deve fazer para que haja interesse em aprender? É, são perguntas difíceis, pois esse
assunto já tem um conceito formado por muitos indivíduos.
Durante um longo tempo, acreditou-se que seria suficiente ensinar os alunos apenas as
letras, as sílabas, as palavras, a escrita e que depois sozinhos teriam condições de ler e
escrever todos os gêneros textuais.
Hoje, sabemos que essa falta de interesse na aprendizagem autônoma se dá a partir de
uma busca incansável e imediata pela perfeição, e aqueles que não se encaixam nos
parâmetros impostos são rotulados de maneira nada agradável e essa falta de interesse em
aprender é um grande problema para o sistema educacional.
Quando se fala em educação, algo não faz sentido, já que é preciso desenvolver e
formar indivíduos autônomos, capazes de agir, pensar, ser e transformar a sociedade, mas a
sociedade do êxito educa o indivíduo para a domesticação ao impossibilitar colocar em prática
os saberes adquiridos. Agora, saber ou não saber? Aprender é fruto de esforço. Esse esforço
precisa ser a busca de uma solução, mas quando nos preocupamos em dar respostas ao invés
de fazer perguntas, desenvolvemos marionetes manipuladas pela situação, na qual o aluno
sabe o que tem que saber, ou melhor dizendo, ele sabe o que queremos ensinar e aprende da
forma que queremos ensinar, desse modo, não permitimos que ele cresça e desenvolva suas
potencialidades.
O desenvolvimento da autonomia está ligado à aprendizagem direta do aluno, significa
contribuir para a formação do indivíduo autêntico, capaz de interagir, de fazer, de sentir, de
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Artigo de opinião.
Acadêmica do 1º período do Curso de Pedagogia Matutino, do Instituto Superior de Educação da Faculdade
Alfredo Nasser, sob orientação dos professores Ms. Lílian de Castro Junqueira e Me. Newton Paulo Monteiro,
no semestre letivo 2010/2.
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ser. O estudante deve ser estimulado a querer saber, e quando não souber, procurar quem
sabe, só assim, vamos vivenciar a autonomia na aprendizagem.
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SABER OU NÃO SABER? EIS A QUESTÃO... SOLUÇÃO PARA UM