Gestão de projetos aplicados a paradas de Manutenção Industrial
julho de 2013
Gestão de projetos aplicados a paradas de Manutenção Industrial
Luciano Zorzett Cirqueira – [email protected]
MBA em Gerenciamento de Projetos de Engenharia e Arquitetura
Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG
Goiânia, GO, 04/10/2012
Resumo
A gestão de projeto aplicado á parada de manutenção na empresa influencia de forma significativa
o resultado de produção, uma vez que o cenário empresarial exige alta competitividade, e a busca
constante de melhorias em todos os aspectos de produção, bem como a inserção, no mundo
globalizado do comércio, da pequena, média e grande empresa. Com base nos levantamentos
bibliográficos, foram explorados os conceitos de gerenciamento, administração e as ferramentas
da qualidade, em busca dos fatores que contribuem para o gerenciamento da manutenção como
ferramenta importante no sucesso da empresa. O planejamento deve primar pela excelência dos
serviços realizados e pela eficiência e eficácia da execução, visto que os riscos deste tipo de serviço
são de grande responsabilidade, porém o retorno financeiro, quando os trabalhos são executados
perfeitamente, é compensador. É importante que as Empresas busquem métodos eficazes com o
intuito de maximizar o desempenho, superar a concorrência mantendo se compatível no mercado.
Serão utilizados, para tal propósito, os conhecimentos de gerenciamento de projetos descritos no
PMBOK2000 (Project Management Book of Knowledge) do PMI (Project Management Institute),
instituto que reúne as principais práticas adotadas em gerenciamento de projetos. A TPM
(Manutenção Produtiva Total) objetiva operar e implementar esse método na gestão estratégica,
evidenciando aprimorar-se à medida que adquire maior rendimento operacional.
Palavras chaves: Organização. Gerenciamento. Planejamento. Manutenção. Empresa.
1. Introdução
O presente trabalho tem o objetivo de refletir a importância do gerenciamento de projetos na
empresa com foco na Parada de Manutenção, uma vez que essas intervenções devem ocorrer em
determinados períodos de tempos pré-definidos, cuja finalidade é a realização de uma manutenção
preventiva em equipamentos ou sistemas.
A metodologia de pesquisa escolhida foi a exploratório-descritiva uma vez que o trabalho baseou
se em pesquisas previamente realizados por meio de obras importantes que trata o assunto em
questão, o que permitiu demonstrar as melhorias nos resultados de disponibilidade de
compreensão.
A questão manutenção na empresa tem fator preponderante na redução de custos, visto que esta é
considerada como atividade importante um setor de suporte a produção e consequentemente, está
interligada diretamente a todas as áreas de produção e faz parte contexto de Gestão Empresarial,
trata-se de uma área fundamental para as empresas.
Nessas premissas, as paradas de manutenção devem ser tratadas como investimento na empresa,
pois, além de manter determinado o bom funcionamento, mantém também o processo produtivo.
A prática da gestão de projetos é uma realidade fundamental em qualquer tipo de empresa. Os
resultados obtidos com a implementação são significativos e não podem ser ignorados pelas
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empresas do setor buscando identificar a real necessidade da empresa através de um plano
gradativo de desenvolvimento visto que as empresas progridem em função de suas respectivas
habilidades em promover mudanças, avanços e melhorias. A sobrevivência e prosperidade das
empresas dependem da qualidade da condução dos seus projetos. Mais do que isso, o sucesso
no mundo dos negócios depende de profissionais fortemente qualificados na condução destes
projetos, para aumentar a probabilidade de se produzir bons resultados. (NETTO, 2005:52)
Para que a empresa continue competitiva no mercado é necessário que todos os setores estejam
focados no objetivo da empresa e trabalhem para que o mesmo venha a ser realizado. Para que isso
ocorra é necessário que o setor de manutenção tenha um gerenciamento estruturado a partir de um
conjunto de práticas de manutenção bem definidas, sólidas e disseminadas por todo o setor,
assegurando os resultados e metas para sobrevivência da empresa.
Uma manutenção gerenciada adequadamente contribuirá para qualidade e produtividade do
produto, minimizará custos de produção, terá controle total e será mais ágil nos processos
industriais garantindo uma vantagem competitiva para a empresa, sobre os concorrentes.
Em relação à manutenção industrial, esta torna se uma ferramenta tão importante quanto outras
áreas industriais, bem como torna o relevante quanto a logística, qualidade, manufatura ou
engenharia.
Considera se que a boa manutenção industrial contribui da mesma forma para a produtividade e a
qualidade industrial, sendo vital para garantir o sucesso produtivo favorecendo a empresa. Portanto
é importante fazer um bom planejamento de manutenção na empresa, pois o mesmo vai gerar
produtividade e, consequentemente, lucratividade.
Devido ao aumento da disponibilidade dos equipamentos, as ações preventivas podem
favorecer paradas imprevistas, garantindo assim a produtividade em índices mais elevados.
Além disso, as organizações têm se dedicado intensivamente às suas atividades fins, deixando
as atividades meio, como manutenção, para as empresas e profissionais especializados. O
objetivo da Gestão de Paradas. Estas buscam assegurar que o processo de planejamento siga
um modelo estruturado no qual os riscos de cada etapa, que envolve recursos humanos e
materiais, sejam avaliados e validados. (BRANCO FILHO, 2008: 58)
Nesta premissa é importante ressaltar que a função da parada de manutenção deve estar ligada à
missão da organização, para que possa ser abordada de uma forma geral, caracterizando como
fator responsável pelo funcionamento das instalações, dentro de condições que garantam,
basicamente, a qualidade dos produtos finais e a produtividade dos processos.
De forma geral, manutenção nada mais é que qualquer técnica que visa manter e/ou prolongar o
bom funcionamento de equipamentos, ferramentas e estrutura pelo maior tempo possível
Na atual conjuntura, a concorrência entre as empresas se torna cada vez mais acirrada. Portanto,
percebe-se a importância de ter um fluxo de trabalho produtivo eficaz. Nessa perspectiva a visão,
da manutenção torna se um dos fatores de fundamental importância para a sobrevivência de uma
organização, garantindo o prolongamento da vida útil de equipamentos, estrutura, ferramentas e até
mesmo pessoas.
Na fase de planejamento as informações e os dados são processados e organizados para formar um
macro planejamento o qual fornece a dimensão da parada. É nessa fase que tem de ser iniciado o
planejamento de SMS e o detalhamento das manobras operacionais, buscando o reconhecimento
dos riscos, a análise e a identificação das medidas de controle para os riscos evidenciados, bem
como os planos de contingências para o evento.
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A evolução do macro planejamento para o micro detalhado permite a consolidação dos diversos
planejamentos. São confirmados os prazos e os custos previstos e iniciada a contratação para
execução dos diversos serviços, bem como das atividades meio que darão suporte a execução da
parada, tais como os serviços de infraestrutura.
A fase de execução da pré-parada pode ser vista como aquela onde é feita: a verificação final das
ações previstas no planejamento de parada; com a finalidade de propor meios para execução dos
serviços, que estão previstos na parada;
A etapa denominada parada pode ser entendida como a realização do evento em toda a sua
plenitude, entretanto requer um grande envolvimento de toda a equipe, para que os objetivos
traçados e o resultado desejado sejam alcançados. Portanto necessita de acompanhamento
constante, o que permite o redirecionamento de ações ou redimensionamento dos recursos, caso seja
necessário. Além de uma parceria muito estreita entre os segmentos de operação, manutenção e
engenharia, que tem de ser comprometidos, para que os valores de SMS, prazos, custos e a
qualidade desejada dos serviços sejam alcançados, o que permitirá o retorno do processo produtivo.
A pós-parada é aquela que ocorre após as fases de condicionamento e partida e consequentemente
do retorno produtivo
O nível da organização da manutenção reflete as particularidades do estágio de desenvolvimento
industrial de um país, a partir do momento em que começa a ocorrer o envelhecimento dos
equipamentos e instalações, surge a necessidade de uma racionalização das técnicas e dos
procedimentos de manutenção.
2. Figuras
Planejar
(Plan)
Executar
(Do)
Agir
(Action)
Verificar
(Check)
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Figura 1: Fases do Projeto PDCA
Fonte: Cavalieri (2008)
Manutenção Industrial
Manutenção Corretiva
Manutenção Preventiva
Manutenção baseada em
inspeções do estado das
máquinas
Manutenção Rotineira
Manutenção baseada em
confiabilidade (RCMReability Centred)
Figura 2 – Gerenciamento de manutenção
Fonte: Dados produzidos por Cavalieri (2008)
MANUTENÇÃO EMPRESARIAL
Tipos
Preditiva
Ações
- Troca de acordo com
a vida útil prevista pelo
fabricante
Vantagens
- Mantém a equipe com moral elevado;
- Redução de acidentes
- Equipamentos sempre funcionando
- Melhoria da produtividade
- Serviço técnico mais barato,
negociação com antecedência
- Maior valor de revenda
Desvantagens
- Possui alto custo se olharmos
somente pelo lado do custo da
peça
- Baixo risco de acidentes
Preventiva
- Troca de acordo com
a vida útil real do
equipamento
- Registra histórico de
manutenção
- Mantém a equipe com moral elevado;
- Redução de acidentes;
- Equipamentos sempre funcionando;
- Melhoria da produtividade;
- Serviço técnico mais barato,
negociação com antecedência;
- Maior valor de revenda
- Exige maior atenção
- Baixo risco de acidentes
Corretiva
- Troca quando quebra;
- Nenhuma
- Baixa produtividade;
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- Não tem registro
histórico
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- Elevados custos com serviços
de urgência;
- Elevado risco de acidentes.
Tabela 1 – Tipos de manutenção empresarial ressaltando vantagens e desvantagens
Fonte : Netto 2002
3. Revisão de Literatura
3.1 Organização , planejamento, programação e controle da manutenção
O plano de manutenção é o desenvolvimento das regras e normas para a realização da manutenção.
Etapas que devem ser estudadas com cuidado por gerentes e líderes de produção, pois o plano
tende a modificar diretamente a produção da gráfica.
É preciso pontuar algumas questões ao desenvolvê-lo tais como:
- Identificar o responsável pelo controle administrativo do projeto. Geralmente, ele fica a cargo dos
líderes de produção, representante da manutenção .
- Registrar e especificar os equipamentos/estruturas que farão parte do plano de manutenção e
quais são suas especificações técnicas.
- Observar o fluxo produtivo da empresa e como o plano de manutenção vai afetá-lo.
- Programar o tempo disponível para a manutenção.
- Verificar a necessidade de treinamento para os fun-cio-ná-rios envolvidos direta e indiretamente
na execução do plano.
- Criar suporte à documentação: toda atividade relacionada com a manutenção deve ser
documentada, sobretudo para que questões como quem, quando, como e por que sejam respondidas.
- Suporte à integração: é importante que os setores que acabam sendo envolvidos com o plano de
manutenção tenham acesso às informações das atividades feitas pela manutenção, promovendo uma
interação com os demais departamentos da empresa.
- Garantia da qualidade: periódica é analisada a característica dos impressos, sendo levantadas
informações de quais problemas foram ocasionados por motivos mecânicos e como fazer para que
não se repitam.
- Análise de defeitos nos impressos que possam ter sido causados por problemas mecânicos e
identificação de ações para evitar que os defeitos se repitam.
- Testes: análise de relatórios de manutenção para verificar
Diante destes princípios, é importante destacar que a falta de uma manutenção planejada de
máquinas também provoca problemas de qualidade e a diminuição da velocidade das máquinas.
Mas antes de criar um plano de manutenção é preciso entender por que os equipamentos quebram.
É natural que as máquinas se desgastem com o tempo.
Alguns fatores, como esforço adicional e sobrecarga em componentes elétricos, tendem a
aumentar esse desgaste, tornando a depreciação do equipamento mais precoce do que o
estimado. Quando analisamos esses problemas, podemos concluir que os principais motivos
para chegarmos nessas condições são a falta de lubrificação adequada, sujeira, poeira,
impurezas, filtros deficientes, sistemas de troca de calor e de resfriamento deficientes e
operação incorreta da máquina e ferramentas em más condições de uso. (CAVALIERI,
2008:110)
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Essas ocorrências tornam fundamentais as ações de prevenção no sentido de fazer com que os
problemas tornem se menos frequentes. Por isso a elaboração, execução e documentação de um
plano de manutenção se torna importante para uma organização. Com relação à operação incorreta,
a melhor solução é o treinamento dos operadores. É importante que a empresa elabore rotinas e
procedimentos de operação da máquina e destaque os cuidados que deve haver com relação aos
ajustes de máquina, lubrificação e limpeza, entre outros fatores que colaboram com o
desenvolvimento satisfatório da empresa.
Deve se reservar um tempo para elaboração e revisão do plano de manutenção, bem como formar
uma equipe responsável pela aplicação direta do projeto, dentre eles mecânicos, operadores entre
outras pessoas envolvidas.
A equipe de manutenção deve estar diretamente conectada com os setores gerenciais da
empresa, informando as atividades que estão sendo ou serão feitas nos equipamentos para
que haja a troca de informações entre os setores. Ela também deve ser treinada para efe-tuar
as atividades que serão desenvolvidas para que não haja problemas durante a manutenção
por falta de conhecimento da mesma. (JONES, 1983: 30)
Sendo assim, o autor destaca que esta equipe deve dispor de todos os equipamentos necessários
para a atividade e esses devem estar em perfeita ordem e calibrados para serem utilizados,
garantindo um menor tempo e eficiência na execução das operações realizadas. Portanto é
importante que o projeto contemple um planejamento que possa englobar todas as ações pertinentes.
Para Limmer (1997:63) “Gerenciar um projeto é assegurar também que o mesmo seja planejado em
todas as suas fases, emitindo, através de mecanismos de controle, uma vigilância contínua”, diante
dessa afirmação, pode-se perceber onde os impactos de prazos e/ou custos devem ser analisados e
projetados para um horizonte de curtos e médios prazos, possibilitando antecipar decisões
gerenciais que garantam a execução do projeto no curso desejado.
Cada vez mais exigida no mercado atual, o Gerenciamento de Projetos é uma atividade que envolve
a utilização de técnicas visando a clareza, a objetividade e a qualidade na sua execução.
Torna se nescessário que cada empresa adote práticas estabelecidas pelo Project Management Body
of Knowledge - PMBOK). Utilizando este procedimento, os profissionais desenvolverão suas
atividades de forma organizada, fazendo com que sejam reconhecidos através da sua determinação.
A gestão de projeto aplicado a Parada de manutenção busca garantir os resultados esperados,
ressaltando a importância da função planejamento nas diversas fases de uma parada programada,
evidenciando bem como ao planejamento da parada geral de manutenção, permitindo desse modo,
a operacionalização dos serviços, de modo seguro.
Conforme preceitua Theobald e Lima (2006) a “implementação de ações que visam à melhoria do
rendimento humano tem sido considerada fundamental para o desempenho das organizações que
buscam a excelência, como forma de obtenção da sustentabilidade dos negócios”. Igualmente a
implementação do referido planejamento, dentro do cronograma previsto, tende a propiciar um
clima organizacional favorável para a realização do evento.
No planejamento desses eventos em unidades de produção de processo contínuo, uma das principais
razões para valorização da estratégia operacional são os impactos técnico e econômico a serem
gerados pelo aumento do consumo de insumos, decorrente da perda de eficiência do processo pela
queda do desempenho operacional de equipamentos, a partir do não tratamento estratégico
adequado às intervenções de manutenção durante a parada.
No panorama das empresas de hoje, existem muitas estruturas de manutenção que podem ser
influenciadas pela área de negócio da empresa, sua localização geográfica entre outros que
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possibilitam a facilidades de contratação, compra de peças e até mesmo pela diretriz organizacional
da mesma. Porém existe um conjunto mínimo de atividades que todos os órgãos de manutenção
desempenham. Numa análise preliminar deste conjunto de atividades, podemos identificar possíveis
blocos de atuação: Execução; englobando as atividades de manutenção de instalações industriais,
oficina de apoio, manutenção de outros tipos de equipamentos tais como telecomunicações e
limpeza da área industrial.
A Organização da Manutenção de qualquer empresa deve estar voltada para a gerência e a
solução dos problemas na produção, de modo que a empresa seja competitiva no mercado.
A organização da manutenção depende da definição dos objetivos, dos princípios e da
filosofia a ser adotada em função das atividades que serão executadas pela manutenção.
(KEELING, 2002: 69)
Nessa afirmação o autor esclarece que organização da manutenção depende da definição dos
objetivos, dos princípios e da filosofia a ser adotada em função das atividades que serão executadas
pela manutenção e deve estar voltada para a gerência e a solução dos problemas na produção, de
modo que a empresa seja competitiva no mercado.
A função Planejamento deve ser dinâmica, para que o objetivo possa corresponder
exatamente ao planejado inicialmente, pois os rendimentos considerados nas tarefas são
estimados, e frequentemente ocorrem imprevistos, variando o volume de serviços e também
ocorrendo retrabalhos. Portanto, a evolução da obra deve considerar estas ocorrências
através de retorno de informações ao planejador pelos executantes e ou supervisores de
modo que esta interação resulte uma via de duas mãos entre o planejamento e a execução.
(XAVIER, 2009: 96)
A Programação é a maneira pela qual a informação do planejamento conduz as ações, tais como
descrição dos serviços, durações, datas e horas de inicio e término previstos e recursos necessários,
ferramentas, procedimentos, percentual de avanço etc., são passadas para as equipes de execução
incluindo todos os interessados tais como supervisores, segurança, operação, inspeção e
coordenadores etc., podendo ser diária, semanal ou até mensais dependendo das características.
Segundo o PMBOK (2000), projeto é um “empreendimento temporário com o objetivo de criar um
produto ou serviço único”. Temporário significa que cada projeto possui início e fim bem definidos.
É importante identificar alguns elementos que devem estar presentes em um modelo de gestão da
manutenção apropriado para garantir o sucesso empresarial. Por essa ferramenta, uma operação
deve ser compreendida, formando um ciclo contínuo de aperfeiçoamento.
No entender de Chaves (2006: 52), “é necessário obter informações precisas de quando o de inicio
e custos e principalmente qual o produto e subprodutos serão gerados” . Desta forma, se acontecer
uma descrição errada do produto, ou se no planejamento do escopo não estiver claro o que está
dentro e fora do escopo, o projeto pode não ter fim”.
Para isto, além de aplicar todas as técnicas e habilidade de planejamento de escopo, também é
interessante a obtenção de uma ajuda da área de comunicação, pois é necessário adquirir
informações de pessoas especializadas no desenvolvimento do produto.
Conforme Xavier:
Basicamente, as atividades de manutenção existem para evitar a degradação dos
equipamentos e instalações causada pelo seu desgaste natural e pelo uso e ou para recuperar
a boa funcionalidade e confiabilidade dos equipamentos. Esta degradação se manifesta de
diversas formas, desde a aparência externa ruim dos equipamentos até perdas de
desempenho e paradas da produção, até a fabricação de produtos de má qualidade e a
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poluição ambiental. (XAVIER, 2009: 55)
É preciso primeiro pensar na função manutenção dentro do fluxo produtivo para depois se alocar
tarefas e responsabilidades a pessoas ou órgãos de uma empresa.
Para aumentar a disponibilidade de um equipamento é preciso aumentar a confiabilidade ou
reduzir o tempo médio de reparo, ou os dois, simultaneamente. Essa redução depende da
manutenibilidade, da capacitação profissional de quem faz a intervenção e da característica
de organização e planejamento da manutenção (PINTO, 2001:103).
As ações de planejamento não poderão deixar de considerar alguns aspectos, como demanda
potencial, variedade de produtos, capacidade instalada, capabilidade, confiabilidade,
disponibilidade, entre outros. Um evento de Parada de Manutenção deve ser visto como um projeto
específico, preparatório para a próxima campanha da unidade industrial, com seus resultados
potencializando a eficácia operacional, de acordo estratégia adotada para o período.
Segundo Vendrame (2005: 58), “as paradas programadas de plantas industriais, principalmente
aquelas de grande porte, são eventos marcantes em uma unidade industrial”.
O TPM, ou Manutenção Produtiva Total, tem como objetivo aumentar consideravelmente a
produtividade e, ao mesmo tempo, a moral dos Colaboradores e sua satisfação no trabalho, pois
coloca ênfase na manutenção como parte vital dos negócios, porque é considerada como atividade
com fins lucrativos.
Xavier (2009:180) ressalta que planejamento da manutenção executa as seguintes atividades:
a) Detalhamento dos serviços: nesta fase são definidas as principais tarefas, os recursos
necessários e o tempo de execução;
b) Micro detalhamento dos serviços: nesta fase são incluídas ferramentas e máquinas de elevação
ou carga que podem se constituir em gargalos ou caminhos críticos na cadeia de programação:
c) Orçamento dos Serviços: nesta fase se definem os custos dos recursos humanos, hora/máquina
e de materiais para a execução do serviço;
d) Facilitação dos serviços: consiste na análise prévia dos orçamentos e aprovação dos custos do
serviço a ser executado. Garante o suporte, durante as fases de planejamento tais como: preparação,
execução e desmobilização das paradas de manutenção.
Com esse proposito a possibilidade dos serviços associado ao planejamento organizado faz previsão
das ações no tempo requerido; otimização do escopo de pré-parada, parada e pós-parada;
prevenindo o controle eficiente da execução; para elevar a produtividade dos serviços e garantia do
controle de qualidade.
Para obtenção de um bom resultado da parada faz-se necessário elevar a integração das equipes bem
como elevar o índice de previsibilidade dos serviços associado a um planejamento organizado
realizando ações no tempo requerido, evidenciando a otimização do escopo dos diferentes
momentos definidos como: pré-parada, parada e pós-parada.
Gerando assim, o controle eficiente da execução, com promoção de elevada produtividade dos
serviços, busca assegurar a garantia do controle de qualidade em favor dos serviços durante a
parada.
Cavalieri (2008:48-49) cita uma variedade de denominações para classificar a atuação da
manutenção, porém as práticas básicas definem os tipos principais de manutenção, conforme os
conceitos abaixo:
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a) Manutenção corretiva: Melhora equipamentos e seus componentes, de forma que a manutenção
preventiva possa ser executada de forma confiável. Equipamentos com problemas de projeto devem
ser planejadas para melhorar a confiabilidade ou melhorar sua manutenção
b) Manutenção corretiva planejada é a correção do desempenho menor que o esperado ou da falha,
por decisão gerencial, isto é, pela atuação em função do acompanhamento da manutenção preditiva
ou pela decisão de operar até a quebra da máquina. A decisão da adoção da política de manutenção
corretiva planejada pode advir de vários fatores, tais como: negociação de paradas de produção,
aspectos ligados à segurança dos funcionários, melhores planejamentos dos serviços, garantia de
ferramentais e peças.
c) Manutenção preventiva é a atuação realizada de forma a reduzir ou evitar a falha ou quebra no
desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado, baseado em intervalos definidos de
tempo, ou seja, o setor de Planejamento elabora planos de manutenção baseados nos tempos dos
equipamentos definidos pelos fabricantes; com isto consegue antecipar as falhas que possam vir a
ocorrer nos equipamentos. Assim, este tipo de manutenção caracteriza-se pela busca sistemática e
obstinada para evitar a ocorrência de falhas, procurando prevenir, mantendo um controle contínuo
sobre os equipamentos, efetuando operações julgadas convenientes.
d) Manutenção preditiva: trata-se de um método no qual a vida útil de peças importantes é prevista
com base em inspeção ou diagnóstico, a fim de usar as peças até o limite de sua vida útil.
Comparada à manutenção periódica, a manutenção preditiva é uma manutenção baseada em
condição Assim, baseia se no acompanhamento das inspeções” . Para adoção da política de
manutenção preditiva devem-se levar em consideração fatores, tais como: segurança, custos e
disponibilidade dos equipamentos.
e) Manutenção detectiva é a atuação efetuada em sistemas de proteção buscando detectar falhas
ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção, esta forma de manutenção
caracteriza-se por detectar correção das falhas, mantendo o sistema operando. Sua importância
cresce a cada dia, em virtude da maior automação das plantas e utilização de microprocessadores.
f) Engenharia de manutenção é deixar de ficar consertando continuadamente, para procurar as
causas básicas, modificar situações permanentes de mau desempenho, deixar de conviver com
problemas crônicos, melhorar padrões e sistemáticas, desenvolver a manutenibilidade, interferir
tecnicamente nas compras. A engenharia de manutenção caracteriza-se pela utilização de dados
para análise, estudos e melhorias nos padrões de operações e manutenção dos equipamentos, por
meio de técnicas modernas, vencendo assim um obstáculo na cultura sedimentada das pessoas.
Conforme Kardec cita no Documento Nacional ABRAMAN (2005), os recursos de manutenção são
distribuídos da seguinte forma:
- 31,8% em manutenção corretiva;
- 38,3 % em manutenção preventiva;
- 16,2 % em manutenção preditiva;
- 13,5 % em manutenções de outros tipos (melhorias, detectiva)
O PMBOK define três processos associados ao Gerenciamento da Qualidade, e estes “incluem
todas as atividades da organização executora que determinam as responsabilidades, os objetivos e as
políticas de qualidade, de modo que o projeto atenda às necessidades que motivaram sua
realização,. São eles:
- Planejamento da qualidade – identificação dos padrões de qualidade relevantes para o projeto e
determinação de como satisfazê-los. Determinar qual vai ser a qualidade do projeto e como será
medida. Ocorre durante o Planejamento.
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- Realizar a garantia da qualidade – aplicação das atividades de qualidade planejadas e sistemáticas
para garantir que o projeto emprega todos os processos necessários para atender aos requisitos.
Determinar se suas medidas de qualidade ainda são apropriadas. Ocorre durante a execução
- Realizar o controle da qualidade – monitoramento de resultados específicos do projeto a fim de
determinar se eles estão de acordo com os padrões relevantes de qualidade e identificação de
maneiras de eliminar as causas de um desempenho insatisfatório. Efetuar a medição e comparar
com o Plano de Gerenciamento de Qualidade.
O gerente de projetos deve ter a capacidade de coordenar a equipe a todo tempo, mesmo não sendo
possível estar em todos os lugares ao mesmo tempo, até mesmo porque seria humanamente
impossível, mas ele tem que manter presença e contato com o time ao longo do projeto atento a
tudo o que ocorre, sendo capaz de ser informado e informar as decisões que afetam os envolvidos
no projeto. O gerente de projeto é a junção, o ponto de ligação que mantém todos os elementos do
projeto integrados. Sem essa integração, todo o andamento do projeto fica comprometido. Um
grande número de boas ideias as quais podem ser perdidas em função da dificuldade de administrar
relacionamentos.
3.2 Estabilidade de escopo
Segundo o PMI (PMBOK), a definição e o gerenciamento do escopo do projeto influencia o
sucesso total do projeto. Cada projeto exige um balanceamento cuidadoso de ferramentas, fontes de
dados, metodologias, processos e procedimentos, e de outros fatores, para garantir que o esforço
gasto nas atividades de determinação do escopo esteja de acordo com o tamanho, complexidade e
importância do projeto.
O adequado gerenciamento do escopo minimiza mudanças quando as mesmas são necessárias ou
inevitáveis, mitigando os seus efeitos negativos afetam o desempenho de uma parada de
manutenção. Ainda segundo o PMBOK (2000) o controle do escopo do projeto trata de influenciar
os fatores que criam mudanças no escopo do projeto e de controlar o impacto dessas
mudanças, bem como garante que todas as mudanças solicitadas e ações corretivas recomendadas
sejam processadas por meio do processo de controle integrado de mudanças do projeto. O controle
do escopo do projeto também é usado para gerenciar as mudanças no momento em que
efetivamente ocorrem e é integrado a outros processos de controle.
Conforme explica SOUZA (2000:69), “o trabalho de manutenção em paradas é significativamente
diferenciado do trabalho de manutenção permanente ou realizado em condições normais”.
Trata-se de um trabalho concentrado, levado a cabo por um elevado contingente de trabalhadores de
diferentes empresas terceirizadas, contratado para a realização de atividades específicas durante um
período de tempo previamente delimitado.
Este mesmo autor acrescenta que um dos principais fatores está no grande número de operações
simultâneas que ocorrem em um espaço físico reduzido, o que propicia a exposição dos
trabalhadores aos riscos e agentes relacionados às diversas outras atividades realizadas à sua volta,
além daqueles referentes à sua própria. Portanto, é importante avaliar como esta grande
concentração de serviços e o desempenho de segurança, definindo as medidas preventivas as quais
podem ser tomadas para que se estabeleçam padrões aceitáveis de segurança.
Em relação ao planejamento de riscos, é importante salientar que para a redução do risco faz se
necessário aplicar planos de inspeção diferenciados para cada equipamento. Verifica-se também que
a efetividade destes planos pode aumentar com um levantamento mais preciso dos riscos
individuais dos equipamentos, criando inclusive padronizações para esta atividade. Com isto
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procura-se intensificar os gastos com manutenção onde o risco é alto, e diminuí-los onde o risco é
baixo. O intuito do gerenciamento do cumprimento dos objetivos é garantir a qualidade evitando
riscos e aumentando a confiabilidade dos serviços em todos segmentos.
A norma NBR ISO 9001:2000 para os sistemas de gestão da qualidade sugere a aplicação da
metodologia PDCA para todos os processos. Segundo a International Organization for
Standardization (ISO), esta metodologia pode ser descrita como:
a) Plan (planejar): estabelecer os objetivos e processos necessários para fornecer resultados de
acordo com os requisitos do cliente e políticas da organização.
b) Do (fazer): programar os processos.
c) Check (verificar): monitorar e medir processos e produtos em relação às políticas, aos objetivos e
aos requisitos para o produto e relatar os resultados.
d) Act (agir): executar ações para promover continuamente a melhoria contínua do desempenho do
processo.
O ciclo PDCA é um método gerencial para a promoção da melhoria contínua e reflete, em suas
quatro fases, a base da filosofia do melhoramento contínuo, praticando-as de forma ininterrupta,
acaba-se por promover a melhoria continua o que favorece a qualidade dos serviços prestados à
empresa em prol de uma organização em que o sucesso a política empresarial é definida em torno
da qualidade em todos aspectos .
4. Conclusão
A parada de manutenção é um evento crítico, e a sua operacionalização deve ser composta por
diversas atividades: de natureza operacional, que vai permitir a liberação e execução dos serviços
propostos de engenharia para execução dos novos projetos; atividades de manutenção realizadas por
mão-de-obra especializada em mecânica, elétrica, instrumentação, ou serviços complementares.
Assim, a parada programada na empresa torna –se uma ferramenta necessária para a obtenção da
possibilidade de sucesso na execução dos trabalhos desenvolvidos com foco no bom
desenvolvimento empresarial, o qual estabelece uma assistência de alta performance focada
basicamente em segurança das pessoas,na lucratividade , entre outros fatores economicos tais como
: custo competitivo, confiabilidade e sucesso da empresa .Um bom gerenciamento de projeto
executado, influencia diretamente na produçao dos custos de execução e no prazo de entrega, seja
na diminuição dos riscos existentes ou no aumento da confiabilidade dos serviços prestados. Faz se
necessario refletir que as empresas progridem em função de suas respectivas habilidades em
promover mudanças, avanços e melhorias. Pois a sobrevivência e prosperidade da empresa
dependem da qualidade da condução dos seus projetos. Mais do que isso, o sucesso no mundo dos
negócios depende de profissionais fortemente qualificados na condução destes projetos, para
aumentar a probabilidade de se produzir bons resultados. O projeto de manutenção para ser bem
sucedido, tem comno ponto importante à conscientização dos profissionais envolvidos. Eles são as
principais ferramentas para o sucesso de um projeto como esse. Faz se necessário que o funcionário
entenda seu papel na organização e no projeto, que a sua colaboração trará benefícios não só para a
empresa, mas também para si próprio, que o conhecimento que ele obterá no decorrer do processo
poderá lhe trazer vantagens no futuro. Outro fator significativo é realizar a avaliação regular do
desempenho do projeto para que possa gerar confiança no sucesso e alcançar os padrões esperados
de qualidade observando e fazendo a monitoração dos resultados
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
Gestão de projetos aplicados a paradas de Manutenção Industrial
julho de 2013
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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 5ª Edição nº 005 Vol.01/2013 – julho/2013
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