TEORIA LACANIANA DA ARTE,
APORTAÇÕES EM TORNO DA PINTURA E DO TEATRO
Marcio Pizarro Noronha – [email protected]; [email protected] / http://marciopizarro.wordpress.com
CAJ – UFG / EMAC - PPG MÚSICA / FCHF - PPG HISTÓRIA
Introdução
É um estudo particularizado de um corpus teórico - lacaniano no que diz respeito ao conceito de Arte. Neste sentido,
garante-se e aponta-se para uma articulação entre a imagem,
as formações inconscientes, as questões do corpo e
determinados conjuntos de poéticas artísticas – privilegiando
os interesses de Lacan por conta da pintura (o espelho e o
quadro) e o teatro (operação da catarse). Identificamos ainda
as repetidas e variadas imagens do corpo num determinado
suporte visual (pintura), enunciando uma teoria do modo como
o corpo foi tratado e o que ele se tornou visualmente para nós.
Objetivo
Relatar e desenvolver os principais aspectos das teses
lacanianas, numa teoria não-sistêmica da arte.
Abordar a pintura e o teatro como modelos para uma reflexão
em torno do inconsciente.
Resultados parciais ou finais
O trabalho resultou em pesquisa de fontes bibliográficas em
torno dos textos originais de Lacan (e de seus retornos a
Freud) e no deslocamento na direção de autores consagrados
enquanto intérpretes das problemáticas de uma estética no
âmbito da psicanálise. Neste sentido, no artigo apresentado,
privilegia-se abordar o conceito do Vazio, cruzando as leituras
de Lacan, Quinet e Regnault.
Justificativa
A importância dos estudos e das contribuições da psicanálise,
freudiano-lacaniana para uma teoria da arte, da imagem, da
mimese e da catarse.
Conclusões
Para Lacan, a arte acontece em torno do vazio, é uma organização que se faz à volta do vazio.
Na pintura, o vazio aparece seguido da anamorfose. No teatro, o espaço mesmo do teatro é o do vazio – o teatro faz aparecer o vazio dentro
do seu espaço de funcionamento. N’Os Embaixadores e em As meninas, a representação da Coisa realiza uma transformação topológica e
desloca a própria representação. No teatro, a cena produz um lugar para que o vazio se exiba. Eis os motes: “veja isto!” e “me veja!”. (LACAN,
1988; QUINET, 2002; REGNAULT, 2001)
Lacan
Os Embaixadores - Holbein
anamorfose
Antígona - gravura
As meninas - Velasquez
Antígona – ensaio de espetáculo
Ao final, estaremos tratando da eternidade do que temos como sendo a arte. Diferentemente das abordagens culturalistas e interpretativas
(das hermenêuticas), esta história é a história de deslocamentos que impedem que a repetição se afaste.
De Lacan até chegar a seus posteriores, a problemática é a da repetição e a da qualidade da diferença em torno da repetição. Eis do que
falamos quando estamos pensando em nossas questões acerca da Arte.
Referências bibliográficas
LACAN, Jacques. O seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise (1964). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
QUINET, Antonio. Um olhar a mais: ver e ser visto na psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
REGNAULT, François. Em torno do vazio: a arte à luz da psicanálise. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2001.
Palavras-chave: “espelho-quadro-pintura” – teatro – Jacques Lacan.
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