Doenças Anorretais Dr. Joaquim Martins Spadoni Faculdade de Medicina-UNIC Clínica Cirúrgica - 4º ano DOENÇAS ANORRETAIS • Hemorróidas • Fissura Anal • Abscessos e Fístulas Anais • Criptite e Papilite • Prolapso Retal • Incontinência Anal ANATOMIA ANORRETAL HEMORRÓIDAS • INTRODUÇÃO: – INTERNAS – EXTERNAS – MISTAS HEMORRÓIDAS EXTERNA INTERNA ETIOPATOGENIA • • • • • Hereditariedade Posição ereta do homem Ausência de Válvulas Hábitos Intestinais Causas Hormonais HEMORROIDAS • SINTOMAS E SINAIS: – Paciente pode ser assintomático • Sintomas INTERNAS: – SANGRAMENTO – vermelho-vivo, usualmente não se mistura com as fezes; intensidade variável. – PROLAPSO HEMORRÓIDAS – PROLAPSO • 1º GRAU- não há prolapso • 2º GRAU- prolapsam mas se reduzem espontaneamente • 3º GRAU- prolapsam mas são reduzidas manualmente • 4º GRAU- o prolapso é permanente. HEMORRÓIDAS • EXTERNAS – DOR - que não se agrava durante as evacuações. • MISTAS – todos os sintomas são possíveis. HEMORROIDAS • DIAGNÓSTICO – Anamnese – Inspeção – Toque Retal – Anuscopia/ Retosigmoidoscopia/ Colonoscopia – Clister Opaco COMPLICAÇÕES • Trombose Hemorroidária • Anemia • Abscessos Hepáticos HEMORROIDAS • TRATAMENTO: • CLÍNICO • CIRÚRGICO CONSERVADOR Esclerose Ligadura Elástica Esfincterotomia Interna Criocirurgia Dilatação Anal Coagulação por Infravermelho Raios Laser TRATAMENTO • CIRÚRGICO RADICAL : – Método Aberto/ Milligan-Morgan – Método Fechado/ Ferguson MAMILOS HEMORROIDÁRIOS HEMORROIDECTOMIA COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO CIRÚRGICO • • • • • • Retenção Urinária Hemorragia Imediata ou Tardia Infecção Estenose Anal Pós-Cirúrgica Fecaloma Fissura Fissura Anal FISSURA ANAL • INTRODUÇÃO – Solução de continuidade da pele anal. – Linha Média Posterior em 74% dos casos – Homem/ Mulher ETIOPATOGENIA • A etiologia é provavelmente traumática – Fissura Aguda – Fissura Crônica ou Úlcera Anal FISSURAS ANAIS FISSURAS ANAIS DIAGNÓSTICO – DOR INTENSA À DEFECAÇÃO – SANGRAMENTO – VISÍVEL À INSPEÇÃO. PLICOMA SENTINELA? – TOQUE RETAL – RETOSIGMOIDOSCOPIA SOB ANESTESIA TRATAMENTO • • CLÍNICO: – Aumentar bolo fecal, pomadas, banhos. CIRÚRGICO: – Dilatação Anal – Fissurectomia e Esfincterotomia Posterior – Esfincterotomia Lateral. COMPLICAÇÕES – Recidiva – Infecção – Incontinência Anal Abscessos e Fístulas Anais ABSCESSOS E FISTULAS ANAIS • INTRODUÇÃO: • Uma só entidade clínica. O abscesso é a fase aguda. – Fístula: comunicação anômala entre duas superfícies epiteliais – Orifício interno/ Orifício externo/Fundo cego. ETIOPATOGENIA Infecção de glândulas anais, cujos ductos se originam nas Criptas Anais ou de Morgagni. CLASSIFICAÇÃO – INTERESFINCTERIANOS-70% – TRANSESFINCTERIANOS – EXTRAESFINCTERIANOS • REGRA DE GOODSALL-SALMON: – Quando o orifício externo se localiza na parte anterior do anus o trajeto da fístula é radial e direto ao orifício interno; quando o orifício externo for de localização posterior ao ânus, o trajeto da fístula será curvilíneo até o orifício interno que sempre se localizará na linha média posterior do anus. REGRA DE GOODSALL-SALMON CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO – Abscessos superficiais e profundos • Dor, calor, rubor, edema, flutuação – Fístulas drenam contínua ou intermitentemente • Nódulo perianal/ irritação perineal • Palpa-se o conduto fibroso e nódulo interno – Retosigmoidoscopia é mandatória • Doença de Crohn, Hidradenite, Tbc, Neoplasias TRATAMENTO – Abscessos - drenagem/ fistulectomia imediata? – Fístulas- cateterização e abertura do trajeto fistuloso – Seton, Colostomias ABSCESSOS E DRENAGEM TÉCNICA DO SETON COMPLICAÇÃO • Incontinência Anal. Criptites e Papilites CRIPTITE E PAPILITE – CRIPTAS ANAIS: são pequenas depressões onde desembocam os ductos das glândulas anais. – PAPILAS ANAIS: são projeções cônicas próximas as criptas anais e que dão o aspecto serreado à transição anorretal-linha pectínea. PAPILITE ETIOPATOGENIA – Os processos inflamatórios das criptas são freqüentes, representando, às vezes, fase inicial de outras afecções inflamatórias locais. A inflamação se propaga às papilas anais, produzindo hipertrofia e fibrose, podendo formar nódulos. DIAGNÓSTICO • Assintomática, sensação de desconforto ou sensação de corpo estranho, às vezes, prolapsam. Ao toque pequeno nódulo macio e móvel. TRATAMENTO • Nenhum • Papilectomia/ Hemorroidectomia. Prolapso Retal PROLAPSO RETAL • INTRODUÇÃO: – É a exteriorização do reto através do canal anal. – Parcial/ Total- Procidência do reto – Crianças e idosos. Raro em adulto jovem. PROLAPSO RETAL ETIOPATOGENIA • Prolapso em crianças causado pela posição vertical do reto(falta da curvatura do sacro) e outros defeitos das estruturas de sustentação. • Prolapso Total: 1—Fraqueza do assoalho pélvico, com diástase dos elevadores do ânus; 2—Perda da posição horizontal do reto, devido a flacidez e alongamento de seus elementos de sustentação; 3—Fundo de saco peritoneal anormalmente profundo; 4—Cólon sigmóide redundante propiciando invaginação; 5—Hipotonia acentuada do esfíncter anal. DIAGNÓSTICO – Exteriorização de tecido de cor vermelhaescura. – Pregas circulares concêntricas ou radiada. – Redução espontânea/ manual/ permanente. – Muco, irritação, prurido, sangramento. – Incontinência fecal é comum. – Retosigmoidoscopia é indispensável. TRATAMENTO – Prolapso retal em crianças: • Até os 2 anos é conservador; • Esclerose da parede retal com fenol 5% veículo oleoso; • Cirurgia de Thiersch. – Prolapso parcial: • remover causa primária/ Hemorroidectomia. – Prolapso Total: • Precoce para evitar incontinência; • Thiersch/ Delorme/ Ripstein/Sacropromontofixação. Incontinência Anal INCONTINÊNCIA ANAL • INTRODUÇÃO – É a impossibilidade de controlar voluntariamente a eliminação de gases e fezes. FISIOPATOLOGIA – Defeito nos mecanismos que mantém a continência – Integridade da parede retal; elasticidade/ complacência – Inervação do canal anal sensitiva e motora; percepção da presença e consistência – Aparelho esfincteriano que mantém o tonus de repouso – Mecanismo valvular/ angulação anoretal. TIPOS DE INCONTINÊNCIA 1- Alteração da capacitância por tumores ou inflamação; 2- Alteração do sistema de transmissão lesão local/ central 3- Alteração do sistema muscular DIAGNÓSTICO – Exame clínico completo/início/freqüência – Completa/incompleta/sólidas/liquidas/gases – Prolapso retal/uterino/incontinência urinaria? – Exame neurológico/local/tonus/endoscopia – Defecografia/manometria/eletromiografia TRATAMENTO – Loperamida/fibras-15% dos casos. – Esfincteroplastia direta imediata-60/70%. – Plásticas musculares com transposição? – Thiersch/Ripstein/Ressecção anterior/fixação; – Colostomia. FIM