GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO CURSO DE BACHARELADO EM SECRETARIADO EXECUTIVO TRILÍNGÜE DISCIPLINA INFORMÁTICA NAS ORGANIZAÇÕES PROFESSORA MARCIA SANTOS JOANES BARROS CALDAS RESENHA Este trabalho tem por objetivo a obtenção de nota final na disciplina Informática nas Organizações, ministrada pela professora Márcia Santos. Belém 2010 Resenha Identificação da Obra JUNIOR, Klaus Schlünzen. Ensinando trabalhadores inteligentes a aprender. In: VALENTE, José Armando; MAZZONE, Jaures; BARANAUSKAS, Maria Cecília (Orgs.). Aprendizagem na era das tecnologias digitais. São Paulo: Cortez: FAPESP, 2007. cap. 5, p. 129-155. O capítulo expõe sobre a importância da organização criar e difundir novos conhecimentos, incorporando-os aos serviços, produtos e sistemas, tornando-se uma organização que aprende e que gera conhecimento em todos os níveis hierarquicos e criando uma cultura organizacional de aprendizagem de uma organização qualificada para uma organização qualificante. Utilizando uma linguagem clara e objetiva, o autor mostra-nos como os métodos de ensino utilizados pelas organizações mantêm o trabalhador em uma situação passiva, receptora de informações, o que é exatamente o contrário do que se espera dele no ambiente de trabalho do mundo globalizado. Além de analisar o panorama da formação de recursos humanos nas empresas dos anos de 1950 à 2000. Apresenta uma proposta de um trabalhador multiplicador de conhecimento, como extrair aprendizado da prática cotidiana e, ainda, modos de avaliar a aprendizagem organizacional. Ao analisar o panorama de formação dos recursos humanos, deixa claro a necessidade de novas metodologias para a realização da capacitação de trabalhadores frente a um novo perfil profissional e às exigências do mercado quanto às novas competências destes. Discorrendo sobre a necessidade de mudança da metodologia de ensino-aprendizagem organizacional, o autor apresenta um processo de formação e de avaliação da aprendizagem com o uso da tecnologia e de uma metodologia inovadora de capacitação de trabalhadores. Este propõe que a formação dos trabalhadores seja feita pelos próprios trabalhadores, ou seja, por alguém que esteja no contexto e vivendo os problemas do dia-a-dia, favorecendo a formação de uma cultura de aprendizagem sustentável. Para que isso ocorra, JUNIOR afirma que “a utilização dos agentes multiplicadores parceiros na fábrica permite, além do aprender a fazer, o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao saber ajudar e ao saber ensinar, o que pode garantir a mudança de paradigma, da empresa qualificada para a empresa qualificante(...)”. E apresenta passos importantes para nortear os processos de capacitação dos trabalhadores nas empresas e consequentemente, para a criação de ambientes de aprendizagem. Sobre os métodos de avaliação da aprendizagem organizacional, o autor explana acerca do processo avaliativo definido por Garvin, que consiste em três estágios: o cognitivo, o procedimental e o de desempenho; e sobre o de Kirkpatrick, que é similar ao de Garvin, com exceção de acrescentar uma etapa anterior à primeira do modelo de Garvin, como segue: Nível 1 - Reações: Procura medir como os aprendizes avaliam e reagem ao programa de capacitação. Nível 2 - Aprendizagem: A avaliação é baseada na aplicação de testes no inicio e no final do programa de capacitação. Semelhante ao Estágio Cognitivo de Garvin. Nível 3 - Transferência: Verifica-se se o aprendiz consegue aplicar o que aprendeu ao voltar ao trabalho. Similar ao Estágio Procedimental de Garvin. Nìvel 4 - Resultados: Verifica-se se a nova qualificação do trabalhadores está economizando ou gerando dinheiro para a organização. Comparável ao Estágio de Desempenho de Garvin. O artigo dá uma visão geral para uma avaliação do tema, abordando de forma simples o processo de aprendizado, contudo como destaca o autor, “avaliar a aprendizagem e seus efeitos apenas pelos três estágios de Garvin os pelos quatros níveis de Kirkpatrick não contempla um fator muito importante que é o aspecto emocional e afetivo”, este aspecto, se bem gerenciados, pode melhorar o ambiente nas organizações. E com o uso da tecnologia, atráves do computador, forma, explicita e constrói o conhecimento envolvendo o trabalhador diretamente nesta construção do saber, por meio da definição, representação, armazenamento e execução no computador da solução do problema, segundo o seu entendimento. A abordagem construcionista favorece o comportamento e a tomada de decisão deste profissional no seu dia-a-dia, auxiliando no processo de aprendizagem através da interação aprendiz-computador. Considerando que quando cada ser humano nasce, é como se uma biblioteca inteira começasse a ser construída, então todos somos capazes de aprender novas maneiras de fazer as mesmas ou novas coisas, assim as organizações devem aproveitar a capacidade de cada um para potencializar-se diante do contexto globalizado mundial e desenvolver ao máximo as habilidades de cada trabalhador no seu setor de competência dando a organização diferencial competitivo. Manter o paradigma da aprendizagem continuada dependerá da postura da organização diante dos seus próprios processos de capacitação e avaliação do aprendizagem, observando-os, avaliando-os e inovando-os quando necessário. Sendo um excelente incentivo para a busca de conhecimento ao longo da vida. O capítulo é uma oportunidade de aumentar o conhecimento sobre o processo de aprendizado e como tal, em si, cumpri sua finalidade a medida que apresenta uma nova metodologia de capacitação e avaliação da aprendizagem, produção e transmissão do conhecimento e proporciona aos agentes envolvidos expandir sua forma de pensar o processo de aprendizagem e consequentemente, o mundo. O capitulo foi publicado no livro Aprendizagem na era das tecnologias digitais, organizado por José Valente, Jaures Mazzone e Maria Cecília Baranauskas, de autoria de Klaus Schlünzen Junior. Resenhado por Joanes Barros Caldas, terceiro anista do Curso de Bacharelado em Secretariado Executivo Trilíngue da Universidade do Estado do Pará, como atividade avaliativa da disciplina Professora Márcia Santos. INFORMÁTICA NAS ORGANIZAÇÕES, ministrada pela