OS SUBSISTEMAS EMPRESARIAIS E A TOMADA DE DECISÃO KELLY REGINA NASCIMENTO SILVA Discente do Curso de Tecnologia em Gestão Financeira das Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS MARCELO HENRIQUE DE ABREU PERUZZI Docente Esp. do Curso de Tecnologia em Gestão Financeira das Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS PATRÍCIA DE OLIVEIRA Docente MSc. do Curso de Tecnologia em Gestão Financeira das Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS RESUMO Os sistemas de informação são praticamente o “coração” de uma Gestão Empresarial de sucesso, onde esse, sendo realmente eficaz garante o crescimento e a continuidade de uma empresa. Veremos também que algumas vezes mesmo que a empresa em questão julgue que já tenha, implantado um sistema de informação perfeito, já que algumas vezes, houve de fato a implantação de um ótimo sistema de informática para o controle dessas informações, porém os colaboradores podem não estar atentos à importância de saber usar corretamente esse sistema o que leva a anulação de todo o processo. Nos dias de hoje, ter detalhadamente as informações de cada setor da empresa de forma que haja interação entre todos os subsistemas (físico, social, organizacional, gestão e informação) são imprescindíveis para a tomada de decisões, decisões que podem ser tomadas, já que são de vários tipos e níveis por qualquer colaborador da empresa em direção a maximização dos lucros independente do porte dessa empresa. Palavras-chave: Comprometimento; Planejamento; Tomada de Decisão. INTRODUÇÃO Dentro de uma empresa existe a necessidade de manter o equilíbrio com o ambiente entre as partes componentes (subsistemas) para dar seguimento a missão e os objetivos da empresa. A gestão da empresa é responsável pela vida do sistema através de suas tomadas de decisão e é ela que mantém um equilíbrio em sua estrutura e definição de seus objetivos trazendo eficiência ao sistema. Segundo Oliveira (2000, p. 166), “Os sistemas de informação são um conjunto que visa captar o que acontece na organização, apresentando de forma sucinta, a cada nível, o que lhe cabe, e tendo por objetivo dar subsidio ao processo decisório.” A gestão aperfeiçoa as relações recursos-operação-produtos/serviços, levando em consideração as variáveis interna e externas do ambiente, impactando as atividades da empresa e os aspectos operacionais, financeiros, econômicos e patrimoniais. Existe a interação entre modelo de gestão, processo de gestão e os sistemas de informação da empresa. O modelo de gestão é constituído por um conjunto de crenças e valores dos executivos da empresa, seus proprietários e administradores. Existe no modelo de gestão, diretrizes que impactam os subsistemas e sistemas da empresa como a existência, ou não, de planejamento e controle, participação dos gestores nas decisões, avaliação de desempenho e posturas gerenciais. (CATELLI, 2010) O processo de gestão deve ser estruturado com base no processo decisório, identificação, avaliação e escolha das alternativas. O planejamento estratégico garante o cumprimento da missão e da continuidade da empresa orientando a etapa do planejamento operacional; no pré-planejamento inclui os objetivos e metas operacionais, simulação de ação e análise das melhores alternativas. (CATELLI, 2010) O planejamento operacional, segundo Catelli (2010), a médio ou longo prazo caracteriza-se pelo detalhamento das alternativas estabelecidas no pré- planejamento determinando os recursos necessários para atingir objetivos, metas e prazos no espaço temporal de um ano. Já no planejamento operacional em curto prazo, onde se esta mais próxima à realização do evento, otimizando o desempenho em curto prazo, ou seja, dentro de um mês. Na fase de execução surgem às transações realizadas, buscando atingir os objetivos e metas a fim de melhorar o evento, envolvendo a identificação, simulação e escolha de alternativas para cumprir as metas estabelecidas. O controle assegura através da correção e avaliação os bons resultados. Todos os sistemas necessitam do envolvimento e participação dos gestores para chegar ao resultado almejado. Os sistemas de informações são requeridos num processo decisório, auxiliando os gestores no processo de gestão onde, para se atingir a eficácia dos mecanismos de autocontrole é necessária a integração dos sistemas de informação gerencial fazendo deste um suporte a atuação gerencial no momento da tomada de decisão, que mesmo sendo decisões rotineiras tem enorme impacto no decorrer do processo. (CATELLI, 2010) Com base em todas as etapas citadas anteriormente, mostraremos através de exemplos reais o prejuízo que a falta de um sistema de informação eficiente pode trazer para qualquer empresa, enfatizando a importância de cada subsistema principalmente o social, já que todos os colaboradores precisam estar cientes da importância desse instrumento para uma tomada de decisão eficaz no dia-a-dia da empresa. 1 OS PRINCIPAIS SUBSISTEMAS EMPRESARIAIS 1.1 SUBSISTEMA INSTITUCIONAL Segundo Catelli (2010), o subsistema institucional tem por objetivo dar as diretrizes da empresa frente ao ambiente externo a partir dos valores dos donos formando a missão, crenças e valores da empresa. O subsistema deve apresentar como requisitos: Ser definido a partir das crenças e valores dos donos, afinal é os principais interessados no bom andamento dos subsistemas empresariais de forma que consigam definir claramente o sentimento que gostariam que o colaborador carregasse consigo durante todo o seu dia de trabalho; Ser formalizado tendo a empresa um documento para nortear o conjunto de diretrizes básicas, dessa forma é possível todos tenham acesso dentro da empresa; Ser validado pela sociedade compreendendo o exercício de atividades lícitas e que satisfaçam às necessidades do ambiente além de ser divulgado, interna e externamente, possibilitando o conhecimento das diretrizes institucionais da empresa. Saber aonde se quer chegar e como chegar é o primeiro passo para organizar a empresa. 1.2. SUBSISTEMA FÍSICO-OPERACIONAL Este subsistema faz com que todas as atividades a serem desenvolvidas na empresa fluam para a continuidade da empresa. O sucesso da empresa depende da perfeita interação dessas atividades entre as unidades de negócio e com o meio ambiente. No ambiente interno, o subsistema Físico-Operacional formata as atividades fins, de apoio e de corporate, através da estrutura funcional, e, no ambiente externo, delineia as relações com as entidades próximas – fornecedores e clientes diversos – e com as entidades de outros ambientes – Governo, entidades sociais, regulatórias, etc (ROSA FILHO, 2005). No subsistema Físico-Operacional que são processados os eventos e as transações, ou seja, toda ocorrência que impacta o patrimônio da empresa. A classe dessas transações define-se como evento. Conforme Catelli (2010, p. 56), “o sucesso da gestão não está nas atividades, mas em cada ocorrência, em cada transação resultando em conseqüências positivas ou negativas para as atividades”. Da assertiva acima se pode deduzir que a manifestação da eficácia organizacional em termos de eficiência, produtividade, satisfação e desenvolvimento contínuo da empresa ocorrem justamente no subsistema físico-operacional. Além dessas revelações de eficácia, o reflexo do desempenho dos demais subsistemas no subsistema físico-operacional conduz à efetiva ocorrência da eficácia global da organização. A adaptabilidade exigida do processo decisório, requisito básico da eficácia na empresa, por exemplo, repercute diretamente no processo físicooperacional evidenciando o impacto do subsistema de gestão no resultado. Ainda segundo Rosa Filho (2005), configuração do subsistema físicooperacional deve atender, portanto, aos seguintes requisitos para compor um modelo sistêmico ideal de atuação empresarial: A estrutura físico-operacional deve atender às diretrizes estabelecidas pelo subsistema modelo de gestão para permitir o cumprimento da missão; É preciso assegurar interações pró-ativas entre as partes: fornecedores de recursos, o sistema físico-operacional e os diversos clientes dos produtos e serviços gerados; A organização precisa dimensionar o ambiente próximo, detectando as variáveis (fornecedores de recursos, concorrentes, e clientes) bem como o ambiente remoto com suas variáveis (econômicas, sociais, políticas, tecnológicas, regulatórias etc.) das quais dependem a eficácia da empresa; Cada transação desenvolvida neste subsistema deve gerar produtos e serviços de valor superior aos recursos consumidos. O bom andamento desse subsistema garante que o subsistema social tenha todas as possibilidades de gerar bons rendimentos pela empresa, pois terá todo o suporte necessário. 1.3 SUBSISTEMAS SOCIAIS Segundo Guerreiro (1996,) citado por Rosa Filho (2005 p. 84): Esse subsistema diz respeito ao conjunto dos elementos humanos da organização, envolvendo assim as características e variáveis relacionadas com os indivíduos: objetivos, capacitação, motivação, necessidades, liderança, entre outros aspectos igualmente relevantes. O Subsistema Social volta-se para atender a missão, as crenças e valores da empresa e aos procedimentos estabelecidos pelo Subsistema Modelo de Gestão. Entretanto, para manter um clima organizacional satisfatório, este subsistema deve atentar para os interesses individuais e dos grupos que formam a organização ou com ela se inter-relacionam. Para Guerreiro (1996) mencionado por Rosa Filho (2005), sendo a empresa um complexo sistema social e, sob uma perspectiva sistêmica, propõem-se os seguintes requisitos para que o subsistema social faça parte do modelo ideal de atuação empresarial: Sinergia entre os objetivos pessoais e os objetivos da empresa; Os gestores devem ter espírito de liderança e conhecimentos multidisciplinares para interpolarem suas decisões com variáveis diversas; A motivação vem da capacidade de aglutinar indivíduos com especialidades e crenças diferentes em atingir o objetivo maior que é a missão da empresa; Possibilitar o feedback dos indivíduos e dos gestores. Através deste subsistema torna-se possível criar um clima organizacional que irá permear as atividades da empresa com o aprimoramento das relações dos indivíduos na busca da eficácia organizacional. O subsistema Social inicialmente parece não ser muito complexo, contudo, deve-se partir do princípio que o “homem” por si, já é extremamente complexo. Levando isso em consideração, esse talvez seja o subsistema mais importante da empresa já que é através de cada elemento deste que o restante dos subsistemas terá andamento e êxito. Saber lidar com a natureza de cada colaborador que compões este subsistema, captando suas necessidades e transformando-as em satisfação/motivação é essencial nos tempos de hoje. Deve-se ainda agregar ao profissional o hábito de manter uma rotina profissional porque isso é essencial para o bom andamento da empresa. O profissional deve saber exatamente o que ele precisa fazer todos os dias e ter a consciência de que se ele não o fizer o sistema todo ficará prejudicado. 1.4 SUBSISTEMAS ORGANIZACIONAIS O Subsistema Organizacional tem como objetivo proporcionar uma estrutura lógica para inter-relacionar os diversos recursos e fatores necessários. A autoridade e o poder são delegados através de toda estrutura organizacional. (ROSA FILHO, 2005). Sendo assim, a importância desse subsistema está diretamente relacionada com o tamanho da organização e a diversidade de suas atividades que demandam acentuados processos de descentralização, departamentalização, entre outros. Para Rosa Filho (2005), a organização tem uma série de elementos importantes, que consubstanciam com os seguintes pré-requisitos: A estrutura organizacional deve ser estabelecida de modo que os vários executivos e empresários sejam ligados entre si num arcabouço efetivo; As diversas normas devem ser esquematizadas e estabelecidas; Deve ser contratado o pessoal que será treinado para preencher os cargos de estrutura e também para atender às normas de procedimento; Devem ser procurados os diversos instrumentos e recursos necessários. materiais, equipamentos, Através deste subsistema, espera-se a organização dos recursos técnicos, materiais, humanos e de gestão em uma disposição adequada que possibilite o cumprimento da missão da empresa, sendo estruturados através de organogramas, mecanismos de operação e mecanismos de decisão. Os processos de formalização, departamentalização, descentralização e determinação da amplitude de controle são definidos com base nos subsistemas Modelo de Gestão e Físico-Operacional. (CATELLI, 2010) Atualmente o mercado está aquecido, de forma que os colaboradores muitas vezes busquem alguma outra oportunidade ou objetivo que a empresa atual não possa oferecer o que muitas vezes acaba prejudicando a empresa caso esse colaborador que saia, seja detentor de múltiplas funções. Delegar funções é imprescindível nas organizações de hoje para que os subsistemas funcionem o mais perfeitamente possível. A saída de um colaborador não pode “parar” a empresa. 1.5 SUBSISTEMAS DE GESTÃO Este subsistema depende da definição dos subsistemas institucional e do modelo de gestão. Enquanto o subsistema institucional dá direção ao processo de gestão, através do dimensionamento da missão da empresa, determinando "aonde" deve chegar o processo de gestão, o subsistema modelo de gestão indica "como" alcançar a situação objetivada. A existência do subsistema de gestão é justificada pela intenção dos gestores em conduzir a empresa a uma situação objetivada a partir da situação atual (ROSA FILHO, 2005). A fase de execução das atividades operacionais é o ponto fundamental que caracteriza o estado dinâmico do sistema empresa. Nessa condição a empresa interage intensamente com o meio ambiente, obtendo os recursos de que necessita, transformando-os em bens e serviços e ofertando-os novamente ao meio ambiente. (ROSA FILHO, 2005) Para poder orientar-se para a gestão de resultados econômicos (definido no modelo de gestão), este subsistema deve possuir um conjunto de modelos que irão dar suporte à tomada de decisão compreendendo os modelos de mensuração, informação e decisão. O modelo de mensuração avalia o impacto econômico dos eventos e transações, apurando o resultado correto. O modelo de decisão suporta a análise das alternativas sob os aspectos operacional, econômico, patrimonial e financeiro escolhendo a alternativa que aperfeiçoa o resultado da empresa a fim de atingir a eficácia empresarial. E, o modelo de informação, parte integrante do subsistema de informação, será tratado em tópico específico, na abordagem desse subsistema. Esse subsistema deve mostrar todo o perfil da direção da empresa já que nele é definida toda a rotina da empresa de forma que todos os colaboradores sejam inclusos, tirando o máximo de aproveitamento das equipes. É importante também que não seja um subsistema “engessado” de forma que as mudanças sirvam para a modernização deste subsistema. 1.6 SUBSISTEMAS DE INFORMAÇÃO Conhecimento e informação são quase sempre confundidos, contudo, a informação é ideal para transmitir o conhecimento explicito, é rápida, segura e independente de sua origem (OLIVEIRA, 1960 apud ROSA FILHO, 2005). O conhecimento está dentro da informação, é aquilo que se quer passar adiante de forma explicita e objetiva. Oliveira (1960) analisado em Rosa Filho (2005) diz que a informação aliada aos recursos da tecnologia e uma necessidade primaria e elementar para a funcionalidade, tática, estratégica e operacional da empresa de hoje e será também amanhã. A informação no ambiente corporativo tende a ter aspecto competitivo, o que obriga a empresa a usá-la, pois essa influencia na negociação com fornecedores, no poder de negociação para compradores, possível ameaças de outras empresas concorrentes, produtos ou serviços substitutos. Laudon e Laudon (2007, p. 10) nos mostra que as informações podem ser classificadas como: 1) Informações Seletivas: técnica nova de levar ao publico, comunidade, governo e à concorrência informações sobre a empresa. É como se fosse um feedback tanto para o cliente interno quanto para o externo; 2) Informações Obrigatórias ou Legais: são aquelas caracterizadas pela sua obrigatoriedade, periodicidade e são impostas pelas leis e por convenções. Exemplo: notas fiscais, recibos, balanços financeiros, impostos, etc. 3) Informações Confidenciais: caracterizadas pelo sigilo, por serem acessíveis a poucas pessoas. Exemplo: formulas planos, patentes, projetos, lucros, perdas e logística. 4) Informações Complementares: são informações que precedem as outras, servindo como complemento. Exemplo: descrições, comentários, narrações, explicações, anexos, demonstrativos e gráficos. 5) Informações Arquivadas: é a técnica de detectar até que ponto a empresa tem condições de tratar suas informações como algo de valor, como uma demonstração de sua organização em relação ao passado, presente e futuro. Uma empresa que toma decisões retrospectivas não trabalha com informações atualizadas. Segundo Guerreiro (1996) citado por Rosa Filho (2005), o subsistema de informação caracteriza-se como: “a reunião de elementos com a finalidade de gerar informações para apoiar o processo de gestão e execução das atividades operacionais”. De acordo com a essa afirmativa infere-se que o primeiro requisito deste subsistema é a formalização de todos os outros subsistemas que irão suportar as atividades operacionais através do subsistema de gestão. Sendo assim, para sua concepção faz-se necessária a existência de um subsistema de gestão suportado nos modelos de decisão, de mensuração e de informação conforme visto anteriormente. O subsistema de informação não é um simples sistema de processamento de dados, como pensam alguns profissionais que trabalham com implantação de sistemas, mas uma base conceitual de toda a comunicação da empresa. (ROSA FILHO, 2005) O subsistema de informação transforma os dados existentes nos ambientes: interno (eventos operacionais) e externo (eventos ambientais ou conjunturais) em informações, cabendo-lhe os seguintes requisitos (ROSA FILHO, 2005, p. 7): Ser elaborado após a formalização de todos os outros subsistemas, conforme mencionado; Ser supridor das necessidades decisórias dos gestores gerando informações relevantes, tempestivas e confiáveis; Ser formalizado e integrado ao processo de gestão; Deve evidenciar os impactos das variáveis internas e externas; Deve permitir avaliações de desempenho global e analítico; Além dessas condições, acrescenta a exigência de se estruturar, o sistema de informações, sob o conceito de banco de dados, pois para Riccio (1989) citado por Rosa Filho (2005) fica quase impossível concebermos nos dias de hoje um Sistema de Informação que não opere com a técnica de Banco de Dados. A forma tradicional, chamada de arquivos independentes, não suporta os requisitos que se exigem de um Sistema de Informação. O processamento de dados possui inúmeras vantagens entre elas a produção de informação em tempo real, a independência entre as informações, segurança e integridade dos dados. Esse é o subsistema que apóia inteiramente a Gestão da empresa, é o que assegura uma tomada de decisão segura e eficiente garantindo bons resultados ao longo de um período ou diariamente. A completa interação entre todos esses subsistemas são a base para a tomada de decisão, como veremos a seguir. 2 A TOMADA DE DECISÃO Enfatizou-se anteriormente, cada subsistema e a sua importância para uma boa tomada de decisão, pois todos esses, são complementares entre si por isso, dizse que se um subsistema está com problemas todos os outros ficam prejudicados e nesse caso, qualquer decisão também pode ser equivocada. O importante é saber que as decisões não estão mais condicionadas a grandes chefes dentro da empresa, que é algo rotineiro que qualquer colaborador pode fazer e muitas vezes o faz diariamente, mas não tem tal consciência da importância e do valor econômico de cada decisão sua para a empresa. 2.1 TIPOS DE DECISÃO Segundo Laudon e Laudon (2007), os diferentes níveis dentro de uma organização, demandam diferentes necessidades de informação para tomar suas decisões. As decisões podem ser: Decisões não estruturadas: são aquelas tomadas com bom senso, onde o responsável use ainda sua capacidade de avaliação e sua perspicácia na identificação do problema. Essa decisão é inesperada, importante e não faz parte da rotina da empresa, portanto para tomá-las não há um processo bem definido ou bem compreendido. Exemplo: Uma empresa comercial de varejo além de vender a vista, no cartão de débito e no de crédito também fatura para alguns clientes para pagarem após vinte e oitos dias. Tem como, via de regra, que as vendas a prazo podem ser divididas apenas no cartão de crédito e se for ao valor mínimo de R$ 120,00, o que não ocorre no caso das vendas faturadas independente do valor das vendas. Esporadicamente, um cliente ou outro, que compra no boleto pede para que o valor de sua compra seja parcelado em duas ou três vezes. Esse é um tipo de decisão não-estruturada que deverá ser baseada na analise do histórico desse cliente como forma de tratá-lo diferente dos outros o mantendo sempre satisfeito e garantir uma boa venda. Decisões estruturadas: são decisões repetitivas e rotineiras, que envolvem procedimentos predefinidos, dessa forma não precisam ser tratadas como novidades. Usando ainda o exemplo da mesma empresa comercial, destaca-se o procedimento de recebimentos de contas onde se dá através de boletos (direto no banco) ou em carteira. Freqüentemente, alguns clientes querem realizar o pagamento do boleto direto na loja; nesse caso a decisão já esta predefinida baseada nas despesas que isso poderá trazer para a empresa, então, não se recebe. Decisões semi-estruturadas: nesse tipo de problemática, apenas parte do problema tem uma resposta clara e precisa já estabelecida por um procedimento aceito. É um mix dos dois tipos de decisões citadas anteriormente. O procedimento correto na empresa é bloquear todo cliente que estiver com o pagamento em atraso, contudo, através de uma breve analise no histórico de tal cliente, pode-se até liberar essa venda. De modo geral, as decisões estruturadas são mais comuns e tomadas dentro dos níveis organizacionais mais baixos; já as não estruturadas são comuns nos níveis mais altos da empresa. Figura 1: Os níveis hierárquicos e os tipos de decisão. Fonte: LAUDON, Kenneth C; LAUDON, Jane P. 1944 - Gerenciamento de Sistemas de Informação; tradução Thelma Guimarães. 7 ed. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007, p. 305. Segundo Simon (1960) apud Laudon e Laudon (2007, p. 305) tomar decisões consiste em diferentes atividades que podem ser divididas em quatro estágios durante o processo de decisão: Inteligência: consiste em descobrir, identiRcar, e entender os problemas que estão ocorrendo na organização, onde e o efeito que esse está causando; Concepção: envolve a identificação e a investigação das várias soluções possíveis do problema; Seleção: consiste em escolher uma das alternativas de solução; Implementação da solução: envolve fazer a alternativa escolhida funcionar e continuar a monitorar em que medida ela está funcionando. As decisões fazem parte do cotidiano da empresa e cabe a todos os níveis operacionais de modo que cada uma delas é importante para o crescimento da empresa. 2.2 PRINCIPAIS SISTEMAS DE APOIO A TOMADA DE DECISÃO Os quatro principais tipos de informação servem a níveis de organização diferentes são diferentes conforme descrição de que segue abaixo, mencionado por Laudon e Laudon (2007 p 307): a) Sistemas de nível operacional: esses dão suporte aos gerentes operacionais no acompanhamento das atividades e transações elementares da organização, tais como vendas, receitas, depósitos em dinheiro, folha de pagamento e decisões de crédito. Esse sistema tem como principal propósito responder a perguntas rotineiras e localizar o fluxo de transações através da organização. Exemplo: SPT – Sistema de Processamento de Transação; b) Sistemas de nível de conhecimento: dão suporte aos trabalhadores do conhecimento e de dados em uma organização, com propósito de ajudar a empresa a integras nova conhecimentos no negocio e a controlar o seu fluxo de papelada. Exemplo: STC – Sistema de Trabalho do Conhecimento; c)Sistemas de nível gerencial: são projetados para servir ao monitoramento, ao controle, à tomada de decisão e às atividades administrativas dos gerentes médios. O principal questionamento levantado por esse sistema é: as coisas estão funcionando bem? Em geral fornece relatórios periódicos em lugar de informações instantâneas sobre as operações. Exemplo: SIG – Sistemas de Informação Gerencial; d) Sistemas de nível estratégico: ajudam a administração sênior a atacar e enfocar assuntos estratégicos e tendências de longo prazo, tanto na empresa como no ambiente externo, tendo como principal preocupação adequar às mudanças no ambiente externo com a capacidade organizacional existente. Exemplo: SSE – Sistemas de Suporte Executivo. Os sistemas devem trabalhar em conjunto, pois é a melhor forma de conseguir resultados eficazes. CONSIDERAÇÕES FINAIS O subsistema de informação é o que orienta principalmente, o subsistema de gestão, entretanto deve ter total atenção dos elementos do subsistema social, pois, são esses que são responsáveis por “alimentar” o sistema de informação de forma que isso seja um compromisso do colaborador para com a empresa. O subsistema quando alimentado de forma errada pode trazer grandes prejuízos para a empresa, pois é a partir dele que o subsistema de gestão tomará as melhores decisões para o bom andamento da empresa em direção à maximização dos lucros. É importante que primeiramente, o gestor/administrador tenha consciência de que suas decisões dependem desses subsistemas de forma que consiga passar isso para sua equipe, pois, as decisões o mais importantes para empresa serão tomadas por ele. Fazer com que a empresa funcione dentro desses padrões nos dias de hoje é algo imprescindível para o sucesso do empreendimento, mas o principal desafio é fazer com que todos os colaboradores estejam comprometidos com esse objetivo. Dessa forma, não adianta realizar contagens e vários outros tipos de conferencia sendo que um ou dois indivíduos não tenham informações de como proceder corretamente. Vale salientar que todos os indivíduos são importantes dentro do processo, de forma que podem também tomar decisões importantes dentro da empresa, por isso a necessidade do comprometimento de todos, sem isso, de nada adianta fazer investimentos de qualquer natureza na empresa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CATELLI, Armando. Controladoria: uma abordagem da gestão econômica – GECON. São Paulo: Atlas, 2010. LAUDON, Kenneth C; LAUDON, Jane P. 1944 - Gerenciamento de Sistemas de Informação; tradução Thelma Guimarães. 7 ed. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. ROSA FILHO, Celso da. Modelo de gestão empresarial com enfoque na controladoria. Revista Gestão e Conhecimento, v.3, n.1, jan/jun.2005. Disponível em: <http://gc.facet.br/a_revista.php>. Acesso em 30 mai. 2012. OLIVEIRA, Jayr Figueiredo de. Sistemas de informação: um enfoque gerencial inserido no contexto empresarial e tecnológico. São Paulo: Ética, 2000.