Página 5 Curso de soldador do Senar-RS gera oportunidades Após a formatura de duas turmas pilotos, em junho, o Senar-RS prepara-se para lançar o novo curso de soldador para o segundo semestre. O objetivo é agregar conhecimento para trabalhadores rurais, capacitando-os a operar equipamentos de solda através de aulas práticas com até 6 alunos. São dois instrutores habilitados a ministrar os cursos que possuem equipamentos de solda e EPI (equipamento de pro- teção individual), com máscara automática para solda. “Temos uma escassez de profissionais de solda e temos como objetivo facilitar tanto a vida do produtor quanto qualificar os trabalhadores para desempenhar esta função”, explicou o técnico do Senar-RS José Antônio Simões Pires. Esta é uma demanda dos produtores que se viam obrigados a buscar este serviço fora da propriedade, segundo o técnico. “Nas duas últimas estâncias que trabalhei tinham aparelhos de solda e eu não sabia soldar. Agora com o curso do Senar espero conseguir um emprego”, afirmou o trabalhador rural desempregado, Júlio Teixeira. São três dias de treinamento prático e não podem participar pessoas com marcapasso e que estejam fazendo uso de lente de contato. O curso poderá ser solicitado nos Sindicatos Rurais. Capacitação auxilia no atendimento das demandas na propriedade Governo faz aquisições de feijão para garantir preço O ministro daAgricultura, Neri Geller, informou que o Governo deve fazer novas aquisições através de operações de AGF para garantir o preço mínimo ao produtor (R$ 105/saca), já que as vendas têm sido feitas abaixo dele - entre R$ 40 e R$ 50 a saca, segundo o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto. “Já compramos mais de R$ 20 milhões através de AGF para dar sustentação de preço aos nossos produtores após uma reivindicação feita em Vacaria cerca de 30 dias atrás. Agora tem mais uma demanda, e nós entramos de novo, e quando precisar nós vamos entrar no mercado”, assegurou Geller. Para o presidente da Comissão de Feijão da Farsul, João Carlos Guarienti, a medida ajuda o produtor, mas ainda fica aquém da necessidade. A comercialização está muito lenta e há pouco comprador no mer- ICMS maior do que o de concorrentes prejudica competitividade cado, segundo Guarienti. A fra- área plantada no próximo ano. ados junto à Conab para receber ca demanda e o preço inferior Guarienti destaca a falta de ar- este feijão, pois o produtor não ao mínimo devem refletir na mazéns e cooperativas credenci- tem como selecionar e embalar o produto. “Vamos pedir para as cooperativas para se credenciarem para começar a receber o cereal”, afirmou o dirigente. Outra questão que vem sendo reivindicada pelo setor é a equalização do ICMS com outros estados. Para o agricultor fazer vendas interestaduais, o ICMS do Rio Grande do Sul é de 7%, enquanto para estados como Santa Catarina e Paraná a alíquiota é de 1%. “Estamos pedindo uma reunião com o Governo para discutir a questão”, afirmou Guarienti. PIB gaúcho tem agropecuária como destaque O agronegócio foi novamente o principal responsável pelo crescimento do PIB gaúcho. A economia do Rio Grande do Sul teve um aumento de 3,2% no primeiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados pela FEE. A Agropecuária apresenta um índice de 6,4%, já os Serviços chegaram a 3,1% e a Indústria, a 1,5%. A assessoria econômica do Sistema Farsul avalia o desempenho ainda como reflexo da recuperação de 2013. Como há uma concentração na colheita de grãos no segundo trimestre, a parte mais importante na composição do resultado, somente a partir desse período será possível uma melhor avaliação da safra de 2014. Para o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, o setor deverá manter o resultado positivo ao longo do ano, porém com índices menores, pois a base comparativa será maior em virtude do excelente resultado do ano passado. Ele destaca que os números obtidos servem para reforçar a importância do agronegócio, “Nós estamos vivendo um momento em que a sociedade e a economia brasileira já fizeram a leitura da representatividade do que produzimos”, afirma. Conforme Sperotto, existe a necessidade de um equilíbrio entre os setores para o fortalecimento da economia gaúcha, e a indústria é quem gera alguma preocupação por estar demorando um pouco mais a se recupe- rar. Ele ressalta que as federações empresariais do Estado - Farsul, Fiergs, Fecomércio, Federasul e FCDL - vêm se empenhando juntas para revitalizar o processo econômico. “É importante dizer que todos os segmentos da produção trabalham juntos para trazer um ganho de produtividade no Rio Grande do Sul como um todo”, conclui.