Página 11 Adesão à renegociação pode ser feita até 14 de novembro O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, no dia 30 de setembro, a ampliação para 14 de novembro do prazo para adesão à renegociação das dívidas conforme regras da lei 11.775, que previa término de manifestações no dia 30 de setembro. A prorrogação, regulamentada pela resolução 3.612, vale para operações de securitização, Pesa, Recoop, Funcafé, fundos constitucionais, Pronaf, Finame Agrícola Especial, Moderfrota, Prodecoop, Procera e crédito fundiário. A decisão, conforme o Ministério da Fazenda, foi tomada devido à baixa adesão dos produtores. Antes da aprovação da medida, a Farsul encaminhou aos bancos de crédito rural no Estado documento em que pede a adesão coletiva dos produtores gaúchos à renegociação. A medida foi preventiva, para evitar a perda do prazo. “Garantimos ao produtor o direito de aderir à lei”, explicou o presidente da Farsul, Carlos Sperotto. Na véspera, o CMN havia aprovado prazo adicional até 15 de outubro para o pagamento de prestações de operações de investimento com recursos repassados pelo BNDES e do Sperotto encaminhou documento que garantia enquadramento Pronaf Grupos C, D e E. A prorrogação vale para as prestações com vencimento entre 1º e 14 de outubro de 2008. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia sancionado, no dia 18 de setembro, a lei 11.775, que trata da reestruturação das dívidas do setor rural. Após dez meses de negociações, o texto publicado no Diário Oficial da União não trouxe o artigo que define a TJLP, atualmente em 6,25% ao ano, como indexador dos débitos inscritos na Dívida Ativa da União (DAU). A mudança, que constava no projeto de conversão da medida provisória (MP) 432, foi vetada pelo Executivo, que manteve a correção pela taxa Selic, de 13,75% ao ano. A lei 11.775 prevê benefício para quitação, desconto para renegociação e ampliação dos prazos para pagamento de 2,8 milhões de contratos, no valor de R$ 75 bilhões em dívidas, de um total de R$ 87,5 bilhões, segundo a Fazenda. Para as 31 mil operações rurais inscritas na DAU, que somam R$ 7,1 bilhões, o governo manteve o prazo de dez anos de pagamento. Crédito rural A Farsul pleiteia a reativação da Câmara Temática de Crédito Rural e Seguro, que poderia retomar os debates sobre a medida provisória (MP) 432. A MP foi convertida na lei 11.775, sobre a renegociação das dívidas do setor rural. O pedido de reativação foi encaminhado no dia 22 de setembro pelo presidente da Farsul, Carlos Sperotto, ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. De acordo com Sperotto, a câmara está parada há dois anos. “O ministro chamou a si as ações sobre esse tema e a câmara ficou relegada”, apontou. A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) já havia solicitado audiência com o presidente Lula para tratar de modificações na lei, mas Sperotto acredita que a questão não será esgotada no Palácio do Planalto. “Não vamos tratar com Lula todo o assunto com a profundidade que ele necessita. A câmara poderá contribuir”, destacou. O ofício alerta para o quadro de insatisfação que toma conta do setor produtivo diante das medidas tímidas da MP 432 e o veto presidencial à mudança na taxa de juros da dívida agrícola. “Soma-se a falta de acesso ao crédito oficial e esgotamento dos prováveis créditos desses produtores junto a fornecedores”, acrescentou. Plano O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, no dia 1º de outubro, a antecipação de R$ 5 bilhões do Plano Safra para atender à demanda por crédito dos produtores para o custeio. A medida pretende evitar que a crise financeira americana prejudique a safra 2008/09. Os recursos já estão disponíveis nas agências do Banco do Brasil e seriam utilizados para a comercialização da safra de verão, no ano que vem. O valor será voltado ao custeio deste ano para atender à demanda que as tradings não estão conseguindo suprir. A decisão tem como base a meta de aumentar a produção de alimentos. Para o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, a medida é válida como diagnóstico de que o setor tem que ser atendido, mas não basta. “Não é antecipando nem aumentando volumes que vai resolver. Precisamos que o valor liberado seja utilizado.” Segundo ele, a baixa capacidade de pagamento do produtor o impede de tomar empréstimos. “A saída é o presidente ouvir o produtor e mudar os critérios de acesso ao crédito”, afirmou. Representantes de sindicatos são eleitos a cargos municipais Dez dirigentes do sistema sindical da Agricultura foram eleitos para cargos municipais. Eles estavam licenciados desde junho para a realização da campanha. O diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, informou que os eleitos voltam agora à atividade sindical. Quando assumirem seus cargos, os eleitos a vereador podem manter a atuação nos sindicatos, mas os prefeitos não. O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, cumprimenta os dirigentes do sistema sindical que participaram do pleito, tanto eleitos como não eleitos, bem como todos os produtores rurais que parti- ciparam da votação. Ele destacou que a Farsul não presta apoio institucional a candidatos. Mesmo assim, informou que a intenção é marcar um encontro com os dirigentes que concorreram às eleições deste ano. Confira a lista dos prefeitos e vereadores eleitos que integram diretorias de sindicatos. Sindicato André da R ocha Candidato Braz R e is Hoffmann Cargo Pre fe ito Arroio dos R atos Jos é Carlos da Silve ira Ve re ador Bos s oroca Ardi Jae ge r Pre fe ito Es me ralda Gre gório Gargione Luz Ve re ador Ge ne ral Câmara Elton Holz Barre to Ve re ador He rval Ildo R obe rto Sallabe rry Pre fe ito Santa R os a D e nir Fros i Ve re ador São M igue l M is s õe s Antonio Pádua do N as cime nto Ve re ador São Se pé Arno Cle ri Schrode r Pre fe ito Tape ra e Se lbach Irine u Orth Pre fe ito Ve nâncio Aire s Ce ls o Krame r Ve re ador Termina prazo de inscrições no Agrinho As inscrições de trabalhos escolares no 6º concurso do Programa Agrinho, realizado pelo Senar-RS, foram encerradas no dia 30 de setembro. Alunos e professores de escolas públicas do Estado puderam enviar redações, desenhos e experiências pedagógicas sobre meio ambiente. Até o início de outubro, o Senar já havia recebido dezenas de trabalhos. Este ano, cerca de 550 mil alunos e 58 mil professores de 3.560 escolas em 258 municípios utilizaram as revistas do programa Agrinho em sala de aula. “O programa busca envolver o aluno em uma proposta de cidadania além da sala de aula, interagindo os temas propostos nas revistas do Agrinho, com a família, os amigos e a comunidade”, explica o superintendente do Senar-RS, Eduardo Delgado. Uma comissão julgará os melhores trabalhos concorrentes conforme a série escolar dos alunos, em âmbito regional, para posteriormente, escolher os melhores desenhos e redações de alunos nas categorias educação infantil, 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7ºe 8º séries, bem como a melhor experiência pedagógica de professores. Os vencedores receberão do programa, bicicletas, aparelhos de som, televisores, cadernetas de poupança e computadores. O programa conta com o patrocínio do Banco do Brasil, Banrisul e Sebrae. Senar já recebeu diversos trabalhos submetidos à avaliação