Votação da PEC do Trabalho Escravo fica para hoje A bancada ruralista defende uma definição mais precisa sobre a punião de perda da propriedade, se comprovada responsabilidade sobre a manutenção de trabalhadores em situação semelhante à do trabalho escravo. Os deputados da bancada ruralista consideraram o texto da PEC genérico, sem detalhes exatos.Ontem à noite, a discussão sobre o assunto foi até tarde e mesmo o apoio do governo e a pressão de organizações da sociedade civil foram insuficientes para assegurar a votação da PEC que permite a expropriação de terras nas quais seja constatado o uso de mão de obra escrava. A decisão pelo adiamento foi definida durante reunião dos líderes partidários.Para o líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG), que representa parte da bancada ruralista, as “lacunas” existentes no texto da proposta podem levar a abusos de autoridade no momento da fiscalização. “O que preocupa alguns parlamentares é a questão da subjetividade do texto. Nós teremos dificuldade de saber como será a atuação do fiscal, se ele poderá fazer a expropriação de qualquer maneira”, disse o líder.Porém, a Câmara não pode mais alterar o texto, pois a proposta está pronta para ser votada em segundo turno, daí a busca por um acordo no Senado. Depois da votação na Câmara, o texto segue para o Senado. Assim, os líderes partidários pretendem que os senadores incluam os detalhes solicitados pela bancada ruralista.O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que há pontos não esclarecidos no texto. Um desses aspectos é o que se refere aos flagrantes de trabalho escravo em terras arrendadas ou de imóveis urbanos alugados, cujos proprietários não têm relação direta com o crime e, mesmo assim, estão sujeitos a perder os terrenos.A PEC vai à votação depois de dez anos tramitando no Congresso. A pressão em favor da aprovação do texto conta com a colaboração de organizações da sociedade civil, centrais sindicais e do governo, que estão se mobilizando desde o ano passado para a votação.Desde março deste ano, funciona na Câmara a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trabalho Escravo, criada para investigar denúncias sobre essa prática com base em lista elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) conhecida como lista suja. Atualmente, 292 empregadores estão na relação, acusados de explorar mão de obra de forma análoga à escravidão. De acordo com o MTE, entre 1995 e março deste ano, 42.116 trabalhadores submetidos a trabalho escravo foram resgatados e mais de R$ 70 milhões de verbas rescisórias foram pagas. Segundo dados do MTE, foram resgatados no ano passado 2.271 trabalhadores pelos grupos móveis de fiscalização, que promoveram 158 ações em 320 fazendas e estabelecimentos. Na semana passada, a Superintendência Regional do MTE no Tocantins resgatou 96 trabalhadores em situação análoga à de escravo em 11 carvoarias do estado.Fonte: Agência Brasil Mais notícias do período Maio de 2012 * Com queda dos juros, remuneração da poupança muda * BC corta juro em 0,5 ponto porcentual, para 8,5% ao ano * Quase 3 milhões não sacaram o dinheiro do PIS * Oficinas Diálogos na Rio 20 recebem inscrições até sexta-feira, 1/06 * Trabalhadores estão otimistas com a votação da isenção do IR sobre o PLR a partir da relatoria do deputado Jerônimo Goergen * Pela primeira vez, trabalhador assume comando da OIT * Claudio Correa é nomeado para o cargo de Superintendente do Trabalho do RS * Centrais e governo discutem isenção do Imposto de Renda na PLR amanhã * Mais aumento de salário para reter funcionário * Miguel Torres participa de congressos internacionais * Temos que cobrar compromisso dos governantes com a segurança do trabalhador, diz Janta * Deputado Mano Changes aborda combate à droga e a complexidade do problema * Segurança pública: Prevenção é o caminho e preparo e investimentos para o desenvolvimento são urgências * Polícia comunitária humaniza o serviço policial; Desafio é apaziguar áreas mais violentas * Guy Ryder é eleito diretor geral da OIT; Secretário de RI da Força Sindical participa do processo eleitoral * Delegada ressalta o aumento das denúncias contra agressão com a Lei Maria da Penha; Denuncie agressões pelo número 180 * Segurança Pública é desafio para governo; Palestrantes debatem o tema na Força Sindical-RS * Ganhos reais superam os de 2011, apesar da atividade mais fraca * Próxima edição do Força do Pensamento é hoje e aborda Segurança Pública * PEC do Trabalho Escravo volta para análise do Senado * Aviso prévio maior vale só para empregado, diz ministério * Qualificação profissional é tema de conversa do ministro do MTE, Brizola Neto, com lideranças sindicais em Porto Alegre * Na esquina símbolo de luta e resistência, Sindnapi inaugura sede própria na Capital * Quem são os trabalhadores encontrados em situação de escravidão no Brasil * Estados afetados por fim da guerra dos portos poderão pegar até R$ 7,5 bilhões do BNDES Notícias